Learning on vampire academy escrita por Mystic


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Hey, eu disse que o proximo cap. ia sair rápido! Oh, no proximo cap temos uma novidade para voces! Creio que vão amar!
Eis o capítulo!



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É fácil afirmar que strigois são maus. É mais fácil ainda afirmar que strigois são sádicos.

Não era comum, mas durante minha estadia lá, algumas vezes Louise levava o “jantar” para casa. Na maioria das vezes eu me trancava no quarto, quer dizer, eu quase nunca – que eu me lembre – saia do quarto.

Eu podia ouvir os gritos e os passos pesados contra o piso, mas era tão estranho... Eu não tinha vontade de fazer nada.

Me peguei encarando um calendário certo dia. Minha cabeça deu um nó e começou a doer, mas alguma coisa dentro de mim me obrigava a continuar olhando.

Minha bolsa estava pendurada atrás da porta, a luz da lua passava pela janela, eu não me importava em ligar a luz.

Já está na hora de acordarmos ela, August. Não tem mais nada para esperar!

A garota está assustada, Louise. Você não pode simplesmente fazer isso a força.”

“ Ela continuar assim só vai piorar as coisas. “

Se você não parar de mudar as lembranças dela desse jeito, as coisas nunca vão parar de piorar. Dê um tempo a ela, ela precisa pensar, Louise.”

“ Eu já dei mais de 10 anos a ela. – Grunhiu.”

“ Então dar pelo menos mais uma semana não vai fazer mal algum.”

Eu não consigo explicar qual foi minha sensação quando ouvi aquilo. Meu coração foi a mil, acabei recuando e batendo contra minha bolsa, que caiu no chão e todas as coisas que estavam dentro dela se esparramaram.

Algumas coisas foram para baixo da cama, alguma coisa pequena e brilhante chamou a atenção lá em baixo. Era um broche, alguma coisa parecida, tinha alguns enfeites em cristais em uma armação de prata. Dava para prender na blusa, ou colocar um cordão e usar como colar. O que importa é que, quando toquei aquilo, tive o maior e mais prolongado momento de lucidez em dias. Sem pensar duas vezes, tirei a corrente do nazar em meu pescoço e adicionei o obejeto a ela.

Terminei de arrumar as coisas, minha visão começou a ficar turva e não passar de borrões. Consegui ir até a cama, minha cabeça a mil, meus pulmões pareciam arder em chamas, suor frio escorria pelo meu rosto.

De repente eu quis gritar, era como se facas estivessem sendo lançadas contra o meu peito, minha cabeça... tudo.

Quando voltei a mim, Louise segurava minha cintura e perguntava o que aconteceu. Eu comecei a chorar, minha cabeça pulsava forte... Meu corpo ficou frio, eu estava em uma geleira, meus braços congelados...

Yeah, eu realmente estava com sérios problemas.

–-----------Learning On------------------

Na noite seguinte acordei estranhamente, sem nenhuma dor de cabeça. As roupas que eu vestia eram novas e não estavam sujas.

A casa estava em silencio, como na maioria das vezes. Louise e August nunca conversavam, o máximo que faziam era trocar olhares estranhos.

Minha cabeça começava a voltar ao normal, memórias voltaram a minha mente.

Voltei a encontrar a carta de Johann.

Primeiramente espero que não cause transtornos eu colocar uma carta dentro da sua bolsa, Anna.

Espero que Anthony e você tenham chegado, ou cheguem – realmente não sei quando você irá encontrar essa carta.”

Provavelmente mudei de cor. Anthony.

Anthony, Anthony, Anthony.

As expressões no meu rosto foram mudando a medida que eu me lembrava dos detalhes dos últimos meses. Bom, me lembrar de que eu tinha perdido a virgindade não foi muito legal.

– uou...- Murmurei.

Alguns minutos depois a “novidade antiga” já tinha deixado de ter sua fama em minha cabeça. Pequenas coisas, lembranças, de quando eu era menor e convivia com Louise e August foram se ligando... Em nenhum momento eles haviam sido “bons” como eu me lembrava, não, nunca. Aquilo tudo... aquilo tudo... todo aquele tempo eles haviam usado compulsão em mim.

Suspirei, tentando manter o máximo de silencio no quarto. Louise me vestira como uma boneca, com roupas de marca e, se dependesse, maquiagem. Naquele momento eu usava uma camisola de seda com vários enfeites bordados, que sem duvida, era um item muito caro.

Levantei meu corpo e andei até a janela, colocando o cabelo para trás e fazendo o possível para transforma-lo em alguma coisa mais natural, pois nem ele se livrara de Louise. A lua brilhava fraca. Eu não podia ver muito mais adiante, era tudo muito, muito escuro, como se estivéssemos completamente isolados. Mas eu sabia que não estávamos

Eu precisava sair dali. Eu precisava arquitetar um plano, no entanto, mais e mais “pequenos pedaços” de lembranças iam voltando a mim. Tudo bem, eu estava sendo procurada pela corte, eles diziam que eu era uma infiltrada.

Se alguém me dissesse isso na escola, com certeza levaria um belo soco na cara. Bom, eu não estava lidando com colegas, e sim com guardiões formados que queriam me prender – ou matar. E pelo que eu me recordava, a única coisa que faltava fazer era provar minha inocência. Ah, sem problemas, aquela parte era fácil.

Abri a porta do “meu quarto” e vi que estranhamente nem Louise e nem August bancavam a guarda lá em baixo. Eu não sabia porquê. Deveria ser uma das várias vezes que ambos estavam caçando.

Tranquei a porta, como se 10 cm de madeira fossem me proteger de alguma coisa. Vasculhei minhas coisas, meu celular deveria estar por ali. Deveria, mas não estava.

Suspirei mal humorada e voltei a abrir a porta, descendo as escadas e dando de cara com uma casa escura e fria. Acendi a luz e andei por toda a casa procurando algum telefone ou coisa do tipo. Acabei voltando lá para cima quando me dei conta de que eu realmente não sabia para que lado ir lá fora. Minha cabeça ainda era um verdadeiro “nó” em localização.

Acabei dando de cara com um quarto de criança, ou um quarto de uma adolescente que ainda gostava da Barbie. As roupas não me serviriam nunca, eram todas de alguma garota extremamente magra. Bom, pelas fotos na parede, ela era sim.

Passei para o quarto que me parecia ser de adultos, um closet pequeno e uma cômoda. Comecei a abrir as gavetas freneticamente até que encontrei um tablet dentro de uma capinha rosa e um celular da Apple desligado. Pela minha experiência de vida, aquela coisinha, caso não estivesse com sua bateria, iria demorar para ligar. Mas percebi que ele só estava em modo repouso e dispunha de 10% de bateria, deveria ter sido tirado como castigo de alguém, pois várias conversas e notas ainda estavam abertas e pela metade. Não perdi muito tempo lendo as mensagens que diziam “Ou, você está ai? Saiu do nada?” ou “Katy?”.

Disquei o numero de Clara na tela, rezando para que aquilo ainda possuísse creditos. Bom, o telefone tocou e tocou, e eu quis jurar que se visse Clara novamente em minha vida, acabaria com a cara dela só por causa da demora.

– Quem é? – Ela perguntou baixinho.

– Da próxima vez que demorar para atender... – resmunguei.

– Anna, sua desgraçada. Está rolando boatos de que você morreu.

Fui dizer alguma coisa, mas ela continuou.

– Eles estão cogitando a ideia de que os strigois também deram um fim em você ou algo parecido. Anthony também sumiu, quer dizer, ele não voltou para a escola, mas ouvi Rebecca dizer que viu ele e um cara alto com sotaque na corte.

– Cara alto? – perguntei.

– Isso não importa. Onde você está? Cara, eu não sei o que está acontecendo, mas aquele cara falou com a Rainha, e a Rainha falou com o conselho, e Anthony também falou com o conselho.

– Chega. – Falei – Eu acho que os strigois realmente deram um jeito em mim.

– Como assim? – Perguntou frenética.

– Por que você acha que eu desapareci?

– Mas que strigoi? Quer dizer, o que eles querem?

– Strigois. – Corrigi – Bom, e eu acho que eles querem voltar a formar uma “família feliz”. – murmurei.

– Anna. – Clara disse séria – Onde você está?

– Você tem que acreditar que eu não sei. – Falei.

– Anna, depois de tudo isso... Argh. Se voltarmos a nos ver, juro que acabo com você.

– Acabar comigo? – Sorri. Me senti calma, quase segura – Vai ser meio difícil. – Brinquei.

– Eu estou falando sério. Anna, precisamos fazer alguma coisa sobre você.

– Eu estou tentando fazer alguma coisa sobre mim! - Me sentei no chão acarpetado do quarto, a brisa fria passando pela janela.

– Eles diminuíram as buscas, acho que Anthony contou sobre o ataque que vocês sofreram naquela rua.

– Voce não disse que não sabia de nada?

– Você precisa dar um jeito, não sei, precisa mostrar para eles que você nunca fez nada de errado.

– É isso o que eu estou tentando fazer. – murmurei – Preciso conseguir sair daqui.

Continuamos em silencio por alguns segundos, ambas pensando. Até que a porta daquele quarto se abriu rapidamente e uma figura gélida me deu um olhar mortal da porta.

– Louise... mãe... eu... – Falei, largando o celular.

Ela não disse nada, a única coisa que vi e ouvi foram seus punhos serrados e um grito – que era meu.

Lembro que meu corpo foi prensado na parede há uma distancia de trinta centímetros do chão. A luz fraca que entrava da janela foi suficiente para deixar em destaque as suas presas pálidas. Os olhos vermelhos me encararam por breves segundos, antes de encravar suas presas no meu pescoço e os ocultar.

Gritei de dor novamente, meu coração acelerou e comecei a me debater. É mais que óbvio que aquilo não adiantou em nada.

Bom, é quase impossível descrever a sensação das endorfinas no sangue, se espalhando por todo seu corpo. Sei que fiquei boba, aquela sensação de prazer irradiando pelos meus músculos e veias. Uma nevoa feliz invadiu minha mente, aquela sensação maldita que dizia que tudo estava bem, que eu estava segura e que meus problemas não existiam.

Minhas pálpebras ficaram pesadas. Vi August na porta, encarando a cena, e então apaguei.

–-------------- Learning On Vampire Academy -------------

Acordei mais cedo do que achava. Quando digo acordei, quero dizer que literalmente acordei, não havia nevoa como eu esperava, meu corpo estava “limpo”. Mas aquilo não impedia que eu me sentisse extremamente fraca e mal equilibrada.

O sol brilhava fraco lá fora, uma nuvem grossa de nuvens na sua frente. Suspirei e toquei a ferida recente em meu pescoço, havia roxos em meus pulsos e meu couro cabeludo doía.

Diante daquela situação... eu realmente precisava sair dali.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem.
Bom, bom, bom. A fanfic vai ter uns 6 capítulos a partir daqui. Então sintam o gostinho de cada palavra!
Nos vemos nos comentários.
Com amor,
Rafa e Giu!



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