Um Amor Sem Fronteiras escrita por Báby


Capítulo 9
Pergunta a Queima Roupa


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura a todos. :)



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Samantha ficou tão atordoada que quase não conseguiu sair do lugar. Mas assim que caiu em si, deu meia-volta e se afastou correndo, junto a um velho eucalipto a boa distância dali. Chorava, descontroladamente, por aquela surpresa.

– Não é possível! – disse respirando fundo na tentativa de coordenar as ideias. – Luna abraçada a sua própria irmã? Meu deus foi um pesadelo, um pesadelo!

Não, não era pesadelo. Acabava Samantha de pensar isso e, as duas saíram cada qual puxando um puro-sangue pela rédea. Samantha escondeu-se atrás do eucalipto e ficou observando-as montar e sair a galope. Só depois, esbaforida, correu para casa e trancou-se no quarto.

Sua primeira reação foi jogar as roupas na mala e ir embora imediatamente. Mas, em dado momento parou, sentou-se e se pôs a raciocinar melhor.

– Se eu sair assim, de uma hora para outra, o que tia Olivia e tio Vinicius vão dizer? – disse. – Não, não posso fazer isso! Preciso ficar e lutar equilibradamente. – depois de muito refletir Samantha resolveu ficar foi uma decisão difícil, mas ela estava decidida a lutar pelo que queria. – Se eu não lutar pelas coisas que desejo quem mais lutará por mim?

Acabou por colocar as roupas no guarda-roupa e dizia assim mesma que não ia fugir correndo nuca mais.

Olhando-se no espelho, conferiu se os olhos estavam menos vermelhos. Estavam. Ninguém desconfiaria que ela tinha chorado. Aí abriu a porta e saiu.

Encontrou sua tia Olivia e Vivi na sala. Ao ver Vivi, sentiu uma bambeira nas pernas e uma idêntica e estranha vontade de agredi-la e de fugir. Foi preciso muito controle para não fazer uma bobagem e sorrir. Mesmo assim, saiu um sorriso duro, forçado.

– Oi... – cumprimentou.

– Oi! – respondeu Olivia examinando uns objetos dentro de uma valise negra. – Onde você estava?

– No quarto...

– Procurei você o tempo todo.

– Pois é eu estava lá.

– Vai nascer um bezerrinho e talvez eu precise de ajuda– disse Olivia. – Quer ajudar?

Samantha engoliu em seco:

– Nuca vi nascer coisa nenhuma...

– Ela está com cara de quem não aguenta – riu Vivi. – Melhor não ir, é capaz de desmaiar.

Samantha ficou ofendidíssima não com a brincadeira, mas porque sentiu que Vivi estava zombando publicamente dela. Por isso reagiu e respondeu zangada:

– Uma vez tem que ser a primeira vez. Eu vou sim!

Dali a pouco se dirigiram para o estábulo onde seu Aurélio e Liphe estavam observando uma bonita bezerra de pele avermelhada de pé numa baia.

– como está ela? Perguntou Olivia.

– A coisa já esta começando – disse seu Aurélio coçando a cabeça. – Mas acho que vai dar complicação...

– Por quê?

– Já era pra ter nascido. Nas outras, nasce mais depressa. Melhor a senhora dar uma olhada.

Olivia deu uma olhada. O trabalho do parto já havia começado as patas do bezerrinho já estavam apontando.

– Do mesmo jeito que estava quando fui buscar meus instrumentos – disse a veterinária enrugando a testa. – Acho que vamos ter de deitá-la e puxar. Chamem mais gente para ajudar e deem uma mão aqui...

Vieram outros homens que começaram a tentar deitar à bezerra. Mas o animal era teimoso, mugia, não queria. Sabrina deu um passo para trás e, assustada, só ficou olhando. Nuca havia imaginado que um nascimento fosse tão complicado.

– Cuidado, ela tem de ser deitada suavemente, não pode cair! – recomendava Olivia. – Esse bezerrinho vale ouro, é um puro- sangue cujo sêmen custou um dinheirão!

Depois de muitas tentativas, afinal, eles conseguiram deitar a bezerra e amarrar-lhe as patas para que não escoiceasse. A posição favoreceu e as pernas do bezerrinho esticaram-se mais para fora. Mesmo assim, ele não conseguia livrar-se sozinho.

– As correntes... – pediu Olivia transpirando

Foram trazidas, e ela envolveu-as no frágil corpo que nascia. Depois, levando-se, agarrou-a.

– Seu Aurélio e ela foram puxando devagarzinho até que, por fim, o corpo do bezerrinho saiu inteiro, e a bezerra, exausta, tombou a cabeça por terra.

– Vivaaaaaaaaa! – gritou Olivia pulando feliz igual uma garotinha.

– Ao ver aquele espetáculo, Samantha empalideceu. Nuca tinha visto algo daquele jeito e, comprimindo o estômago, fugiu correndo. Vivi percebeu. Agora a bezerra cheirava e lambia a cria que ainda não conseguia manter-se em pé. Diante disso, Vivi também saiu do estábulo.

Encostada a uma árvore, Samantha de olhos fechados, respirava fundo.

– Eu falei que você não ia aguentar! – Comentou Vivi aproximando-se. –Para quem nunca viu nascer nem um pintinho do ovo...

Samantha respirou mais forte. A irritação fez-lhe o sangue subir à cabeça. Abriu os olhos e, carrancuda, enfrentou Vivi:

– Não foi só o nascimento do bezerro que me deixou assim! – disse.

– Não? Então o que mais foi?

Por um triz Samantha não a chamou de sínica e mentirosa. Porem controlou-se e moderou o tom:

–Responda com toda a sinceridade, Vivi: você ama a Luna? – perguntou a queima-roupa.

Foi à vez de Vivi ficar séria como se tivesse levado um choque.

– C-Como? P-Por que essa pergunta?

– Você ama a Luna? – insistiu Samantha com firmeza.

Vivi titubeou.

– Eu gosto dela, ela é minha irmã horas.

– Não me venha com essa, vocês não são irmãs de sangue e devido isso podem se apaixonar. Você ama a Luna?

Samantha percebeu que a tão espontânea e segura Vivi de repente parecia ver-se acuada! Ela ficou feliz, acreditando que tinha conseguido dominar a situação!

– Para começar eu não sei por que esta me perguntando isso, mas confesso que gosto muito da Luna – respondeu Vivi desconsertada. – Mas em momento algum me esqueço de que... somos irmãs. Sim, eu amo a Luna – disse, de repente encarando Samantha. – Mas não é esse tipo de amor, acredite! Não é amor de carne... é amor de... espírito. Você não é capaz de entender isso?

Samantha sentia que vacilava. Vivi continuou:

– Acredite ou não! A Luna é uma pessoa frágil. Eu sempre soube desse seu grande segredo. Ela sempre precisou de ajuda, de compreensão...

Sabrina mordeu fortemente os lábios para não perguntar por que as duas estavam se abraçando tão apaixonadamente. Mas Vivi, Talvez lendo seus pensamentos, continuou e disse:

–Nos tivemos uma longa conversa lá na estrebaria. Ela me abraçou porque estava confusa... Porque tinha ficado muito impressionada por te ti visto vestida de Ana Beatriz. E você bem sabe que essa história impressiona a todos e quando a Luna viu você com aquela roupa foi como se ela tivesse visto a própria Ana Beatriz afinal até mamãe disse que você tinha ficado idêntica a ela e Luna acabo ficando impressionada.

– Então f...foi isso?

– Claro que foi! E depois qual o problema de duas irmãs se abraçarem. Disse Vivi um pouco irritada.

–N...nenhum! Me desculpe! É que... eu tinha indo falar com ela saber o que avia acontecido e...quando eu vi vocês duas abraçadas acabei imaginando coisa a onde afinal não avia nada. Na verdade eu não sei nem o que dizer... – falou Samantha com os olhos cheios de lágrimas.

– Calma Sá! Disse Vivi abraçando a prima. – Olha não diga nada e esqueça essa história. – disse Vivi com um sorriso. Combinado?

– Combinado!

– Ótimo! E agora que já resolvemos a situação, vamos dar uma olhada no Ferruagem?

–Uai, quem é Ferruagem?

– O puro-sangue que acaba de nascer. Mamãe está com tanto luxo com ele que é capaz de até colocar-lhe fralda descartável. Vamos lá menina, vamos visitar a mãe e o filhote.

Saíram, então, correndo para o estábulo.


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Notas finais do capítulo

Avila e Lucy sei que ainda não respondi os comentários de vocês mas prometo responder :),
e aos que ainda não comentam poxa digam o que pensam, afinal incentivo é bom!! :)



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