POV Fred

Assim que me separei de Hermione, um barulho de palmas ensurdecedor tomou conta do corredor em que estávamos. Ela sorriu para mim, ainda vermelha, mas seus olhos brilhavam. Um sorriso também apareceu em meus lábios. Me virei para a multidão, ainda com a mão na cintura da morena.

–-Ok, acabou a sessão de pancadaria/pornografia! Podem voltar aos seus devidos afazeres!

Alguns riram e o grupo se dispersou. Me virei para a linda garota que estava ao meu lado, mas antes que eu pudesse dizer alguma coisa, ela me surpreendeu. Hermione se ajoelhou, segurando minha mão, e disse, no tom mais sedutor possível.

–Friedrich Weasley...

–Oh não, meu nome é tão terrível!

Ela soltou uma risadinha antes de prosseguir.

–Friedrich Weasley, você aceita namorar comigo?

Puxei a garota pela mão, tentando levantá-la, mas ela não deixou.

–Só me levanto ao responder.

Eu ri, e fiz cara de espantado. Coloquei a mão na boca, imitando uma mulher.

–Oh Hermione Granger! Seria um prazer!

Ela se levantou subitamente e pulou em meus braços. Rodopiei enquanto escutava sua linda risada ecoar nos corredores vazios. Ela me beijou novamente, dessa vez, mais calma.

–Por que fez isso?

–Fiz o quê?

–Você sabe... Disse que ainda se sentia atraída por Krum e um dia depois me pede em namoro?

Ela corou.

–Só hoje me dei conta de que... Bom, de que você é a pessoa que eu quero. Para... Você sabe, estar ao meu lado.

Não pude impedir o sorriso arrebatadoramente sincero que brotou em meu rosto, e pude notar que teve o mesmo efeito na morena.

Desci-a do meu colo, e caminhamos juntos em direção aos jardins. Admito que foi uma cena um tanto romântica, e que também soou um tanto gay. Mas foi assim, e ponto.

1 ANO DEPOIS

Hermione estava, pela primeira vez, prestes a conhecer a loja. Depois que eu e George abandonamos Hogwarts, abrimos a Gemialidades, mas a garota ainda não tinha visitado-a. Fabriquei um buquê especialmente para ela porque... bom, digamos que ele era diferente. Vesti meu melhor terno para recebê-la. Fazia tanto tempo que não a via!

Descia às escadas da loja toda vez que ouvia a porta se abrir, mas sempre me deparava com algum cliente estranho que não tinha nem um terço da sensualidade da minha garota. Até que...

–Ginny, dá pra parar de falar um minuto? Eu quero achar meu namorado!

Assim que escutei sua voz, desci correndo para o andar da loja. Quase acabei tropeçando em meus próprios pés, para risos disfarçados dos clientes presentes. Hermione, assim que me viu, abriu o sorriso mais lindo de todos os tempos. Ela vestia um jeans escuro e uma camiseta escrito “Eu sou do Fredelícia” que lhe dei de aniversário. A morena correu para me abraçar, e sua boca logo achou a minha. Começamos a nos beijar tão ardentemente, que George nos separou.

–Ei, tem crianças aqui. Por favor, ajam como pessoas decentes.

Eu ri e levei a garota para o meu escritório, no andar de cima.

–Ei.

Ela se posicionou à minha frente e voltou a me beijar. Pude sentir seus dedos se entrelaçando aos meus cabelos que, por ordem sua, ainda estavam um tanto grandes. Coloquei minhas mãos em sua cintura, trazendo-a para mais perto. O ambiente estava silencioso, a não ser pelos pequenos estalidos que de vez em quando, em razão do beijo, ocorriam. Até que nos separamos em busca de oxigênio. Hermione colocou os braços em meu pescoço, mas apenas me abraçou.

–Estava com tanta saudade.

Eu retribuí, percebendo o quanto eu sentia falta desse contato com ela.

–Acredite. Eu também. Aliás, eu tenho um presente para você.

Fui até o fundo do escritório para pegar o buquê de flores. Assim que entreguei à morena, que sorriu encantada, um gatinho em miniatura saiu de dentro de uma das flores, com um bilhete amarrado a seu pescoço. Ela leu em voz alta.

–Fred Weasley ama você.

Logo após a leitura, o gatinho evaporou, deixando para trás apenas algumas pétalas de rosas. Hermione parecia maravilhada. Ela me beijou de novo por alguns segundos.

–Como você faz isso?

–Faço o quê?

–Essa coisa de super criatividade e tudo mais.

–Eu tenho uma ótima inspiração.

Beijei-a de volta, e fomos parar deitados no sofá. Ela aninhou a cabeça em meu peito, e durante um tempo pareceu pensativa.

–Fred?

–Hm?

–Como pudemos parar juntos, sendo tão diferentes?

Lhe tasquei um beijo na bochecha.

–Eu não faço ideia, pequena.

Ela pareceu pensativa novamente.

–Você acredita em destino?

–Eu acho que foram só... Coincidências