Learning on vampire academy escrita por Mystic


Capítulo 11
Capitulo 11


Notas iniciais do capítulo

Então... eu e a Giu ficamos muito tristes pelo capitulo 10 ter demorado tanto para atingir 8 comentarios. Mas tudo bem. Segue um capitulo novo. Se eu fosse vocês, comentaria bastante, porque no proximo capitulo acontece uma coisa MUITO, MUITO devastadora para a fic. Somos más KKKKKK Segue a regra dos 8 comentários viu? Tentem comentar mais rápido dessa vez. Bjs e Boa leitura



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Pedi licença e corri até o banheiro colocar uma roupa- já que eu estava só de toalha. Pude ouvir Anthony gargalhar. Vesti meu pijama de algodão, que consistia em uma calça de algodão branca e uma blusa da mesma cor escrito “I ♥ Cats” o que era verdade, porém os gatos não me amavam, parte porque eu era uma dhampir, e qualquer tipo de animal odeia dhampirs, parte porque, acho que nenhum animal iria gostar de ter alguém o jogando no ar, apertando, beijando e balançando o tempo todo.

–Foi mal- Eu disse jogando alguns travesseiros na cama. Algumas horas mais cedo eu estava lendo no tapete, e havia colocado alguns travesseiros para apoiar a cabeça.

–A parte da toalha? Acredite, não foi mal nenhum.

Senti minhas bochechas corarem. Sentei em uma poltrona em frente ao sofá, e a ele.

–Vo-você vai dormir aqui?- Porque eu estava gaguejando?

–Por que você está gaguejando?

–Eu não sei...

Ele sorriu.

–Você pegou o quarto mais legal mesmo- Ele disse se levantando e indo até a sacada.

Acompanhei a sua silhueta de cima a baixo. Contenha seus impulsos hormonais, uma voz na minha cabeça mandou. Contenha o que? Ah, meus impulsos hormonais, claro. Deixa comigo, eu disse para mim mesma. Levantei e andei até o lado dele na sacada.

–Por que será que sua mãe nunca te contou sobre o Johann?-Perguntei me apoiando no parapeito.

–Isso não é assunto para agora- Ele respondeu calmamente.

–Como assim?

Anthony sorriu.

–Ahh. Ok.

Ele riu.

–Eu vou para dentro- Eu disse- Aqui fora está frio de mais.

–O Moroi aqui sou eu, lembra?

–Hum. Tudo bem, você dorme aqui fora então- Eu disse correndo para dentro e fechando a porta da sacada.

–Você é a encarregada por mim!- Ele disse- Se eu morrer o seu histórico vai ficar bem manchado.

Eu ri e abri a porta.

–Obrigada senhorita Dracul, você é muito gentil- Ele disse entrando e escondendo a chave da sacada.

–Você sabe que eu vi onde você colocou essa chave não é?

–Você sabe que eu posso usar compulsão e te fazer esquecer, não é?

–Você sabe que eu posso dar um soco nesse seu lindo nariz antes de você usar compulsão em mim, não é?

–Você sabe que minha compulsão é melhor que a de muitos morois, por exemplo, eu não preciso olhar diretamente para a pessoa para hipnotizá-la, não é?

–Anthony Stranvsky você está me ameaçando?- Eu disse eufórica.

Ele riu.

–Você não sabe o que eu iria te mandar fazer se usasse compulsão- Ele disse se aproximando.

Como um garoto de 17 anos conseguia parecer ter 28?

–Onde você está aprendendo isso?

–Com você, livros...

–Andou lendo 50 tons de cinza? Não, espera aí, já sei. Você andou assistindo The Game of Thrones escondido, é isso.

Ele riu. E yeah, ele estava chegando significativamente perto.

–Você poderia parar de fazer isso?- Perguntei dando alguns passos para trás e batendo contra a cômoda.

–Isso o que?

–Se aproximar...

Ele sorriu, se apoiou contra o braço de uma cadeira, e me encarou com aqueles olhos magnificamente cinzas.

Naquele momento eu estava tentando seguir a lógica de algumas garotas: garoto de 18 anos, cara de 14, idade mental de 10. Cheguei à conclusão de que garotos de 10 anos eram melhores do que eu pensava. Mas depois de pensar mais um pouco achei melhor desistir daquela lógica maluca.

–Em que andar o Johann dorme?

–Ele tem um quarto no subsolo. Achei super criativo.

Levantei a sobrancelha e andei até a beira da cama, me sentei com as pernas entrelaçadas e me joguei para trás.

–Nós precisamos conversar sobre aquilo– Eu disse.

E por Deus, como foi difícil, foi como que se eu tivesse lançado uma bomba no ar.

Aquilo o que?... Ah- Anthony disse se sentando a uma distancia segura de mim- Diga especificamente sobre qual parte você quer conversar.

–Hmmm, a parte toda?

–Porque vocês mulheres sempre tem que “conversar” sobre isso?

Eu ri, o que saiu mais pareceu um grunhido.

–Tá, mas, tipo- Comecei a me enrolar toda- O que exatamente foi aquilo?

–Depende, cada um gosta de chamar de uma coisa.

Voltei a me sentar.

–Tudo bem, desisto. – Parei para pensar durante alguns segundos – A-aquilo não vai acontecer de novo, vai?

Droga, pra que eu fui perguntar aquilo? Idiota, idiota, idiota. Fiz uma nota mental para me castigar depois, de preferência com um bom banho quente.

Quando ele ia dizer alguma coisa, o interrompi – Não, não responda, esquece, eu nunca disse isso.

Ele riu novamente.

Anthony se levantou e veio em minha direção – Não. – Eu disse severamente – Não se aproxime.

–Anna, calma, eu não mordo, quer dizer, só literalmente.

Assenti com a cabeça – Morder não é o problema nesse momento.

–E qual seria o problema?

Fiz uma careta – É estranho.

Ele finalmente se sentou, e foi ao meu lado. Depois de refletir muito sobre o assunto- em silencio-, e encarar a parede durante alguns minutos, eu disse – Que se fodam as conseqüências – e o beijei.

A principio eu pensei em recuar e voltar a ser uma boa garota, ou quase uma boa garota.

–Vou considerar isso como uma permisão- Anthony disse se afastando um pouco.

Eu sorri e yeah, as coisas que aconteceram depois não foram muito ilícitas. Eu só sei que, alguns dias mais tarde, quando fomos embora da casa de Johann e voltamos para os EUA, eu ainda não havia encontrado a minha blusa- não que eu tenha procurado muito, alias, só olhei em baixo da cama e nas cobertas, onde eu achei que poderia estar.

O meu sutiã era do tipo que se desabotoava na frente, e eu já havia assistido vários filmes em que o garoto sempre se atrapalha para descobrir de que lado fica o fecho, mas, ao contrario das minhas expectativas, essa parte ocorreu sem nenhum erro.

Digamos que eu tive que brigar muito- não com ele- para conseguir tirar aquela droga de camisa de botões, mas acho que ele não percebeu. E graça a minha preferência por roupas largas, tirar a minha não foi nada difícil, e nem a calça.

O tempo passou bem devagar depois que eu finalmente consegui me livrar daquela maldita cueca box preta- o que não foi fácil-, foi como se eu estivesse quebrando as regras, mas afinal, regras são feitas para serem quebradas.

Era como se, tudo bem, eu não tinha com o que comparar, agora tenho, mas vamos deixar isso para mais para frente. Era insano, uma “descoberta”, uma descoberta maior que quando eu descobri que o mundo era redondo, quer dizer, uma esfera. Insano, tudo bem, eu gosto de coisas insanas. E, bem, confesso que não foi muito confortável. Não no começo. Mas depois na única coisa que eu conseguia pensar era quando iríamos fazer de novo, nunca, provavelmente, porque um guardião não pode ter um relacionamento amoroso com seu protegido, ou pode? Isso meio que nunca acontecia, e quando acontecia, era mantido segredo.

Uma das coisas que eu me lembro bem, era de como as mãos dele, ou melhor, o corpo todo, ficou quente. Acho que o meu também, mas não reparei muito em mim naquela noite. Mas tive tempo o suficiente para dar a louca na manhã seguinte.

Eu achei divertido, sim, mais que divertido, achei extasiante e tentador, claro que era tentador, era sexo! Mas enfim, quando ele finalmente saiu de cima de mim, (ou eu que sai por cima dele, não me lembro, já que invertemos as posições algumas vezes. Vamos deixar o “gran finale” para ele mesmo), olhamos um para o outro e sorrimos. Estar nua no mesmo lugar que ele me lembrou uma vez, no sétimo ano, quando os professores nos levaram para uma espécie de acampamento de luxo, com piscina e tudo. O dormitório das meninas era quase deserto, claro, quase não existiam meninas dhampirs na escola, e como eu acabara de assistir O Exorcismo de Emily Rose, e não estava nada satisfeita com a idéia de ficar sozinha em um dormitório com apenas outras três garotas, que por acaso tinham conseguido dormir no dormitório das professoras. Eu disse que nunca fora muito social. Eu me lembro de pegar uma toalha e procurar na minha mochila por um biquíni, e como eu sempre fora sempre muito organizada, é claro que ele estava lá. Eu fiquei super zangada comigo mesma e supus que ninguém estaria acordado as três da tarde- madrugada para os Moroi. Eu não tinha um corpo igual ao que eu tinha agora, mas ele já era bem desenvolvido para uma garota da minha idade. Fui até a piscina e entrei na água. Eu não sei quanto tempo ele ficou ali me observando, só sei que quando eu finalmente o percebi quase morri de susto. Anthony riu e cobriu o rosto.

–I-D-I-O-T-A – Eu disse brava- Você está aqui há quanto tempo? – Me enrolado na toalha.

–Não muito. - A voz dele estava passando por aquela metamorfose da puberdade, então estava um pouco roca e grave, e naquele momento ele parecia ter ficado com medo.

–Que resposta engraçadinha.

Anthony ergueu as sobrancelhas. As vezes eu ainda tinha saudade daquele rosto de criança, quer dizer, do de criança e de pré adolescente. Fiz um gesto mandando ele se virar e ele obedeceu... Tudo bem, tirando algumas vezes, quase não pude notar que ele era caidinho por mim desde a primeira vez que nos vimos.

Naquela manhã, quando acordei com a cara enfiada contra o peito dele, a única coisa que vinha a minha mente era: Eu não usei nenhum método contraceptivo.

Meu coração ficou a mil e eu sai daquela posição, encarando o teto- por falar nele, era muito bonito-, e dei um gritinho, que se estendeu até não haver mais ar em meus pulmões. Ai meu deus, ai meu deus, ai meu deus. Eu não era de rezar, mas confesso que naquela manhã repeti pelo menos vinte orações. Só me faltava essa. 18 anos e um bebê. Isso daria um filme. Uma comedia romântica, para ser exata, e o final seria trágico, bem trágico.

Sai da cama em um pulo e vesti a primeira roupa que vi pela frente, que no caso foi a camisa de botões dele, que meio que servia de vestido em mim. Me sentei no sofá e abracei meus joelhos. Ai droga, ai droga, ai droga, merda, merda e merda. Eu só repetia isso.

–Sua aura não está legal- Anthony disse manifestando a sua presença.

Virei minha cabeça em um giro de 90° e o encarei. Acho que eu estava com uma cara pior que a da garota do Exorcismo. Mordi o lábio e apoiei minha cabeça contra os joelhos, começando a fazer as contas. Tudo bem, meus dias de mulher tinham vindo a mais ou menos uma semana atrás, pouco mais de uma semana, minha média era 28 dias, então 14 dias. Uma semana tem sete dias, oito e nove. Tudo bem, eu não estava no meu período fértil, mas estava bem perto.

–Eu vou matar você- Eu disse me levantando, só que calmamente.

Ele me encarou incrédulo e se jogou novamente na cama, cobrindo o rosto com o travesseiro.

–Pode esperar eu tomar café da manhã primeiro?

–Não- Eu disse subindo na cama e prensando o mesmo travesseiro contra o rosto dele. Sentei em cima da sua barriga, que estava coberta pelo cobertor, e continuei meu trabalho de matá-lo asfixiado. Ele se debateu durante alguns segundos até que parou. Tirei o travesseiro de cima dele e percebi que ele tinha parado de respirar.

–Anthony?- Perguntei- Eu sei que você está brincando.

–Anthony Stranvsky, pare de brincar comigo.

Nenhuma respostas. Eu me abaixei e mexi em seu rosto, o que não resultou em nada.

–Anthony, me diga que você não morreu, ai meu deus- Eu disse me deitando na cama, de modo que fiquei metade sobre o colchão e metade sobre ele- Pelos meus cálculos você tem mais três segundos para demonstrar sinal de vida, caso contrario eu te amarro no parapeito.

Eu fechei os olhos e pedi para que ele acordasse, eu meio que acreditava e não acreditava. Quando os abri, dei de cara com os dele, que estavam abertos e combinavam com um sorriso.

–Por mais que eu goste da sacada, eu não gostaria nenhum pouco de ser amarrado lá.

Eu ri e o abracei.

–Agora, porque quer me matar?

–Talvez daqui a quinze dias eu te responda.

–Ok.

–Ok.

–Me diga que todas as nossas conversas sobre esse aquilo vão acabar assim- Anthony disse rindo.

–Acho que vamos precisar conversar sobre isso mais tarde- Eu disse rindo.

–Claro, adoro conversar!- Ele disse beijando a parte um pouco acima do meu nariz.

–Isso soou com duplo sentido.

–Eu sei.

–Era para soar?

–Em primeiro objetivo, não, mas depois, sim.

Eu sorri.

–Tudo bem.

–Acho melhor darmos sinal de vida para Johann- Anthony sugeriu.

Eu o encarei.

–Talvez eu goste de ir à sala de jogos.

–Você ainda não viu a piscina, não é?

–Sim...

–Qual delas?

–Aquela que fica no pátio.

Ele sorriu.

–Não é essa. Vou te levar lá, você vai adorar.

Fiz uma careta.

–Chega de água nessa viajem.

–Não sabemos quando vamos voltar aqui.

–Tá, eu deixo você me mostrar.

–Eu nunca perguntei se você deixava ou não, eu disse “vou te levar”, isso não leva em conta a sua vontade...

Eu ri sarcasticamente.

–Me obrigue Stranvsky.

Ele me encarou levantando a sobrancelha.

–Tem certeza?

–Nada de compulsão.

–Não se preocupe com isso. - Ele disse me beijando...

E aquele método meio que funcionou, pois naquela mesma tarde eu deixei ele me mostrar onde ficava a piscina, e desejei nunca mais ter que sair de lá, afinal uma piscina com túneis subaquáticos não se encontrava em qualquer lugar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, não se esqueçam de comentar, tudo bem?
Com amor,
Rafa e Giu