Learning on vampire academy escrita por Mystic


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEY! Okay, okay autora super animada hoje! kkkkkk
Como vão vocês? Espero que bem.
Segue um capítulo novinho pra vocês... Tomara que vocês gostem!



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Eu não queria estar ali, com certeza não. E eu só sabia, com toda a certeza do mundo, de que eu estava mais que ferrada.

Vi minha vida inteira passar rapidamente pelos meus olhos e uma luz branca surgiu no fim de um túnel, pensei em segui-la, mas alguém naquele cômodo possuía um ótimo humor.

– Não, é o papa! – Rosemeire respondeu sarcasticamente.

Encarei Anthony, que parecia tranqüilo.

Logo depois fitei Rosemeire.

Franzi o cenho e me sentei. Anthony deu um sorriso torto.

– Precisamos conversar. – Ela disse respirando fundo.

Meu corpo simplesmente se recusava a se movimentar. Eu ainda não entendia o porquê de estarmos em um apartamento e não em uma cela na prisão. Encarei Anthony novamente, o sorriso torto dele mostrava que provavelmente eles haviam conversado antes de eu acordar.

– Então, Anna. Você sabe que está sendo procurada pela corte porque é suspeita de compactuar com os strigois, certo?

– Sim. – Minha voz saiu rouca.

– Então me responda: – Ela fez uma pequena pausa para respirar. Não parecia muito calma – Por que diabos você fez isso? Por que está ajudando aqueles que deveríamos combater? Por que encobriu que morava com dois deles? Anna, você tem noção de que está totalmente fodida com a corte? – No final dessa frase o seu tom de voz era bem mais alto e sua face exibia uma expressão de desprezo.

– Rose... Não tenho nada contra os morois, dhampirs ou contra a corte, eu não fiz nada disso...

– Não fez? Não fez? Anna, temos provas de que você estava encobrindo a existência de strigois morando com você só por, um dia, terem sido seus pais! – Ela respirou fundo novamente e passou a mão pelo cabelo, obviamente tentando se acalmar.

– E – Continue de onde ela havia me interrompido – Eu não estou ajudando os strigois, quero combatê-los. Se não quisesse não estaria em uma academia! – Gritei – Eu não os encobri, nunca falei que eles estavam vivos pois ninguém nunca me perguntou a verdade, e afinal, eles eram meus pais, MEUS PAIS! Foram eles que me criaram, eles strigois, nem todos só pensam em beber sangue, Rose! Alguns tentam proteger o que tem! Alguns se preocupam com coisas além deles mesmos!

Ela não entendia. Eram meus pais! Eles podiam ser strigois, mas foram eles que criaram e cuidaram todo aquele tempo de mim. Eles que haviam enfrentado vários outros strigois e me protegido naqueles últimos 17 anos. Eles que haviam me protegido contra qualquer outra coisa. E do nada eles haviam sumido! Desaparecido! Era como se eu estivesse para desabar, como se a qualquer momento alguém pudesse vir e me acertar pelas costas. Como se todas as barreiras de proteção que eu possuía houvessem sumido e me deixado totalmente a mercê de qualquer criatura sanguinária que quisesse me matar. Eu não podia negar: eu estava com medo. Todos aqueles anos, todo aquele tempo... O que me mantinha segura de que nada iria acontecer, de que ninguém que eu gostasse iria morrer, de que tudo ficaria bem no final eram eles! E sim, eu sabia que as minhas escolhas eram limitadas. Mas pelo menos eu as tinha! E eu tinha livre arbítrio para transitar um pouco perto de uma e outra. Mas naquele momento eu não tinha. Eu estava perdida. Eu estava presa em um caminho cheio de desvios e paredes, mas que no final dava no mesmo lugar. Não importava o quanto eu me debatesse, não importava o quanto eu lutasse. O lugar seria o mesmo.

– Compactuar com strigois é pior que assassinar a Rainha. – Rose concluiu.

– Diz a ex-assassina da Ex-Rainha – Revidei.

– Anna! – Ela gritou me encarando como quem asfixia alguém mentalmente – Eu não passei a noite inteira trancada nesse apartamento ouvindo historias de um adolescente para ter que agüentar isso!

– Não precisa agüentar – Gritei – Não pedi para estar aqui.

– Anna, não precisa gritar – Uma voz calma avisou.

Oh, Anthony estava ali. Respirei fundo e me joguei para trás na poltrona.

– Carmas... – Rosemeire murmurou – Não deveria ter socado a cara de tantos guardiões.

Anthony sorriu. Tudo bem, aquele garoto tinha que me explicar como conseguia ter um humor tão estável. E então ouvi a única frase que nunca pensei ouvir de Rosemeire Hathaway naquela situação:

– Tudo bem. Vou manter a minha palavra e ajudar. Ignorei o fato de não estar entendendo nada, Anthony provavelmente me explicaria tudo depois.

– Mas não vai ser fácil. – Rose avisou.

– Você é a melhor amiga da Rainha, não é só conversar com ela e tudo pronto?

– Hum, talvez. Mas quero provas mais concretas.

– Como assim concretas? Você quer que eu volte para aquele bando de strigois e tente conseguir mais alguma coisa?

– Isso é com você, Anna.

Merda. –

Mas... E se... – E se nada. Já vou fazer minha parte. Faça a sua.

Bufei e lembrei que agora eu estava, provavelmente, sem nenhuma arma, pois: (1) Provavelmente quem me tirou da corte strigoi não se deu ao trabalho de levar minha estaca junto, na verdade eu nem lembra onde estava minha estaca, e (2) Se Rose estivesse com a estaca ou a arma, provavelmente não iria devolver.

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Era quase noite no mundo Moroi, o sol dava indícios no horizonte e também já havíamos nos livrado da Hathaway.

– Olhando pelo lado bom...

– Anthony começou.

– Não tem lado bom .

– Rosnei.

– Quer comprar uns calmantes?

– Não. Na verdade sim, mas não para mim. Quero enfiar os calmantes garganta a dentro em alguém.

– Quer ir a um terapeuta?

– Pelo amor de Deus! – Gritei.

Minha cabeça latejava, minhas mãos estavam geladas e o nó em minha garganta ainda estava lá. Minhas pálpebras estavam pesadas, minha boca ressecada, e minha cabeça ameaçava explodir como uma bomba relógio.

– Acho que não estou muito bem – Completei baixinho. Porém Anthony pareceu não me ouvir.

– Por que Aadash não atende o telefone? Aquele cara não desgruda do celular nem no banho – Anthony falou me voltando o telefone.

– Eu disse que ele não estava atendendo faz cinco minutos. Você que quis ligar de volta... E – Engoli em seco imaginando a cena descrita a cima –... Obrigada pela informação.

Não havia nenhum humor na minha voz, porém Anthony riu mesmo assim.

– Você não...– Parei de falar ao escutar um barulho. Ao meu redor a rua estava deserta a não ser por Anthony e eu.

– Ouviu isso? – Perguntei. Ele negou.

Ia continuar frase quando ouvi outro barulho. Passos. Dessa vez eu tinha certeza de que ele tinha ouvido, pois seu rosto estava congelado.

– Corre. – Ele murmurou.

– Mas... – Eram só passos, poderia ser um mendigo, ou alguém bêbado... e francamente, o meu corpo não estava muito a fim de sair correndo pelas ruas escuras e molhadas de um bairro residencial de Nova York.

– Corre! – Ele puxou meu braço me fazendo tropeçar. Enquanto Anthony corria e arrastava meu corpo com uma velocidade e força que eu não imaginava que nem um Super Moroi poderia ter. Consegui olhar para trás e ver algumas sombras, meus olhos se focaram instantaneamente nos pares de olhos vermelhos... Strigois. Busquei em minha mente as lições de treinamento na academia. Correr era a primeira delas. Eu tinha me convencido que – por causa dos meus pais- nenhum strigoi entraria no nosso caminho, foi um erro, e eu já sabia disso. Aquele era um momento em que eu estava totalmente desprevenida e com a guarda completamente baixa. Outra olhada rápida para trás me fez notar que os eles estavam nos alcançando. Anthony corria ao meu lado, e era rápido – a verdadeira personificação do perna longa –, porém não tive certeza se ele agüentaria muito tempo, afinal um Moroi não tinha o mesmo treinamento que um Dhampir. E mesmo que tivesse, não podíamos correr para sempre, mas também não poderíamos simplesmente parar. Parar não era uma opção naquele momento. Em uma luta eu estaria em desvantagem. Bom, considerando o fato da noite anterior... Lembrar daquilo fez meu corpo estremecer e tive vontade de chorar. Tentei imediatamente sair daquela situação. Precisávamos de um plano. E rápido. Bom, mas existia um pequeno detalhe: o destino provavelmente não gostava muito de mim. E por acaso começou a chover DE NOVO. E, depois de uns vinte segundos um de nós acabou escorregando numa poça de água suja. Xinguei bem alto e meu corpo congelou quando percebi que os passos tinham parado.

– Anna, querida, quantas vezes eu já te disse para não xingar em publico? – Uma voz feminina perguntou.

– Louise... eu ... – Murmurei.

Tudo ficou gelado e eu apaguei.

Minha visão estava levemente embaçada quando acordei. A cama estava forrada com cetim, o cobertor era de veludo azul cobalto e o quarto estava bem escuro, exceto por um abajur com a luz levemente acesa. Respirei fundo e senti o leve cheiro de jasmim. Minha cabeça não doía, porém eu ainda me sentia péssima, minha cabeça parecia pesar duas toneladas. Tirei o cobertor e o coloquei para o lado, agora eu vestia uma camisola branca de seda. Pronto. Alguem tinha me visto pelada. Espera, devia ter sido Louise que me vestiu. Meu corpo deu um pulo quando lembrei. Coloquei meus pés no chão – que era de carpete – e acendi o abajur por inteiro. Andei até a janela e a abri. Era noite. Contemplei o sol por alguns segundos e andei até a porta. Um corredor escuro. Ótimo. Andei por ele até que encontrei uma escada. Dei meia volta e no outro lado encontrei uma porta trancada. Voltei para as escadas e as desci. Minha mente girando a cada passo que eu dava. A parte debaixo da casa também estava escura. Janelas pintadas de cinza, cortinas e lustres com luzes fracas. Estava bem frio lá dentro. Andei pelo que me parecia ser um hall de entrada e entrei em outro corredor, dessa vez um pouco mais largo. Na parede havia alguns quadros e prateleiras. Em uma delas algumas fotos de uma família. Não era a minha. Nem a de ninguém que eu conhecia. Eram Morois, isso eu podia ver. Todos com o cabelo em um tom de castanho claro e os olhos verde escuro. Andei pelo corredor até chegar numa sala de jantar enorme e escura. Com uma mesa de madeira fina e comprida e prateleiras do mesmo material. Foi o que consegui ver, já que aquele cômodo sofria com a falta de janelas. E não havia nenhuma luz acesa. Comecei a andar em direção ao próximo cômodo quando ouvi um barulho.

– Não vai nem cumprimentar seu próprio pai? – August perguntou.

Meu coração parou com o susto.

– Pai...

Alguma coisa surgiu bem atrás das minhas costas.

– Venha, me de um abraço – Ele me virou e me apertou. O corpo frio me envolveu e brincou com meu cabelo. – Senti sua falta – Murmurou.

Foi então que, com aquelas simples três palavras, desabei no chão e comecei a chorar.


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Notas finais do capítulo

Me digam o que acharam, ok?!
Até o próximo.
Com amor,
Rafa



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