Are You Mine? escrita por Clove Flor


Capítulo 8
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

CARA, EU PROMETO PROMETO PROMETO QUE NUNCA MAIS VOU DEMORAR TANTO! De verdade, minhas sinceras desculpas. Bem, eu consegui concluir aquela minha fanfic, passei pelas semanas de provas, não tô mais doente, entããoo eu estou 100% focada na fic agora. Próximo capítulo no máximo em 2 semanas, beleza? Eu estou com saudades, sério



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Point Of View – Katniss.

─ Já pode nos contar o que aconteceu sábado? – foi a primeira coisa que ouvi quando me sentei na mesa do refeitório junto com Clove e Annie. ─ Porque você simplesmente sumiu durante a sua festa de aniversário!

─ Foi mal, Clove. – comecei, cortando o pedaço de carne em meu prato. ─ Eu ainda não sei direito o que aconteceu.

─ Caralho, Kat! O que você pensa que está fazendo?

Ergui meu olhar, encontrando os olhos cinzas/verdes/castanhos lacrimejados da morena. Ela parecia aterrorizada.

Deveriam saber? Que fui espancada, que fiquei inconsciente, que acordei na cama de um Peeta Mellark cheio de medo, compaixão e raiva? Que minha irmã gritou comigo, que me injetaram um pouquinho de morfina e me sinto totalmente dopada?

Eu achei que sim. E contei.

Annie ouvia com os olhos atentos, mas não sabia exatamente se estava prestando atenção no que eu dizia. Evitei contar muitos detalhes e deixei fora a parte da droga. Ameacei a retirar minha maquiagem apenas para Clove finalmente acreditar que sim, eu fui espancada e que, yeah, sim, Peeta me salvou.

Nem eu acreditaria, na verdade.

─ E foi isso. – conclui.

─ Wow. – sussurrou a baixinha. ─ Que... que grande merda, Katniss. Faz ideia de quem foi?

─ Peeta comentou algo como “Thresh e Marvel”, mas não os conheço. E eram três, eu sei que eram três garotos. E falaram do tipo “Não pense que esquecemos da promessa”. Eu não fiz porra nenhuma de promessa.

─ Eu acho que todas nós precisamos de calmantes. – Annie murmurou.

─ Ou drogas. – sorriu Clove. ─ Eu posso conseguir pra vocês, se quiserem.

Meu olhar já tinha encontrado o dele antes que se sentasse ao meu lado:

─ Nada de drogas, garota. Você deve parar com isso. – Cato disse, pondo sua bandeja do meu lado. ─ Nossa Katniss, você está horrível.

Sorri falso, querendo lhe mandar a merda.

─ Obrigada, Cato.

─ Na verdade, - o loiro pareceu observar nós três, a testa franzida. ─ Vocês todas estão horríveis. Será que é contagioso?

─ Vá se foder, Overwhill. – não preciso dizer quem foi que falou isso.

─ Hey, calma aí Clove. – ele sorriu. ─ As pessoas têm sentimentos.

Você não deveria ter dito isso, Cato. , pensei, acariciando minha testa e preparada para o que viria a seguir. A morena engasgou.

─ Ai, merda, wow. – murmurou Clove, soltando o ar dos pulmões como se tivesse um ataque de pânico, olhando para os lados, procurando em algo para se apoiar. ─ Eu sei disso, Cato. Caramba, eu sei muito bem disso.

Olhei para o loiro, que pareceu ter percebido o erro, arregalando os olhos. Ainda tentou:

─ Não, não foi isso o que eu quis dizer, Clove, não foi pra te provo...

Para. – ela o interrompeu, sem ter contato visual, e eu vi que Annie pousava sua mão sobre o ombro dela para acalmá-la. ─ Para, Cato Overwhill. Não vamos discutir sobre isso mais, eu não vou aguentar. Toda vez que você abre essa sua boca fodida sai essas drogas. – a garota sugou o ar tão forte, como se houvesse esquecido de como respira. Pensei se eles não estariam melhor sozinhos, sem nós assistindo. ─ Eu ainda nem sei por que estou aqui, sentada em uma mesa, com você.

─ Ok, ok, desculpe. – o garoto disse, seus ombros curvados, os olhos azuis cravados em sua comida. ─ Desculpe.

E foi assim que começou mais um dia.

~*~

Eu conseguia sentir seu olhar sobre mim. E, de verdade, já estava começando a me incomodar. Ele queimava em minha nuca, arrepiando, como um sussurro. Olho ou não olho?

E lá estava ele: Peeta Mellark.

Arfei quando nossos olhares se encontraram durante longos segundos. As imagens daquela noite, acordada ao seu lado. Seu torso exposto todo machucado, a pequena parte de pele coberta por tinta. O modo que me olhou. Meu Deus, Peeta, pare.

Endireitei-me na carteira, batucando nervosamente a caneta em meu caderno aberto, cheio de anotações.

Não precisava nem me virar. Eu sabia que ele continuava observando.

~*~

Point of View – Annie

(N/A: eu fiz uma imagem fofa Finnie, mas o Nyah não ta carregando. Ta aqui o link)

─ Então sábado à noite? – Clove indagou.

─ Não vai dar. Vou ficar de babá da Rue. – respondi, chateada.

─ E eu tenho que estudar para a prova de geometria. – disse Katniss. Eu a olhei torto. Poderia ter inventado uma desculpa melhor.

─ Mas a prova só são em duas semanas, Kat. – resmungou Clove, meio incomodada pelo fora. Ela arrumou uma mecha de seu cabelo e sorriu. ─ Tudo bem. Nos vemos depois.

Olhei-a indo em encontro de uma moto. Um garoto de capacete a olhava, chamando-a com os dedos. Clove montou o veículo e, recusando a proteção, partiu da escola agarrada a ele em total velocidade.

─ Mas o quê... – comecei a questionar, mas Katniss me interrompeu:

─ Deixa, Annie. Deixa. – balançou a cabeça em negação, como se dissesse “ela não tem jeito”. ─ Eu estou indo com Gale até o metrô. Você vem?

Sorri, recusando. Eu tinha que procurá-lo. Já havia passado da hora de nos consertarmos.

Vamos lá. Agora é entre você e eu, Finnick.

~*~

Demorei um pouco até encontrá-lo – e, quando eu o encontrei, meu coração parou. Porque eu o odiava tanto. Eu o olhava e via minha melhor amiga ali, dentro de seus olhos verdes, tão lindos, tão lindos.

Ele estava de lado, conversando com um amigo dentro de uma sala de aula vazia, os braços flexionados sobre uma carteira. Cochichavam, como quando você não quer que ninguém saiba. Eu só o via de perfil, parecia nervoso, com raiva.

Quando decidi que “bleh, eu não preciso ser adulta agora” e já dava meia volta, ouvi sua voz. Pensei em não parar, mas, droga. Eu já havia parado.

─ Tudo bem Annie? – Finnick indagou, daquele modo preocupado. Seus cabelos cor de bronze caíam sobre seus olhos, já que a cabeça estava um pouco inclinada para frente, o corpo corcunda apoiado na mesa.

Balancei a cabeça.

─ Nós, hm, nos falamos... – comecei, um pouco atrapalhada, sentindo meu rosto ferver enquanto me aproximava mais da porta. Droga, acho que o interrompi em algo. ─ depois.

─ Não, não, não! – o moreno/loiro gritou, vindo em minha direção, ignorando totalmente a cara feia de seu colega. Agora ele estava mais perto e eu conseguia enxergar o verde vivo em seus olhos amendoados. ─ Vamos conversar agora. Não aqui, claro que não.

Sua mão envolveu a minha, me puxando bruscamente para fora da escola. Finnick corria, ansioso, nervoso, apressado, levando-me consigo em direção ao metrô.

─ Fi-Finnick... – o chamei enquanto tentava acompanhar seus passos, o pulmão começando a recusar o ar. Nós entramos dentro de um vagão e, por não ter espaço nos assentos, permanecemos em pé, agarrados ao apoio sobre minha cabeça. Nossos dedos continuavam entrelaçados, apertados, como se ele tivesse medo de que ao me soltar, eu fugisse.

Talvez eu o fizesse mesmo.

Finnick me olhou, sorrindo impaciente.

Ele estava me deixando nervosa.

~*~

Era a praia. Era a praia que Finn queria me levar.

Eu tirei meu tênis, guardando as meias dentro do mesmo, e senti a areia massagear meus pés nus.

Ele me puxou para baixo, fazendo com que eu sentasse diante do mar, no local de sempre. O barulho das ondas era um calmante, indo e vindo, sem parar. As ondas se quebrando, a espuma escorrendo, o céu nublado. Finnick estava esperando eu falar algo, começar. Ele iria esperar o tempo que fosse. Estava tudo bem.

Até eu perguntar.

─ O que aconteceu... lá?

O garoto puxou meu rosto, apenas para manter meus olhos conectados nos seus. Foi nesse momento em que eu percebi: ele havia crescido. Não é o mesmo de três anos atrás, que sempre estava ao meu lado. Agora Finnick estava distante.

Eu queria me aproximar.

Chegou a hora de ele dizer tudo. De eu decidir se iria culpá-lo para sempre ou não. Se eu daria uma chance.

Uma chance de amá-lo.

─ Eu vou te contar, Annie. – respondeu, cuidadoso. ─ Mas apenas se me olhar. Está bem?

Inspirei fortemente, meu coração acelerado.

─ Está bem.

Foi quando ele começou.


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Notas finais do capítulo

Eae, gostaram? Acham que ta tudo muito rápido? Não queria deixar vcs confusos por muito tempo, sooo, próximo cap é o que há



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