Hello, Goodbye escrita por Vitor Matheus


Capítulo 15
1x15 - Give Your Heart a Break


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse capítulo, tive de reeditá-lo umas três vezes antes de chegar à edição final. E eu realmente queria que vocês me fizessem feliz, porque há exatos 14 anos, nascia um ser humano chamado "EU"!

Ouçam "Give Your Heart a Break" da Demi Lovato durante a leitura, recomendo :D



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POV Marley

As coisas ficaram bem estranhas de uns tempos pra cá. O fogo entre Santana e Jake já não é mais o mesmo desde que ela se encontrou com o tal Sebastian, e o elenco só soube do término de Rachel e Finn por meio de fofocas – ou seja, Kitty Wilde. Falando nisso, ela e Artie assumiram publicamente estarem namorando, e parecem ser o único casal firme daqui.

Digo isso porque até mesmo Ryder vem se afastando de mim ultimamente, e a culpa é da doença. Tenho total consciência do porquê disso: saindo da minha vida, talvez eu não sofra tanto assim caso sua situação piore a ponto de... Bem, já deu pra entender. O problema é que isso realmente está me afetando. Sinto falta de suas risadas, suas confissões, seu abraço envolvente, seus lábios macios e sedutores, enfim. Eu acho que só agora estou começando a vê-lo com outros olhos, mas tenho medo de que seja tarde demais pra demonstrar isso.

Quanto ao filme, o clima anda bem estranho. As novas mudanças agradaram a todos, e Artie não implica tanto com os atores (agradecimentos especiais à Kitty, mais uma vez), mas o problema realmente está em Finn e Rachel. Os dois nem se olham nos bastidores, e as cenas que eles gravam juntos não apresentam tanta química quanto antes. Resolvi dar um basta naquela situação; eles eram perfeitos um para o outro e não estavam nem aí. Para isso, procurei alguém em comum.

– Santana, posso falar com você um minuto?

– Manda.

– Tem que ser em particular.

– Depende do assunto.

– Finchel. - Mandei a palavra secreta. Toda vez que Santie a ouve, rapidamente desvia suas atenções apenas para aquilo.

– Meu camarim, agora.

Dirigi-me junto com ela ao seu camarim. Assim que entramos, ela girou a chave duas vezes e só então se sentou em uma das cadeiras dali.

– Agora pode falar.

– Eu sei muito bem que você não quer ver esses dois separados pro resto da vida, então resolvi te chamar para a “operação cupido”.

– Concordo com você, Rachel Berry perdeu a graça depois que terminou com ele.

– Mas pra isso, preciso saber o porquê deles terem terminado.

– Ah, aí é difícil. - A latina alisou o cabelo com as mãos e respirou fundo, em sinal de dúvida. - Já perguntei umas 300 vezes e ela não deu nenhuma dica.

– Santana Lopez, você ainda não ligou os pontos? - Ela fez que não com a cabeça, então continuei. - Uma dica: Jesse St. James. Te lembra alguma coisa?

– Ah, aquele canalha que saiu com ela um dia desses?

– Dependendo do que aquilo deu, talvez ele seja um canalha mesmo. Temos que dar um jeito de falar com esse cara e perguntar se ele sabe de alguma coisa.

– Minha intuição latina está bem apurada agora. Deixa comigo.

POV Rachel

Tenho que admitir que foi muito difícil ter que passar pelo mesmo corredor que Finn todos os dias e ainda gravar cenas românticas com ele, mas consegui segurar minhas emoções o máximo que pude. Santana me perguntou milhões de vezes por que nós tínhamos terminado, mas resolvi não contar nada. Precisava evitar as possíveis perguntas e reclamações que ela com certeza faria.

Quanto ao Jesse, bem, eu ainda falo com ele. Saímos juntos outro dia, e ele tentou de novo me beijar, mas eu rapidamente o afastei. Não queria me envolver emocionalmente, agora que estava sem assistente e me virando sozinha, sem Finn, sem Cassandra, sem ninguém além de mim mesma. Preferi dar um tempo ao meu coração.

Naquele mesmo dia em que Marley e Santana viraram melhores amigas do nada, voltei pra casa no meu carro. Já era tarde, deviam ser umas 21h ou mais. Resolvi ligar o rádio do carro, e no mesmo instante começou a tocar “Just Give Me a Reason”. Naquele mesmo momento, relembrei da última vez em que estive com Finn antes do Jesse estragar tudo.

– Eu já te disse, Finn. Nada nem ninguém vai acabar com o nosso amor, e eu posso te provar. - Falei enquanto me deitava no sofá-cama com ele. A TV não estava ligada, apenas o iPod conectado ao aparelho de som da sala do meu apartamento.

– Me prove então.

– Que tal assim? - Dei um selinho em Finn, que logo transformou aquilo em um longo beijo. Depois de nos separarmos, retruquei: - E então?

– É, você conseguiu. Eu ainda consigo te amar.

– Quanta imaturidade existe nessa sua mente de minhoca?

– O bastante pra te achar linda.

Logo aquela canção começou a tocar no iPod. Abri um leve sorriso, assim como ele.

– Eu adoro essa música. - Eu disse.

– Interessante, eu também adoro essa música. - Respondeu.

– Mais um ponto para a “Lista dos motivos pelos quais eu te amo”.

– Engraçadinha.

– Imaturo.

– Baixinha.

– Grandão.

– Chata da minha vida.

– Estresse da minha rotina.

– Você sabe que eu te amo, não é?

– Digo o mesmo, Finny.

– OK, temos que parar com esse “Momento Fofura” antes que minha maturidade viaje pra Terra do Nunca. - Ele me puxou para mais perto de si e me apertou contra seu peitoral.

Toda vez que eu estava com Finn Hudson, parecia que só existiam eu e ele na Terra. A paz entre nós era tão grande, o amor que existia dentro de nossos corações parecia tão perfeito que não dava para imaginar nossa história tendo um fim tão confuso e trágico como o que tivemos. Eu ainda não consigo entender... Porque Finn terminou comigo por uma coisa tão fútil que poderia ter sido simplesmente apagada de nossas mentes? Tudo bem que foi um beijo vindo do Jesse St. James, mas nosso amor deveria ser incondicional.

Logo cheguei em casa. Estacionei o carro, subi o elevador, abri a porta e me joguei no sofá-cama em seguida. Mas todas aquelas lembranças voltaram à minha mente. Sentir o cheiro do meu grandão naquele lugar não estava ajudando tanto assim.

POV Finn

Naquele dia eu havia combinado de sair com Artie e Kitty só pra esquecer um pouco os últimos acontecimentos, mas desisti em cima da hora, alegando estar com muito sono. Eu realmente estava com uma enorme vontade de dormir, mas só havia uma coisa que não estava ajudando: o cheiro de Rachel Berry impregnado nos lençóis da cama.

Sentia tanto a falta dela... O problema todo foi justamente a minha dificuldade em confiar nas pessoas. Sei como é não ter ninguém pra ajudar, convivi com esse fato durante toda a minha infância e mesmo assim fui educado com bons valores pela minha mãe, Carole Hudson – nunca mais a vi desde que ela me encorajou a fazer um teste para certo filme, mas ainda a considero como minha heroína. Até alguns dias atrás eu tinha certeza de como seria o meu futuro: feliz, ator consagrado, diretor renomado igual Artie Abrams e casado com Rachel Barbra Berry, sendo pai de gêmeos 3 anos depois de casados. OK, é um plano bem idiota, mas era o que eu queria naquele momento.

Depois que a vi com Jesse, todas as minhas esperanças de ter uma vida tranquila fizeram as malas e partiram para Nárnia sem passagem de volta. Confiava tanto em Rach que esqueci de notar se ela confiava em mim. Nunca fui de acreditar muito nas pessoas ao meu redor, por isso sempre fiz as coisas com muito cuidado. Só que me apaixonei perdidamente por aquela baixinha e me descontrolei rapidamente.

Abraçado ao meu próprio travesseiro e enrolado nos lençóis com cheiro de Rachel, me permiti chorar depois de tanto tempo sem notar uma só lágrima sair dos meus olhos. Me lembrei de todos os momentos felizes ao lado dela; o primeiro encontro, o dia em que ouvimos “Just Give Me a Reason” juntos, e até quando ajudamos Ryder e Marley no jantar dos dois. Sussurando pra mim mesmo, falei:

– Rachel Berry, eu preciso de você.


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Notas finais do capítulo

E então, curtiram? Comentem, por favor. Me presenteiem com suas opiniões, ainda que não sejam tão positivas eu recebo mesmo assim! :)

A propósito, o que eu prometi vou cumprir: Santana vai ter sua própria história com Sebastian. Já sei a sinopse e o título, então fiquem tranquilos!



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