A Vampira, A Loba E A Bruxa escrita por Emily Longbottom


Capítulo 22
Capítulo 19: E agora? O que faremos?




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Hey, pessoal, mais uma nota do autor, mas essa é para alertar o por quê que é para maiores de 13 anos, bem, a partir de agora, vai falar umas besteiras, mas eu nunca vou escrever coisas exageradamente detalhadas aqui, não vou nem começar a descrever isso, beleza? Vai falar sobre, mas é raramente que vai ter cenas assim. Por exemplo, o tipo de cena que eu falo é que vai ter um diálogo abaixo entre Emily e Vitória que é meio... estranho, Vitória vai reclamar de sua relação com Leo, e ela vai tocar o assunto. Então, é só um aviso, tipo, mas não vai ter nada de cena nenhuma, elas só vão falar sobre, tipo, depois vocês verão no diálogo, o.k., podem ler tranquilamente, como sempre leram antes, mas é só por que vai falar algumas besteiras, só, por isso o aviso. Obrigada. :D

Emily's Point Of View:

Saí do carro de Dante, e me coloquei de pé, e fechei a porta, quando dei as costas, Dante me puxou pelo braço e me beijou. Ele me soltou, e lentamente afastamos nossos rostos.

–- O que foi isso? - perguntei e mordi o lábio. Ele sorriu, mas não respondeu a minha pergunta.

–- Boa aula, não desrespeite o professor. - ele deu uma piscadela.

–- Mais uma vez: Idiota. - eu sorri.

Dei alguns passos, e concluí que a escola inteira estava olhando para mim, incluindo Gregory, agora f... Olhei para ele comprimindo meus lábios. Suspirei e continuei andando. Várias garotas vieram falar comigo.

–- Oh, meu Deus! Quem é aquele rapaz?

–- Há quanto tempo estão namorando?

–- De onde ele veio?

–- Ele tem um irmão? - uma garota perguntou.

–- Se você for lésbica, pode tentar descobrir se a irmã dele é afim de garotas.

Mas elas não paravam, estavam todas elétricas, perguntando sobre ele e a vida - na verdade seria a morte, mas elas não sabem, então tudo bem - dele.

–- CHEGA! - Desta vez fui eu que gritei. Elas se afastaram de mim, como uma ondinha, quando põe o dedo na água parada. Gregory estava vindo para cá, passou por mim, ia em direção a Dante. Ele ia arrumar briga, estourado do jeito que Gregory é. - Gregory, para já com isso!

–- Eu pensei que você gostasse de mim, só que tinha vergonha.

Eu soltei uma gargalhada.

–- Eu nunca seria sua namorada, eu vejo você como um conhecido, nada mais.

Ele se virou para Dante, que sorria.

–- É culpa sua, você mudou os sentimentos dela por mim.

Andei até ele, aquele nojento, virei-o para diante de mim com arrogância.

–- Escuta aqui, otário - ele ia falar, eu levantei a mão para ele parar de falar e continuei -, continue mentindo e falando asneiras sobre mim e eu vou estourar os seus dentes assim como eu estourei os da sua irmã!

Ele se virou e, de surpresa, deu um soco na cara de Dante, que simplesmente não reagiu. Mas pude ver que suas escleras estavam intensamente vermelhas, e seus dentes começavam a apontar para fora, fiquei na frente dele para que ninguém pudesse vê-lo.

–- Eu poderia acabar com ele aqui mesmo, se não tivesse dezenas de pessoas nos assistindo. - Eu nem tinha reparado que dois terços da escola tinha visto isso. E no meio da multidão surgiu Vitória, e vinha mais e mais pessoas no meio de tudo isso, incentivando a briga.

–- Dante, não, não, você pode matá-lo. Pare! Fica aqui! - Gregory se virou para dar um soco, empurrei Dante para o lado, me esquivei do soco e meti-lhe uma bicuda bem naquele lugar, ele ajoelhou-se de dor, afastei os cabelos dos olhos, Vitória veio me dar sermão.

–- O que você pensa que está fazendo, garota? Você vai levar uma suspensão! Você já está encrencada o suficiente com a sua mãe, ela vai te colocar num colégio interno!

–- Defendido - gemeu Gregory - pela namorada - e riu.

Nisso Dante, que estava assistindo tudo, pegou o garoto pelo colarinho e encostou-o na árvore, olhando ameaçadoramente para ele, Gregory estava a quase meio metro o chão, afinal, Dante era mais alto que ele, então já deve saber como eu me sentia.

–- Você ouviu o aviso, mas quem vai estourar seus dentes sou eu, mas não vai ser só eles. - E soltou Gregory, que caiu no chão.

A diretora chegou gingando, ela olhou de Gregory para mim e de mim para Dante.

–- O que aconteceu aqui?

–- Fui eu, ele estava me provocando.

–- Conheço muito bem seu temperamento, Srta. Osbourne, mas você passou dos limites.

Dante passou minha frente, e murmurou algo para ela fixando os olhos nos dela.

–- Essa é sua última chance, e você não vai levar suspensão. - ela disse, como um robô.

Olhei intrigada para Dante, que simplesmente sorriu, e sussurrou no meu ouvido:

–- Mais uma coisa que vampiros podem fazer, hipnotizar.

Ele entrou no carro e foi embora.

–- Preciso falar com você! - disse Vitória. Ela me puxou para fora daquele montinho que estava acudindo Gregory.

–- O quê? - eu perguntei quando finalmente chegamos para o lugar onde colocavam o lixo da cozinha.

–- É Gleyce, ela não quer mais frequentar a escola, e ela ainda não sabe que você voltou.

–- Mas como assim ela não quer mais frequentar a escola?

–- A mãe dela morreu, Emily! Eu contei isso para você.

–- Oh, verdade.

–- Pensei que ia ficar pasma.

–- Mas estou, é que eu não consigo mais demonstrar qual emoção eu sinto, estou várias coisas ao mesmo tempo sabe, e agora mais isso e mais o fato de que eu e Dante quase... - me calei, acho que falara demais.

–- Quase o quê? - ela levantou uma sobrancelha.

Fiquei em silêncio.

–- Ah, meu Deus! Sério? - Bem, ela ficou mais pasma com essa notícia do que eu com a notícia de que a mãe de Gleyce morreu.

–- Sim - suspirei.

–- Mas aconteceu? - ela ficou curiosa.

–- Não, por isso eu disse "quase". - Eu expliquei.

–- Mas estão namorando de verdade agora? - ela deixou os olhos semiabertos.

–- E-Eu não sei! - gaguejei - Estou confusa agora, não sei se gosto dele de verdade, estamos nesse rolo há só dois meses!

–- Três, as férias, esqueceu? Desde que se conheceram...

–- Eu não quero mais falar disso, eu quase perdi a virgindade - olhei para mim mesma com nojo.

–- O.k., não vou mais falar nisso. Então, voltando à Gleyce, ela quer desistir da escola, já estamos no último ano, ela não pode desistir agora.

–- Então? - levantei as sobrancelhas.

–- Bem, como eu ia dizendo, ela não sabe que você está aqui, então, se você fosse falar com ela, talvez ela se anime. - ela sugeriu.

–- Vale a pena tentar... - Olhei para ela.

–- Mas, calma, - ela parou um pouco e fez silêncio - sobre o assunto anterior, onde você estava?

–- Depois da escola eu te mostro, mas Dante não pode ficar sabendo - eu avisei.

–- Por quê não? - ela levantou uma sobrancelha.

–- Não sei, só acho que ele não ia gostar. - olhei para o chão.

–- Acha? - ela fez uma cara confusa.

–- Intuição. - encolhi os ombros. - Não vi a Paloma hoje. Por que será que ela faltou?

Vitória ficou pensativa por um segundo.

–- Por que quer saber da Paloma? - perguntou intrigada.

–- Bem, ela é minha amiga agora. Que foi? Ciúmes? - eu ri quando ela fez uma cara que dizia exatamente o contrário.

–- Não é que, ah, esquece. Enfim, ela foi para Deenwood.

–- A cidade em que seus pais moram?

–- Sim.

–- O que ela foi fazer lá?

–- Passar as férias de Natal, espero que as aulas sejam suspensas por causa da neve, ontem começou a nevar a tarde.

–- Sério? Minha mãe me fez estudar o mapa de Moonlight Falls a tarde inteira, acredite se quiser, nem percebi.

–- Nossa. Mas você vai passar na casa da Gleyce?

–- É claro que sim!

–- Que bom, ela está mal mesmo, sabe?

–- Quem não ficaria? Ela perdeu a mãe!

–- Eu perdi minha avó e enlouqueci...

–- Mas é diferente... - ela levantou a mão, fazendo eu parar.

–- Não quero falar disso de novo.

–- De novo, mas a gente nem... - ela me calou de novo. - O.k., Srta. Bennett.

–- Quero falar de magia, eu sou uma bruxa e não sei nem um feitiço simples, ficar com Leo está entediante, tipo, nosso namoro está entediante. Ele me respeita até demais, se é que me entende.

–- Ele te acha tímida para fazer aquilo?

–- É... Ele acha que estaria me violando, mas eu deixo ele fazer isso. Essa é a diferença. E ele fica patético recusando, parece ser...

–- Gay? - completei - Ué, fala isso para ele, que você quer... Que ele te viole. - Eu ri, ela riu junto.

–- Cala boca, é melhor. - Ela continuou rindo.

–- O.k.

O sinal bateu, nós entramos na escola, ainda rindo como duas idiotas.

Gleyce's Point Of View:

Acordei meio-dia, faltavam vinte minutos para Vitória e Leo chegarem. E realmente, eu passei muito tempo dormindo, acho que era melhor eu dar uma caminhada. Coloquei minha legging e minha regata, fiz um rabo-de-cavalo, peguei meus fones de ouvido, enchi uma garrafa com água e fui embora. Resolvi andar na floresta do cemitério que não era tão longe dali, tinha um longo caminha de carvalhos e era realmente muito silencioso, o único barulho que era audível era o farfalhar das árvores e o vento uivante que levava as folhas secas, os grandes galhos das árvores de curvavam criando um tipo de túnel alto, e a frente dos carvalhos da parte direita do caminho tinha arbustos de um metro com flores cor de rosa, achei estranho que as flores ainda estavam vivas, entramos no inverno há pouco tempo. Eu escolhi um bom horário para caminhar, afinal, era inverno e meio-dia, meio dia tem mais sol, então estava ameno, e tinha uma neblina ali, o que tornava aquele lugar perfeito para caminhar, mesmo que estivesse ao lado do cemitério.

Entrei para dentro daquele caminho, por trás das árvores mais próximas, havia mais centenas delas. Olhei para o final do caminho e vi a luz do sol penetrando pela curva que as árvores faziam, o caminho até lá ainda estava bem longe. Resolvi correr, dali apareceu um homem, apertei os olhos para ver melhor – ainda estava correndo – era Bryan, me lembrei imediatamente de Juliane que me escondera que ele era seu namorado, e ela morreu na mesma noite em que ele pediu, a princípio, no segundo ano do colegial, ela o achava nojento, como ela dizia, “por mais gostoso que seja”, ela sempre falou isso, porque ele vivia pedindo ela em namoro. Todos sabiam, até mesmo Bryan, que ela gostava de Gregory, que, a propósito, era o melhor amigo de Bryan, e Greg, como era chamado por todos, exceto Emily, gostava de Emily desde a primeira vez em que ela pôs os pés na escola, quando estávamos na primeira série. Ele era obcecado por ela, eu nunca entendi o por quê de Juliane achar Bryan nojento. Todas as garotas da escola cobiçavam-no. Emily não gostava de ninguém, ela sempre foi um menino por dentro, até conhecer Dante, ele realmente mudou ela. Bryan era o tipo de garoto que todas as meninas gostariam de ter por perto, cavalheiro e bonito.

Nos cruzamos, olhei para o chão, para que ele não me reconhecesse, não estava a fim de conversar. Mas não funcionou, ele parou de correr, andou para trás, e me viu.

– Ei!

– Oh, oi! - fiz um tom de falsa surpresa na voz. Coloquei as duas mãos na cintura.

– É... Você está bem?

– Eu não sei. - Retomei a caminhada, ele veio comigo, droga. Eu não queria que a conversa se tornasse longa.

– Eu posso andar tudo isso de novo. - e riu.

– Bem, como você se sente depois de... é, você sabe... Juliane...?

– Tirando o fato de que eu a persegui por anos e quando eu finalmente consigo alguma coisa com ela... ela morre, eu estou bem, só estou abalado.

– Minha mãe morreu há dois dias, e... aconteceu tanta coisa, eu nem sei explicar.

– Minha namorada morreu e acharam seu corpo naquela floresta de pinheiros, e os das outras garotas foram encontradas no mesmo lugar..

– Tem muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, e é tão... tão místico, digamos, que não dá para processar, esse é o meu caso, entende? Eu quase fui presa uma vez!

– Sério?

Nossa, acabei contando coisas demais.

– Sim... é uma longa história.

– Colocaram vários cartazes de desaparecimento com a foto de Juliane.

– Sério?

– Eu nem percebi, passei muito tempo na casa de Vitória, tipo, não saía para fora.

– Ah...

– Eu vi, quando você estava lá montando a fogueira, seus olhos estavam âmbar. Aquele momento, em que Emily, aquela tapada – eu disse, pensando nela, ela estava desaparecida – gritou para eu ir com você – eu disse corando.

Ele riu.

– Eu sei, é normal - ele disse ficando muito sério, me olhando nos olhos -, eles são âmbar.

– E eu achei um artigo num livro muito antigo – o livro de Vitória – que isso é característica de lobisomens, depois de ativarem a sua Maldição, eu me interessei nisso, sabe – acrescentei, depois dele fazer uma cara de intrigado.

– Você acredita? Acredita que eles possam existir?

– Talvez.

– Já, que você foi a primeira a notar, eu vou contar uma coisa a você.

– O quê?

– Eu sou um.

– Um o quê?

Ele olhou para trás, para os lados e depois, fixamente, em meus olhos.

– Um lobisomem.

– Eu sabia! - deixei escapar.

Ele ainda fixava seus olhos nos meus, o que me deixava desconfortável, ele tinha aquele olhar penetrante que, olhava na sua alma. Seus cabelos eram louros e sempre arrepiados.

– Bem, já que contou, eu vou precisar falar: Eu descendo de uma linhagem de lobisomens. Eu ainda não ativei a Maldição, mas meu irmão mais novo já.

– É uma tortura, na hora da transformação.

– Sim, eu ouvi falar.

– Eu moro num acampamento nas montanhas.

– Meu irmão disse que foi se juntar aos outros de nós, numa montanha.

– Só existem nós. Estamos em vinte, eu acho que devo conhecer seu irmão, entrou, recentemente, um garoto, aparentemente de dezesseis anos, deve ser ele.

– Loiro, olhos claros? - perguntei, e ele assentiu – É ele. Tem quinze, a propósito. Como ele está?

– Está bem, meio abalado depois da morte da mãe, ele foi no enterro com a Paloma, eles estão bem próximos, tipo, melhores amigos, agora que tudo isso aconteceu.

– Eu não o vi no enterro, só vi Paloma. Opa, espera aí! Você conhece Paloma, Augusto conhece a Paloma, e isso quer dizer que Paloma é uma lobisomem também?

– Sim, ela é muito carismática, se quer saber.

– De longe, eu já não vou muito com a cara dela, ela fica me encarando na escola. - Comecei a rir, e de repente, eu estava chorando, de novo. - É incrível, né? Como a gente consegue tratar as coisas com tanta tranquilidade, naturalidade. - Eu disse, soluçando. Eu parei de andar, e me sentei no chão. Ele se sentou ao meu lado, e passou o braço pelas minhas costas.

– Eu sempre soube que você descendia de lobisomens.

– Como?

– Quando você ativa a Maldição, você desenvolve várias coisas, mas os principais são a força e o olfato.

– Através do olfato?

– Vampiros e Lobisomens têm muito dessas qualidades, espero que saiba que eles existem, mas não aqui.

– Sim, eu sei que existem. Eu conheço um.

– Aqui em Moonlight Falls?

– Sim.

Isso eu não sabia.

– Mas só tem um. - repentinamente, notei que provavelmente uma hora já se passara. - Oh, Deus, eu tenho que ir.

Sem dizer mais nada, enxuguei as lágrimas e saí correndo. Eu acho que foi boa a conversa, eu poderia ficar ali para sempre, naquela linda paisagem, conversando com alguém que definitivamente não sabe dos meus problemas.

Cheguei na casa de Vitória, ela e Leo já estavam lá. Ela ia ralhar comigo, eu tinha certeza, mas eu me enganei.

– Gleyce, onde esteve?

– Saí para tomar um ar.

– Imaginei, tenho uma coisa para contar a você.

– O quê? - perguntei curiosamente.

Ela simplesmente se afastou da porta, deixando à mostra, uma garota muito idiota na qual tenho andado preocupada. Corri para abraçá-la, e ela retribuiu o abraço.

– Onde você esteve? - arregalei os olhos para ela.

Então Emily me contou a história toda, Vitória também pareceu surpresa, acho que ela ainda não tinha os detalhes à Vitória.

– O quê? Ele quase te deixou cair durante o voo?

– É. Então ele me levou a um casarão...

Ela tentou terminar o resto de uma parte da história, mas eu a interrompi de novo, levantando uma mão.

– O que foi agora, Gleyce? - perguntou Emily, impaciente.

– Ele quase?

– Sim, você ouviu bem, quase! E me arrependo muito de ter deixado ele quase fazer isso! Quer saber? Conto o resto do fato no caminho.

– Caminho para onde?

– Acontece que eu sei onde Dante me levou! Eu sou melhor em coordenadas geográficas do que vocês pensam... Ou pelo menos do que minha mãe pensa. De qualquer jeito, vocês precisam ir, a história das famílias de vocês estão gravadas naquele lugar, e é onde eu quero explorar.

– Eu acho que eu nunca vou poder fazer uma poção – reclamou Vitória.

– Eu quero ir, mas você tem certeza que gravou o caminho do lugar?

– Tenho! Eu já disse, são coisas fáceis de lembrar, primeiro temos que atravessar o Lago, contornar a montanha do cemitério, localizar a grande pedra, virar a esquerda e ir reto, vamos encontrar uma cachoeira, que é ali onde vamos nos abastecer, dali vamos contornar a montanha dessa cachoeira, e vai ter um círculo de montanhas tipo, umas nove montanhas, e dentro delas tem o lugar. E, finalmente, vamos encontrá-lo.

– Já cansei só de ouvir. - dessa vez fui eu quem reclamei.

– Mas, vale o risco de ficarmos perdidas?

– Com certeza, ali é uma cidade com mais de cinco castelos, eu disse casarão antes, até descobrir que tinha catacumbas, e é uma enorme fonte de história! E, se quer saber, ali era Moonlight Falls.

– Sério?

– Sim!

Você tem certeza que não quer ir amanhã cedo?

– Temos aula, vamos hoje a tarde.

– Mas não vamos encontrar

–- Vamos hoje, Vitória! Se não quiser, não vá. Não vai fazer diferença se eu me perder. - Quando Gleyce disse isso, Vitória lançou um olhar à ela de "pare-de-ser-estúpida"

–- Tudo bem, eu vou, mas vamos logo, não quero chegar tarde!

–- É muito longe?

–- Não muito longe do casebre do Dante. - e depois murmurou algo que eu não pude ouvir.

Emily foi à padaria e comprou um monte de comida, eu perguntei o por quê de tanta coisa sem necessidade, pois nós só iríamos, exploraríamos e voltaríamos. Apenas, mas ela me explicou de novo que durante o caminho ela teve uma discussão com Dante e perdeu uma parte do caminho. Então, caso nóos ficássemos perdidas, pelo menos teria suprimentos até eelas procurarem outra fonte de comida. No caso, uma árvore com frutas. Eu levei uma faca de prata caso alguma coisa acontecesse.

–- Vou levar meu grimório, vai que eu precise fazer um feitiço, certo? - anunciou Vitória - E não se preocupem, já sei ler Runas.

Nós saímos e não demos uma única palavra. até chegarmos no Lago.

–- Então, chegamos, para que lado ir? - Vitória perguntou, olhando para Emily.

–- Vamos até o cemitério, contornamos a montanha, e depois... Ah, só me sigam, o.k.?

–- Aquele cemitério me dá arrepios. - comentei.

–- Em mim também, mas eu quero voltar lá. Eu preciso voltar lá.

Seguimos Emily durante meia-hora até o cemitério, com a mesma aparência de sempre. Horripilante.

–- Tem certeza que não dá para cortar caminho? - perguntei ofegante, fazendo uma pausa entre as palavras.

–- Você quer atravessar aquele cemitério horroroso só para cortar caminho?

–- Prefiro.

–- Tá. Vamos logo.

Vitória's Point Of View:

O vento estava tão forte que ao passarmos por um túmulo, cujo caixão estava aparecendo pela metade, e estava corroído, mas não o suficiente para se ver o corpo, a tampa do caixão se quebrou e voou para o outro lado e parou na igrejinha, quando vimos o esqueleto, recuamos segurando o grito, até chegar em uma parede, onde estava a tampa, coberta de vermes. Gritamos e saindo correndo. Emily ficara esverdeada, parecia que ia vomitar.

–- "Cortar caminho"... - bufou Vitória.

–- Vocês viram aquele esqueleto?

–- Dá para parar de ficar me lembrando disso? Não que eu já tenha esquecido, mas duvido muito que isso vá se apagar da minha memória, ainda mais se você continuar falando sobre isso.

–- Pelo menos cortamos caminho. Olha, nem vamos demorar muito para chegar do outro lado da montanha.

Emily revirou os olhos para o céu. Pelo que parecia, era uma hora da tarde. Porque Vitória acelerou, é claro.

Voltamos a caminhar, estava muito frio, e eu a interrompia a cada segundo para perguntar se já estávamos quase chegando. Quando finalmente...

–- É aqui! - exclamou Emily, quase dando pulinhos de alegria.

–- Uau, nem demorou muito - Gleyce falou, sarcástica.

–- Ah, qual é, valeu a pena, não valeu, e ainda são três, horas. - Emily consultou o relógio.

–- Mas nem vimo nada ainda - eu disse, mas Gleyce me interrompeu.

–- Então, isso quer dizer que vamos chegar sete ou oito horas em casa?

–- Acho que sim. Uma preciosa hora para olharmos tudo, temos que ser rápidas - ela se esgueirou até uma árvore, parecia querer se esconder, e olhava fixamente para uma enorme castelo, e dava para ver mais alguns castelos ao longe.

–- De quem está se escondendo? - eu perguntei para ela, que parecia aflita.

–- Eu disse que tínhamos que ter cautela, pois não queria que Dante me visse aqui.

–- Ah, lembrei - eu disse.

–- Tá, eu vou me adiantar para ver se Dante não está aí. Quanto a vocês fiquem aí até eu voltar.

Ficamos observando-a sair de trás da árvore muito alta e já morta em que estávamos escondidas. Passou-se alguns segundos, e ela já estava entre dois castelos, - estávamos do lado de um deles - repentinamente, um vulto chegou à ela, e reconhecemos Dante, ele a agarrava pelo pescoço,

–- CORRAM! - gritou Emily, num tom sufocado.

Quase eu saí para ajudá-la, mas Gleyce me puxou pelo braço.

–- Está maluca? - sussurrei.

–- Não, não estou. Ele vai vê-la e vai matá-la primeiro, eu tenho uma ideia. - ela pegou um galho, um pouco grosso e comprido. Quebrou-a no joelho, pegou sua faca de prata e fez uma ponta, parecia um grande lápis. Enquanto ela trabalhava, entreouvi umas palavras.

–- Pare de ser orgulhoso, você ia matá-lo, por mais que eu não goste dele, não quero que mais ninguém morra. – Era a voz de Emily ainda no mesmo tom sufocado.

–- Ele tirou sarro de mim, "defendido pela namorada".

–- Você está bravo comigo só porque fiz você parecer um banana?

Pelo o que vi, ele apertou um pouco mais o pescoço dela.

–- Eu já devia ter matado você há muito tempo, sabia? Eu queria seduzir você, mas você é daquele tipo de garota que só vai acontecer depois do casamento. Eu gosto de brincar antes de comer - Ele soltou o pescoço dela e segurou seus cabelos, de modo a deixar o branquíssimo pescoço da garota à mostra, então, aproximou o rosto dele do pescoço dela, parecia que ele beijava o pescoço dela. Emily tremia dos pés à cabeça. - Eu já deveria ter drenado você, e enterrado naquele bosque, como fiz com o restante das outras garotas. Assim como fiz com Juliane, não era por acaso que eu estava no bosque.

–- Você fez isso? Então por que me tirou do bosque naquele dia?

–- Havia lobisomens lá, e eu realmente não queria que eles a matassem, eu queria matar você.

–- Rápido, Gleyce! - apressei - Ele matou Juliane!

–- Vampiros morrem com uma estaca, certo? - ela disse, parecia não ter ouvido o que eu disse, já levantava a estaca segura mão.

–- Emily não vai querer que você o mate.

–- Quem disse que vou matá-lo, só vou pegar tempo para nós fugirmos.

–- O.k. Vai logo!

–- Eu vou enfiar a estaca em Dante e você pega Emily e foge, eu vou conseguir alcançar vocês.

–- E vai conseguir fazer isso? Lembre-se da sua Maldição.

–- Sim, eu vou, eu enfiei um galho na cabeça de um lobisomem, e eu não vou matar Dante. E mesmo se eu o matasse ele já estaria morto, é só com humanos que se ativa a Maldição, aliás.

–- O.k., Anda.

Gleyce saiu de fininho sem fazer barulho, e contornou o castelo até chegar atrás de Dante, ela fez um sinal para mim, dizendo que estava tudo bem. Eu fiz outro sinal para ela andar logo, eu estava pronta para correr. Ela correu em direção a Dante e enfiou a estaca nele, mas não no coração, saí correndo, agarrei Emily, não dava tempo de irmos para a floresta, ele iria se recuperar rápido e ia nos alcançar, arrombei a porta de um castelo, com a mente - eu andara praticando isso - empurrei Emily lá dentro e Gleyce veio correndo para dentro.

–- Por que estamos aqui? - ela perguntou - Vamos para a floresta.

–- Não! - olhei para ela, enquanto procurava no grimório, como trancar portas. - Não dava tempo de irmos para a floresta, ele iria se recuperar rápido e ia nos alcançar! - eu repeti o que eu pensei, eu sabia que Gleyce me perguntaria isso. - Achei! Claude ostium, et supernaturalis expellere! Claude ostium, et supernaturalis expellere! Claude ostium, et supernaturalis expellere!

A porta se fechou de súbito, trancando. Eu me assustei, com a forte batida.

–- Dante não vai conseguir abrir, vai repelir o sobrenatural. - Informei.

Ouvimos a voz de Dante:

–- Eu vou esperar vocês, nem que eu morra esperando aqui. Espera, eu já estou morto - ele riu maliciosamente.

–- E agora? O que faremos? - Emily disse - seu pescoço ainda arroxeado onde Dante segurou.


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