A Bella e a Fera escrita por Luana


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá.. Mais um capítulo quentinho para vocês!
Estou gostando muito de escrever esta Fic..
Mas temos poucas pessoas lendo até o momento =(
Queria agradecer a:
"daiana cristina cullen"
"Bella Blake"
"amando"
Pelos comentários, continuem me incentivando =D

Divulguem, comentem com as amigas, ajudem essa escritora a ter mais incentivo!
Aproveitem este capítulo e me façam querer postar o próximo!
Kisses, até lá embaixo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/450733/chapter/2

Em Westerfield o dia amanhecia ensolarado e promissor. Como em todas as manhãs, Bella havia se levantado juntamente ao raiar do sol e preparava o café da manhã de todos animadamente. Cantarolando e rodopiando pela cozinha, a jovem moça estava acompanhada de inusitados visitantes. Inusitados talvez para nós, que não a conhecemos, mas seus familiares já estavam acostumados a ver a bela donzela cantarolando com seus inseparáveis passarinhos e dançando com seus pequenos esquilos. Como se fossem chamados, assim que Bella colocou o último dos três maravilhosos pães que havia assado naquela manhã, Charlie, Kate e Irina entraram porta adentro para desfrutar de seu desjejum.

– Bom dia, meu amor. Que cheiro maravilhoso! – exclamou Charlie assim que se sentou a mesa. – Já não disse a você que parasse de se esforçar tanto nesta cozinha e fosse a venda comprar pães prontos?

Charlie adorava a comida da filha, mas não queria que ela sempre se esforçasse tanto. Às vezes parecia-lhe que a pobre menina carregava o peso do mundo nas costas sem nunca reclamar.

– Oras papai, não diga besteiras! – disse Bella docemente – Sabes muito bem que adoro cozinhar e que as coisas que o Sr. Newton vende não tem o mesmo sabor! E ainda assim, mesmo que me colocasse a querer comprar coisas na venda, não temos dinheiro para ficar gastando desnecessariamente.

Ao ver o semblante de seu pai desmoronar Bella apiedou-se, arrependendo-se de proferir aquelas palavras. Ela não se sentia mal pelas condições nas quais vivia. Não era rica como outrora fora, no entanto isso pouco lhe importava. Sentia-se mais unida ao pai agora que partilhavam de uma vida humilde. No entanto, seu pai e irmãs sentiam falta da vida que levavam anteriormente. Suas irmãs choramingavam pelos cantos a falta que sentiam dos vestidos e luxos, e seu pai resmungava de vez em quando sobre não ter capacidade de proporcionar as filhas o que queriam.
Kate e Irina, desconfortáveis com o assunto, logo trataram de começar a tagarelar sobre assuntos banais e que não interessavam a Bella em nada. Bella fez um leve carinho no rosto de seu pai e se sentou ao lado dele, tentando distrair-lhe de pensamentos incômodos.

– E então papai, acha que posso ir ao povoado central hoje? Gostaria de passar na biblioteca. Ontem terminei de ler o último livro que peguei.

– Mas já querida? – disse Charlie dando uma sonora risada. – Claro que pode, podemos ir juntos, aliás. Não quero que vá sozinha, pode ser perigoso. Mas aviso que se continuar assim a biblioteca não terá nada a lhe oferecer em pouco tempo.

– Não há muito mais que eu goste fazer papai, você bem sabe. A leitura é minha amiga desde sempre. Enfim, termine seu café da manhã com calma, vou lá fora pegar um pouco de sol. – Dizendo isso, Bella deu um beijo no topo da cabeça de seu pai e saiu.

Ela sabia que suas irmãs não iriam limpar a sujeira depois, mas não queria se importar com isso agora. Estava mais interessada em apreciar o calor agradável que os raios de sol proporcionavam a sua pele. Deitou-se ao pé de uma macieira e fechou os olhos, pensando em como era feliz, mesmo tendo tão pouco. Bella não sabia ao certo quanto tempo havia passado quando sentiu algo pinicando seu arrebitado nariz. Só ao abrir os olhos e ver o sol já muito avançado no céu é que percebeu que havia cochilado sob o gramado. Percebeu que havia algo errado, o sol estava tapado por uma grande sombra de formato humano. Apertou um pouco os olhos e então viu quem era, suprimiu a vontade de revirar os olhos. Era James. James Turner era um rapaz alto e forte, tão louro quanto às irmãs de Bella e bonito também. Os cabelos eram lisos e batiam-lhe nos ombros e por este motivo eram mantidos presos por um pequeno elástico. Seus olhos eram de um lindo tom de azul e seu maxilar era forte e marcado. Todas as garotas do povoado central suspiravam por ele, no entanto James era obcecado por Bella de modo que nenhuma era boa o suficiente para ele. Outrora, a jovem moça já havia visto certo charme nele, no entanto descobriu que qualquer vestígio de charme se perdia quando James abria sua boca. A arrogância era grande, o intelecto limitado e a vaidade era tamanha que ele mal conseguia ficar sem olhar o próprio reflexo.

– Olá minha Bella adormecida – disse James galante. – Como você está hoje? Linda como sempre, eu posso ver.

Bella não se importou em conter o suspiro desgostoso e respondeu de forma neutra a James:

– Olá James. Vou muito bem, obrigado. O que lhe trás até aqui? Kate e Irina estão lá dentro. Adorariam ver você, posso lhe garantir.

– Se viesse apenas para visitar, viria para ver você, minha doce Bella. Mas hoje vim conversar com seu pai. Trago a ele notícias de fato muito agradáveis.

– Por favor, não me chame de “minha Bella”. Sou uma moça livre de qualquer relacionamento com você ou qualquer outra pessoa. Papai está em casa e pode lhe receber.

–Você é livre de um relacionamento agora, Bella. Logo você cairá em si e perceberá que sou o melhor parceiro para uma moça como você. Juntando minha admirável beleza com a sua, teremos lindas crianças. Agora me deixe entrar, sim? Até mais minha dama. – e, dizendo isso, James foi para dentro da modesta cabana.

“Um dia James conseguirá me fazer perder toda a paciência” pensou Bella enquanto suspirava.

Bella esperou que James e seu pai conversassem e depois decidiu esperar um pouco mais, pois sabia que Kate e Irina estariam tentando convencê-lo de que elas seriam maravilhosas esposas. Talvez até tivessem arrumado as coisas para passar esta impressão. Ela teve que rir com este pensamento, seria bom que James voltasse, caso elas tivessem feito mesmo isso. Após longos minutos, Bella avistou a grande sombra de James se avultando sobre as cortinas da janela lateral e percebeu que ele estava indo embora. A passos rápidos, ela esgueirou-se até a porta dos fundos e conseguiu evitar com sucesso seu incansável admirador.

—Oh querida, você estava aí. James esteve aqui há bem pouco! – Charlie disse empolgado.

Era sempre assim. O rapaz chegava e Charlie ficava entusiasmado, pois fazia gosto que sua Bella se casasse com um homem digno, forte e viril como James. Bella não culpava seu pai, pois James era, de fato, um encanto só quando estava na presença de Charlie, no entanto ela conhecia bem o tipo.

— Eu sei papai, ele cruzou comigo no quintal. Mas por favor, não faça essa cara esperançosa. Nunca haverá nada entre nós dois. James e eu temos ideias um tanto divergentes sobre.. bem.. sobre tudo.

Seu velho pai sorriu desanimado e assentiu, entendendo o recado. A verdade era que ele de fato sabia que James era um rapaz orgulhoso e um tanto galante demais na opinião de sua filha. O fato de praticar caça apenas por esporte também não agradava Bella em nada.

—Tudo bem, Bella. Não era sobre isso que ele veio falar, de todo modo. Ele veio me dizer que seu pai tem proposta de negócios para mim e, por isso, pedia que eu fosse ao povoado central hoje. Como eu já havia prometido que iríamos juntos, não vi problema algum.

— Que ótima notícia papai! Fico muito feliz. Quando partimos? – perguntou Bella feliz por seu pai e entusiasmada com a ideia de chegar a biblioteca.

—Podemos ir ainda agora, minha querida. Não quero cansar os cavalos no sol forte.

—Tudo bem. Vou apenas buscar o livro que tenho que devolver e podemos ir.

E, dizendo isso, Bella subiu as escadas em uma velocidade surpreendente. Charlie sorriu vendo a vivacidade de sua menina. Era uma garota de ouro, com certeza. Enquanto esperava, Charlie foi até a sala avisar Kate e Irina que iria ao povoado central.

—Vocês precisam de algo de lá meninas? Se quiserem, podem ir junto também.

—Você sabe que jamais iríamos aparecer no povoado de carroça papai! É uma vergonha – disse Kate visivelmente perturbada pela ideia.

—Exato papai. É um total absurdo. Parece até que pensa que somos como Isabella, que vive por aí correndo atrás de animais sujos, parecendo um moleque – completou Irina desdenhando sua irmã.

—Onde está a educação que eu lhes dei? O que Bella faz ou deixa de fazer não é do interesse dela e apenas dela, me ouviram? Estou velho, mas ainda posso lhes ensinar bons modos.

Assustada com o pequeno aborrecimento de seu pai, Kate tratou de arrumar as coisas rapidamente:

— Desculpe papai, não queríamos faltar com respeito a ninguém. Enfim, se não podemos ter nossos vestidos, não queremos nada. Boa viagem a vocês dois.

Sem mais querer se incomodar, Charlie foi em direção ao quintal, onde Bella já havia prendido os cavalos na carroça e dava-lhes mais água, para que aguentassem a pequena viagem. Ao olhar para ela, seu coração se encheu de ternura. Sabia que não havia no mundo criatura mais pura que sua caçula. Trocaram algumas palavras e subiram na carroça, seguindo rumo ao povoado central. De vez em quando Charlie sorria para si mesmo ao notar que Bella relia trechos do livro que tinha em mãos. Era uma menina tão inteligente, e ele se orgulhava disso.
Ao chegar ao povoado, Charlie deixou sua menina em frente a biblioteca e seguiu seu rumo em direção a casa de Peter e Charlotte Turner, pais de James e seus amigos de longa data. Bella entrou na biblioteca e se dirigiu a Ângela. Ângela era filha de Walter Weber, que por sua vez era proprietário da biblioteca. Ângela, menina doce e alegre, compartilhava da paixão de Bella por livros e sempre ficava muito animada quando a jovem moça aparecia por lá. Gostava de ter com quem conversar sobre estas coisas.

—Olá Bella, que bons ventos a trazem? Não vá dizer que já terminou o último livro que pegou?

—Olá Ângela. Terminei sim. Não me contive e pedi para meu pai para vir ao povoado buscar outro – disse Bella dando uma risada suave.

— Então, o que achou da história? Aprovada? – e lá estava o entusiasmo de Ângela dando inicia a uma longa conversa.

Vários minutos se passaram e as duas jovens moças continuavam absortas em sua conversa, até que entrou uma pessoa procurando um livro específico, fato este que tomou a atenção de Ângela por algum tempo. Para não atrapalhar, Bella começou a percorrer as prateleiras em busca de algo novo. Mesmo sendo um acervo grande, Bella já havia lido quase tudo que ali havia, mas foi na terceira estante que encontrou o que levaria.

—É uma história maravilhosa – Bella sobressaltou-se. Não havia visto Ângela escorada na ponta da estante. – Desculpe pelo susto Bella. Enfim, trata-se de uma jovem que se apaixona por uma terrível besta. Dá pra imaginar? – emenda Ângela com uma risada incrédula, mas também apreciativa.

—É, parece uma loucura. Vou levar este.

Após mais alguns minutos de conversa o pai de Bella chegou, pronto para levar sua filha para casa. Não havia chance de conversa, pois Bella era apenas do livro até que ele terminasse. Mesmo com toda vontade que acumulava dentro de si, Charlie se conteve e aguardou até que chegassem em casa para juntar suas filhas e contar sobre a conversa que teve com Peter Turner naquela tarde. Juntou-as na sala dando esperança de boas novas a todas.

—Finalmente a sorte voltou a bater a nossa porta queridas. Hoje Peter contou-me sobre bons negócios em um vilarejo para além das colinas do Norte! Poderei retomar meu trabalho como mercador.

— Que maravilha papai! Voltaremos a ser ricos? Você tem certeza? – Os olhos de Kate brilhavam de um modo que seu pai nunca havia visto. Havia uma esperança vitoriosa ali.

—Voltaremos sim Kate. Peter estava confiante. Poderemos quem sabe até voltar a morar no povoado central. – Charlie estava tão feliz que não notou o cenho franzido que sua pequena Bella sustentava no rosto.

Talvez para seus familiares isso não estivesse claro, mas para Bella a situação toda era demasiado estranha. Em sua cabecinha algumas questões giravam sem respostas. Por que o Sr. Turner havia contado aquilo para seu pai se ele mesmo poderia fechar aqueles negócios? Os dois eram mercadores, afinal. Como Charlie faria para viajar além das colinas do Norte em segurança? Era tão longe, tão arriscado. Ela não sabia se queria que seu pai se aventurasse nesta jornada. A recompensa não parecia-lhe valiosa suficiente em detrimento do bem-estar de seu pai.

—Bella querida, o que foi? – perguntou Charlie enfim percebendo o desconforto de sua filha mais nova.

—Esta situação toda é tão estranha papai. Por que o Sr. Turner lhe ofereceu estes negócios? Isso foi a troco de quê? E como irá para tão longe? Não temos cavalos fortes suficientes para tanto. Estou preocupada com você.

—Não fique minha querida. O Peter é um grande amigo e fizemos uma sociedade. Ele me fornecerá os cavalos e uma carroça para ir até lá em segurança e eu lhe darei uma porcentagem do lucro. Agora me digam vocês três, o que querem que eu lhes traga? Terei de partir amanhã cedo e quero trazer-lhes lindos presentes quando voltar.

Dito isso, Kate e Irina se abraçaram animadamente gritando o quanto estavam felizes e que queriam os mais belos vestidos que Charlie pudesse comprar. Bella continuava um tanto calada e seu teve de incitá-la a falar.

—E você Bella, diga-me o que quer.

—Bom meu pai, traga-me então uma linda rosa, pois elas não crescem deste lado das colinas. Apenas com isto já estarei satisfeita. – e tendo dito isso, Bella deu um forte abraço em seu pai.

Mesmo com a segurança que seu pai sentia Bella ainda temia por ele. Algo dentro de si lhe dizia que ele deveria tomar cuidado com as terras além-colina. Após um jantar simples feito pelas poucas habilidades culinárias de Irina e Kate, que se entusiasmaram tanto a ponto de se aventurarem na cozinha, todos foram para seus respectivos quartos, desfrutar uma merecida noite de sono. Após horas tentando adormecer, enfim Bella sucumbiu a escuridão do mundo dos sonhos. Seu sono foi agitado e com sonhos confusos, dos quais Bella não se lembrava quando despertou na manhã seguinte. Aflita, quando se despediu de seu pai naquela manhã, Bella lhe abraçou fortemente e pediu com todo amor de seu coração que Charlie tomasse cuidado na jornada que se iniciava. Ainda com os nervos aflorados, Bella observou seu pai sumir no horizonte, carregado pela promessa de novos tempos. Mal sabia ela que a mudança ocasionada por aquela viagem seria muito mais drástica do que a esperada.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~♥~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eeeentão?
O que acharam? Estou tentando escrever tudo direitinho, me avisem se houver algum erro.
Mais uma vez, estou amaaando escrever essa Fic, gosto dessas histórias em universo alternativo.
Comentem, comentem, comentem.
Até a próxima.
Kisses, kisses.