A Vampira, A Loba E A Bruxa escrita por Emily Longbottom


Capítulo 3
Capítulo 3: O livro e a Lenda




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Vitória abriu a porta, uma onda de poeira envolveu-as.

–- Acho que você vai ter que limpar isso aqui, hein Vitória? - disse Gleyce, tossindo.

–- Eu não acho, tenho certeza - disse Vitória.

Elas subiram as escadas, para o antigo quarto de Vitória.

–- Eu vou contar. Esperem na sala de estar. Eu preciso pegar uma coisa. - disse Vitória.

Enquanto elas iam, Vitória pegou uma vela e desceu.

–- Era disso que você precisava? Uma vela? - perguntou Emily, sem entender.

–- Sim. Olhem. Uma vez, fiz isso sem querer. Então peguei outra e fiz de novo. Assim, descobri uma coisa. - Ela sentou-se no chão, pôs a vela nele e fechou os olhos. Um segundo depois, sem mais nem menos, a vela acendeu. As outras duas prenderam a respiração.

–- Uau! Que truque de mágica legal! Me ensina? - disse Gleyce.

–- Não é um truque de mágica, mas sim magia. - retrucou Vitória.

–- Espera um pouco... - disse Emily. - Você é... Não, não pode ser, mas é o único palpite que eu tenho: Uma bruxa.

–- Sério, Emily? Uma bruxa? - disse Gleyce - Olha é a primeira vez que seu palpite é idiota.

–- Ah, é? Então que palpite você tem? - retrucou Emily - O que você acha que a Vitória seja?

–- Não sei. Mas bruxa ela não é, sabe por quê? Porque bruxas não existem.

–- Claro que existem! - disse Vitória - Emily está certa, eu tive um amigo bruxo na cidade em que eu estava, ele me contou.

–- Então seu amiguinho bruxo te enganou redondamente. Você é uma bruxa boa, igual ao Harry Potter, ou má, igual a bruxa da Branca de Neve? - perguntou Gleyce sarcasticamente.

–- Para sua informação, as bruxas más, são as que fazem pacto com o di... Não gosto de falar o nome dele, enfim, elas fazem o pacto e gostam de praticar a Magia Negra e fazer rituais, mas toda a magia vem com um preço. Eu sou boa, não pratico Magia Negra, nem fiz rituais, nem pactos, portanto, sou considerada uma bruxa pura. - disse ela rapidamente

–- O.K., mas não me convenci completamente, você deve saber fazer mais do que acender velas, não é? - perguntou Gleyce, já em pé e com os braços cruzados sobre o peito. Vitória parecia não ter escutado, pois olhava fixamente para a vela, apertando os olhos, não que estivesse estudando a vela com atenção.

–- Faz sentido... - disse Vitória - Sigam-me!

Vitória engatinhou pelo chão batendo no soalho, enquanto as duas observavam-na atentamente.

–- Vão ficar paradas olhando ou vão me ajudar? - Emily e Gleyce encararam Vitória por um segundo, e como se tivessem entendido naquele momento, começaram a bater no chão também.

–- Mandei meu irmão investigar aqueles papéis velhos que estavam escondidos naquele "ex-esconderijo secreto".

–- Você contou a ele? - perguntou Emily. Vitória não tinha escutado.

–- Não, ele descobriu. Tive que fazê-lo prometer não contar para absolutamemte ninguém. Quando eu chegar em casa, ele terá que me contar, ou eu o estrangulo - disse ela rindo.

–- E quando nos encontrarmos de novo você me contará, entendeu? - disse Emily batendo.

–- Achei uma madeira oca! - exclamou Gleyce. - Venha ver, Vitória!

Vitória correu até o lado oposto da enorme sala, onde Emily e Gleyce encontravam-se ajoelhadas com as mãos apoiadas na coxa. Vitória se abaixou e abriu a madeira do soalho, que Gleyce apontava. E lá estava: o livro velho, empoeirado e parcialmente corroído pelas traças.

–- Abra ele. - disse uma das meninas.

–- Pegue meu notebook, Gleyce. Vou traduzí-lo ainda hoje. Digite aí: runas antigas.

–- O.K.

Elas passaram a tarde inteira traduzindo o livro, mas só conseguiram traduzir 23 páginas. O celular de Gleyce tocou.

–- Oi, mãe, está bem, vou voltar agora. Amanhã eu conto tudo a vocês, O.K.?

Elas se despediram. E Gleyce ansiosíssima correu para casa. Subiu até o quarto de Augusto e bateu na porta.

–- Oi, sou eu, a Gleyce. - Naquele momento seu irmão abriu a porta para que ela entrasse naquele quarto muito bagunçado.

Seu rosto estava branco.

–- E aí? O que você descobriu?

–- Nossa família é de uma longa geração de lobisomens.

–- Impossível, eu nunca me transformei em um lobo.

–- Se você matar alguém propositalmente ou mesmo sem querer, a "Maldição do lobo", que é o que está escrito aqui, é ativada para sempre.

–- Ah, isso é besteira. Me passe estes papéis.

Ela leu. Mas tudo o que Augusto dissera estava escrito ali, mas tinha mais coisas, como um modo de se afastar um lobisomem e se chamava mata-lobo, uma erva.

Ela ficou pasma pois parecia de verdade, ela nunca acreditara em lobisomens antes, mas para que servia aquelas correntes lá embaixo? Talvez os lobisomens não tivessem controle sobre si próprio...


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