Learning on vampire academy escrita por Mystic


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Tudo bem, tudo bem, prometi que nesse capítulo teríamos uma surpresa....
hahaha, nos vemos lá em baixo!



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Foram-se muitos dias até que minha cabeça desistiu de tentar algo. E foi nesse meio tempo que Louise começou a sair e deixar August sozinho comigo. E ele aparentemente não se sentia bem no mesmo espaço que eu. Não sei se eram meus olhares feios escancarados, ou... não sei, é tudo tão estranho.

Tudo bem, como uma boa guardiã em treinamento que sempre prestou atenção em todas as aulas, comecei a tentar reconhecer melhor o perímetro. Eu não saia muito do quarto, na verdade, nunca queria sair de lá.

Curti um pouco daquela noite ensolarada, ou manhã para vocês. Jurei a mim mesma que nunca mais usaria seda se conseguisse sair dali. Arranquei a camisola de seda que Louise quase me obrigara a vestir e sentei na cama, abraçando meus joelhos. Tecnicamente era a única hora que eu me sentia segura, o sol adentrando a janela com a cortina fina.

A casa era um silencio, como sempre. Não gostava de pensar no que August e Louise queriam. Não, eu não gostava. Eu realmente só queria sair dali, esquecer que tudo aconteceu, me formar como guardiã – o que agora eu estava completamente decidida a fazer – e poder ter o mínimo de felicidade sobre minha vida.

Sai da cama e revirei as cômodas a procura de alguma coisa que não custasse mais do que a mesada que recebia de Tarif todo mês... Ah, tio Tarif, eu tinha medo do que iria acontecer com ele. Bom, eu também não sabia o que iria acontecer comigo. Ser enforcada ou presa por algo que nunca fiz não era algo agradável, porém, na verdade, eu não sabia se eu realmente não havia feito nada, uma vez que eu estava completamente convencida de que eles haviam usado compulsão em mim a vida toda.

Eu não consigo explicar o quanto me senti idiota por nunca ter pensado naquilo.

Mas enfim, voltando a minha situação naquele momento: Precisava bolar um plano para sair de lá.

Vesti uma blusa de lã vermelha vinho e um jeans de marca bem cara. Enfim, era melhor do que um vestido de seda com bordados. Eu precisava sair dali, e minha ultima chance era meio estranha. Eu iria sair dali, mesmo que não fosse do jeito que eu esperava.

Criei coragem e abri a porta do quarto, descendo a escada até o andar de baixo – mais escuro que uma caverna – o ar era mais frio lá.

Usei todas as forças que tinha para conseguir chamar Louise de “mãe” novamente.

Ela demorou um pouco para aparecer, mas acabei dando de cara com ela quando resolvi tentar descer no porão. Louise simplesmente me encarou, os olhos vermelhos e a pele pálida.

– Preciso falar com você.

– Estou aqui. – Ela disse. Fria.

Engoli em seco.

– Mãe... É sobre aquilo. – Falei, tentando não ter que pronunciar aquelas palavras.

O rosto dela expressou uma rápida surpresa, tocou meu ombro e me empurrou até a sala escura. Por pedido meu, ela acendeu a luz.

– Onde está August?

O cabelo castanho claro acompanhou seu rosto em um movimento rápido em minha direção.

– Você disse que queria falar sobre como vai ser acordada, Anna. Não mude de assunto.

Suspirei. Ela puxou uma cadeira e se sentou a minha frente com as pernas cruzadas.

– Pode começar a falar. – Mandou.

– Você disse que eu poderia escolher. – Respondi.

Ela sorriu.

– Suas escolhas... Hm... Dependem do meu humor. Mas por enquanto, a questão é se você vai aceitar ir de bom grado ou não.

Encarei a janela pintada de preto coberta por grossas cortinas.

– Eu irei. – Falei, sentindo parte da minha alma se desprender. Meu coração acelerou só com a ideia de eu estar concordando em deixar eles me transformarem em strigoi – Mas tem uma condição.

Sua expressão continuou neutra.

Avaliando o comportamento de Louise e August nos últimos dias, eu percebera que...bem... eu realmente não queria que Louise voltasse a beber de mim.

– Quero que August, quer dizer, meu pai, faça isso.

Ela bufou.

– Por que quer isso? O Sangue dele é fraco. – Falou, como se eu obviamente entendesse do assunto.

– Eu quero. – Falei – É isso ou nada.

Ela sorriu.

– Entenda, meu amor... É isso ou enfio minhas presas em seu pescoço de novo, de uma forma que vá doer bastante, e te acorde do mesmo jeito.

August, por incrível que pareça, apareceu na porta.

– Louise. Você ouviu ela. O que ela pede não é nada demais.

Louise o encarou com olhos em chamas.

PONTO! Prendi o ar e tentei não sorrir, uma pequena parte do que eu queria tinha dado certo.

– Não vou deixar você fazer isso. – Ela disse, levantando da cadeira sem tirar os olhos de August – É uma questão de honra. Eu que sempre quis isso. Eu o farei.

Senti uma pontada de ódio no olhar de August. Oh, Louise não o via como o macho dominante.

Porém, uma coisa que eu não entendi aconteceu: Antes da hora Louise simplesmente atacou ele, sem motivo algum.

Dei um pulo para trás e cai no chão, sendo completamente ignorada por ambos.

– Não consigo olhar para essa sua cara por mais um minuto. – Ela falou, chutando o corpo do outro strigoi no chão.

August rapidamente se levantou e reagiu contra ela, jogando-a contra a parede, perto de mim.

Corri na outra direção, vendo uma leve fresta de luz passando por baixo da porta da frente da casa.

– Eu – ele murmurou – Não consigo mais olhar para essa sua cara por mais um minuto.

Fechei os olhos antes de ouvir o barulho das prateleiras de vidro quebrando. Ouvi Louise gritar, meu coração doeu por causa daquilo. Um instinto quis me fazer voltar para ajudar ela, minhas memórias de quando era mais jovem voltaram, das férias na escola que eu passava enclausurada em um quarto em uma casa com dois strigois... Toda a compulsão se fora, a única coisa boa que sobrara de Louise era a lembrança de uma vez que ela sorriu para mim.

Ouvi o barulho da janela do outro cômodo se quebrando, olhei brevemente para trás e vi que a cortina ainda estava de pé, mas em algumas partes a luz entrava abertamente na sala. Não ouvi gritos, mas ouvi barulhos por outros lados da casa.

Aproveitei da deixa e tentei abrir a porta da frente, trancada. Peguei uma cadeira e joguei contra a janela da sala com força, a luz da manhã adentrando a casa. Vi Louise estática no corredor que levava a cozinha, me encarando.

Pulei a janela sem pensar duas vezes e não olhei para trás por pelo menos 3 quarteirões. Meus pulmões ardiam em fogo, indicando que eu não fazia algo do tipo há pelo menos dois meses, meu corpo estava completamente desacostumado. Mas eu estava em um lugar completamente diferente do que eu me lembrava, não haviam casas vazias. Percebi que deveria estar no Brooklyn. Quando me deparei com isso minha cabeça voltou a doer muito. E meu ritmo imediatamente diminuiu.

O mundo simplesmente começou a girar, parei de correr em uma calçada, algumas pessoas deram conta do meu estado, porém simplesmente passaram reto. Comecei a suar frio e quis gritar, a ultima coisa que consegui distinguir antes de entrar em um estado de “apaga, acorda” foi que um homem com uma tatuagem dourada na bochecha me segurou pela cintura e me ajudou a sentar em um carro.

–--------LO-----------------

Acordei quando mãos quentes – uma sensação adorável – tocavam meu cabelo. Apertei os olhos e recusei-me a acordar. Minha pele arrepiou-se só pela lembrança de August e Louise... Uou, eu estava lá?

– Anna. – Uma voz firme chamou.

Meus olhos arderam com a luz do quarto. Senti que alguém estava sentado ao lado do meu corpo estirado na cama. Minha cabeça não doía mais.

– Acho que dessa vez você acordou. – Anthony sorriu.

Tentei imediatamente me sentar na cama.

– É impossível você estar aqui. – Falei.

– Recomendo que você não volte a dormir, pode ser um sonho. – Ele disse.

Sorri. Espera... ele estava ali?

– Anthony... – murmurei.

– Fica quieta, Anna. Voce tem uma ótima fama por acabar com climas.

Eu sorri e em um gesto rápido e pesado o abracei.

– Não seja rude comigo. – Falei – Sou sentimental.

Ele riu e me apertou forte. Ficamos abraçados por alguns segundos, eu tentando exasperadamente expulsar qualquer pensamento pessimista que me viesse a mente.

– Senti saudades. – Ele disse quando me afastei.

– Já posso quebrar o clima? – perguntei.

Ele suspirou.

– Pode.

– O que eu estou fazendo aqui? – perguntei analisando o quarto. Era um quarto comum, paredes brancas, cômoda de madeira, cama de madeira, janela aberta. Um dia radiantemente escuro lá fora, com a lua no ápice. Deveria ser hora do almoço.

– Um alquimista encontrou você... te levou pra casa e ligou para o conselho, dai eles mandaram alguns caras aqui.

– E o que você esta fazendo aqui? – perguntei, lembrando claramente que eu estava sendo acusada de espionagem.

– Hm... Contatos. – Ele sorriu.

Devo ter perdido a cor ao me lembrar de que provavelmente eu iria direto para alguma prisão depois dali.

– Anna? – Ele perguntou.

– Eu vou morrer... – murmurei.

– Não vai não. – Anthony disse.

– O que vai acontecer? – perguntei, encarando meus pés pálidos.

– Anna. – Ele disse confiante – Respira, vai ficar tudo bem.

– Não vai ficar tudo bem.

Provavelmente ele ainda não entendia do que eu estava falando.

– Vai sim. – Tocou meu ombro – Hey, olha pra mim. Vai ficar tudo bem, eles não vão fazer nada de ruim com você.

Alguém bateu na porta e a abriu.

– Acho melhor já... Ah, ela acordou. – O homem concluiu – Vamos sair em meia hora, estejam prontos.

Anthony fez que sim e o cara voltou a fechar a porta.

– Não acredito em você. – Falei.

– Bom, qualquer coisa podemos largar tudo, comprar terras no Novo México e eu posso virar agricultor.

– Achei que já tínhamos falado sobre isso.

– Obviamente, mas esse é meu plano “E”, em todo caso.

– Qual é o “A”?

– É meio longo.

– Vai ficar tudo bem, Anna. Eu, Johann e Tarif... conversamos com o conselho... eles vão fazer algumas perguntas e tudo vai ser bem particular, vai ficar tudo bem. – Anthony disse.

– Johann?! Tarif?!

– Eu ainda estou surpreso com a sua calma.

– Eu também. – Comentei. Normalmente eu já teria tentando saltar da janela. Percebi que minhas mãos possuíam alguns cortes... eu deveria ter cortado quando pulei pela janela na casa onde Louise e August estavam.

– É melhor você se arrumar para ir. – Ele disse.

– Tarif está aqui? – Perguntei.

– Não. Ele ficou lá na corte. – Sorriu – Mas Johann está.

Franzi o cenho e me levantei.

– O que Johann está fazendo andando com você?

Ele deu de ombros.

– Eu não tinha a quem recorrer, então pensei em cobrar favores por 17 anos sem afeto ou carinho.

– Você... – Gaguejei.

Ele riu.

– É, Anna. Eu fiz muitas coisas nesses últimos três meses, mas agora quem tem que começar a falar é você.


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Notas finais do capítulo

Bom... O que acharam?
E não, a surpresa não estava no capítulo. Ou estava? Levem como quiser!
Bom, a surpresa basicamente é isso:
http://www.youtube.com/watch?v=AxUuZZdQZLQ&feature=youtu.be
Um trailer da nossa proxima fanfic. Eu e a Giu pretendemos dar inicio nela assim que acabarmos essa... hum... então aguardem!
Espero que tenham gostado do capítulo!
Me digam o que acharam!
Com amor,
Rafa
PS: Espero que voces bolem bastante teorias para o comportamento calmo da Anna com o Anthony nesse fim de capítulo.



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