Learning on vampire academy escrita por Mystic


Capítulo 8
Capitulo 8


Notas iniciais do capítulo

MENINAS QUE SAUDADES DE VCS!!!!!!!!
Como anda a vida ? Lendo bastantes?
Segue um capitulo bonitinho para vocês *O*



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Eu nunca consegui me envolver profundamente em um relacionamento com outra pessoa, parte porque até os sete anos de idade - antes de eu entrar na academia-, eu convivi no meio de strigois- vários deles, já que os meus pais mantinham uma ótima comunicação constante com os outros-, e digamos, strigois são meio “ariscos” eles não nutrem sentimentos por nada, qualquer tentativa de aproximação é na maioria das vezes rejeitada. Com meus pais era um pouco diferente, acho que era porque eles haviam mantido parte do temperamento calmo de quando ainda estava totalmente vivos, então, conversar e viver com eles era um pouco mais fácil. A prova de tudo isso era que eu mal conhecia as pessoas que eu considerava como meus melhores amigos. Mas, nesses últimos meses eu estava me superando.

Enrolei a toalha em meu corpo e sai do banho. Ok, eu havia perdido uma corrida para um Moroi! UM MOROI!

–Eu ainda não sei como você fez isso. Mas irá me contar- Eu disse tirando roupas secas do closet.

–Talvez um dia...- Ele disse rindo.

Voltei para o banheiro e me troquei. Coloquei as sapatilhas molhadas em cima de uma toalha na cômoda junto ao vestido. Tentei pentear meu cabelo que mais parecia uma bucha.

–Me deixe te ajudar, você vai ficar careca se continuar a pentear seu cabelo desse jeito.- Anthony disse tirando a pente da minha mão e se ajoelhando na cama atrás de mim.

–Se quiser me fazer uma massagem, eu aceitaria de bom grado.

Ele riu e terminou de pentear meu cabelo em menos de dois minutos. Ficou alguns segundos sem fazer ou dizer nada, se levantou e pegou seu casaco.

–A gente ainda vai sair?- Eu disse meio zonza saindo do transe perfeito de ter meu cabelo penteado por outra pessoa.

–Eu disse que estava com fome!

–Ah...- Eu disse me levantando e pegando o meu sobretudo vermelho e calçando um par de sandálias douradas com tiras. Arrumei minha calça jeans e deixei o sobretudo desabotoado.

Saímos do quarto e deixamos os cartões na recepção. Por ironia do destino havia parado de chover. Saímos do hotel- dessa vez levamos um guarda chuva-, e viramos em algumas ruas até estarmos no centro da cidade.

–Escolha um restaurante- Ele disse me guiando pelo ombro.

–O guia turístico aqui é você, me surpreenda.

–Então vou te levar para conhecer um amigo meu.

Entramos em um restaurante pequeno, pequenas mesas redondas com toalhas brancas, luminárias pendiam no teto, grandes arcos de madeira residiam nas paredes e ligavam a varanda ao interior do restaurante, até que ele estava bem cheio. Um garoto ruivo e com sardas exclamou alguma coisa em alemão e se aproximou de nós.

–Anthony!- O garoto exclamou.

Ele disse alguma coisa em alemão e Anthony respondeu, e o garoto disse outra coisa e Anthony outra, fiquei plantada ao lado de dois garotos apreciando a paisagem dos belos quadros pendurados na parede amarela fosca.

–Esse é Anton- Anthony disse.

–O que?- Perguntei olhando para o rapaz ruivo e sorridente a minha frente.

–Como ele nasceu no mesmo dia que eu, e nossas mães eram amigas, elas colocaram nomes parecidos nos filhos.

O garoto sorriu e disse algo parecido como “prazer em te conhecer” com uma pronuncia muito ruim. Eu sorri e assenti com a cabeça.

–A mãe dele é dona do restaurante- Anthony explicou com um tom de voz alto para tentar se sobressair acima do volume da musica ao vivo que um bando de homens tocava em um dos cantos do local- Vem, vou te apresentar a elas.

Andamos por um corredor até passarmos por uma daquelas portas de restaurante com duas janelinhas redondas, três mulheres estavam batendo em maças, mexendo em panelas e misturando bebidas. Uma mulher com o cabelo cor de salsicha e totalmente encaracolado olhou para nós e sorriu. Ela exclamou algo parecido com “hallo liebe” e saiu da frente do fogo, os dois se abraçaram, ela disse algumas coisas durante algum tempo.

–Essa é Marta- Anthony disse- É a mãe do garoto que você viu lá fora.

–É um prazer te conhecer- Eu disse sorrindo.

Ela me deu um aperto de mão e mexeu com meu cabelo liso.

–Ai de mim se tivesse um cabelo liso como o seu!- Ela exclamou sorrindo.

–Aquela é Sylvia- Anthony disse apontado para outra garota ruiva no canto esquerdo da sala- É a filha mais nova de Marta, e aquela é Monica, a do meio. Cada uma tem cerca de dois anos de diferença.

Anton, Marta, Sylvia e Monica, eles eram todos humanos.

–Vocês devem estar famintos! Chegaram de viajem hoje!- Marta exclamou- Vou fazer algo para vocês comerem.

Ela gritou algo em alemão para uma das garotas e Monica nos conduziu até uma das mesas. Sentamos na varanda, ela disse algo em alemão e saiu de lá.

–Sobre o que você e Marta falaram?

–Ela me deu seus pêsames e me perguntou quem era você.

–Entendi.

Depois de algum tempo Monica voltou com alguns pratos e os colocou na nossa mesa.

–Bom apetite- Ela disse e voltou para dentro do restaurante.

Graças a Deus Monica havia nos trazido hambúrguer’s e batatas fritas.

–Esse prato foi só para você não voltar correndo pro hotel- Anthony disse- Amanhã te garanto que a comida vai ser bem diferente. Vou te levar em um restaurante com a comida típica daqui.

–Joelho de porco com chucrute?

–Eu não gosto, mas se você quiser comer isso não vou fazer objeção- Ele riu. Terminamos de comer e fomos pagar, porém Marta disse que era por conta da casa e pareceu brigar conosco por insistirmos tanto em pagar.

***

Acordei na manhã seguinte morrendo de frio. Havíamos ligado o ar condicionado mesmo estando frio... foi isso que deu. Não tive coragem de por meus pés no chão. Tentei jogar alguma coisa na cabeça de Anthony para acordá-lo fazê-lo desligar o ar e me trazer minhas pantufas, mas infelizmente só havia um vaso de porcelana com flores, disponível. Me joguei na cama e coloquei o travesseiro sobre o rosto.

–Santo Deus que frio é esse?- Anthony exclamou me fazendo pular para frente na cama. Bufei de agonia e voltei a me deitar.

–Desligue o ar condicionado!- Avisei me cobrindo e deitando de bruços.

–Por que eu deixei você ligar esse ar?

–Porque eu mandei.

–Ah...- Ele disse se deitando novamente- Mais cinco minutos.

–Quem é mais propenso a pegar hipotermia aqui é você- Ameacei rindo.

Pude ouvir uma risada abafada pelo travesseiro. Ele pareceu se levantar e ouvi o “bip” quando ele desligou o ar. Em poucos segundos ele desabou ao meu lado na minha cama. -Eu vou morrer de sono.

–Nem fomos dormir tarde ontem- Murmurei ficando de lado para ele.

Devido à longa viagem dos EUA até a Alemanha, eu estava morrendo de cansaço. Não tanto quanto ontem, mas hoje todos os meus músculos doíam, e a cada movimento eu parecia estar raspando em pregos internos.

–Anna, você sabe que o sono me possuiu desde o dia em que eu nasci.

–Ah- Murmurei o abraçando como se fosse um travesseiro. Ele envolveu seus braços em minha cintura e beijou minha cabeça.

–Eu poderia ficar assim um dia inteiro- Anthony murmurou.

Assenti e apoiei minha cabeça em seu ombro. Fiz uma nota mental para adicionar bipolaridade a minha lista de estudos psicológicos.

–Nós podemos pular o almoço hoje?- Ele perguntou afagando meu cabelo.

–Você não tem que... se alimentar?- Murmurei.

–Yeah, nunca fui fã de bolsas de sangue.

–Bom, são bolsas de sangue ou poodles, ratos, hamsters...

–Ok, eu me acostumo- Ele disse rindo.

–Bom saber, eu odiaria ter que ficar por ai procurando mamíferos para você se alimentar.

Ele riu novamente.

–Anna Dracul, você consegue estragar qualquer clima.

–Não era minha intenção. Eu ri e o beijei fazendo uma trilha de seu pescoço até sua boca. Anthony me beijou correspondendo e colocando sua mão sob a blusa de meu pijama – nossa! – a cada toque que suas mãos realizavam deslizando por minha pele a fazia formigar, e a cada beijo eu me dissolvia toda. Continuamos a nos beijar e em poucos segundos ele já estava por cima de mim na cama me pressionando contra ela, enlacei minhas mãos em seu pescoço e o puxei para mais perto, perto o suficiente para que eu alcançasse os botões de sua camisa e a desabotoasse a tirando logo em seguida, depois a minha blusa a sua calça e quando vi estávamos completamente nus era tão bom ter a sensação de estar tocando em sua pele quente e seus maravilhosos lábios tocando cada parte do meu corpo que me deixava muito, muito arrepiada, mas o joguei de volta a cama e puxando seus cabelos para traz nos beijamos tão intensamente que Nossa! Eu ouvi sinos e vi fogos de artifícios. Estava tudo indo tão bem que parecíamos um só, e como era bom, continuei a beijá-lo, nossos quadris estavam quase se juntando... Quando alguém bateu na porta. Yeah, minha vida era perfeita. Bem, quando eu literalmente estava me abrindo para alguém (ou minhas pernas) alguém chega, eu estava tão quente, e agora era puro gelo. Anthony levantou-se e se vestiu rapidamente. Eu corri para o banheiro enquanto ele abria a porta. Vesti um roupão e comecei a dar chutes na banheira.

–Merda, merda, merda- Murmurei- Mil vezes merda.

Me apoiei contra a parede e tentei aliviar um pouco a raiva. Respirei fundo algumas vezes e abri a porta.

–Quem era?- Perguntei.

Anthony ergueu a mão e me mostrou uma carta. Ok, confesso que eu já estava parando de gostar de cartas.

–Johann- Ele disse jogando a carta em cima da mesa e se deitando.

Ah sim, adicionei o nome de Johann no topo da minha lista de pessoas que deveriam ser aniquiladas da face da terra.

–O que está escrito?

–É um convite, para jantar.

Yeah, eu ia matar aquele cara.

Estalei a língua e peguei minhas roupas no closet. Troquei, ou melhor, coloquei uma roupa lá mesmo e sai prendendo o cabelo.

–Eu vou matar o Johann- Eu disse baixinho.

Anthony riu. Terminei de juntar minhas roupas do chão, guardei uma parte no closet e a outra parte coloquei na cesta da lavanderia.

–Que horas? Ele vem nos buscar? O que ele quer com a gente?

–Daqui a uma hora, sim e não sei, acho melhor perguntarmos a ele.

–Ah sim, vou colocar essa pergunta quase no topo da minha lista. Ele sorriu.

–Você é bom com compulsão não é?

–Sim...-Anthony disse se virando.

–Quais as chances de convencer Johann a se jogar no canal?

Ele riu.

–Algumas...- Ele disse sorrindo e fechando a porta do banheiro. Ah sim, eu ia matar o Johann.

***

Depois de tomar um banho, vestir um vestido azul marinho, com um laço roxo no decote, alças largas e tecido solto até o joelho, descemos até a recepção para ver se o Sr. Acaba-com-o-meu-momento havia chegado. E sim, ele havia chegado. -Achei que nunca viriam. Revirei os olhos. Johann estendeu a mão para que eu entrasse no banco do passageiro, na frente do carro, do lado do assento dele. O encarei com a pior cara que tinha e obedeci. Me acomodei e tentei aproveitar um pouco, afinal eu estava dentro de um Hummer.

–E então, como foi o dia de vocês?- Johann perguntou tentando puxar assunto.

–Ótimo- Anthony e eu dissemos juntos.

Mas o meu “Ótimo” foi mais ou menos um resmungo.

–Qual o seu elemento Johann?

–Fogo- Ele disse tirando uma mão do volante e fazendo uma pequena chama se acender por cima dela.

–Emocionante, você usa magia ofensiva?

–Eu não chego a ter que usar... Mas pratico.

–Oh...

–Qual seu elemento?- Johann perguntou a Anthony.

–Espírito- Anthony respondeu secamente.

–Já ouvi falar desse elemento. Não é muito útil.

Era sim. Se tudo ocorresse como eu esperava, Johann iria aprender que espírito era um elemento muito, muito útil rapidinho.

–Na verdade é bem útil- Anthony murmurou sorrindo.

Yeah, esse é o meu garoto!

–Onde exatamente estamos indo?

–Você faz muitas perguntas!

–Você é um estranho, com guardiões estranhos, que eu não conheço há nem um dia e que do nada nos chama para jantar! -Oh, vou me apresentar melhor então. -Isso seria ótimo!

–Já sabe meu nome não é?

–Sim, mas se quiser me informar seu sobrenome, numero do RG, CPF, conta bancaria, senha do cartão de credito, endereço, status civil, nome do pai e da mãe, histórico familiar, descendente e escolar, hobbies, cantores preferidos, artistas preferidos, histórico de renda familiar, nome dos animais de estimação, natalidade, seu signo e ascendente, horários em que fica em casa, horário de folga dos seus guardiões, se sabe nadar, lutar, ou qualquer outra coisa que te possibilite se proteger de duas pessoas te jogando em um rio.

Anthony começou a rir e Johann ergueu as sobrancelhas.

–Acho melhor eu te escrever uma carta.

–Chega de cartas.

–Um e-mail?

–Não entro muito na internet.

–Um fax?

–Não.

–Telegrama?

–Não!

–Sinais de fumaça?

–Não.

–Libras?

–Não.

–Uma canção?

–Não!

–SMS?

–Por deus.

Ele riu.

–Chegamos.

–Graças a Deus- Eu disse saltando do carro.

Estávamos em um deque ao lado do rio, era um restaurante bem chique, portas de vidro blindex, enormes cortinas brancas de renda, mesas ao lado da água, chão de madeira escura e polida, vários outros Morois... Ow droga.

–O que mais esperar dele?- Murmurei.

–Acredite, existe muito mais do que isso para se esperar dele- Anthony sussurrou ficando de pé ao meu lado- A aura dele está meio reprimida, provavelmente está escondendo alguma coisa.

–Desde quando você vê auras?

–Três semanas... Adrian me ensinou.

–Ah.

–Caso queira saber a sua é a mais louca que eu já vi, por isso que gosto dela. Ela se espalha por todos os lugares por onde você passa, digamos que é “contagiante”. As cores dela variam de um azul turquesa para branco.

Olhei para ele e sorri.

–Podemos jogá-lo no canal e roubar o Hummer dele.

–Meu Deus, mas que rebeldia é essa?!- Johann disse ficando ao nosso lado.

–Qual delas?

Ele riu.

Entramos no salão e todos os Moroi olharam para mim. O que era de mais? Uma garota com um Moroi da idade dela? Eu nunca entendi aquilo, era inaceitável ver uma dhampir com outro dhampir, era inaceitável ver uma dhampir com um humano, era um escândalo ver uma dhampir com um Moroi! Sentamo-nos em uma mesa no deque.

Deixei Anthony escolher a minha comida, pois, o cardápio estava em alemão e eu não queria ter de me aventurar a comer joelho de porco com chucrute ou algo parecido.

–Vocês estudam na St. Vladmir não é?

–Sim- Dissemos juntos.

–Foi St. Vladmir que sofreu aquele ataque alguns anos atrás não é? Tanto é que a escola ganhou a maior fama pois não perderam nenhum Moroi no ataque.

–Sim.

–Vocês estavam lá no dia?

–Yeah, mas quase não vimos nada, estávamos no nono ano, então nossa ala da escola era outra, os ataques ocorreram em maior parte na ala dos veteranos. Os guardiões agiram rápido, então em menos de cinco minutos nós já estávamos dentro da Igreja.

–Ah sim, ótimo método.

Eu sorri e tentei pedir água para algum garçom, mas tudo que consegui foi uma jarra de cerveja.

–Você não quer beber?

–Não bebo, não isso.

–Então o que a gnädige Frau bebe?

Agora ele já estava me chamando por apelidos?

–Eu prefiro vinho.

–Que refinada!- Ele disse rindo.

Meu pai, quando se casou com minha mãe, deu a ela uma coleção de vinhos antigos, cerca de onze tipos diferentes de vinhos. Louise havia resolvido esperar eles envelhecerem mais, só que, devido ao pequeno incidente ocorrido alguns anos depois, ela simplesmente preferiu sangue do que vinho. Quando eu tinha quatorze anos, nas ferias de fim de ano, eu estava braba, pois eu queria ter ido em uma exposição de arte nudista e meus pais disseram um grande “não“, eu havia roubado uma garrafa de vinho, subido no telhado e bebido ela toda sozinha. Digamos que eu tive que aguentar meus amados pais nas outras 24 horas seguidas (já que eles não dormiam) - junto a uma baita ressaca-, me dando um sermão! O pior é que eu estava levando um sermão de Strigois. Mesmo assim aquilo não havia impedido que eu me apaixonasse loucamente pelo gosto daquela bebida.

FLASHBACK

–Vamos ter que colocar ela num grupo de apoio! Imagine August! Anna chegando lá e dizendo: Oi, meu nome é Anna, tenho quatorze anos e sou uma alcolatra. Ai todo um grupo de bebados barbudos e sujos responderiam: Oi Ann, nós te entendemos Ann. Onde já se viu! Tinha de ter puxado pra você nao é!?

–Louise! Quem bebia todas era você!

–Eu bebia para tentar te impressionar! Você nao parava de beber um segundo naquelas festas!- Louise gritava.

–Jura?

–Sim!

August sorriu e os dois entraram em uma espécie de amasso. Tentei lembrar a eles que eu estava bem ali, mas não adiantou.

FIM DO FLASHBACK

Me peguei sorrindo com aquela lembrança, enchi meu copo com a água que finalmente havia chegado e me escorei no encosto da cadeira. Brinquei um pouco com a toalha branca de algodão. Passamos, ou melhor, eu passei o resto do jantar em silencio, Anthony e Johann conversaram o tempo todo. Era até divertido ficar vendo os dois conversarem. Eu fiquei tão distraída perdida em minhas lembranças, como em uma vez que eu e Tarif estávamos acampando, quando encontramos um alce preso com as galhadas em uma arvore, nós soltamos ele e quando vimos, tres caçadores apareceram e comeram a brigar com Tarif, yeah, aquele dia havia sido engraçado, Tarif socou a cara de um deles e quebrou o hifle de outro, eles sairam correndo feito maricas. Naquela noite nós dois comemos marshmallows e rimos daqueles caçadores. -Anna?- Johann chamou.

–Estou viva, o que deseja?

–Gnädige Frau, seja mais sutil.

–Ah sim, eu estou respirando oxigenio suficiente para manter minhas células e neurônios vivos e varias outras coisas que não acho necessário mencionar.

–Que esclarecedor. Agora, é verdade que conseguiu vencer o guardião Belikov na experiencia de campo?

–Sim. Ele não foi um dos meus adversários mais difíceis- Eu disse sorrindo.

O adversário mais difícil, na minha opinião, havia sido Tarif, e em seguida meu pai. Não sei se era porque Tarif era indiano ou algo do tipo, mas ele era rápido, astuto, forte- uma vez ele conseguiu me erguer no ar com um braço só-, Tarif havia estudado em uma academia na Índia até seus quinze anos de vida, depois de lá havia vindo para a America e se formado junto ao meu pai... Eu considerava Tarif como um segundo pai, eu lembro de como ele dizia que iria ficar tudo bem depois que os meus pais haviam sido “acordados“:

FLASHBACK

–Vai ficar tudo bem, Anna. Se o destino fez isso com eles é por que você e eles tem que aprender alguma coisa com isso.

–Eu queria voltar no passado- Eu chorava- Eu queria voltar naquele dia e fazer com que nós fossemos ao shopping ou algo parecido!

–Não existe passado, só existe acabado e inacabado.

FIM DO FLASHBACK

Tarif tinha o proprio jeito de lidar com as coisas, e eu amava aquilo, amava o jeito de como ele era sábio, amava o jeito de como ele cuidava de mim e sempre entendia tudo, de todos os lados e modos. Eu amava quando nós dois íamos treinar, de quando eu conseguia derrubá-lo e ele reclamava de estar com dor nas costas o resto do dia, e de quando ele me levava em suas viagens e me apresentava a um milhão de outros guardiões importantes- e de como eu derrotava a maioria deles rindo-, e jurava que uma vez havia ouvido ele me chamar de filha.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Aguardando os reviews!
Com amor,
Rafa