A Vampira, A Loba E A Bruxa escrita por Emily Longbottom
Emily's Point Of View:
Nós entramos dentro daquele casarão. Tinha muita poeira, e realmente, parecia mal-assombrado. Havia escadarias majestosas, bem tudo era majestoso. Não consegui prestar atenção em muita coisa, comecei a ficar com tontura e cansaço, afinal, não tinha comido nada, e passei a noite acordada. Dante pecebeu isso.
–- Você está bem? - ele perguntou.
–- Sim... Não, não estou. - eu disse, ele me ajudou a subir as escadas. - Minha mãe deve esta preocupada, vai me dar uma bronca quando eu voltar.
–- Não, não vai, eu posso dar um jeito nisso.
–- Você não conhece minha mãe.
–- Eu posso hipnotizá-la.
–- Pode?
–- Sim. - Ele abriu um quarto. A cama em si estava impecável, mas os lençóis e travesseiros estavam corroídos pelas traças.
Rapidamente ele arrumou alguns lençóis e travesseiros menos decompostos, enquanto eu esperava escorada na porta. Ele me pegou no colo e me deitou na cama. Começou a chuviscar, e depois a chover e trovejar.
–- Fique aí, vou ver se tem algo para comer, lá fora, deve ter algumas árvores frutíferas por aqui. - ele disse.
–- Por que está cuidando de mim? - perguntei.
–- Por que a pergunta?
–- Você está sempre cuidando de mim, me impedindo de ser morta por um lobisomem na Festa da Fogueira, pagando a fiança da prisão, quando eu rolei no barranco e bati numa árvore, e agora, me tirou de lá...
–- Não vou dizer o por quê, por enquanto. - Ele disse e foi embora.
Passado algum tempo, ele voltou.
–- Não achei nada. Vou ter que ir à cidade. Pior que minhas roupas estão naquela casa...
–- E eu estou com sua camiseta... - Tieri a camiseta e entreguei a ele. Ele ficou surpreso. - Nada que você já não tenha visto, cabeçudo. - E sorri. Ele sorriu também, colocou as asas para dentro, foi estranho assistir a isso, e foi embora. Me virei para o outro lado, havia uma grande janela do tamanho da parede, que por sinal era muito grande, as cortinas estavam abertas. Dava para ver a tempestade lá fora. E depois pensei... Como Dante iria ir à cidade, com toda essa chuva, e além disso, demora muito. Resolvi dormir, mas o barulho do trovão, não ajudava, e geralmente, consigo dormir mais rápido com barulhos de chuva e trovões.
Não deu quinze minutos, e Dante voltou com algo na mão. Fiquei assustada com tanta velocidade.
–- Como... Como...? - gaguejei.
–- Vampiros conseguem atingir a uma alta velocidade, que vocês, humanos, não conseguem.
–- Ah... Ainda não consegui digerir essa estória de vampiros, lobisomens e bruxas.
–- É difícil acostumar, né? - ele entregou o pacote a mim.
–- Sim... Com certeza. - eu comecei a comer. Ele ficou olhando pela janela, enquanto eu comia, assim que terminei, abri a garrafa de água. Bebi de uma vez. Ele pegou as coisas e foi jogar em algum lugar. Me deitei e fiquei acordada, pensando se Vitória e Gleyce estavam bem, na preocupação da minha família. Dante voltou.
–- Vou dar uma olhada na casa. Você vai ficar bem?
–- Não. - eu disse, ele levantou as sobrancelhas, e se sentou na cama. - Olha, você acredita em...
–- Em...?
–- Amor à primeira vista?
–- Acredito, sim. Mas sou incapaz de amar, sou um demônio. Apenas aqueles que viram vampiros, enquanto amam alguém, são capazes de amar. Por quê?
–- Esquece.
Ele deitou ao meu lado.
–- Fala.
–- Olha, nos conhecemos há pouco tempo, mas eu... eu nunca, nunca mesmo, me senti assim, tipo, atraída... - fechei os olhos e abri um para ver a reação dele. Ele sorria.
–- Atraída... – ele disse, como se experimentasse a palavra. Ruborizei.
–- É... Por mais que... Que eu tenha criticado você, e quando você me... Me beijou, eu dei um tapa na sua cara, mas foi porquê você me pegou de surpresa, e a primeira coisa que eu pensei em fazer eu fiz...
Ele olhou para mim, aproximou seu rosto do meu e me beijou. Seus lábios eram gelados, nunca tinha notado que ele em si era gelado. Mas isso não importava. Ele me beijou vorazmente, e me puxava para ele. Ele rolou para cima de mim, deslizando as mãos para as minhas costas até chegar em meu sutiã. Opa! Aí foi até demais.
–- Para. - Eu disse, ele levantou o rosto lentamente.
–- O que há de errado?
–- Não acha que é muito cedo? - ele ficou em silêncio, ainda me agarrando.
–- Não. Você ainda pensa em se casar antes de deixar de ser virgem? - ele peguntou sarcástico.
–- Sim! - respondi, é a verdade. - Olha não sou que nem as outras garotas, que está doida para arrumar um cara que tire a virgindade dela, o.k.? - Depois disso, o empurrei.
Ele não falou nada, só deu um beijo no meu rosto e, novamente, se deitou ao meu lado, me envolvendo, fechei os olhos e simplesmente apaguei.
Acordei, Dante não estava ali, me levantei e fui em direção à uma porta, abri-a, era um tipo um closet, provavelmente era o quarto de alguma mulher, ou sei lá, pois havia vestidos, coloquei um qualquer. Ao voltar para o quarto, ouvi uma voz feminina:
–- Você ficou linda no meu vestido. - Eu olhei para todos os lados, não vi ninguém.
Desci as escadas rapidamente, Dante estava observando a lareira da sala.
–- Dante! - chamei. Ele se virou. - Eu ouvi uma voz. Era de mulher, e parecia debochada.
–- O que ela dizia?
–- "Você ficou linda no meu vestido".
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