Srª. Montesinos II escrita por GothicUnicorn
Notas iniciais do capítulo
Ownt', agora fica tudo lindoney
(...)Ele passou a noite apenas orando e chorando, esperando por um milagre.
A noite parecia curta, nem bem adormeceu e Ivana já estava desperta novamente, para voltar ao hospital. Ela passou a noite toda discutindo consigo mesma, e seu pensamento sobre a culpa dela ou José Miguel havia mudado, ela estava em uma discussão interminável com ela e Ivana.
– José Miguel não é culpado, nem eu, afinal, acidentes acontecem e Rico não é a primeira, nem a última criança a cair de um cavalo. – Pensava ela, enquanto se banhava. O banho foi rápido, e a roupa simples, afinal, não iria para um desfile de moda, mas sim visitar seu filho internado.
– Preciso comer algo. – Pensou ela, antes de sair. Ivana voltou, foi até a cozinha e bebeu um copo de leite, isso era o suficiente para que ela pudesse cuidar de seu filho, assim pensava.
Ivana pegou seu carro, e seguiu para o centro da saúde. No caminho, a esperança tomou conta de seu coração, e ela queria chegar lá e ver que tudo estava bem, Rico havia despertado e se lembrava de tudo, ou melhor, tudo não passava de um sonho, e ela ainda estava na cama. Sem dia com Valentina, sem queda de Rico, sem nada. Chegando finalmente ao destino, ela desceu apressada, não via a hora de ver seu filhinho.
– Bom dia, Amparo, José Miguel está lá dentro? – Perguntou ela, sem parar.
– Sim, está senhora.
José Miguel estava sentado próximo a cama, o menino ainda inerte parecia bem melhor, sua cor havia voltado totalmente, e as bochechas começavam a se corar, mas a imagem deixou-a triste.
– Como ele está, José Miguel?
– Melhor, a cor já voltou, porém nada de novo em seu estado.
Ele levantou-se e pegou em sua mão, e assim puxou-a para um beijo matinal, mas quando ela o viu, desviou o rosto.
– Ivana, até quando fará isso comigo? Quando vai me perdoar por uma coisa que não cometi?
– Preciso conversar com você, de verdade, nossa relação precisa ter agora uma sentença.
Ele empalideceu, em seu rosto era visível o desespero. Gélido, José Miguel agarrou a mão da amada, e ainda tremulo lhe deu a palavra.
– José Miguel, essa noite pensei muito sobre nós, e acho que fui injusta desde o princípio. Eu, assim como você, não tenho culpa de nada, Rico é uma criança e vive como uma, não é o primeiro e nem o último a cair de um cavalo. Por isso, precisamos nos unir, para que nosso pequeno saiba que o amamos muito, e que nada nos abalará. – José Miguel, aos prantos a abraçou com força, e isso a deu uma confiança plena, e um desejo de beijá-lo.
– Eu te amo, Ivana. – Disse ele, sendo interrompido por um beijo, um beijo terno, doce e muito sincero.
– Eu também te amo, sabe, quando eu o carregava no ventre, nunca pensei que pudesse acontecer tal coisa. Quando se é mãe se quer proteger, amar e nunca desgrudar os olhos, porém não contamos que eles não são nossos, mas sim do mundo e também precisam viver.
Na cabeça de José Miguel passava um turbilhão de coisas, desde a primeira noite de amor deles, que foi simplesmente acidental, mas foi o acidente mais belo que podia lhe acontecer. O ‘acidente’ lhe deu o bem mais precioso que poderia ter na vida, um filho. E esse filho o uniu a uma mulher linda que o amava. O erros do passado de ambos já não eram mais desculpa.
– Meu amor, pode ir para a casa dormir, ficarei com nosso príncipe. – Disse ela, apontando para a porta.
– Está bem, eu irei, a propósito, você comeu bem? Ontem não comeu nada.
– Tomei um copo de leite, isso basta para que eu fique com nosso filho.
– Minha vida, você precisa comer, não pode ficar doente, precisa ficar forte para cuidar de nosso bebê.
– Sim, comerei, mas você precisa dormir, então vá, meu amor.
José Miguel beijou-a e saiu, deixando-a finalmente a sós com Rico.
– Meu bebezinho, como eu te amo. – Ivana foi até a cama e o beijava, beijava muito, embora errado, ela o amava demais para simplesmente observá-lo. – Meu bebê, meu presente, minha vida.
Ela ficou ali a toda a tarde, algumas pessoas passaram para visitar o menino, como Valentina, o padre Ventura e Horácio, a quem ele chamava de tio Horácio. O menino era muito querido e isso a deixava feliz. Embora não muito religiosa, a presença do padre foi muito reconfortante. Já começava a anoitecer, e ela não deixou de falar com o menino hora nenhuma. Dali a poucos minutos, seu amado José Miguel chegaria, e ela queria vê-lo. Ela estava de costas, quando ele adentrou, cumprimentando-a.
– Boa noite, meu amor. – Disse ele, beijando-a de surpresa.
– Ah, sim, boa noite, tudo bem? – Perguntou ela, surpresa.
– Agora está, pois estou com meus amores. Alguma melhora?
– Não, meu amor. Mas recebemos visitas, Valentina, o padre Ventura e Horácio e Valentina trouxe Alma. - Disse ela, colocando-a no rosto do amado. - Cumprimente-a, meu amor.
– Olá, Alma, como está? - José Miguel beijou-a no nariz agora limpo, graças a Iluminada. - Horácio te respeitou? Se não quebro a cara dele.
– Claro, meu amor, sempre me respeita.
–Vá para a casa, meu amor, fico com nosso filho.
– Eu amo vocês. – Disse ela, beijando-o e saindo. - Cuide bem de nosso tesouro, meu amor.
– Pode deixar, agora descanse.
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