Ele me salvara. Cuidara de mim em meus momentos mas frágeis. E por isso lhe devia minha vida. Mais que isso, o devia meu corpo e alma, totalmente devotado a uma pessoa que se tornara especial para mim, totalmente devotado à única pessoa que me fazia viver.
Ou melhor, sobreviver.
Isso por que existe uma grande diferença entre viver e sobreviver. Por que sem ele, não poderia viver. Então me contento sobrevivendo sobre razões terrenas, fúteis e carnais. Tentando e não querendo esquecer. Tentando e me negando a apagar o pouco que me restava de esperança.
Por que?
Por que mesmo assim, me fizera sofrer.
Sofrer tanto que desejava desaparecer.
Me desintegrar.
Sumir.
Morrer.

E o que tudo isso era? Gratidão.
Ou pelo menos era o que eu achava.