Srª. Montesinos II escrita por GothicUnicorn


Capítulo 7
7


Notas iniciais do capítulo

Tadinho do meu bebê :'( Soy mala, verdad?



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– Feliz, José Miguel? Nunca gostei desse maldito cavalo, a culpa disso tudo é sua! – Acusava ela, colérica.

Os gritos de Ivana foram interrompidos pelos de Cecília, que se deparou com seu amado Rico ensanguentado e inerte sobre a cama.

– O que aconteceu com ele, tia? – Perguntou a menina, já aos prantos.

– Caiu daquele maldito cavalo que seu tio o presenteou. – Ivana chorava desesperadamente, ela o deitou em seu colo, e a delicada bata marrom que vestia ganhou uma cor vermelha, uma cor de sangue.

– Felipe não demorará nada, já o está a caminho.

Ivana com o menino nos braços, acariciava-lhe os cabelos e beijava-lhe a testa.

– Ficará tudo bem, meu amor, mamãe cuidará de você.

José Miguel se sentindo culpado, andava de um lado para o outro buscando reconforto, mas sua consciência, liderada pela voz de Ivana, dizia o tempo todo que ele era culpado por tudo. Não demorou muito e Felipe chegou.

– O que aconteceu com ele? – Perguntou o médico, examinando-o.

– Caiu do cavalo. – Respondeu Valentina, com sua filha aos prantos nos braços.

– O que precisará fazer, Felipe? O que ele tem? – Perguntou Ivana, pegando em seu ombro.

– Bom, ele perdeu muito sangue, e precisarei levá-lo para o centro de saúde. Aparentemente não houve dano cerebral, mas lá farei alguns exames e verei como reage.

– Certo, então leve-o rápido.

Enquanto José Miguel e Ivana tratavam da transferência de Rico, Valentina ligava para avisar as avós, Leonor e Isabel, que estavam aflitas, esperando por alguma notícia. Finalmente estavam a caminho do hospital, Felipe com o menino na frente e Ivana com José Miguel de cavalo logo atrás. Em todo o caminho, não trocaram nenhuma palavra, apenas seguiam em frente.

Não demorou muito e finalmente chegaram, José Miguel ofereceu ajuda para descê-la do cavalo, mas ela simplesmente o ignorou, e assim seguiu para dentro, perto de seu filho.

– Felipe, posso ficar com ele? – Perguntou ela, aflita.

– Não, Ivana, o estado dele é delicado, e o melhor é que fique aqui. – Repreendeu o médico, empurrando-o em uma maca.

– Tudo bem. – Enquanto lágrimas escorriam de seu rosto, Ivana fitava seu amado com ira. – Viu o que fez?

– Não fiz nada, Ivana, pare de me culpar. – José Miguel tentava contê-la, segurando em seus braços.

– Como não fez nada? Graças a sua maravilhosa ideia de dar um cavalo de presente para um garoto de cinco anos, meu filho está entre a vida e a morte ai dentro.

– Todo mundo cai, eu já cai, você já caiu, todos caem.

– Ah, sim, claro, tento livrar-se de mim aquela vez, como não pode está tentando se livrar do meu filho.

– Cale a boca, Ivana! Ele é nosso filho, e as duas vezes foi um acidente. – Os berros de ambos ultrapassavam as paredes, Amparo, que estava na sala de Felipe saiu para ver o que acontecia.

– O que acontece? – Perguntou a mulher, abrindo a porta. – Por que tanto gritos?

– Nada, Amparo, já está tudo sob controle. – Ele abraçou Ivana, que tentava lutar, mas sem sucesso.

– Olha o que fez. – Sussurrava ela, com a cabeça em seu peito.

– Meu amor, olhe para mim. – Ele pegou a cabeça da amada, e beijou sua testa. – Precisamos estar juntos para enfrentar isso, nós dois fomos os culpados, o problema não foi o cavalo, mas sim a discussão que ele ouviu. Vamos nos unir, isso o curará.

– Você acha? – Perguntou ela, limpando os olhos.

– Sim, tenho certeza.

Não demorou muito e Isabel e Leonor estavam no centro de saúde, assim como Juan que havia trazido-as.

– Filha, o que aconteceu? – Perguntou Isabel, abraçando-a.

– Rico caiu do cavalo, mamãe.

– José Miguel, quero ver meu neto. – Argumentou Leonor, procurando a sala.

– Não podemos, mamãe. Nem Ivana pode entrar com ele.

Isabel afagava os cabelos de sua filha, enquanto a mesma apenas chorava em seus ombros. Não muito tempo depois, Felipe saiu, os pais desesperados, correram em sua direção.

– Pelo que mais ama, o que aconteceu com meu filho? – Perguntou José Miguel, tirando o chapéu da cabeça.

– Bom, o ferimento da cabeça foi profundo, mas não afetou o cérebro, porém a pancada foi forte. Com o tombo, o menino fraturou o braço, e isso leva tempo até se curar, alem do mais perdeu muito sangue, e dormirá por alguns dias, está sedado para aliviar a dor.

– E a pancada na cabeça, o que significa Felipe? – Interrompeu Ivana, temerosa.

– Ele pode perder a memória, Ivana. – Eles se desesperaram, Rico não podia perder a memória, era o tesouro mais precioso que possuíam.

– Não posso suportar isso, José Miguel, nosso Rico sem memória. – Ela o abraçou, ele a retribuía carinhoso e delicado. – Nosso bebê.


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