Hello, Goodbye escrita por Vitor Matheus


Capítulo 14
1x14 - How to Be a Heartbreaker


Notas iniciais do capítulo

Enfim, eu não tenho palavras pra descrever esse capítulo. Até porque eu estarei morto daqui pro final de hoje.

Aproveitem, escutem "How to Be a Heartbreaker" de Glee e boa leitura :D



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POV Finn

Ryder praticamente me obrigou a não contar sobre seu problema para ninguém, mesmo se fosse uma mosca. Marley ficou chocada e chorou por um bom tempo antes de criar coragem pra sair da sala. A Dra. Holly Holiday garantiu que fará de tudo para encontrar um tratamento para a tal doença cujo nome fui proibido de citar, mas que por enquanto ele poderá seguir a vida sabendo que carrega uma coisa maliciosa dentro de uma parte do corpo – cujo nome eu também não posso citar. Ryder proibiu isso também.

Antes de sairmos do quarto, Marley falou comigo.

– Finn, mas e o filme?

– Bom, poderemos utilizar algumas cenas que ele gravou e filmar umas novas. Só espero que a doença não prossiga tanto em fazer mal ao Ryder. Você o ama, pelo jeito que chorou.

– Eu não sei. Tudo bem que estamos namorando, mas eu não acho que estou pronta pra dizer que o amo. Sabe, anos de amizade estragam um relacionamento assim.

– Tenho certeza de que ele vai esperar o tempo que conseguir pra você dizer as “palavras mágicas”. - Falei, fazendo aspas com as mãos.

– Tonto.

Saímos da sala fingindo que nada de grave tinha sido revelado. No caminho de volta pra casa, Rachel me perguntou umas 500 vezes qual tinha sido o diagnóstico de Ryder, mas eu me recusei a falar.

– Não posso falar, Rach.

– Tá, eu me rendo. Não pergunto mais.

– Ah, e vamos ter que adiantar a volta das gravações do filme.

– Não podemos começar amanhã.

– Agora fiquei curioso pra saber o porquê.

– Vou sair com o Jesse.

Minha paciência com esse cara chegou ao limite no momento em que ela terminou essa frase. Tudo bem que eu só vi o tal Jesse uma vez, mas daí a chamar minha Rachel pra “sair” já poderia se tornar algo que eu não quero nem imaginar. Apesar do meu ódio bem específico por ele, não reclamei; pra não parecer que eu tinha ciúmes.

POV Rachel

No dia seguinte, acordei no meu belo apartamento e finalmente me toquei de uma coisa: Cassandra sumiu do mapa desde que me acertei com o Finn. Resolvi ligar pra ela e saber o que estava acontecendo.

– Alô? Cassandra July, onde você se meteu?

– Ah, oi, Rachel! Desculpe a minha ausência esses dias...

– Esses dias ou meses?

– É, né...

– Bom, dá pra explicar o motivo de seu desaparecimento?

– Como é que eu vou dizer isso... - Ela parecia nervosa. - E-eu tô agenciando outro artista.

– WHAT? Cassandra, nem venha com desculpas. Está demitida.

– Mas – a interrompi.

– Nada de “mas”! Demitida e ponto final. - nem dei tchau, desliguei na cara. Ela merecia.

Depois de uma manhã livre da minha assessora e sem ligações de Finn, percebi que estava na hora de ter uma diversão com Jesse. Eu dei meu número, então foi questão de segundos pra ele mesmo ligar e confirmar o horário e o local de encontro. Almocei alguma coisa congelada que tinha e fui de táxi para o parque de diversões às 14h45, 15 minutos antes da hora marcada. Jesse chegou praticamente ao mesmo tempo que eu.

– Coincidência ou destino? Eis a questão... - Ele brincou.

– Você não muda nem que te obriguem. - Retruquei.

– E então, vamos à diversão?

Passamos a tarde inteira e o início da noite vomitando, rindo, tropeçando em tudo que víamos no parque e coisas assim. Foi bom relembrar os velhos tempos ao lado do meu melhor amigo, como se ainda estivéssemos nos velhos tempos. Já perto das 20h, Jesse me deixou em frente ao prédio do meu apartamento. Desci do carro e ele veio logo atrás.

– Foi muito bom passar o dia com você, Rachel.

– Digo o mesmo, Jesse. Quem diria que ainda teríamos um comportamento de criança logo na montanha russa?

– Exatamente! Então... - Ele se aproximou de mim. - Abraço de amigo?

– Claro.

E depois disso Jesse abriu seus braços, envolvendo-os sobre mim, e eu fiz o mesmo. Por algum motivo eu queria muito rir naquela hora, mas consegui me segurar pra não fazer isso. Tentei me separar porque já estava demorando, mas ele continuou com suas mãos em minha cintura.

– Por que não me solta, criatura?

– Por que eu quero fazer isto.

Eu devia ter suspeitado desde o início que aquilo teria uma chance de acontecer. Jesse me beijou. Me irritei até o último fio de cabelo com aquela atitude, mas ele era mais forte do que eu e não me soltou em momento algum. Só quando o ar se fez necessário, pude me separar dele.

– E então, gostou?

– É, Rachel. Gostou de beijar o Jesse? - De repente uma voz soou por trás de mim. Me virei pra ver quem havia dito isso, e assim que olhei em seus olhos fiquei estática e perplexa.

Era o Finn. Ele tinha flagrado o ato.

POV Finn

Eu queria apenas fazer uma surpresa para Rachel. Já tinha a chave do seu apê, então só fui lá e preparei um jantar do jeito que só eu sei fazer. Ouvi portas de carro batendo lá embaixo, então só fui ver se ela havia chegado. E o que eu vi foi a pior cena da minha vida, nem se comparava à todas as cenas de traição e de nojo que eu já interpretei em filmes e séries. Era Rach beijando Jesse, o “novo amigo fura-olho”.

De todo jeito, eu sabia que ela não queria isso. Mas o que mais me impressionou foi que Rach não fez nada depois que se separou dele. Só ouvi o canalha dizer:

– E então, gostou?

– É, Rachel. Gostou de beijar o Jesse? - Me intrometi na conversa, só esperando a resposta dela.

Dava pra perceber que a baixinha estava atônita e sem palavras. Jesse me fuzilou com o olhar e logo foi embora em seu carro. Resolvi subir de volta ao apartamento, pegar minhas coisas e deixá-la sozinha ali. Porém, quando já estava descendo as escadas outra vez, ela veio atrás de mim.

– Finny, precisamos conversar.

– Por que não vai conversar com a boca do Jesse?

– Você tem que me entender! Foi ele quem fez aquilo!

– Mas o mínimo que você devia ter feito era interromper, sabe? Existe essa coisa chamada “empurrar” pra isso. - Falei, fingindo ser cínico.

– Ele era mais forte.

– De alguma forma você tinha que parar de beijá-lo. Mas não fez nada! Isso é o que dói em mim. - Exclamei, já na escada que levava à portaria.

– Me desculpa, querido. Foi um impulso, me entenda!

– Sinto muito, Rachel. Não posso aceitar suas desculpas. Quem sabe um dia...

Eu já sabia as minhas próximas palavras, mas fiquei parado e esperei uma reação dela. Dito e feito.

– Como assim, “um dia”?

– Desculpe, Berry. Mas a nossa relação termina aqui. - Respirei fundo, e os olhos dela começaram a choramingar. - Agora é hora de eu ir embora. Você parece tão boba agora, tentando se desculpar, sabia?

– Finny...

– Não me chame mais de Finny. Tá na hora de seguir em frente, e eu espero nunca mais chamar você de Rach. Nem aqui nem nas vidas póstumas. Fui.

Só então peguei minha moto e saí em disparada. Engoli minha vontade de chorar por todo o caminho, mas assim que me joguei na cama, desabei em lágrimas. Rachel Berry tinha sido o primeiro grande amor da minha vida, mas infelizmente a vida resolveu conspirar contra mim e tirá-la dos meus pensamentos. Claro que teria que vê-la mais um milhão de vezes por causa do filme, mas nada que a vida profissional possa encobrir.

Não tinha jeito. Jesse St. James sabia muito bem como ser um destruidor de corações.


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Notas finais do capítulo

Antes de mais nada, não encomendem a minha morte. Ou então nunca vão saber como a história acaba :P



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