A Vampira, A Loba E A Bruxa escrita por Emily Longbottom


Capítulo 5
Capítulo 5: Encontros e Desencontros




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–- Se você diz parado ali na esquina, sim. Quem foi a primeira a chegar? - perguntou Gleyce - Você o viu também, Vitória?

–- Emily foi a primeira a chegar. E eu não o vi pois eu peguei um atalho. Agora, será que eu posso falar o que eu descobri ontem? - disse Vitória rápida e bruscamente.

–- Claro! - disse Gleyce e Emily juntas. - Com certeza!

–- O.K.. Eu descobri que aquele livro tem palavras em latim, bem a maioria das palavras, ou seja, é um livro de feitiços e eu traduzi algumas partes e vi que tinham poções. - disse Vitória, calmamente.

As outras duas continuaram paradas nas mesmas posições desde que Vitória começara a falar.

–- Sério? - Emily se mexeu.

–- Sim. Já volto, vou em casa buscá-lo. - disse Vitória se levantando da cadeira.

–- Não, não, não! Volte aqui! - Emily puxou Vitória pelo braço, fazendo-a sentar-se de novo.

–- Por que não? - perguntou Vitória.

–- Vitória, será que não entende? Um livro de feitiços, não é uma coisa normal. Estamos em um lugar público, onde todos ao nosso redor podem nos ver. - disse Gleyce.

–- Tem razão, estão certas. - Vitória se sentou.

–- Tem muitas coisas estranhas acontecedo. Vamos sair daqui. - Gleyce tirou o dinheiro da carteira e deixou sobre a mesa.

–- Tchau, até daqui a pouco, talvez... - disse Vitória.

–- Você não virá conosco? - perguntou Gleyce levantando a sombracelhas.

–- Não. Eu vou... dar uma passadinha no cemitério. - respondeu a garota, séria.

–- Quer que nós vamos com você?

–- Não, não precisa. Eu...

Mas as outras duas já estavam paradas ao seu lado, como se estivessem esperando Vitória começar a andar.

–- O.K. Terminou? - perguntou Emily. - Ótimo! Agora vamos.

Depois de uma caminhada, elas chegaram ao cemitério, demoraram dez minutos para achar o túmulo da avó de Vitória. Uma cintilante lágrima surgiu nos olhos negros dela. A garota deslizou o dedo indicador na lápide de mármore branco contornando os dizeres:

"Amada Avó e Amada Mãe"

–- Vamos embora. - disse Vitória secando as lágrimas e virando-se para encará-las.

Assim que Vitória terminou a frase, elas ouviram um barulho de folhas de árvores sendo amassadas no chão, ou seja, passos. Elas ficaram de costas uma para outra olhando para todos os lados.

–- Ali! - Gritou Emily apontando para a direção de uma enorme árvore e saiu correndo atrás.

–- Volte aqui! Sua louca! - disse Gleyce correndo atrás dela.

Emily rodeou a árvore.

–- Eu vi! Tinha um vulto aqui e estava nos espiando! Mas ele desapareceu. E não era para ele ou ela ou seja lá o que for, ter saído tão rápido...

***

O primeiro dia de aula chegara. Emily se levantou, passou a semana inteira pensando sobre o que ocorrera naquela manhã. Mas era melhor esquecer, afinal, era o primeiro dia de aula e ela estava muito ansiosa por isso.

Vestiu sua calça jeans preta, a camiseta do Colégio, e o rabo-de-cavalo habitual. Pegou a mochila, colocou o celular no bolso e foi à escola. Era impossível separar-se do celular. Ao chegar sentou-se no banco e esperou por Gleyce e Vitória que estavam vindo, e lá estavam lado a lado, acenou para elas.

Juliane, sua amiga que, junto a ela, estava planejando a Festa da Fogueira, veio interrogar se Bryan iria "contrabandear" a cerveja.

–- Por que cerveja, tem os refrigerantes, são bons e não nos deixam bêbados.

–- Você quer mesmo que a Angelica volte a planejar as festas? Não, né? Então é melhor você falar com ele, pois eu tenho que arrumar os copinhos vermelhos. Apesar de que eu tenho metade da tarde para fazer isso. - disse ela rapidamente.

–- Sim, senhora! - Emily disse. Juliane riu. - Na hora do almoço eu faço isso, pode deixar.

O sinal bateu, Emily, Gleyce e Vitória pegaram seus horários, leram e compararam.

–- Ainda bem que estão todos iguais. - suspirou Vitória. As outras concordaram.

–- A primeira é Geografia. Venha, Vitória, vou te mostrar qual é a sala de aula. É logo no andar de cima, segundo a secretária.

As três subiram até a sala, foram as primeiras a entrar. Logo pegaram seu lugar, estavam próximas: Emily na primeira carteira da terceira fileira, Gleyce atrás de Emily, e Vitória ao lado esquerdo de Gleyce.

A Srª Nails entrou na sala, com o habitual discurso do primeiro dia de aula, parecia até ensaiado. Tecnicamente, os alunos não fizeram nada, pois a professora só passou os temas do que eles iriam aprender. E foi assim em todas as aulas, exceto pelo fato de que os outros professores não fizeram discurso.

Ao sair, Emily não quis ir junto delas para casa, pois tinha que comprar balas para o irmãozinho, e elas sabiam exatamente o porquê.

Logo depois, Emily se arrependeu de não ter ido com elas, pois sua casa estava longe, e Vitória tinha licença para dirigir, uma coisa que Emily não sabia como. Bem, ela foi a pé, ela poderia voltar do mesmo modo.

Caminhando pela calçada, algo chamou sua atenção: uma BMW M3 preta estacionada ali. Mas na verdade não foi a BMW, mas sim quem estava nela, ao vê-lo Emily voltou a caminhar.

–- Emily, não é? - disse ele. Sim, era Dante Black.

–- Sim, sou eu. - respondeu

–- Quer uma carona? perguntou.

Emily hesitou, se a casa estava longe, uma carona não faria mal a ninguém.


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