A Vampira, A Loba E A Bruxa escrita por Emily Longbottom


Capítulo 16
Capítulo 16 - Parte 1: Vozes Estranhas




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Emily's Point Of View:

Nós entramos dentro daquele casarão. Tinha muita poeira, e realmente, parecia mal-assombrado. Havia escadarias majestosas, bem tudo era majestoso. Não consegui prestar atenção em muita coisa, comecei a ficar com tontura e cansaço, afinal, não tinha comido nada, e passei a noite acordada. Dante pecebeu isso.

–- Você está bem? - ele perguntou.

–- Sim... Não, não estou. - eu disse, ele me ajudou a subir as escadas. - Minha mãe deve esta preocupada, vai me dar uma bronca quando eu voltar.

–- Não, não vai, eu posso dar um jeito nisso.

–- Você não conhece minha mãe.

–- Eu posso hipnotizá-la.

–- Pode?

–- Sim. - Ele abriu um quarto. A cama em si estava impecável, mas os lençóis e travesseiros estavam corroídos pelas traças.

Rapidamente ele arrumou alguns lençóis e travesseiros menos decompostos, enquanto eu esperava escorada na porta. Ele me pegou no colo e me deitou na cama. Começou a chuviscar, e depois a chover e trovejar.

–- Fique aí, vou ver se tem algo para comer, lá fora, deve ter algumas árvores frutíferas por aqui. - ele disse.

–- Por que está cuidando de mim? - perguntei.

–- Por que a pergunta?

–- Você está sempre cuidando de mim, me impedindo de ser morta por um lobisomem na Festa da Fogueira, pagando a fiança da prisão, quando eu rolei no barranco e bati numa árvore, e agora, me tirou de lá...

–- Não vou dizer o por quê, por enquanto. - Ele disse e foi embora.

Passado algum tempo, ele voltou.

–- Não achei nada. Vou ter que ir à cidade. Pior que minhas roupas estão naquela casa...

–- E eu estou com sua camiseta... - Tieri a camiseta e entreguei a ele. Ele ficou surpreso. - Nada que você já não tenha visto, cabeçudo. - E sorri. Ele sorriu também, colocou as asas para dentro, foi estranho assistir a isso, e foi embora. Me virei para o outro lado, havia uma grande janela do tamanho da parede, que por sinal era muito grande, as cortinas estavam abertas. Dava para ver a tempestade lá fora. E depois pensei... Como Dante iria ir à cidade, com toda essa chuva, e além disso, demora muito. Resolvi dormir, mas o barulho do trovão, não ajudava, e geralmente, consigo dormir mais rápido com barulhos de chuva e trovões.

Não deu quinze minutos, e Dante voltou com algo na mão. Fiquei assustada com tanta velocidade.

–- Como... Como...? - gaguejei.

–- Vampiros conseguem atingir a uma alta velocidade, que vocês, humanos, não conseguem.

–- Ah... Ainda não consegui digerir essa estória de vampiros, lobisomens e bruxas.

–- É difícil acostumar, né? - ele entregou o pacote a mim.

–- Sim... Com certeza. - eu comecei a comer. Ele ficou olhando pela janela, enquanto eu comia, assim que terminei, abri a garrafa de água. Bebi de uma vez. Ele pegou as coisas e foi jogar em algum lugar. Me deitei e fiquei acordada, pensando se Vitória e Gleyce estavam bem, na preocupação da minha família. Dante voltou.

–- Vou dar uma olhada na casa. Você vai ficar bem?

–- Não. - eu disse, ele levantou as sobrancelhas, e se sentou na cama. - Olha, você acredita em...

–- Em...?

–- Amor à primeira vista?

–- Acredito, sim. Mas sou incapaz de amar, sou um demônio. Apenas aqueles que viram vampiros, enquanto amam alguém, são capazes de amar. Por quê?

–- Esquece.

Ele deitou ao meu lado.

–- Fala.

–- Olha, nos conhecemos há pouco tempo, mas eu... eu nunca, nunca mesmo, me senti assim, tipo, atraída... - fechei os olhos e abri um para ver a reação dele. Ele sorria.

–- Atraída... – ele disse, como se experimentasse a palavra. Ruborizei.

–- É... Por mais que... Que eu tenha criticado você, e quando você me... Me beijou, eu dei um tapa na sua cara, mas foi porquê você me pegou de surpresa, e a primeira coisa que eu pensei em fazer eu fiz...

Ele olhou para mim, aproximou seu rosto do meu e me beijou. Seus lábios eram gelados, nunca tinha notado que ele em si era gelado. Mas isso não importava. Ele me beijou vorazmente, e me puxava para ele. Ele rolou para cima de mim, deslizando as mãos para as minhas costas até chegar em meu sutiã. Opa! Aí foi até demais.

–- Para. - Eu disse, ele levantou o rosto lentamente.

–- O que há de errado?

–- Não acha que é muito cedo? - ele ficou em silêncio, ainda me agarrando.

–- Não. Você ainda pensa em se casar antes de deixar de ser virgem? - ele peguntou sarcástico.

–- Sim! - respondi, é a verdade. - Olha não sou que nem as outras garotas, que está doida para arrumar um cara que tire a virgindade dela, o.k.? - Depois disso, o empurrei.

Ele não falou nada, só deu um beijo no meu rosto e, novamente, se deitou ao meu lado, me envolvendo, fechei os olhos e simplesmente apaguei.

Acordei, Dante não estava ali, me levantei e fui em direção à uma porta, abri-a, era um tipo um closet, provavelmente era o quarto de alguma mulher, ou sei lá, pois havia vestidos, coloquei um qualquer. Ao voltar para o quarto, ouvi uma voz feminina:

–- Você ficou linda no meu vestido. - Eu olhei para todos os lados, não vi ninguém.

Desci as escadas rapidamente, Dante estava observando a lareira da sala.

–- Dante! - chamei. Ele se virou. - Eu ouvi uma voz. Era de mulher, e parecia debochada.

–- O que ela dizia?

–- "Você ficou linda no meu vestido".


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