Um Amor Sem Fronteiras escrita por Báby


Capítulo 10
O Beijo ... E Ana Beatriz?!


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura a todos, e espero que gostei!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/450405/chapter/10

No outro dia logo depois do café Samantha soube que Luna ia a Bela vista conversar com a turma do conjunto, mais do que depressa ela se convidou para acompanhá-la. Por sorte, Vivi não estava por perto. Luna adorou a ideia e até disse que seria uma ótima oportunidade delas tomarem um lanche, dar um giro pela cidade e conhecer alguns amigos.

Lá se foram as duas, de moto pela estrada de terra, deixando para trás a poeira vermelha. Samantha falou muito pouco, pois já estava suficientemente feliz abraçada a ela.

Assim que entraram na cidade, no meio daquele movimento de automóveis e pessoas, Luna soltou a língua que parecia outra pessoa. Samantha adorou! E com isso foram conhecer vários amigos dela, tomaram refrigerante numa bela lanchonete, fizeram mil planos para o baile e quando ela conheceu a turma do conjunto vibrou! Era formado por três garotos e duas garotas. A cantora era Mayla uma morena alta, magra muito bonita que adorava piada e tocava violão muito bem. Os outros integrantes eram: Thiago na guitarra, Daniel no órgão, Edu na bateria e Carol no contrabaixo. Juntos eles faziam mais barulho do que um desfile de bandas militares.

– Acho que vamos ter de ensaiar xotes, mazurcas e lundus para esse tal baile do império – brincou Thiago que era moreno alto e forte.

– Assim também não da, Thiago! – respondeu Luna. – Podem, sim, ensaiar algumas musiquinhas lentas para dar ao baile um ar de século 19... Mas só isso. Você não vai tocar num velório!

A presença de os Birutóides – nome do conjunto – foi ótima, pois levantou mais o ânimo de Luna e Samantha. Por isso, no fusca de Thiago – sete num fusquinha era algo menos confortável do que sardinhas em lata... – eles rodaram por toda Bela Vista e só ao entardecer se despediram. Com isso, Luna e Samantha tomaram o caminho do sitio dos Alcântra. Fazia calor, o sol começava a se por atrás de uma colcha de nuvens, cintilava no céu a namorar a Terra.

Foi ai que Luna sugeriu que elas parassem junto a um riacho em cujas margens floriam lindas margaridas. O suave perfume das flores subia com a ligeira brisa que farfalhavam as folhas dos arbustos do campo.

– Esta feliz? – perguntou Luna olhando a garota no fundo dos olhos.

– Muito! E você?

– Também...

– Samantha...

– o que é?

Luna levantou a mão e acariciou lhe o rosto:

– V-você tem algum namorado? ─ Perguntou Luna meio envergonhada.

Samantha viu que Luna estava com o rosto ruborizado e sorriu com aquilo ela ficada mais linda. Porem de repente um certo medo lhe bateu, contar ou não a verdade a Luna? E se ela não sentisse a mesma coisa? E se só perguntou sobre namoro por mera curiosidade? E se contanto a verdade a prima sentisse... Nojo dela? Samantha não sabia qual seria a reação de Luna. Então ela resolveu ouvir seu coração e falar a verdade mesmo não sabendo o que poderia acontecer, assim respirou fundo e falou:

─ Eu nunca tive um namorado de verdade, por que... ─ parou por alguns segundos e continuou: ─ Por que eu não gosto de garotos eu gosto de garotas. ─ Falou por fim.

Samantha tentou desviar dos olhos de Luna, porem ela não permitiu e assim seus olhos continuaram fixos um no outro.

–Serio?

–Sim!

Luna apenas sorriu e acariciou lhe o rosto novamente. Seus rostos foram se aproximando, suas respirações se misturavam, Samantha fechou os olhos e sentiu que ficava indefesa e agasalhada junto aquela garota incrível. Era bom sentir-se assim, querida e amada.

Foi então que Luna a beijou terna e demoradamente. Nunca antes, ela havia provado um beijo daqueles. Pela emoção que sentiu, Tinha sido o mesmo que dar um voo ate os confins da eternidade.

A partir daquele momento Samantha sentiu que estava no céu. Aquela noite, ela dormiu abraçada ao travesseiro, mas em sonhos o travesseiro era seu novo amor, o primeiro grande amor de sua vida. Essa era uma sensação incrivelmente maravilhosa.

Naquela mesma noite enquanto pensava no dia incrível que teve com seu novo amor Luna pegou um livro, deitou-se e começou a ler. As horas passaram depressa porque era uma leitura interessante e, quando ela se deu acordo de si, os olhos queimavam. Olhando para o relógio, viu que já era meia-noite em ponto.

– Nossa como eu li! – falou, fechando o livro e colocando-o no criado-mudo.

Levantou-se porque sentiu fome e foi até a cozinha. A casa estava ás escuras, pois todos já tinham ido dormir. Na sala ouvia-se apenas o tique-taque do velho relógio e, na cozinha, o zunido do motor da geladeira. Ela tirou um copo de leite e, do armário, cortou um pedaço de pão feito em casa. Comeu devagar e de repente veio em seus pensamentos Samantha e o dia maravilhoso que tiveram juntas ela deu uma risadinha e olhou pela janela lá fora caia uma chuva mansa e o tempo acabo esfriando.

Terminando de comer, deixou o copo na pia e voltou para o quarto. Depois de fechar a porta, olhou para o relógio digital que, em vermelho marcava meia-noite e dez.

– Hora de fantasmas! – disse, com uma risadinha.

A janela para o alpendre estava aberta. Escuro lá fora. Luna abriu o guarda-roupa à procura de um vestido para usar no dia seguinte. Ao encontrá-lo, levantou o corpo e, sem querer, olhou para o espelho da porta do móvel, que estava aberta em ângulo, refletindo a janela do alpendre. E então, firmando a vista, sentiu um arrepio pelo corpo, um gelado petrificante porque teve a impressão de ter visto, do lado de fora, olhando fixo para ela... Ana Beatriz!

Foi coisa de poucos segundos. A surpresa e o pavor a deixaram imóvel, assustada, incapaz de abrir a boca. Porem, quando conseguiu dominar-se, correu até a janela, suspendeu os vidros e olhou para o alpendre: não havia absolutamente ninguém lá!

– Não é possível! – disse, encostando-se à parede enquanto esperava o coração voltar ao normal. – Só pode ter sido impressão minha!

Depois, fechou a janela e se cobriu, mas continuou de olhos abertos a pensar naquele estranho acontecimento.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem é isso... e se puderem comentem, afinal incentivo é bom!!! :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um Amor Sem Fronteiras" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.