Money Make Her Smile escrita por Clarawr


Capítulo 5
Only got twenty dollars in my pocket


Notas iniciais do capítulo

OLÁÁÁ Á Á MIGOS QUERIDOSSSS. Já venho avisando que essa nota ficará grandinha.
Eu demorei, eu sei, mas vcs não tem ideia do quanto foi difícil escrever esse capítulo. Pior que o último. Podemos dizer que as músicas que eu coloquei aqui tem mais a ver com a primeira metade do capítulo, quando eu conto a história do Finn. Mas se aplica também ao Peeta na metade final soidoapdi
Eu disse que teríamos história do Finn e HERE WE GOOOO.
Mas, bom, a segunda metade do cap não estava planejada hu3hu3. Bom, na verdade eu tinha deixado para fazer esse "encontro" (vocês logo vão entender do que estou falando) mais tarde, mas............. resolvi fazer uma surpresinha para vocês, espero que gostem KKKKK
Acho que vão gostar sim.
Ah!!!!! Música do título:Thrift Shop, do Macklemore com o Ryan Lewis e a do capítulo é Royals, da Lorde ODIAOSI (que, diga-se de passagem, é minha música com meus amigos pq somos todos pobres HEUHEUEHEUHEUH mas deixa quieto)
Beijos, até as notas finais!



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“My friends and I we've cracked the code

We count our dollars on the train to the party

And everyone who knows us knows

That we're fine with this

We didn't come from money”

De: Peeta

“Aí seu viadinho, já posso voltar para casa?”

Recebida: 13h19

Para: Peeta

“Estou te esperando nu na nossa cama.”

Enviada: 13h21

De: Peeta

“Vou comprar as camisinhas no caminho. Se prepara que hoje eu vou abusar de você. Me espera. Gostoso.”

Recebida: 13h34

Finnick riu. Ele estava no banheiro, pronto para entrar no banho quando se lembrou que precisava pegar uma toalha nova.

Ele suspirou e foi até a cozinha, que tinha saída para uma pequena área de serviço. Lá, viu o varal e puxou uma toalha qualquer para depois do banho. Ele estava prestes a fazer o caminho de volta para o banheiro quando deu de cara com o cesto de roupa suja transbordando de peças que imploravam para ser lavadas. Dele e de Peeta.

“Droga.” Ele pensou. “Tenho que lavar roupa”

Finnick odiava lavar roupa mais do que qualquer coisa. Mais do que qualquer outra tarefa doméstica que ele era obrigado a desempenhar por conta da falta de uma empregada em casa com a qual ele e Peeta tinham de lidar. E dessa vez ele não poderia jogar as roupas sujas para cima de Peeta, porque ele já estava devendo uma para o amigo. Pois é, ele não ia ter como escapar.

Não podemos dizer que Finnick não estava acostumado a ralar na vida. Desde muito novo ele sempre soube que não seria fácil. Sua mãe largou tudo quando engravidou dele e seu pai foi obrigado a sustentar a nova família sozinha com um emprego mais ou menos. Ele nunca pode se dar o luxo de esperar presentes caros em seu aniversário ou no Natal.

Quando sua banda preferida veio ao Brasil ele soube que não ia poder pedir a seus pais o dinheiro para o ingresso. Ele tinha 15 anos. Mas ao invés de se resignar e ver o show pela televisão, logo depois de ter ouvido a notícia da vinda de seus ídolos ele bateu na porta do quarto da mãe e pediu que ela o ensinasse a cozinhar para que ele pudesse começar seu próprio negócio na escola. O resultado? Depois de alguns acidentes com o forno e com óleo quente – o mais grave deles rendeu a Finn uma queimadura na barriga que se transformou em uma cicatriz que ele tem até hoje. É. Na barriga. Para você ver o nível da inabilidade de Finnick com as panelas. – ele fez sua pequena fortuna vendendo doces e bolos em seu colégio. E conseguiu realizar seu sonho de ver o Red Hot Chilli Peppers bem de perto. Sem depender de ninguém.

Então vocês entendem quando eu digo que ele estava acostumado a conseguir as coisas por seus próprios meios. Ele estava acostumado a trabalhar por elas. O que ele mais queria naquele momento era conseguir se formar, e ele encarava a vida difícil que levava dividindo o apartamento com Peeta como aquilo que ele deveria fazer para que seu sonho se realizasse. A faculdade estava para o Finn de agora assim como os ingressos para o show do Red Hot estavam para o Finn de 15 anos. Seguindo essa lógica, as dificuldades de uma vida de um garoto pobre que resolveu dividir um apartamento no centro da cidade com o amigo estavam para o Finn de agora assim como queimaduras arranjadas quando ele estava tentando cozinhar para vender seus quitutes estavam para o Finn de 15 anos. Pelo menos ele sabia que estava fazendo o que devia fazer, o que precisava fazer. E essa certeza ninguém nunca ia poder tirar dele.

Então embora ele odiasse ter que esfregar as roupas sujas no tanque da área de serviço (eles ainda não tinham uma máquina de lavar, não haviam conseguido guardar dinheiro suficiente para comprar uma.), ele sabia que aquilo ia passar logo. E que não seria à toa.

Quando eu digo aquilo estou me referindo especificamente a lavar roupas no tanque de um apartamento minúsculo no centro. Porque apesar de esperar apenas o melhor para o seu futuro, e o melhor incluía ele não ser mais obrigado a lidar com esse tipo de percalço, novos sonhos viriam e ele sabia que era o tipo de pessoa que não teria medo de se arrebentar por eles. Ele só esperava que as próximas metas não exigissem queimaduras na barriga ou lavagem de roupas no tanque. Mas ele estava preparado se elas exigissem. Ele estava preparado para coisas piores.

Ele voltou para o banheiro e entrou no chuveiro, tomando um banho um pouco mais demorado que o normal para relaxar da noitada. Ele mal havia se recuperado e tinha coisas para fazer hoje, tipo terminar de ler aquela publicação sobre algas vermelhas que seu chefe no estágio havia lhe passado.

Pensar na noite anterior trouxe Annie à sua cabeça e ele sorriu. Embora tenha passado grande parte da noite acordado, Finnick não se sentia cansado nem nada do gênero. Ele estava feliz e, quem sabe, um pouco orgulhoso de sua conquista. Ele não estava disposto a deixar Annie escapar. Não era como se ele quisesse namorar, mas ele queria tê-la por perto em mais momentos de sua vida. Ela era divertida e espirituosa, além de estonteantemente linda. Seria difícil não se apaixonar por ela, Finnick sabia, mas ele não estava preocupado com isso porque não era o tipo de cara que evita se envolver. Ele não estava procurando nada, mas também não se esquivaria se um relacionamento se insinuasse em sua vida. Não era sua prioridade – Deus sabia que sua prioridade era terminar sua monografia do curso de Biologia vivo e sem danos permanentes a seus neurônios, que ele tinha certeza que estariam fritos e esturricados no fim do processo. -, mas nunca se sabe. Finnick não tinha medo da vida. As coisas só aconteciam e ele tentava se adaptar a elas da melhor maneira possível. Ele raramente se abalava, porque, francamente, já havia passado por coisas demais para se estressar com qualquer bobagem, principalmente com relacionamentos.

Ele só ia lamentar não poder mais sair à noite e fazer suas estripulias como as que ele havia feito na noite anterior com Annie. Ele gostava de sair, conhecer uma garota, jogar todo o seu charme sobre ela e ver no que dava. Ele gostava da incerteza. Mas ele esperava que a garota com quem ele decidisse ficar, fosse quem fosse, fizesse com que ele gostasse mais de estar com ela do que de sair por aí encantando outras garotas pelas boates da vida. Era o mínimo, convenhamos.

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Peeta tinha acabado de sair da portaria do prédio de Gale na Tijuca e estava virando a esquina para chegar ao ponto de ônibus onde ele pegaria o 421 - que tinha um ponto praticamente na porta de casa - quando, por umas dessas coincidências de vida que nós nunca estaremos completamente aptos a explicar (o mesmo tipo de coincidência que, diga-se de passagem, fez Annie e Finnick se encontrarem na noite anterior), ele ouviu uma voz um tanto desesperada e ofegante atrás dele.

– Ei! Moço! Ei, você! – Ele virou para trás um tanto confuso, com medo de passar aquela vergonha básica de olhar para trás e ver que o chamado não era para você.

Havia uma garota alguns passos atrás dele. Ela usava uma trança no cabelo e uma blusa com uma lagartixa enorme estampada na frente. Alguns fios de cabelo escapavam de seu penteado e ela tentava contê-los colocando-os atrás da orelha, mas algumas mechas rebeldes teimavam em cair em seu rosto a medida que ela corria para perto de Peeta.

Bom, ela era gostosa. E quando ela apressou o passo para poder ficar bem ao seu lado e ele viu que o chamado era para ele, ele não pode deixar de pensar que não era todo dia que uma garota gostosa o parava no caminho da volta para casa.

E eles nem se deram conta que estiveram na mesma boate na noite anterior. Às vezes as pessoas podem ser tão distraídas!

Ela parou bem ao seu lado e colocou a mão no peito, recuperando o fôlego.

– Desculpe te parar assim do nada, você deve estar me achando meio louca. – Ela começou a tagarelar. – Mas eu preciso de uma ajuda... – Ela começou e foi nesse momento que Peeta começou a ficar desconfiado. Será que ela ia pedir lhe dinheiro? Inventar uma história comprida e melodramática sobre como tinha vindo do outro lado da cidade para um médico tratar do seu câncer terminal e tinha sido roubada de modo que agora estava sem o dinheiro da passagem de volta? Ou será que era uma daquelas golpistas gostosas que se aproveitavam do fato de serem gostosas para distrair pobres caras como Peeta enquanto algum pivete passava de fininho atrás dele e catava sua carteira do bolso de trás de sua calça? Só por segurança, ele passou a mão atrás da calça para sentir sua carteira. Ao constatar que ela ainda estava ali, ele suspirou aliviado.

Diante do silêncio de Peeta, Katniss continuou a falar.

– Eu vou começar um estágio por aqui, sabe, e hoje eu vim organizar a papelada e tudo o mais. – Ela começou e Peeta olhava fixamente para a lagartixa estampada em sua blusa pensando que era um tanto incomum uma garota tão bonita vestir uma roupa com a estampa de um animal tão... repulsivo. – Só que eu moro em Ipanema e não tenho a menor ideia de como voltar. Você saberia me dizer mais ou menos para onde eu tenho que ir, que ônibus pegar...? – Ela perguntou, seus olhos - que Peeta só reparara agora que eram cinzentos como metal. – se arregalando de uma maneira infantil e inocente. Ela parecia uma criança que se perdera da mãe no supermercado.

Peeta tentou, mas não conseguiu sufocar uma risada que escapou de sua boca fazendo um som esquisito. Katniss ergueu as sobrancelhas, confusa.

– Desculpa. – Ele começou, ainda sacudindo os ombros discretamente com a risada. – É que eu achei que você fosse me pedir dinheiro. – Ele voltou a rir e foi surpreendido pela risada delicada que escapou da boca da menina a sua frente. – Tá, tudo bem. – Ele disse, parando de rir e se atendo ao problema que fora posto em sua frente. – Ipanema, certo? É perto do metrô?

– Não, mas se você me disser como chegar ao metrô eu já consigo me achar.

– Hm, ta. Ótimo. Você pega o 421 e desce no terceiro ponto, é rapidinho. Aí você vai ficar quase na porta no metrô da São Francisco Xavier...

– E aí eu já estou praticamente em casa. – Katniss completou, sorrindo e Peeta não pode deixar de sorrir para ela também. – Nossa, muito obrigada. Mesmo. Você me salvou.

Peeta sorriu, decidindo jogar um pouco com a sorte que tinha lhe dado aquele presente inesperado em plena tarde de um domingo tão tedioso quanto todos os domingos pós balada que já existiram na história da humanidade.

– Mas como hoje parece ser o seu dia de sorte. – Peeta continuou. – Por alguma feliz coincidência do destino, eu vou pegar esse mesmo ônibus. Então eu te deixo no metrô.

Katniss abriu a boca, surpresa e levemente envergonhada.

– Ah, não, que isso. – Ela começou a recusar, pensando em uma maneira educada de dizer que não era necessário. – Não, de lá eu me acho. Você já fez bastante por mim.

– Não, eu faço questão. – Ele disse, sorrindo maliciosamente. – Você não sabe como a Tijuca pode ser perigosa para garotas inocentes e perdidas como você.

Katniss revirou os olhos teatralmente.

– Eu não quero te desviar do seu caminho. – Ela disse, insistindo em recusar a oferta de Peeta.

– Você nem sabe para onde eu vou. – Ele acusou.

– Obviamente não para o metrô. – Ela respondeu com uma voz de quem quer dizer “eu não sou tão idiota assim.”

– Nunca se sabe. – Ele sorriu com o canto da boca. Ele esticou o pescoço como quem estivesse olhando para algum ponto a frente de onde os dois estavam. – Olha só, enquanto nós estamos aqui discutindo isso, uns três 421 já devem ter passado lá no ponto. Você realmente quer perder mais tempo? – Ele jogou baixo, tentando fazê-la decidir rápida e impensadamente.

Katniss pensou. Ela provavelmente nunca mais ia vê-lo na vida. Ele era bonito e estava disposto a fazer uma gentileza por ela. E ele só ia acompanhá-la até o metrô. Não era como se eles tivessem decidido se casar em Vegas depois de terem passado a madrugada inteira se embebedando e apostando em cassinos.

Ela sorriu e acenou com a cabeça, pensando que tinha uma tendência a se preocupar demais com coisas que não exigiam tanta preocupação. Os dois começaram a caminhar em direção ao ponto de ônibus.

– Obrigada. – Ela disse, com sinceridade.

Ele acenou com a cabeça e um único pensamento rondava a cabeça de ambos.

“Nós nunca mais vamos nos ver mesmo.”

Bom, o destino sabia que isso não era exatamente verdade.


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Notas finais do capítulo

PEENISS!!!!!!!!!!!!!!!!! OSPDIPAOSI Eu não ia colocar nada em relação a outros casais que não fossem Fannie por enquanto, mas enjoei só de Fannie e resolvi fazer logo o primeiro encontro deles. QUE TAL? GOSTARAM? EU AMEI ESCREVER ISSO, GENTE AOSDIADOPIADOI
COMENTÁRIOS, POR FAVOR. EU QUERO MUITO SABER O QUE VOCÊS ESTÃO ACHANDO!
Beijos no pescoço e na boca.



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