Srª. Montesinos II escrita por GothicUnicorn


Capítulo 4
4


Notas iniciais do capítulo

Não me matemney! Mi bebito hermoso, lo quiero. VÉEEEI, ESTOU OBCECADA NO GURI (Não tanto quanto no papi, mas estou) E mais uma vez, NÃO ME MATEM!



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Ela estava distraída, quando ouviu uma buzina, e vozes, então foi até a janela.

Era Valentina, que estava acompanhada de seus filhos, Santiago e Cecília. Eles pareciam muito alegres, Cecília se parecia muito com Valentina, os cabelos ondulados faziam com que seu rosto delicado parecesse ainda mais, porém quase sempre estava preso, em um longo ‘rabo de cavalo’, os olhos eram castanhos, redondos e pequenos, porém marcantes. O nariz era afilado e delicado. O rosto tinha um forma redonda, as bochechas sobressaíam, no tão delicado rosto, a única coisa que a fazia parecer com o pai, era a boca, rosada e bem desenhada.

– Tia Ivana! – Gritava a menina, enquanto corria de mãos dadas com seu irmão.

Ivana ria, e rapidamente foi abrir a porta. Quando a porta foi finalmente aberta, a menina a agarrou para um longo e apertado abraço.

– Titia, minha titia. – Sussurrava a menina, acariciando-lhe os cabelos, e ela a retribua com beijos. Santiaguinho esperava ansiosamente para abraçá-la, ele era muito apegado à Ivana, e ela não escondia a preferência por ele. Quando finalmente a garota a soltou, ela pode finalmente abraçar o menino, que já a esperava de braços abertos.

– Meu mocinho. – Disse ela, cobrindo-o de beijos, enquanto o abraçava com força.

Valentina estava atrás do garoto com um enorme sorriso, embora feliz, Ivana não entendia o porquê da visita.

– Desculpe-me Ivana, mas Cecília não conseguiu se despedir de Rico, então eu precisei trazê-la. – Embora muito doce, Cecília era uma garota sem limites, parecia muito com Ivana quando criança, a menina era muito diferente de seu irmão, que era gentil, educado e muito carinhoso.

– Imagine, se ela conseguir tirá-lo do mundo em que está, será muito bom, agora ele só vive para seu trem, almocei sozinha hoje.

Elas seguiram conversando, enquanto Santiaguinho estava abraçado à sua adorada tia. Cecília estava à procura de Rico, e Ivana deixou que ela o achasse sozinha. Ser má às vezes, era muito bom. A tarde passou voando, e nem sombra de Isabel, ou José Miguel. Quando finalmente chegaram, já estava começando a anoitecer.

– Olá a todos! – Disse José Miguel, tirando o chapéu da cabeça. Quando Rico o viu entrar, correu em direção a ele, e o abraçou com força.

– Olá, papai, como está? – O garoto enchia-o de beijos, era muito carinhoso quando se tratavam de seus pais.

Isabel chegou logo atrás, e parecia tímida, mas Ivana não quis pressioná-la, esperaria até estarem a sós, para questioná-la.

Não demorou muito, e o jantar já estava servido. Todos estavam a mesa, Leonor estava melhor, e assim, com os demais. Ivana sentia seu marido frio, nem a beijou quando chegou, e a todo o momento, ela o observava admirando Valentina, que sorria com vergonha.

– Bonita, como anda os negócios na fazenda? – José Miguel se referiu a Valentina como quando eram namorados, e isso Ivana não podia admitir, mas devia agir com maturidade, então se calou. Por dentro, ela estava machucada. Será que o fantasma de sua prima voltaria a assombrá-la?

O incomodo jantar finalmente acabou, e a ‘visita’ foi embora. Mesmo Ivana adorando o menino, queria vê-los longe de sua casa. A discrição que ela teria em entregá-lo o presente, simplesmente não aconteceu, ela fez questão de mostrar que gostava mais dele, do que de Cecília. Tudo isso deixou-a desnorteada, ela só queria que sumissem. Ivana se fechou no quarto, e no escuro chorava, o ciúmes a consumiu, e o que ela não sabia, sua fértil imaginação fez questão de criar.

– Ele não estava trabalhando, provavelmente passou a manhã com ela, afinal, Alonso foi viajar de manhã, como ela mesma me disse. – Pensava ela, enquanto as lagrimas corriam livremente sobre seu rosto pálido.

Ele entrou no quarto, e se deparou com sua esposa voltada para a direita, coberta com três edredons, apenas com a ponta dos pés amostra.

– Ivana, está acordada?

– Não. – Respondeu ela, tentando disfarçar o fato de estar chorando.

– Ora, você foi muito ríspida com Valentina, meu amor, ela ficou ressentida de você simplesmente ignorar a Cecília.

A ira tomou conta de Ivana, agora ela falaria tudo que sentia. Como ela nem de Rico se despediu, antes de dormir, ele foi até o quarto dos pais para desejar boa noite, porém, como ouviu vozes alteradas, vindas lá de dentro, preferiu não interromper, mas ficou ouvindo.

– Ora digo eu, amado José Miguel. Você achou digno o que fez? Chamar-la de ‘bonita’? Ela e casada, e não sei se recordas, você tem um filho comigo, e pelo menos o respeite.

O menino engolia a seco. – Papai e mamãe estão brigando, que tudo acabe bem. – Pensava ele, encostando-se na porta.

– Você está celosa?! Por favor, Ivana, não veja coisas onde não tem. Eu te amo, e a nosso filho também, o fato de eu chamá-la de bonita não significa nada. – Retrucou ele, sentando-se na cama.

– Claro que significa, vocês tiveram algo no passado, porém, graças a algumas doses de tequila, hoje estamos aqui. Ora qual, José Miguel, até o sexto mês de gestação você me rejeitou. Só aceitou o menino quando foi obrigado a se casar comigo.

Diferente de muitas crianças, Rico entendia tudo o que se passava, era uma criança esperta, e via tudo com os olhos de um adulto. Ele sabia que a pauta era ele, e que tinha sido rejeitado por seu pai, antes mesmo de nascer. Lagrimas escorriam de seus olhinhos, as mãozinhas afagavam seu rostinho redondo.

– Sim, mas isso não é nada perto do que sinto agora, eu amo vocês, Ivana, acredite em mim. – Ele tentava agarrar a mão de sua amada, que se desvencilhava. – Olhe para mim, meu amor.

Ivana estava com a cabeça baixa, o misto de sentimentos que sentia era grande demais para carregar-lo no peito, por isso escorriam de seus olhos.

– Eu sei que nunca esqueceu sua amada Valentina, mas não podia exigir muito de ti, afinal, não se casou por livre e espontânea vontade, casou sentenciado a criar um filho, que por muito tempo desconfiou que não fosse seu.

– E daí se não esqueci? Hoje estou casado com você, não estou? Não reclame, Ivana, eu poderia ter te abandonado, mas não, desisti de tudo para criar a criança, que hoje é o que mais amo. – Lágrimas escorriam dos olhos dela, de certa forma, ele acabara de jogar em sua cara tudo que havia feito, por ela, e pelo menino.

Rico estava aos prantos do lado de fora, em sua cabecinha passavam muitas coisas, ele duvidava da veracidade de tudo. – O papai não me queria, ele amava a tia Valentina, e não a minha mamãe. – Pensava ele, apoiando-se na parede. O menino refletiu um tempo, e logo voltou ao seu quarto, deixando cair sua manta, próximo à porta.

– Papai precisa amar a mamãe, e para isso preciso pedir para a tia Valentina, que vá embora, amanhã irei falar com ela. – Pensava ele, indo em direção ao quarto.

Embora inquieto, Rico logo pegou no sono, abraçado à sua cadelinha de pelúcia. Ela era muito especial para ele, pois quando fez um aninho de idade, seu pai deu a ele uma cadela, com o nome de Alma, e o garoto a adorava, a poodle o acompanhou até os três anos, quando por motivos desconhecidos , faleceu. Com a morte de Alma, Rico caiu de cama, e a única maneira que encontram de animá-lo, foi mandar fazê-la de pelúcia, assim, ele se sentiria menos sozinho, já que ele considerava-a uma amiga.

A discussão de José Miguel e Ivana chegou ao extremo, ele pegou suas cobertas, e foi dormir em outro quarto. Ela chorava desesperadamente, para ela, isso foi uma prova de que ele não a amava. Assim passaram a noite, chorando, um em cada quarto.


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