When I Met You escrita por Lara Ushiromiya


Capítulo 3
Primeiro dia de aula.


Notas iniciais do capítulo

Oiee gente :333
Tudo bem? SHAUHSUAHS
Então, sobre esse capítulo. Se alguém quiser a ler/ouvir a música... Aqui tem:
http://m.letras.mus.br/exo-k/baby-dont-cry/traducao.html

Erh... Acho que é só :3
Enjoy ~



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Voltei para casa rapidamente. Na verdade fui correndo, com passos descompassados e respiração ofegante.

Soluçava xingamentos para Deus e o mundo. Sim, soluçava, pois sentia que se falasse começaria a chorar.
Me batia mentalmente por não ter feito nada, por ter deixado-o ir.

Tudo o que eu queria no momento era esquecer. Esquecer de tudo. Recomeçar.

Em meu desespero, cheguei em casa e me joguei na cama, não ligando para meus tios que me gritavam e perguntavam o que havia acontecido. Apenas sussurrei um "nada" embargado e botei o travesseiro sobre minha cara, que, por sinal, deve estar toda vermelha.

O que eu estou sentindo?

Boa pergunta, nem eu sei direito.
Acho que uma mistura colorida de raiva e ódio.

Ou não. Sei lá.

Mandei uma breve mensagem para Caio pedindo-lhe desculpas por tê-lo abandonado no parque. Pensando bem, aquilo realmente não tinha sido uma boa ideia.

Mas já foi, e passado é passado.

Tentei com todas as minhas forças dormir, mas quando percebi que não conseguiria tão cedo, peguei meu MP4 e coloquei a primeira música que me veio à cabeça para tocar. Era "Baby Don't Cry", da EXO.

Sim, eu sou meio gay para escolher músicas.

Mas essa realmente me acalma.

Coloquei o volume no máximo para espantar todas as lembranças e - agradeci imensamente por isso- tive sucesso.
[...]
"Baby don't cry tonight eodumi geodjigo namyeon
Baby don't cry tonight eobseotdeon ili dwilgeoyah
Mulgeopumi dwineun goseun niga aniya kkeutnae mollaya haetdeon
So baby don't cry cry nae sarangi neol jikilteni"
[...]

Ouvi essa música tranquilamente, sem pensar em nada, apenas relaxando no momento, com essa melodia lenta que me acalentava, e quando percebi, já estava dormindo, tendo, pela primeira vez em muito tempo, um sonho bom.

Fui acordado por meu despertador, que, por sinal, estava com um toque muito irritante.

Primeiro dia de aula. Não que eu esteja ansioso para isso ou algo do tipo. Na verdade, minha escola é um saco. Pessoas chatas, aulas tediosas, provas fáceis.

Nada que mereça parte significativa de minha atenção. Eu não sentia afeição por praticamente ninguém por lá. Pra mim, eles são todos iguais. Mentes iguais e pensamentos fúteis. Dos poucos amigos que tenho, o único que me chama atenção para algo é o Caio. Na verdade, ele é a única pessoa interessante naquele lugar. O único que não pensa igual a todos. Posso falar que gosto muito dele.

Na verdade, inconscientemente eu sabia de que não era exatamente assim. Eu sabia que poderia achar pessoas legais por onde passo. Pensar assim era apenas uma auto-proteção por medo de confiar demais nas pessoas e repetir os mesmos erros. Mas , de qualquer modo, eu não pensava assim nesses tempos.

É.. mal acordei e já estou pensando demais.

Tomei o café da manhã e fui para a escola. Não estou, de fato, com vontade de assistir as aulas, mas me obriguei a assistir até ao menos o intervalo.

Pois bem. Chegando lá, encontrei Caio conversando com Luana. Luana é minha melhor amiga e é muito fofa. Ela é legal quando quer. Cheguei por trás e pulei em cima dos dois. Nós rimos e conversamos sobre coisas banais até que o sinal que anunciaria o começo do primeiro tempo tocou.

O primeiro dia não tinha muita matéria. Ele era basicamente para apresentar os novatos aos veteranos e pedir para que os tratemos bem. Também é para apresentar-nos os nossos novos professores. Na prática, nada de importante.

Entramos na sala e sentamo-nos. Não prestei atenção nas outras pessoas, digamos que eu não era muito aberto a novos amigos.

O professor chegou na sala.

Sentou em sua cadeira preguiçosamente, como se estivesse com tanto tédio quanto os alunos. Olhou sua lista e começou a fazer a chamada. Eu estava quase dormindo na aula quando-

–Parker, James.

Quase caí da cadeira.

Olhei para ele igual a um retardado, como se precisasse confirmar que era mesmo a mesma pessoa. Era ele mesmo, e andava para o centro da sala. Estava com seu olhar desafiador habitual e evitava olhar para mim, me mandando olhares de canto, de vez em quando. Ouvi algumas meninas suspirarem atrás de mim e cochicharem entre si, apontando para ele.

Me senti levemente incomodado, sem uma razão específica. Me limitei a lançar um olhar feio para as garotas de trás e voltei a minha atenção para o nada. Eu não vou dar corda para ele. Não mesmo.

Após assinar a lista de chamada ele voltou para seu lugar. O resto do primeiro tempo passou-se rapidamente e eu não dei qualquer sinal de vida até o horário acabar.

Logo bateu o sinal, indicando minha liberdade momentânea do tédio das aulas.

No intervalo, percebi que não vou aguentar mais. Esse cubículo que eu chamo de sala me irrita. Vou matar o resto das aulas no único lugar onde só eu fico da escola: o terraço.

Despedindo-me de Caio e Luana, subi as escadas que me levariam para meu lugar de descanso.

Chegando no terraço, visualizei uma cena que , sinceramente, não estava com paciência para aturar.

Lá estava ele, no meu lugar particular, deitado e lendo tranqüilamente.

–Parker? O que faz aqui?

Ele lentamente desviou sua atenção do livro e foi olhar para mim.

–O que acha que estou fazendo , idiota? É cego ou algo do tipo? E não me chame assim.

–Eu queria ficar sozinho aqui, sabe.

–E você vai ficar me seguindo para onde vou, é isso?

–E se for? Te incomoda tanto?- eu realmente não tinha ideia de que iria encontrá-lo ali, mas quis parecer desafiador.

Ele parecia cogitar alguma ideia, pois começou a falar:

– Quer dizer...gostaria de me descu- parou repentinamente, seja lá o que ele estava querendo falar- Escute. Eu não gosto de você. Fique longe de mim.

Ele realmente estava tentando se convencer de algo.

Eu fiquei sem palavras, enquanto ele passava por mim, esbarrando com força em meu ombro.

Sem pensar nos meus atos, segurei no seu pulso e o puxei para mim, abraçando-o por trás, escondendo minha face em suas costas.

–E se eu te disser que não consigo?

Eu não assimilava o que dizia direito. Estava mais ocupado drogando-me com seu cheiro. Senti sua respiração falhar por trás de meu abraço, e ele se distanciou bruscamente. A única coisa que consegui ver após foi ele correndo para algum lugar distante.

Me joguei no chão e comecei a refletir.

Por mais que ele possivelmente tenha motivos para me manter longe, algumas perguntas me assediavam.

Ele realmente me odiava?

Quer dizer, eu só queria ele como amigo. O que eu sentia era puramente gratidão.

Né?


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Notas finais do capítulo

Temos um uke bipolar e um seme de cu doce. Eike beleza HSUAHSUAHSUAHSHAHSUAH.
Primeira cena fofagay da fic *o* que emoção.

O que estão achando?
Deixem suas opiniões (e ameaças) nos comments, plis .
Até mais :3