Learning on vampire academy escrita por Mystic


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Eai, meninas?! Como vão vocês!?
Hm, chega de enrolação. Tem capítulo novo, sei que vocês querem ler!
Boa leitura!



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– Onde está Louise? – Perguntei.

– Sua mãe está resolvendo umas coisas. – Ele respondeu tirando o prato vazio da minha frente e logo depois perguntando se eu queria comer mais alguma coisa.

Respondi que não e voltei para a sala, procurei um interruptor e acendi a luz.

– Acho melhor você continuar deitada, querida. – Ele disse me servindo de apoio pela cintura – Sua cabeça não vai melhorar tão rápido.

Levei minha mão até a nuca e senti uma leve ardência.

– Já cuidei da dor. – Ele avisou voltando a se sentar no sofá.

Meu cérebro não processou aquilo nem à força, na verdade quanto mais que eu tentasse pensar naquilo, mais meus pensamentos eram levados para longe. Resolvi me sentar no sofá e ficar em silencio. Permaneci daquele jeito por alguns minutos até que adormeci.

Acordei por volta das 8 da noite do mundo humano na cama novamente, respirei fundo e percebi que daquela vez não era só eu e August que estávamos na casa.

Encarei o corpo praticamente imóvel sentado no banco da janela aberta por alguns segundos. O cabelo castanho claro em sincronia com a pele sobrenatural, permaneci imóvel até que ela olhou para mim.

– Achei que você nunca ia acordar. – Sorriu enquanto andava até a cama e se sentava junto a mim.

Sentei-me junto a ela e não disse nada, na minha mente não existia o que dizer.

– Você parece doente, querida – Disse tocando meu rosto e o encarando – Me diga o que sente.

– Nada – Respondi encarando os olhos castanhos avelã a minha frente – Eu estou bem.

Sua expressão permaneceu gélida.

– Vou te dar algo para comer. – Avisou se levantando e desaparecendo pelo corredor.

Respirei fundo. Não me sentia confortável, mas também não me sentia desconfortável. Não sei explicar... Eu simplesmente “não me sentia”.

–----------------LEARNING ON---------------

Na noite seguinte Louise voltou estranha.

– Acho que isso é seu. – Ela disse com a voz mais estranha do que sua expressão.

August a encarou com uma outra expressão mais estranha ainda.

É, e aquilo era meu.

Peguei minha bolsa e segurei como se estivesse protegendo uma criança.

– Onde você conseguiu isso? – Perguntei.

Ela que já estava na beira da escada se virou e sorriu.

– Ah, meu amor, Aadash fez a honra de me devolver. – Deu um olhar fúnebre para o meu pai e saiu.

– O que você fez dessa vez? – August perguntou.

– Seria mais fácil perguntar o que eu deixei de fazer. – Avisei.

– E o que você deixou de fazer?

– Comprar um pônei.

Se ele ainda tivesse um senso de humor pelo menos quase “dhampirico”ele teria rido.

– Isso não é bom. – Avisou.

– Eu não ter comprado um pônei? –Perguntei.

– Por que você sempre tenta bancar a engraçadinha quando fica tensa, Anna?

– Não estou tensa.

– Se me dissesse isso 14 anos atrás eu teria acreditado.

– Por que 14?

– Por que com 3 anos você ainda não sabia mentir.

– Não é uma boa desculpa. – Avisei.

– É sim – Ele disse se levantando e andando até a escada – Você não pode negar isso.

E ele também desapareceu.

Esperei alguns segundos antes de abrir minha bolsa e vasculhar o que tinha dentro, afinal eu mesma não lembrava.

Não havia nada de mais lá... Papeis e papeis e papeis e um papel maior dobrado ao meio com meu nome escrito.

Tirei o papel da bolsa e o estendi na minha frente. Analisei a escrita e tentei distinguir de quem era, avaliei a escrita e a falta de uma assinatura digna( existia apenas um rabisco em alemão que eu não entenderia nem se Chace Crawford fizesse um pole dance indiano na minha frente), mas pelo que entendi era uma carta de Johann.

Terminei de ler a carta e percebi que precisava me lembrar de algo. Eu estava me esquecendo de algo... Foi então que minha cabeça começou a doer e doer até que eu desmaiei.

–------LEARNING ON------

Louise e August estavam gritando um com o outro, não exatamente gritando... era algo parecido.

Minha cabeça latejava, mas eu não perderia a conversa nem se estivesse com o corpo em chamas.

– Como você pode dizer isso? – Louise rosnou.

– Se você continuar usando desse jeito uma hora ela vai se tocar.

– Você já viu alguém “se tocar”, idiota? Usamos isso a mais de 10 anos e sempre, SEMPRE, funcionou , por que agora seria diferente?

– Você acha que eu sei? – Ele rosnou de volta.

– Não vai acontecer nada – Louise afirmou – Ela deve estar com alguma doença.

Me arrastei para trás no corredor e tudo ficou em silencio, levei um susto quando August apareceu na minha frente, a porta já estava aberta.

Respirou fundo e se ajoelhou na minha frente.

– O que vou fazer com você? – Perguntou.

Louise apareceu atrás dele com um olhar sádico.

– Não está funcionando. – Ela avisou.

Não entendi.

August encarou meu rosto por alguns segundos, quando me olhou nos olhos:

– Desculpe, querida, mas as coisas não estão saindo como planejávamos.

Bom, e o que aconteceu ou deixou de acontecer naquela noite eu não me lembro.

– Ela está acordada. – Uma voz masculina disse – Não acha que dormir 19 horas seguidas é muita coisa?

– O que vocês fizeram comigo? – Murmurei.

– Como assim?

Tentei me sentar na cama, meu cabelo deveria estar uma bagunça, pois metade dele estava no meu rosto.

– Eu perguntei que merda vocês dois fizeram comigo. – Falei.

Eu não aguentava mais aquela dor de cabeça. Minha cabeça parecia estar sofrendo um bombardeio americano no Japão.

Ele semicerrou os olhos.

– Por que está falando assim comigo?

– Você... Ela... Responda a minha pergunta – Gritei.

Ele fez um gesto de negação com a cabeça.

– Se você não colaborar as coisas vão ficar cada vez piores, bonequinha.

Cravei as unhas na minha cabeça e gritei.

– O que vocês estão fazendo comigo? – Gritei.

– Anna: é melhor você parar de dar chilique.

Tateei a parede atrás de mim a procura de algo, qualquer coisa, eu precisava fazer aquela dor; aquele pesadelo parar.

– Você tem que parar com isso. – Ele avisou com a voz rouca– Sua mãe ficou brava, agora eu estou ficando também.

Olhei nos olhos dele.

– Morra. – Sibilei.

Meu rosto ardeu com o estalo, August segurou o meu pescoço e me levantou na parede.

– Chega – Avisou – Não vou mais tentar ser legal com você.

Estava apertado, suas mãos estavam fazendo tanta força no meu pescoço que chego a acreditar que nem mesmo as transmissões de dor estavam conseguindo passar pela coluna vertebral e chegar ao córtex cerebral.

Ele me soltou quando minha tonalidade passou de roxa para azul e simplesmente saiu batendo a porta, levei alguns segundos para recuperar o ar e corri até ela, tentando imediatamente abri-la. Eu precisava sair dali.

Porém ela estava trancada. Tentei abrir com um empurrão, depois com um soco, um martelo, pedaço de pau, saca rolha, pus uma bombinha, estourei um rojão, dei pedradas e não consegui.

Eu estava vestida com outra camisola, comecei a vasculhar o quarto, tentando não bagunçar nada ao mesmo tempo, a procura de roupas.

Encontrei uma saia que ia até o joelho e uma blusa preta. Apenas aquilo, não usava roupa de baixo, sentia algo me pinicando as pernas e desconfiei que aquelas roupas não eram e nunca haviam sido minhas.

Vesti as roupas e chequei a janela, pelo menos essa estava destrancada.

Minha mente estava totalmente embaralhada, eu não entendia nada, não sabia praticamente nada, exceto que eu precisava urgentemente sair dali.

Abri a janela e encarei o sol fraco lá fora e respirei fundo.

Mas então olhei para a porta. Era um alvo fácil, eu tinha que dificultar um pouco.

Andei até a cômoda e pensei em a arrastar para a porta... iria fazer barulho de mais.

O melhor opção era arrastar um baú de roupas que residia milagrosamente ao lado da mesma.

Eu estava fraca, no entanto com um pouco de força de vontade consegui arrasta-lo até lá. Sim, eu sabia que aquilo não mudaria nada, mas resolvi dar pelo menos aquela satisfação para o meu senso de segurança.

Voltei para a janela e me transpassei para o telhado. O ar jazia úmido lá fora, a brisa leve anunciava a chuva, desci pelo telhado e encarei os dois metros (ou mais) de queda que eu teria que aguentar, e eu não tinha tempo para pensar naquilo, simplesmente encaixei meu pé num espaço entre o cimento e o madeiramento do telhado da varanda, dobrei os joelhos e pulei.

Pelo menos era grama e não cimento.

Parecia que o meu cérebro queria explodir, não podia me dar a aquele luxo.

Me virei e corri.

Existia várias casas, todas desertas, a grama da maioria das casas estava aparada, os carros nas garagens, porém era obvia a inexistência de qualquer criatura realmente viva ali.

Parei de correr depois de algumas quadras, minhas pernas doíam e eu mal conseguia respirar.

Visualizei as casas, as ruas, as arvores... tudo a minha volta. Eu não sabia sair dali. Quer dizer, onde eu estava?

Andei por mais alguns quarteirões até encontrar uma rua um pouco mais larga, segui em frente por ela até que, no horizonte, a uns 10 quarteirões de distancia, visualizei um portão.

Acelerei o passo e tentei voltar a correr, no entanto minhas juntas começaram a latejar e minha cabeça a arder.

– Merda... –Murmurei.

Começou a ficar escuro, visualizei o sol desaparecendo por trás de algumas casas.

Respirei fundo novamente, as coisas iriam piorar, e muito.

Voltei a correr e ignorei a dor do meu corpo, não consegui exatamente correr, mas era um pouco mais rápido do que andar.

Eu queria pelo menos ver onde eu estava, ter uma localização mais ou menos exata daquele lugar.

Passei por uma espécie de campo antes de conseguir chegar perto do louvado portão. Não consegui ver nada que me ajudasse, apenas uma rua com varias outras casas e outro parque na frente.

O céu ficou cinza.

Pronto, meu tempo já havia acabado.


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Notas finais do capítulo

HMMMMMMM... Gostaram? Eu e a Giu estamos pensando em postar o próximo capítulo bem rapidinho...
E a Giu mandou dizer que se vocês não comentarem, serão todos estuprados(as).
Booooooom, até os comentários (ou o próximo capítulo!)
Com amor,
Rafa e Giu



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