Are You Mine? escrita por Clove Flor


Capítulo 16
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Como é que vocês estão? Fiquei muito feliz com os comentários do capítulo passado! Obrigada por todo o carinho. Bem, aqui estou eu depois de 3 semanas. Ainda não deu um mês! Mas, de qualquer modo é uma demora. Me perdoem, mas acabei de escrever este capítulo no meio de um domingo-véspera-de-semana-de-prova. Hard.

::::::::::::::::::::::ANTES DE TUDO, LEIAM::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::
Gente, esse ano eu faço 15 anos, e com isso minha mãe quis me levar pra Disney! A viagem já é semana que vem e vou ficar aprox. 11 dias lá. Por isso que estou postando agora: é bem depois da semana de provas, não daria tempo de eu escrever. Então se eu sumiu por um tempo durante as férias, não se preocupem! Vou voltar com muita vontade e saudade ;)


É isso! Esse capítulo é basicamente drama da Clove.
Perdão a Isabelha, que eu não atendi o pedido do POV Finnick. Mas vou tentar encaixá-lo no próximo capítulo!

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Point of View – Clove

Uma mão pesada se fecha em meu punho e solto um gritinho baixo, assustada. Com os olhos arregalados e o coração batendo forte, me viro para ver quem é, rezando para que não seja nada, nenhum cliente, para que me deixem em paz, porque eu não quero fazer isso, não quero, não quero...

Por favor, por favor, por favor...

O que DIABOS você está fazendo aqui?!

Ai meu Deus.

Finnick.”

Meus olhos arregalados ardem ao vê-lo. Não consigo ouvir a música do ambiente: apenas o bombeamento do meu coração, alto, ensurdecendo, vibrando nos meus ouvidos. Vejo que ele não veste sua camisa, mas não procuro saber o que está (ou não está) usando embaixo.

Minha cabeça dói. Meu corpo treme descontroladamente. A única coisa que consigo pensar é a situação em que ele me encontrou.

Clove, vadia

prostituta

nojenta

vagabunda

suja.

Tudo isso grita nos pensamentos dos outros, nos meus. Está escrito! Está escrito nas paredes, no céu, em mim, o quão imunda sou! Mas não apaguem. É a verdade.

Clove! – ele grita, desesperado para obter a minha resposta. Mas eu não consigo falar: tem algo na minha garganta que pesa, que fecha, que machuca. As palavras não saem, minha voz não soa. Meu coração bate. Não deveria bater.

Finn me empurra para frente, segurando com força o meu antebraço. Ele está irado, ele está me odiando.

Mas então, quando viro meu rosto para olhar em seus olhos verdes, algo se encaixa em minha cabeça:

Finnick é tão sujo quanto eu.

Consigo enxergar, apesar da mal iluminação e das faixas de luzes azuis do ambiente, sua clavícula com uma marca arroxeada, quase como um hematoma, sobreposta na pele. E sei que não foi Annie. Sei, com toda a tristeza que aperta meu peito, que não. foi. Annie.

O loiro me empurra mais uma vez, me obrigando a andar, só que minhas pernas estão fracas. Sinto alguns dedos de um homem perto de nós se arrastarem pela minha barriga nua enquanto sou forçada a caminhar, e a voz gritante de Finn, berrando algo como “não toque nela!”, porque é um nojo encostar em mim...

Eu não consigo permanecer de pé. Minhas pernas sacolejam e agarro-me nos ombros largos do meu amigo, porque vou cair em questão de segundos.

Clove! Você está bem? O que raios está fazendo aqui?!

Mais uma vez abro a boca e minha voz não sai. É difícil, estou com medo do que eu posso falar. O que seria? Dinheiro, Finnick. Eu conheci um traficante e o irmão dele. Aquele que você bateu, o Seneca Crane, meu ex. É, o irmão dele é traficante, loucura, eu sei. Eu fumo em uma boa parte da semana, e coloquei o nome da Kat sem querer como quem vai pagar o que eu devo, porque sou daquelas que compra e coloca na conta. Agora tão perseguindo ela, ameaçando, mas não é ela que deve o dinheiro, sou eu. Errei. Muito feio. E também transei com você, se lembra? Péssima amiga, eu seeeei. Enfim, não tenho dinheiro, nem pais. Então estou aqui, Finn, transando com desconhecidos para pagar tudo o que devo. Acho que estou me matando.

Só percebo que estou chorando quando sinto minha visão embaçar. Meus olhos ardem, mais do que antes, e pinicam por causa do choro forte que escorre de mim. Soluço, minha garganta dolorida, e sinto a maquiagem escura descer por minha bochecha.

Finnick olha desesperado para mim. Ele me endireita, tirando as minhas mãos de seus ombros e eu vejo que estou do lado da porta de entrada desse prostíbulo nojento. Finn estava me empurrando na direção da saída.

─ Sai daqui, Clove! – ele abre a porta e o segurança de Pollux que a vigia abre espaço para qualquer um que queira passar. ─ Vai pra casa!

E eu começo a correr.

[...]

Point of View – Katniss.

Agora temos regras em casa.

Quando mamãe ouviu a razão de termos usado um pouco de sua morfina, ela nos encarou, pálida e acabada. Disse que, apesar de tudo, morfina era muito pesado e forte para pequenas lesões e nos proibiu de usar qualquer um de seus medicamentos sem sua consulta.

Depois disso, saiu de casa chorando. Ainda não voltou. Disse que faria um boletim de ocorrência na delegacia do bairro Dois.

– Não posso mais sair de casa sozinha.

– Não posso sair sem celular.

– Tenho que avisar sempre alguém para onde estou indo.

– Tenho que mandar mensagens para minha mãe a cada uma hora para avisá-la sobre minha segurança.

– Tenho que estar no máximo às 21 horas em casa. Sem mais um segundo.

– Nada de bebidas.

– Lista de telefone dos amigos atualizada na agenda dela.

Bem, coisas assim. Eu entendo, eu disse para ela que não tem problema. Minha vida vai ser bem mais limitada a partir de agora, mas é a minha segurança. Eu a prezo.

Ah, esqueci de mais uma regra.

Ser sempre boa com Peeta Mellark.

Nós contamos tudo, como eu disse antes.

Point of View – Clove

[continuação]

Esqueci de pegar meu sobretudo. Tenho frio em toda a parte do meu corpo, apesar do calor humano da boate. A música estoura das caixas de som e as pessoas dançam, apertadas umas contra as outras. Olho para os lados, desesperada, porque não encontro a saída: minha altura desfavorece-me com a multidão que cobre minha visão.

Tento correr, o shorts de borracha atrapalhando meus movimentos. Estou fraca, mas talvez ainda dê tempo de salvar minha vida se eu alcançar a porta.

Eu consigo ver a luz verde piscando sobre a saída, embaçada pelo choro. Estou há uns oito metros de distância, porém suspiro de alivio de qualquer modo. As lágrimas escorrem com tanta força de meus olhos que eu penso que eles podem sair do meu rosto e rolarem pelo chão. Preciso ir embora. Não é desse modo que eu vou ganhar dinheiro. Não consigo fazer isso. Não consigo.

Com brutalidade, uma mão agarra meu braço, me puxando com tanta força para trás que penso na possibilidade de ter deslocado meu osso. Meu coração martela no peito e eu tento me livrar do aperto sem ao menos ver quem está me segurando. Não importa. Eu estou chegando perto da porta. Sei que minha (falta de) roupa chama atenção entre as pessoas que dançam, mas não sou um objeto! Não quero ser usada, não mais.

A mão aperta mais e eu sou obrigada pela dor a me virar e encarar a pessoa que me impede de correr.

Não foi difícil reconhecê-lo mesmo com minha visão turva.

Por isso gritei.

Mal ouvi minha própria voz, se quer saber, por causa da música. Mas gritei alto, arranhando a garganta que alguns minutos atrás mal permitiam que algumas palavras saíssem. Me senti dentro de minha cabeça: gritando no meio de tanto barulho, tentando ser ouvida.

Então, olhando naqueles olhos azuis arregalados, cheios de raiva, surpresos, eu desmaiei.

Era coisa demais para aguentar.


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Notas finais do capítulo

O QUE ACHARAM?????????????W ASJKDFVJKSAFAKSDFVLJS QUALQUER OPINIÃO, SUGESTÃO OU COISA DO TIPO, É NO REVIEW TA
E ACEITO RECOMENDAÇÕES



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