POV. Federico

Pensei muito no que a Violetta me disse, eu não havia pesado nada disso, mas com certeza amo a Violetta mais que a Naty, não precisa ter muita inteligência para saber, agora, não posso contar para ela sem antes ter certeza, primeiro, ela é minha prima, segundo, ela ama o Vargas, então não tenho a mínima chance com ela, e tem a Naty. Ela notou que eu pensava muito e disse.

– Bom Fede pense, eu vou até a sala de espera, sua mãe quer entrar - disse sem graça pelo silêncio que se fez.

– Obrigado pelo conselho Violetta, eu vou pensar. - disse sorrindo.

Ela então se retirou e minha mãe foi entrar.

– Federico, porque pediu para o doutor chamar primeiro a Villu? Eu estou aqui preocupadíssima com você e você bem liga. - ela ia falar mais, e eu interrompi.

– Mãe, para de drama, estou bem. Estou bem melhor, só estou mal sentimentalmente.

– Como assim? - ficou com cara de confusa.

– Bem, eu amo outra garota, e essa garota não me corresponde disso eu sei, ela... ela... é uma pessoa que você conhece bem - olhei para seus olhos e percebi que ela tentava me encorajar - Amo a Violetta.

– O QUE? - ela berrou. - VOCÊ NÃO PODE FEDERICO, ELA É SUA PRIMA. - ela estava revoltada.

– Para de gritar - bufei - Sim eu a amo, e sei que não podemos ficar juntos, mas isso não me impediu de sentir algo por ela, e eu não quero magoar a Naty, entende? - disse mais calmo.

– Certo, então conte a verdade a ela - suspirou - ela vai entender. Mas não faça nenhuma bobagem, Violetta está namorando e não vou permitir que você acabe prejudicando seu relacionamento por uma paixonite que chama de amor. - disse séria - Estamos conversados Federico?

– Tá mãe - disse sem ânimo - Pode chamar a Naty? - ela assentiu - Aproveita e pergunta ao doutor quando terei alta.

– Fica tranquilo, em breve poderá sair.

Então ela saiu e eu fiquei pensando na melhor forma de contar a Naty sem que a mesma ficasse mal.

–

POV. Naty

O acidente de Fede, só me fez pensar em como estava fazendo coisas erradas e pensar terminar com ele, mas eu sinto coisas pelo Maxi, e devo admitir, mas não sei o que pensar, o que fazer, mas vou prosseguir.

– Naty - chamou Angie, a olhei - Meu filho te espera.

Apenas assenti e segui o médico até o quarto do Fede. Ele me olhava com um lindo sorriso.

– Oi - disse lhe dando um beijo na bochecha.

– Oi - disse sorrindo. - preciso falar com você - suspirou.

– Pode dizer, eu também preciso falar, mas fale primeiro.

– Não fale você - falou Fede.

– Fale você - Falamos juntos. - Tá eu falo.

– Pode falar - disse por vencida.

– Bom Naty, eu sempre fui bem sincero com você e você comigo - eu assenti - E eu percebi uma certa distância de nós dois por esses tempos, e essa distância me fez notar que eu não te amo, que o que sentia era apenas amizade. - eu me impressionei, ele tinha tido a coragem de me contar algo que eu relutei em dizer. - Por favor não se chateie, porém, não podemos ficar juntos, pois vamos nos magoar.

– Eu... Eu... Nem sei o que dizer - disse surpresa - Eu sinto o mesmo Federico, sinto que nosso sentimento não era amor, e por isso nós nos distanciamos, e não vejo problema em me separar de você, ainda bem que fomos sinceros um com o outro, e isso é o que importa, foi bom enquanto durou. - sorri fraco.

– Concordo, foi bom enquanto durou - suspirou - Amigos?

– Claro - disse sorrindo - sempre.

E então dei as costas, aquilo sem dúvida foi algo que me deixou sem reação, mas Fede estava certo, não tinha jeito de continuarmos juntos, estava tudo diferente, eu amo o Maxi, ou melhor, quero tentar algo com ele, saindo daqui vou a aula e falo com ele.

–

POV. Maxi

Porque tinha que me apaixonar por Naty? Ela tem namorado e eles formam um lindo casal, o que ela ia querer com um cara como eu? Que sou um dos mais populares e cheguei a namorar uma garota idiota como Ludmila. Tudo veio em minha cabeça, o dia em que conheci Naty, o dia que nossos olhares se cruzaram pela primeira vez, como eu era idiota com ela e suas amigas e amigos e logo a vejo sorrindo para mim, como se fosse uma miragem, mas era algo real, era ela, era a Naty, ela se aproximou de mim e eu fiquei estático.

– Oi - disse rindo.

– Oi - sorriu ainda mais - Preciso falar com você - suspirou - Provavelmente vai me achar uma tonta, mas..

– Eu nunca te acharia uma tonta Naty, não diga isso - adverti - E então o que quer me dizer? - a encorajei.

– Bom Maxi, não nos conhecemos a muito tempo, e também não nos conhecemos bem, mas - suspirou - Eu...Eu...gosto de você! - admitiu - Gosto mesmo, e não consigo ficar longe de você por mais nenhum segundo.

– Mas e Federico? - foi a única coisa que me veio a mente.

– Terminamos, ele me disse o mesmo que estou te dizendo, ele ama outra pessoa, e não tínhamos como permanecer juntos. - sorriu - E você o que me diz?

Pensei um tempo tentando engolir todas as informações que soube e sem dúvida alguma eu a correspondia, mas queria fazer mistério, fiquei calado e ela pareceu se incomodar com meu silêncio, eu fiquei paralisado como se não tivesse tido reação alguma ou como se tentasse meio que fugir dali, ela me olhou novamente e estava sem graça.

– Não precisa dizer mais nada Maxi - respirou fundo - Eu entendo. - disse saindo.

Quando a vi andando uma tristeza imensa invadiu meu peito, por mais que só quisesse brincar com ela por alguns instantes, a tristeza dela era verdadeira e eu não podia permitir que ela fosse embora triste, e sem saber o que sinto por ela realmente.

– Hey! Também te amo - disse sorrindo.

Ela veio correndo em direção aos meus braços e ali nos beijamos, um beijo completamente incrível, cheio de emoção e sentimentos nos separamos do beijo entre selinhos e eu tomei coragem.

– Pode ser cedo - suspirei - Mas aceita ser minha namorada Naty?