Learning on vampire academy escrita por Mystic


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Bom, esse capítulo está pronto há uns meses, mas estou postando ele agora.
Agora podem acreditar em mim! As próximas postagens(até o final da fanfic) já estão programadas... Um capítulo por dia, tudo bem?
Boa leitura.



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Yeah, os eventos daquela noite não foram nada - quando digo nada, é realmente um NADA-legais.

Na parte debaixo da casa, ou sei lá o que era aquilo, Clara estava sentada em um sofá, parecendo emburrada.

– Por que ela está aqui? – Sussurrei para Anthony, de repente ficando antissocial.

– Ela veio escondida dentro do porta malas. Quando encontraram ela, já era tarde demais. – Anthony respondeu.

Clara sorriu de canto para mim antes de entrar dentro de outro carro. Eu mal sabia qual a lógica para ela estar ali.

Enquanto via um dos guardiões dirigir um carro que atravessava a ponte do Broklyn ( Eu não sabia como fui parar no Broklyn, talvez a casa de alguém que me ajudou fosse por lá? Enfim, não tentei me dar ao caso, afinal, qualquer coisa do tipo fazia minha cabeça latejar), tentei enumerar o que havia acontecido nos últimos dias.

Meus pais eram strigois. Certo. Só que eles não eram o que eu me lembrava, agora tudo o que eu sabia era que minha vida toda fora uma farsa completa e meu corpo transbordava compulsão.

Minha mãe tentou me matar.

Minha mãe tentou matar meu pai.

Meu pai morreu.

Anthony aparece do nada e diz que está tudo bem.

Não tinha NADA BEM!

Respirei fundo e tentei olhar um pouco da noite lá fora, no horário humano, então a lua brilhava no céu e as águas do rio eram bem escuras. Meu corpo se recusava a fazer qualquer movimento brusco e eu me recusava a olhar para Anthony, porque toda santa vez que eu olhava para ele, ficava com a sensação de que tudo ficaria bem. E não, nada, NADA, ficaria bem.

Fechei meus olhos e tentei centrar todos os momentos da minha vida que provavelmente eram mentira. As férias em casa, algumas (pouquíssimas, afinal praticamente nunca saímos de casa) viagens. A única coisa que eu não conseguia catalogar como compulsão era Tarif. Não, era impossível. E, bom, se formos pensar, ele era a ultima pessoa familiar que havia me sobrado. Eu deveria estar com uma maldita carência emocional, porque, de um momento para o outro, a única coisa que eu queria era abraçar alguém e chorar (de novo).

Senti um nódulo subir pela minha garganta e lagrimas quentes começaram a escorrer pelo meu rosto. Senti Anthony apertar minha mão. De alguma forma me senti “quente”, como se aquilo me reconfortasse. Apoiei minha testa contra o vidro e tentei parar de chorar.

– Anthony, me deixa, seu idiota. Quero ficar sozinha.

Fui arrastada para uma lembrança de uma garota de 12 anos chorando.

– Não. – A voz na puberdade, meio rouca, disse do outro lado da porta – Anda, Anna. Abre a porta.

– Você não pode entrar aqui. – Falei – Vai embora.

A maçaneta mexeu durante algum tempo. Acabei destrancando a porta e limpando o rosto com a barra da blusa.

– Eles não te esqueceram aqui, você vai ver, ano que vem com certeza eles vão aparecer. – Anthony falou – Seus pais devem estar ocupados.

Como ele sabia dos meus pais?

– Não vão não. – Respondi histérica – Eles me odeiam, eles me odeiam mesmo.

Anthony se sentou à minha frente e me encarou serio.

– Se eles te odeiam, então fique aqui.

Meu rosto já estava inchado.

– Eu não deveria ter te contado isso. Eles vão me odiar mais ainda.

– Vai ficar tudo bem. – Anthony disse – Você nunca me contou isso.

Contar o que?

Ham?

Pisquei algumas vezes e apertei com força os olhos antes de encarar Anthony, suspeita.

– O que você... – murmurei, antes do carro bater em alguma coisa extremamente forte e voar para trás.

“cuidado.”

Apaguei por breves segundos antes de acordar presa pelo cinto de segurança no banco de trás, o carro com o a parte da frente completamente amassada – um buraco no meio dela. Os dois guardiões na nossa frente estava desacordados, sangue escorrendo por suas testas.

Cacos de vidro estavam no meu cabelo e no meu rosto, minha visão zonza. Tentei soltar o cinto e abri a porta do carro, caindo para fora. E de repente percebi que esses breves segundos deveriam ter sido poucos minutos, porque aquilo tudo estava um caos.

Não tive tempo para contar a dedo quantos strigois tinham ali, olhei para trás e percebi que o meu lindo Moroi não estava no carro. Mais adiante vi Clara com ele e alguns guardiões, o motor de um carro explodiu em algum lugar perto de nós.

Tudo bem, certamente eu teria permanecido sentada até minha cabeça parar de girar como se eu estivesse bêbada, mas a trágica figura pálida de cabelos castanhos apareceu de relance na minha visão periférica. De repente a ideia de ficar órfã não foi tão ruim assim.

Tentei me levantar e sair correndo, ou ter super poderes e atirar um laser nela. Minha cabeça, todas as minhas ideias voltaram a se contorcer...

“Monstro”

“não. Mãe”

“monstro.”

Comecei a suar frio e fechei os olhos com força, rezando para que tudo aquilo parasse. Mas não parou. Fui arrastada pelo cabelo pelo asfalto enquanto me debatia, cheguei a considerar ameaçar me jogar da ponte. Tentei me segurar em alguma coisa, como uma criança fazendo manha, mas minhas unhas simplesmente deslizaram e se quebraram todas, graças ao atrito, e a ponta dos meus dedos começou a sangrar Gritei, e acho que chamei atenção.

Louise largou meu cabelo e sussurrou alguma coisa rente ao meu ouvido, não entendi bem. Tinha a ver com “mecha-se e morra”.

Como se eu não fosse morrer.

Levei as mãos ao rosto e me senti horrível. Minha cabeça chiava, eu queria ficar perto dela, queria ficar perto da minha mãe. Lá era seguro. Não, não era seguro. Ela era um strigoi, não era a minha mãe! Mas se...

Que merda de compulsão, foi o único pensamento lúcido que consegui ter.

Vi Louise falar em rugidos com outro strigoi e ameaçar o atacar. Fiquei de joelhos e corri em direção a um dos carros abandonados, provavelmente os donos deveriam ter saído correndo com a visão. Tentei me apoiar na porta e conseguir fôlego para correr. Todo o progresso físico que Anthony conseguira fazer comigo tinha ido para o espaço.

Respirei fundo, sem saber o que fazer. Eu não iria me dar por vencida. Bom, não iria fazer aquilo psicologicamente, porque, fisicamente, eu mal conseguia mover uma perna.

Yeah, mas senti mãos pequenas em mim. Olhei de relance para Clara.

– O que você vai fazer? – perguntei.

– Ajudar você. – Ela avisou.

– Suma daqui.

– Não. – Ela tentou me ajudar a levantar. Pela minha visão embaçada, não vi Louise e o outro strigoi.

Menos de dois metros dali, fui jogada com força no chão e Clara gritou.

– Louise! – Gritei alto, chorando – Não.

Acho que pude ouvir o “creck” que a coluna de Clara fez quando bateu contra um suporte da ponte. E ela continuou lá, de olhos abertos, a cabeça pendendo para o lado no escuro e a boca levemente aberta.

Louise andou em minha direção novamente. Fiquei em choque, não consegui me mover. Ela me pegou pelo pescoço e me encarou com raiva. Aquela imagem, aquela expressão, fixou-se em minha mente tanto, que precisei de dois e meio de terapia semanal para recuperar.

– Vou te dar uma ultima chance, Anna. – Ela avisou.

Me debati e tentei chuta-la, mas quando se está levando uma mordida de strigoi não é tão fácil de controlar.

Meu coração pulsava forte, muito forte, quando ela parou e me jogou com força há pelo menos 5 metros dela. Minhas costas ralaram no asfalto e eu bati contra a mesma parede que Clara estava apoiada, morta, mais a frente.

Comecei a ficar gelada e tentei me levantar, sentindo gosto de sangue na garganta. Ouvi um leve chiado e de relance vi outro strigoi. Eu o conhecia, mas não me lembrava de quem era.

Ele não correu diretamente para mim. Nada disso aconteceu. Meu coração pulsava forte e doía, meu cabelo estava grudado no rosto, atrapalhando a visão. Não que eu visse muita coisa. Tentei continuar me apoiando naquelas barras de ferro, minha visão começou a ficar destorcida e em tons de vermelho. Dizem que, quando se está prestes a morrer, sua vida toda passa pelos olhos.

Gostaria de ressaltar que nada disso aconteceu.

As barras estavam quebradas por uma distancia de quase dois metros. Um carro deveria ter caído ali. Minhas mãos não encontraram apoio, e, com o corpo flácido e desnorteado, eu cai para aquela escuridão profunda.

Talvez alguém tenha gritado meu nome, eu não sei.


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Notas finais do capítulo

Bom, vocês devem saber do meu amor por comentários, então, se quiserem, deixem alguns !
Até o próximo capítulo.
Com amor,
Rafa



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