Condenado escrita por Ricardo Magalhães


Capítulo 3
Astronaut


Notas iniciais do capítulo

Astronaut - Simple Plan



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Matemática, Química e Física sempre foram às matérias que eu mais detestei na escola, os anjos também estudam isso, não sei pra que, mas estudamos. Primeira aula do dia: Química, aquele laboratório frio, aquelas cadeiras duras, aquela professora chata, hoje tudo estava saindo da rotina. Chegamos ao laboratório e lá estava ela, minha parceira de turma, acho que não existe outro anjo com tanta má sorte do que. Queenie era uma menina caladinha, meiga e simpática, mas ninguém gostava dela, ela vinha de uma família extremamente pobre e qualquer um que andasse com ela também seria considerado pobre, eu até que gostava da Queenie, mas tinha vergonha de andar com ela, vergonha das pessoas. O Ênio senta lá na frente com uma tal de Orabelle, ela é uma nerd que sabe de tudo, ninguém nunca viu suas asas, acho que ela tem vergonha de mostrar

Essa questão das asas é bem complicada, você consegue fazer com que ela entre em suas costas e assim, você parece um humano comum, aí é só fazer um pouquinho de força e lá está ela, aberta, pronta para o voo.

Papai me ensinou a voar logo, assim que as minhas asas cresceram, é bem fácil na verdade, só requer um pouquinho de paciência, mas aos poucos se pega o ritmo.

O Colin também era da minha sala em Química, sentava na ultima carteira com um de seus amigos, não sei como que ele aguente o Colin. Enquanto a professora falava sobre diversos assuntos eu só conseguia pensar na garota, na minha garota, pensei tanto que acabei dormindo e só acordei com o sino. Sai de pressa da sala e encontrei o Ênio que estava me esperando na porta, explique pra ele sobre a garota e tudo mais, e ele me disse que tinha conseguido ajuda com a Orabelle e que sabia fazer a planta crescer agora. Fomos para a biblioteca, eu tinha que terminar um trabalho sobre a Vida dos Anjos na Idade Média para entrega no 3º horário.

Ênio havia saído para tentar alguma coisa com a planta da Bethany e me deixado sozinho na biblioteca, só havia umas meninas mais velhas em um canto, quando de repente ouço vários gritos no pátio, vou correndo ver o que era.

E me deparo com metade da escola em forma de um circulo, e tinha alguém no meio dele, caído, todo machucado, chego mais perto e vejo que era o Colin.

Fiquei sem entender o que estava acontecendo, só ouvi as pessoas gritarem algo sobre as asas dele. Cheguei mais perto e foi então que eu as vi, suas imensas asas negras haviam crescido e estavam ali, expostas pra quem quisesse ver. Rapidamente a noticia tomou conta da escola e em questões de segundos estavam todos observando o Colin se recuperar e levantar.

Asas negras, nunca tinha visto em minha vida, ninguém ali já tinham visto, todos ficaram com medo. Sempre achei que o Colin escondia suas asas por elas serem negras, mas agora eu tenho certeza que elas não existiam e que agora sim elas eram completamente pretas, ele era um Anjo da Morte e isso não era uma coisa boa.

Os dias se passaram e os assuntos ainda eram os mesmos, as asas de Colin. Havia dias que minha pulseira não acendia em meu pulso, havia dias que não visitava os humanos. Foi então que ela acendeu, e começou a brilhar muito forte, simplesmente fechei os olhos e pronto, lá estava eu, em uma pequena cidade do interior, ainda não sabia o que estava acontecendo, mas resolvi caminhar pela cidade, e foi então que eu a vi.

Sentada em uma praça, solitária, andei em direção a ela.

_Não foi você que me salvou há algumas semanas atrás? perguntou ela

_Sim, fui eu sim- respondi.

_Muito Obrigada

_Por Nada, como você consegue me ver?

_Não sei, eu apenas vejo e sei que você é um anjo.

_Sabe?

_Sim, você não é o primeiro que me visita.

Quando eu ia perguntar mais sobre o assunto, vejo um vulto voando em minha direção, um enorme vulto negro, e de longe reconheci, era o Colin.

_Achou sua namoradinha? -zombou ele

_Ela não é minha namorada

_Concordo com você, por que dentro de alguns minutos ela não estará mais conosco.

_ O que você disse?

_Se você não sabe meu amigo, eu sou o responsável pelas mortes agora e chegou a hora dessa mocinha morrer.

_O que ele quer dizer? perguntou Caroline, não sei como, mas de repente eu soube o nome dela.

_Você não vai fazer nada com ela

Fui em direção ao Colin, mas antes que eu percebesse ele foi muito rápido e quando eu o vi já estava por trás de Caroline com uma adaga preta nas mãos e apontando para o coração dela.

_Não Colin, Por favor.

_Comigo não tem por favor - disse ele.

Caroline só chorava foi então que Colin enfiou a adaga no peito dela em direção ao coração.

_NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO


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