The Forgotten escrita por Panda Chan


Capítulo 12
Olá, Shinigami-sama.


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOI GENTE *-*
SABE PORQUE TEM CAPÍTULO HOJE?
PORQUE HOJE É MEU ANIVERSARIO UHUUUUUUUUUUUUUUUUUUUL
Dia 18 de abril, meu aniversario e dia do livro infantil *-*
BOA LEITURA



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Bati as costas com tanta força no chão que comecei a tossir. Ou isso foi por causa do excesso de poeira no lugar que começou a voar pelo ar e invadir meu corpo, nunca saberei.

Alex estava sobre mim, suas mãos estavam servindo como apoio para que ele não me esmagasse.

– Você está bem? – perguntou.

Em outra situação acho que ficaria roxa de vergonha por estar com o rosto tão perto de um cara que me olhava tão atentamente, agora não tinha tempo pra isso.

– Estou – respondi – E você?

– Não me machuco facilmente – sorriu.

É impressionante que ele consiga sorrir considerando que uma parede acaba de cair em cima dele e mesmo assim seu sorriso é lindo.

– O que derrubou essa parede? – perguntei.

Alex farejou o ar.

– Pelo cheiro foi um lobisomem e ele está vindo – Alex olhou para lareira – Vá para perto da lareira e tente não fazer barulho.

Tentei mexer a cabeça em concordância, mas só consegui uma pontada irritante.

Shinigami-sama? – chamou alguém – Onde você está?

O pouco que sei de japonês é suficiente para reconhecer essa palavra e seu significado.

Shinigami: "Ceifeiro de almas", também conhecido popularmente como Anjo da Morte ou Deus da Morte, seu trabalho é "levar" a alma dos humanos para o outro mundo.

Alex fez um sinal para que eu fosse rápido até a lareira, tive que me rastejar até lá com medo de ser vista. Escondi-me atrás de uma poltrona em frente a lareira.

– Olá – Alex disse sem qualquer emoção na voz.

– Oi Shinigami-sama, como é bom vê-lo.

Por trás da poltrona consegui distinguir uma figura meio humana e meio lobo. As pernas eram humanas, as mãos tinham patas de lobo, as orelhas eram pontudas como a do animal, o rosto estava distorcido e misturado, mas o que me assustou realmente foram os olhos.

Os olhos do lobo brilhavam num amarelo vivo.

– O que você quer?

– Não se fala de bobo – o lobisomem sorriu mostrando os dentes afiados – A garota, é ela que eu quero.

– Vai ter que passar por cima de mim para conseguir isso.

– Isso não é um grande problema. Sabe que dia é hoje, Shinigami-sama?

–Sexta-feira?

– Não – o lobisomem riu – Hoje é noite de lua cheia, vamos descobrir se é possível matar um servo da morte.

Comecei a ouvir barulhos como os de ossos quebrando, era um som horrível que parou rápido. Olhei novamente, onde antes estava um homem com partes de lobo agora estava um lobo completo com os olhos amarelos.

O lobo avançou sobre Alex que o jogou num espelho no canto da sala. O lobo se levantou, o espelho havia cortado varias partes do seu corpo das quais agora saia um líquido preto.

O lobo avançou em Alex novamente e eles começaram a rolar pelo chão, vez ou outra Alex o jogava em alguma parede ou escada sempre evitando chegar perto de onde estou escondida.

Algo começou a me apertar e logo tampou minha boca. A coisa, seja lá qual for , era gelada e escorregadia, parecia ser um tipo de tentáculo.

– Calma garotinha – disse uma voz gutural próxima ao meu ouvido – Tudo vai ficar bem.

A criatura que me agarrava parecia ser uma mulher, mas onde deviam estar seus braços e pernas estavam vários tentáculos negros como os de um polvo. Seus olhos eram orbitas negras e vazias.

Essa ‘mulher’ me arrastou até o meio da sala onde Alex e o lobo brigavam.

– Pode parar, Max – disse – Olha o ratinho que eu encontrei se escondendo atrás da poltrona?

Max, o lobisomem, sorriu e disse:

– Ora Bella, não é que os superiores estavam certos? Você até que pode ser útil, quando quer.

– Calado, Max – rosnou – Você me subestima demais.

Alex se aproveitou da pequena distração para acertar Max na barriga. O lobo foi para na cozinha.

– Agora é sua vez, demônio.

Bella, que nada tem de bonita, tentou pegar Alex com um de seus tentáculos estranhos. Alex usou o tentáculo como rampa para subir. Reparei que ele havia pego o colar com uma pequena foice de pingente. De uma hora pra outra o pingente se transformou em uma foice de verdade.

Bella bateu em Alex com outro tentáculo o que fez com que ele caísse.

– NÃO! – Gritei.

Da mesma forma como aconteceu há mais de dez anos trás, o colar brilhou de forma tão intensa que quase me cegou. Ouvi o grito de Bella e logo seu aperto ao redor do meu corpo desapareceu.

Quando o brilho se foi só restava pó no lugar onde estava um monstro.

Alex veio até mim.

– Você está bem?

– Sim – respondi – Como fiz isso?

– O colar pertence a sua família, ele acabou de reconhecê-la como sua nova dona.

– Isso foi magia?

– Sim, magia branca e pura.

– O mestre vai gostar de saber disso.

Max estava nos observando em sua forma humana com a boca estava suja com sangue.

– Se você sobreviver para contar, lobo.

Alex se levantou, o lobisomem apenas sorriu.

– Vamos nos reencontrar novamente, Shinigami-sama.

Max jogou uma bolinha no chão que encheu o lugar de fumaça quando a fumaça se dissipou ele havia desaparecido.

– O que foi isso?

– Perola de teletransporte. Uma invenção completamente desnecessária dos elfos.

– Dos o que?

– Vou te levar pra casa, garotinha.

Fui dominada por uma calma e antes que percebesse tudo foi escurecendo.

– O que você faria se eu morresse? – perguntou.

– Eu não sei – respondi.

Lizzy estava brincando de por presilhas em um ursinho de pelúcia enquanto eu fazia comidinha com pedaços de papel.

– Você sabe sim – ela disse.

Parei de remexer os pedacinhos recortados com a colher de plástico e a encarei.

Lizzy não percebeu e se percebeu disfarçou muito bem.

– Acho que morreria também – respondi.

– É, talvez – disse.

Isso aconteceu quando tínhamos cinco anos, algumas semanas antes de Marloc estragar nossas vidas.

Eu não morri.

Desculpe, Lizzy.

A primeira coisa que vi ao acordar foi o pôster do Pikachu que fica no teto do meu quarto.

Minha cabeça estava doendo e girando, tentei me levantar umas três vezes até conseguir ficar em pé sem cair novamente na cama.

A noite passada foi um sonho? Algo me dizia que ela foi bem real.

Ainda usava as roupas da noite anterior e tinha a vaga lembrança de Alex me carregando até minha cama e dizendo ‘Boa noite’.

Fui até o banheiro onde joguei uma agua no meu rosto e tentei pentear o cabelo.

O que tinham naqueles drinks coloridos pra me deixar com uma cara tão péssima?

Quando voltei pro meu quarto reparei em algo que havia esquecido.

O ursinho abandonado em cima da escrivaninha. O ursinho caramelo de gravatinha com uma presilha de menina, aquele urso não era meu nem nunca foi.

Aquele ursinho é de Lizzy e o sangue em suas patinhas também.

Quase gritei, mas como sou uma pessoa psicologicamente forte, deitei em posição fetal e chorei mais um pouco.

Lágrimas, por que nunca acabam?


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Notas finais do capítulo

Gostaram? *-*
Eu não '-' Vou tentar melhorar nos proximos capitulos.
BEIJOS GENTE



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