The Forgotten escrita por Panda Chan


Capítulo 11
Eles chegaram


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEY SEXY PEOPLE O/
Confundi todo mundo né?
QUEM TA FELIZ PELA MORTE DO MARLOC BOTA O DEDO AQUI QUE JÁ VAI FECHAR q
Eu estou feliz porque meu aniversario se aproxima u-u É NA SEXTA FEIRA SANTA FERIADOOOO O/
A imagem da capa é desenho de uma guria MEGA FODA chamada Tainara, ela estuda na minha antiga escola e é foda *-*
Esse é o deviant dela: http://danmra.deviantart.com/
Vale a pena conferir u-u
Boa leitura



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Dessa vez tudo que vi foi a escuridão, uma escuridão fria e escorregadia que me arrastou para o presente.

Abri os olhos e estava na boate encarando o rosto de Alex como se nunca tivesse me distanciado dele, como se não tivesse vivido novamente os cinco anos que perdi.

– Você está bem? – perguntou.

– Preciso vomitar.

Corri até o banheiro feminino onde botei tudo que tinha dentro de mim pra fora, depois encostei a cabeça na porta e comecei a chorar.

Então foi isso que aconteceu, todos morreram num ritual macabro feito por um lunático e eu apenas sobrevivi por uma ironia do destino. Lavei meu rosto na pia do banheiro tentando inutilmente limpar as marcas do rímel que havia borrado. Sai do banheiro e encontrei Alex parado, me esperando.

– Você está bem?

– Sério? – digo sem perceber – De todas as coisas que você poderia me dizer pergunta se estou bem? Você é inacreditável.

– Alice...

– Me deixa em paz! – gritei – Ou vou dizer que você está me assediando.

Sai andando e logo fui puxada por ele.

– Alice, se acalme você..

– SEGURANÇA! – Gritei o mais alto que pude – ESTOU SENDO ASSEDIADA POR ESSE RAPAZ, ALGUÉM PODE DAR UM JEITO NISSO?

O resultado foi mais imediato do que imaginei. Antes que pudesse dizer ‘pudim’ um grupo de caras musculosos cercou Alex e começou a intimida-lo, aproveitei para correr.

Sai sem rumo pelas ruas, quase fui atropelada e assaltada mais de uma vez, mas nem sequer me importei tudo que tinha em mente era um lugar e minhas pernas pareciam saber exatamente como chegar lá.

Pulei uma faixa que dizia ‘ Cena de crime, não ultrapasse’ sem nenhuma dificuldade. Peguei a chave debaixo do vaso de flores mortas ao lado da porta e entrei.

Minha antiga casa estava sem vida nenhuma, o pó me fez tossir algumas vezes antes que me acostumasse a ele. O cheiro do lugar era de mofo, esquecimento e morte.

Sentei no sofá velho que estava com um plástico de proteção por cima e desabei novamente.

As minhas lembranças esquecidas voltaram de uma só vez, me enlouquecendo e castigando por todos os anos que eu as esqueci e com elas trouxeram duvidas para as quais não sei se vou conseguir respostas.

O que meus pais eram? Por que Marloc fez aquilo? O que Alex é? E a mais assustadora: O que eu sou?

Sou uma aberração? Lizzy também era? Oh Lizzy, minha irmã esquecida que morreu por ter acordado quando não devia. Gostaria de saber o que ela seria se estivesse viva. Será que íamos ser amigas? Talvez ela fosse diferente, podia estar numa gangue ou numa banda. Lizzy podia ter se tornado um prodígio, talvez fosse descobrir a cura do câncer ou algum outro feito incrível que marcaria gerações e mudaria a forma de se viver.

Lizzy teve seu futuro roubado antes mesmo de sonhar com um.

Meus pais ainda estariam juntos? Tenho certeza que sim, a forma como se olhavam naquelas lembranças era única. Li em diversos livros diferentes que quando nos apaixonamos por alguém só existe você e aquela pessoa e você não pode parar de olhar pra ela porque simplesmente não consegue, é como um imã ideal que te prende e faz você gostar disso. Meus pais eram imãs perfeitos um para o outro, o par ideal. Talvez pensassem em ter mais filhos, quem sabe um menino ou comprar uma casa maior. Nunca saberei.

– Remoer o passado não ajuda em nada.

Alex apareceu diante de mim sem nenhuma marca de machucado. Lembrei-me do que ele havia feito com Marloc e torci pra que nada parecido tivesse acontecido com os caras que foram me ajudar.

– Não pensei que em encontraria tão fácil.

– É culpa do contrato – respondeu.

– Eu não entendo Alex, o que eu sou? O que meus pais eram? Por que tudo isso aconteceu com a gente?

– Alice – ele tirou a franja do meu rosto, nem me importei – Seus pais eram especiais. Lembra que na visão Marloc falou sobre o mundo atrás do mundo, o Submundo? Ele existe. Criaturas mágicas existem e a ambição de algumas delas como Marloc faz com que sejam perigosas demais para viver abertamente com seres humanos.

– Como elas existem se ninguém sabe disso? – perguntei – O que você é?

Alex olhou melancolicamente para um ponto no chão e depois para mim.

– Sou um deus da morte.

(Autora)

A sala do conselho estava lotada do jeito que só ficava durante uma grande guerra.

Os três grandes já estavam em seus lugares esperando que o último chegasse. Outros seres, como Caos e Ira, estavam discutindo sobre a próxima guerra mundial como se fosse um assunto comum num almoço de domingo.

– Destino pare com isso! – disse Vida – Você não para de tecer essa maldita teia há mais de um milhão de anos!

Destino pareceu não se importar e continuou a tricotar sua ‘teia’.

Não era bem uma ‘teia’, mas os Imortais a chamavam assim, era mais bonito do que chamar de ‘ trilha’ ou ‘ caminho’. Há muito tempo Destino cansou de fazer caminhos para os humanos e passou a tricotar ou usar um aplicativo especial em seu tablet, coisa que nunca admitia.

Destino era um homem forte com a pele bronzeada e olhos verdes, na verdade essa era sua aparência humana. Sua verdadeira aparência era uma bola brilhante que pode cegar qualquer um.

– Deixe-o em paz, Vida – disse Morte entediada – Você não pode controlar todo mundo, devia saber disso.

Vida apenas bufou e virou a cara, ignorando o comentário da Morte.

Vida havia desistido de mudar sua aparência em meados dos anos 50, o que a faz parecer uma eterna atriz da época. Sua aparência lembra a de uma mulher que quer sempre ser jovem, seus cabelos loiros sempre estão arrumados perfeitamente e sempre usa branco porque ‘essa é a cor mais pura de todas’.

O problema da Vida é que ela é controladora.

– Nem todos ignoram assuntos de importância como você, querida – disse enquanto procurava imperfeições em suas unhas. Não achou nenhuma.

Antes que Morte pudesse responder algo, Destino interferiu.

– Vamos começar a reunião.

Todos se sentaram e se calaram a ausência do Imortal maior não passou despercebida, mas já era esperada.

– Hoje estamos aqui para falar sobre um acontecimento inesperado. Um deus da morte interferiu diretamente no destino de uma mortal.

Murmúrios começaram a se espalhar pelo lugar.

– Alice Knight sempre teve duas opções de vida – disse Morte.

– Isso é verdade – admitiu Destino – Mas não foi algo planejado naturalmente, ela foi forçada a isso.

–Alexandre não devia ter interferido. A garota podia ter se casado com um homem bondoso e ter tido dois filhos, ia ser uma arquiteta renomada e bem sucedida, agora tudo isso sumiu. Tudo culpa do rebelde sugador de vidas!

– Controle suas palavras, Vida, se não teremos um grande problema aqui – alertou Morte.

– Esse futuro foi descartado com a intervenção dele. A segunda opção de destino dela pode interferir diretamente em todo mundo sobrenatural, o que faremos para impedir isso?

– Simples – disse Caos – Vamos esperar e ver no que vai dar.

– Esperar? – Vida bateu as mãos sobre a mesa – Como pode dizer isso? Estamos falando sobre a vida de uma pessoa aqui.

– Não temos muito que fazer nessa situação - Destino parecia cansado – O caminho dela já foi alterado.

– Como você deixou isso acontecer?

– Aceite o fato de que ela vai seguir o outro caminho. Vamos fazer como você sugeriu Caos, mesmo sendo imprudente talvez agite um pouco as coisas por aqui.

Caos sorriu sadicamente enquanto Vida começava a gritar que não aceitava tal decisão. Os Imortais começaram a sumir em flashes de luz e logo a sala estava vazia

(Alice)

– O que é isso? – perguntei – Você mata as pessoas?

– Não as mato - Alex sentou ao meu lado – Existem muitos psicopatas e vampiros viciados por ai pra fazer isso por mim eu apenas recolho as almas e as levo para o julgamento ou as condeno para o Inferno.

– Você é tipo um ceifador então?

– Pode-se dizer que sim. Existem ceifadores, mas eles só trabalham durante grandes guerras. Também tem os mensageiros da Morte, eles cuidam das almas perdidas e as colocam onde deviam estar. Você se assustaria com o número de pessoas que não vão pro caminho certo e terminam presas no mundo humano.

– Então você captura as almas e as leva para um julgamento.

– Ou eu mesmo as julgo – lembrei-me de quando ele disse que condenaria Marloc ao Inferno - Depende do meu humor.

– O que é nosso contrato?

– Você queria esquecer aquele dia e eu só poderia apagar suas memorias se tivéssemos um contrato. É como uma troca, eu te fiz esquecer as memórias e em troca você vai me ajudar sempre que eu precisar.

– Como uma empregada?

– Mias ou menos, normalmente quando se faz um contrato com um deus da morte você dá sua alma em troca de algo.

– Nossa, acho que sai no lucro – disse sarcasticamente.

Alex riu e pegou algo em seu bolso.

O objeto que ele pegou nada mais era que o amuleto que minha mãe usava na noite em que morreu, a única diferença é que agora ele não brilhava mais como antes.

– Isso é seu – passou a corrente fina de prata pelo meu pescoço e fechou atrás – Esse amuleto é um objeto de poder que passa de geração em geração na sua família, toda família de fadas tem um. Sua mãe era uma criança ainda, não tinha nem 100 anos quando morreu, mas já era poderosa.

– Minha mãe não devia ter nem 40 anos.

Alex me olhou como se eu fosse uma criança que não conseguia entender como dormiu no sofá e acordou na cama.

– Fadas são imortais, Alice. Sua mãe já tinha passado dos 90 anos. Como ela era filha de fadas sua aparência mudava num ritmo muito lento que a deixava sempre com aparência nova. Já conheci fadas com mais de 400 anos, só depois dos 100 anos você deixa de ser considerada uma criança pras fadas.

– Como podem existir fadas? Alex, eu não consigo aceitar isso! Cresci ouvindo que essas besteiras não existem.

– Isso não importa agora, temos assuntos mais urgentes pra tratar.

– Tipo o que?

– Seus pais morreram para te salvar, você é especial e eles te querem morta.

– Eles quem?

Alex não respondeu, ao invés disso me jogou no chão no mesmo instante que a parede atrás de nós explodiu.

Nunca fui boa com palpites, mas acho que ‘eles’ acabaram de chegar.


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