POV. Castillo

Despertei envolvida nos braços do Vargas, não sei como ele conseguiu, mas me acalmei tanto que acordei de bom humor, era incrível como estava me sentindo bem, levantei-me delicadamente para que ele não despertasse, mas tentativa sem sucesso, ele acordou rapidamente e me olhou com um sorriso incrível.

– Bom dia Castillo - sorriu ainda mais - Está tudo bem?

– Bom dia - sorri torto - estou melhor, e você?

– Estou bem em saber que minha namorada está bem? - disse rindo.

– Namorada? - ri - Não sei disso Vargas, quando isso foi dito?

– Ah me esqueci - levantou-se com preguiça, e me olhou nos olhos - Castillo aceita ser minha namorada? - aquele olhar é incrível, me passa verdade.

– Eu tenho que pensar - ele desfez na hora o sorriso que estava em seu rosto - É brincadeira, é claro que eu aceito, só não me magoe de novo se não eu acabo com você - disse rindo.

– Certo, não farei isso - gargalhou.- Temos que nos levantar, seu primo deve ter saído da cirurgia e temos que ficar lá.

– Sim, vou me arrumar, me espera na sala de jantar?

– Sim madame - disse rindo e depois me beijou - Não demore.

Me arrumei mais apropriada para um hospital e desci rapidamente as escadas. Quase me desequilibro, por sorte foi apenas um susto. Sentei-me a mesa e só estávamos eu e Leon, tinha um bilhete em cima da mesa e o li.

Filha, levantei cedo e fui para o hospital com sua irmã. Não se preocupe, deixei tudo pronto para o seu café com o Leon, que por sinal fico feliz que estejam juntos. Não se esqueça que te amo filha, venha assim que puder. te espero. Seu pai.

– Err.. Meu pai disse que está feliz com nossa união - disse tímida.

– Você tímida Castillo? - gargalhou - Isso com certeza ficaria para a história.

– Deixa de ser idiota Vargas.

Caminhamos em direção ao hospital que era próximo a minha casa. Quando chegamos lá estavam Angie, meu Pai, Naty e Ludmila, aff o que essa garota quer aqui?

– Vargas, o que a Ludmila faz aqui? - perguntei e o mesmo olhou sem entender.

– Não faço a mínima ideia, ninguém do colégio sabia do acidente.

Me aproximei e a infeliz olhou para mim como se fosse ingênua, mas depois "recobrou" seus sentidos.

– Ora se não é a rockeirinha idiota - disse rindo - Você a cada dia está mais ridícula. - Vargas me segurou para eu não ir para cima daquela vadia.

– Escuta garota, eu não me importo quem você é, ou de quem é filha, então sai daqui, ninguém te quer por perto. - disse alterada.

– Acho que a Naty não pensa o mesmo, não é Naty? - perguntou para a mesma que ficou sem fala - Vamos Natalia, diz para eles.

– Não tenho nada a dizer Ludmila, vá embora. - disse sem ânimo.

– Mas e a nossa conversa de antes? - disse Ludmila sem entender.

– Não tivemos conversa alguma além de você querer saber do estado do Fede, e nem sei para que quer saber, já que nem falava com ele, e outra como ficou sabendo do acidente? - perguntou Natalia furiosa.

– Isso não é da sua conta - disse Ludmila - O importante é que eu sei, e agora vou, antes que acabe com a raça da rockeirinha.

– Ai coitada - disse irônica - Não se lembra da última surra que te dei? Acho que não né? Diga para sua amiguinha Alana que da próxima vez que se meter comigo arrebento aquilo que ela chama de cara em mil pedacinhos e você por ser a cachorrinha dela, leva junto, entendeu? - ameacei

– Não sou garota de recados, e nem cachorrinha da Alana. - disse nervosa - E me lembro sim da nossa briga, mas você se saiu bem porque me pegou desprevenida.

Isso só me fez gargalhar.

– Não é o que parece. - ri - Não fique no meu caminho garota, ou vai se arrepender amargamente.

– Me arrepender? Me poupe. - disse rindo. - Você nunca vai me fazer arrepender-se de algo queridinha.

– Não sou sua queridinha, sua vadia, sai daqui agora. - gritei.

Todos olharam para mim e eu rapidamente me desculpei, e Ludmila foi embora.

– O que foi aquilo filha? - perguntou meu pai.

– Essa garota sempre me humilhou, e agora sempre que estou feliz quer me fazer mal pai. Ela é rude e mal amada. - retruquei.

– Mas isso não justifica ameaçar - disse tranquilo.

– Poupe-me de sermões, agora não é momento para isso. - disse nervosa.

Logo o doutor apareceu e as atenções foram voltadas para ele.

– Bom dia a todos.

– Bom dia - respondemos juntos.

– São parentes de Federico correto?

Apenas assentimos.

– A cirurgia foi realizada com sucesso, e Federico reagiu bem, ele está acordado e pediu para ver Violetta. - disse o doutor com um sorriso.

– Amor fica aqui, eu já volto - disse sorrindo, ele apenas assentiu. Quando entrei no quarto do Fede era enorme, tinha uma janela com uma vista linda, tinha móveis, tinha TV, vídeo game e etc. - Oi Fede, está melhor?

– Sim Violetta, estou, mas quero te pedir um conselho - disse com um olhar desesperado.

– Se estiver ao meu alcance - disse em tom de pergunta - Vamos me diga.

– Eu achei por algum tempo que gostava mesmo da Naty, mas não gosto mais tanto assim, e me descobri apaixonado por outra garota, ela que me faz falta, por ela que sinto meu coração acelerar, não me interprete a mal, eu tinha um relacionamento bom com Naty, até achei ter ciúmes dela, mas na verdade o meu medo era ser traído, e sei que ela não seria capaz de tal coisa. Violetta me ajuda, eu não sei o que fazer.

O olhei sem saber o que dizer, até que me apareceu uma ideia.

– Você já pesou em uma balança seus sentimentos por Naty e pela tal garota? - perguntei séria.

O percebi pensativo, acho que peguei no ponto que ele não tinha pensado, espero que o tenha ajudado.