Hello, Goodbye escrita por Vitor Matheus


Capítulo 16
1x16 - Just Give Me a Reason


Notas iniciais do capítulo

Saudades de mim? Eu sei que sim. Passei o feriado todo longe da internet - e sim, eu ainda estou inteiro, vivo e saudável - e só agora pude postar esse capítulo. Mas eu tenho CERTEZA que muitos vão chorar e comentar muito depois das revelações de hoje.

Escutem "Just Give Me a Reason", na versão de Glee, enquanto leem o capítulo. Boa leitura :D



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POV Marley

– Estão vindo. Hora de entrar em ação, Agente Rose. - Santana me chamou para o início da operação. Claro que Finn e Rachel não vinham juntos, ele estava na frente e ela no celular metros atrás.

O plano era simples, mas complexo ao mesmo tempo: eu tinha que convencer Finn a ir no meu apartamento para conversar sobre o Ryder (o que era verdade, mas obviamente eu não faria isso), enquanto Santie chamaria Rach para um papo de garotas que seria no meu apê no mesmo dia e mesma hora. 5 segundos depois que a latina me alertou, o vi passar e fui ao seu encontro.

– Hey, Finn.

– Oi, Marley. Algum problema pra eu resolver? - Ele retrucou, se virando pra mim.

– Dessa vez eu não vim pedir nenhum favor.

– Então manda.

– É que eu queria conversar com você lá na minha casa sobre um assunto em comum...

– Sabendo que o assunto é Ryder Lynn, responda: ele está com um problema ou ele É o problema?

– Ele é o problema. Será que você concederia esse precioso tempo da sua vida hoje à noite?

– Pode ser. - Ele abriu um sorriso de lado que deixaria todas as garotas em estado de êxtase. Espera, por que diabos eu estou falando isso?

– Te vejo às 20h. E eu faço o jantar.

– Já ia perguntar sobre a comida... Então, até mais!

– Até. - Abri um sorriso falso e saí correndo de volta para onde Santana se encontrava. Ela e Rachel já estavam conversando sobre a 'Noite das Garotas'.

– E aí, meninas? - Falei assim que cheguei bem perto das duas.

– Então teremos um papo feminino na sua casa hoje, Marley? - A vítima da nossa armadilha perguntou.

– É, será às 20h. E eu faço o jantar, não se incomode com isto.

– Hoje à noite vai ser top, se preparem. - Santie arqueou as sobrancelhas.

– Deixa de ser maliciosa, criatura. - Retruquei, socando de leve o braço da latina.

– OK, eu paro. E então, Rachel, confirma sua presença?

– Com toda a certeza! Precisava mesmo de algo pra esquecer dos últimos dias...

– Querida, esquece o passado e olha pro futuro, que é hoje à noite! - Encorajei.

POV Rachel

19h45. Saí de casa nessa hora rumo ao apê da Marley, com o objetivo de bater um papo feminino com ela e Santana. Liguei pra Kitty e tudo pra chamá-la.

– Aqui é Kitty Wilde, atriz de talento e namorada do superdifícil Artie Abrams. Já viu que eu não posso atender agora, então deixe seu recado e só vou respondê-lo se atender aos meus interesses. Obrigado pela compreensão.

Ótimo, Kitty não atende o telefone e ainda por cima põe uma mensagem dessas pra eu dar o recado. Resolvi falar mesmo assim.

– Antes de mais nada, sua mensagem é bem estranha, mas vou falar mesmo assim: você vai pra casa da Marley hoje à noite? Por que eu acho que provavelmente ela e Santana só vão falar de garotos e eu preciso de alguém que as faça mudar de assunto. Será que teria como ir? Me responda antes das 20h, pelo amor de Deus. Kisses, Rachel Barbra Berry.

Poucos minutos depois, ela retornou a ligação. Já estava prestes a tomar banho, então só me enrolei na toalha e fui atender.

– Alô? Quem está falando?

– Kitty, foi você quem ligou pra mim. Ainda pergunta quem está falando?

– Eu sabia que você não ia cair nessa.

– Se me ligou, é porque recebeu meu recado. E então? Vai poder ir?

– Infelizmente não. Artie disse que faria uma surpresa para mim esta noite e eu realmente estou muito ansiosa pra saber do que se trata.

– Ah, então tá. Só cruze os dedos para que não seja um pedido de casamento!

– Obrigada por falar isso, amiga. Agora eu estou nervosa até o último fio de cabelo!

– Foi mal. Até mais!

– Kisses.

Que ótimo. Vou ter de aturar sozinha as declarações daquelas anormais.

Cheguei no prédio onde Marley mora uns 30 minutos depois de sair de casa. Não havia nenhum carro conhecido por lá, então achei que Santie ainda não havia chegado. Subi o elevador e apertei a campainha do apartamento dela segundos depois. A própria atendeu.

– E aí, Rach?

– Hey, Marley! Santana não chegou ainda, como sempre.

– Pois é, o atraso em pessoa ainda não deu as caras. Entra aí. - Ela deu espaço e eu adentrei o lugar. Estava tudo escuro, tive que estranhar.

– Por que está tudo escuro? Por acaso dormiu quando chegou das gravações?

– Nem me fale. Eu e minha cama temos uma conexão especial que supera até o que eu sinto por Ryder.

– Ih, agora a senhorita vai ter que me contar tudo.

– Tá, ainda temos tempo até o F... - Marley iria falar alguma coisa com a letra F, mas logo se corrigiu. Estranho, definitivamente. - Até a Santie aparecer por aqui.

Nos sentamos no sofá e ela respirou fundo umas três vezes. E logo contou tudo. Que o namorado estava se afastando desde o problema no hospital, e que só agora ela percebeu que gosta dele. Disse ainda que acha cedo demais pra se declarar, mas eu logo a encorajei e tudo mais. Ela agradeceu e disse que tinha que sair pra comprar alguma coisa, pois o jantar não rolaria mesmo. Então fiquei esperando.

De repente a campainha tocou. Pensei que fosse a Santana ou a própria Marley, mas quando abri mal pude acreditar em quem era.

– F-Finn? O que faz aqui?

– Eu que pergunto. Rachel, o que você faz aqui?

POV Finn

Encontrar Rachel na casa da Marley era a última coisa que eu queria ver, mas a vida ama ser injusta comigo. E lá estava ela, andando de um lado pro outro na sala de estar, com a mão na testa e olhando pra minha cara a cada cinco segundos.

– Eu realmente não esperava te ver aqui, sério mesmo.

– Interessante, eu também não. - Finalmente ela parou de andar. - E então? Tudo isso é uma armação que você combinou com ela, não é? Pra tentar conversar comigo depois de ter terminado tudo?!

– Eu já te disse que não sabia de nada. Marley me chamou pra conversar sobre o Ryder, então eu vim. Mas já que não sou uma pessoa muito bem-vinda aqui, vou embora.

– Não, agora o senhor vai ficar sentado aí e vai ouvir tudo que eu quero falar há muito tempo! - Rachel alterou o tom de voz, então me contive e continuei sentado. - Finn, desde aquele dia em que terminamos nosso namoro, eu tentei te evitar todo o tempo. Não olhei pra sua cara nos bastidores e nunca olhava nos seus olhos durante as cenas. Mas a verdade é que... É que...

– Não consegue me esquecer? - Completei.

– Isso! Toda vez que vou dormir, sinto aquela vontade enorme de ligar pra você, ir direto pra sua casa e te abraçar para sempre. Mas eu ainda me sinto culpada pelo nosso término, e prefiro continuar na minha, sem falar com você. Infelizmente eu acabo chorando por sua causa, todas as noites! Você não sabe o que é confiar tanto numa pessoa e depois ver tudo desmoronar!

– Acha que eu não sei disso? Acha que eu não sei como é sentir isso? A minha infância inteira foi na base da desconfiança. Não podia acreditar em ninguém, pois a minha mãe ensinou que muitas pessoas existem para destruir as vidas dos outros. Só que eu acabei confiando demais em você, Rachel. E quando te vi com Jesse, todas aquelas lembranças vieram à minha mente. E eu tive que terminar, porque achava que você não confiava em mim. - Já sem forças pra gritar, lágrimas começaram a sair de meus olhos.

– Finn, eu sei que terminamos. Mas eu não aguento te ver chorar... - A baixinha veio até onde eu estava sentado e enxugou minhas lágrimas com o polegar.

Minha intuição teve de intervir, e eu simplesmente a abracei. Como nunca na minha vida. Logo nos afastamos, e eu já não estava mais respondendo pelos meus atos, e cometi a besteira de falar:

– Rachel, eu quero você de volta.

– Eu também, Finn, mas...

– Diz, por favor. Eu faço de tudo pra te ter outra vez.

– Apenas... me dê um único motivo para eu voltar com você. Só um e já basta.

Me ajoelhei aos seus pés, enquanto ela ainda estava sentada no sofá. Já tinha parado de chorar, mas agora ela estava soltando lágrimas. Enchi meu peito, e soltei:

– Quer um motivo? Tá bem, então. - Fechei os olhos por um bom tempo e os abri outra vez. - Rachel Berry, eu te amo e pra mim só isso basta para sermos felizes. Tá bom pra você?

– Quem eu quero enganar... - Ela passou as mãos no rosto, enxugando o choro e abriu aquele sorriso inesquecível. - Foi um bom motivo. Eu também te amo muito, Finn Hudson.


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Notas finais do capítulo

Eu sei, também chorei muito quando escrevi esse capítulo. Agradeçam à música-tema deste capítulo e principalmente a "If You Say So", da divíssima Lea Michele.

Comentem, caros leitores. E fantasmas devem aparecer também, amo todos vocês :)



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