Money Make Her Smile escrita por Clarawr


Capítulo 4
Don't be so quick to walk away


Notas iniciais do capítulo

CHEGUEI NO PISTÃÃÃÃÃO DEIXA EU FALAR DEIXA EU FALAR
Cheguei no pistão e vi leitores lindos, só lindos comentando e a autora aqui curtindo tchu tcha tcha tchu tchu tchau tchu tcha tcha OASIDOAPDIAOPDI
Ok, se você conhece essa música, ria comigo, se não, nem procure saber para não fazer sua incursão no terrível mundo do funk carioca. Sério, eu não recomendo isso a ninguém, essas drogas grudam na cabeça e não saem nunca mais OAIDSPOA
Enfim, sobre o capítulo: esse é outro que eu também não gosto tanto, mas não é por conta da maneira como eu o narrei. É porque é parado. Ele é o que eu chamo de "Capítulo de Transição", um capítulo que está encerrando um ciclo da fanfic para começar o outro. Podemos dizer que esse aqui está encerrando o momento da Annie e do Finnick se conhecendo para começar.... Nada não, não vou falar porque não gosto de spoiler POIASDOAID É chato porém necessário para amarrar os pontos. Leiam e tirem suas próprias conclusões.
Por último, mas não menos importante: a música do título é "Rock Your Body" do goxxxxxxxxtoso do Justin Timberlake e a do capítulo é "Show Me" do mais goxxxxxxxxxxxxxtoso ainda Bruno Mars (acho que vocês já notaram que eu o amo muito, né, migos? Pois é. Minha meta é colocar todo o Unorthodox Jukebox -último cd dele - aqui na fic, então se preparem OPAIPOADIAOPI)
Espero que gostem



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“I can see it in your eyes

You want a good time, you wanna put your body on mine

Alright

But don’t change your mind, don’t you change it, oh, no…”

Annie acordou e demorou um segundo para reconhecer onde estava. Sua cabeça estava pesada com aquela sensação de desorientação característica de quando você dorme fora de casa que te acomete desde que você tinha 10 anos e dormiu na casa da sua melhor amiga pela primeira vez e que provavelmente nunca vai deixar de existir enquanto você continuar dormindo em casas alheias. Ela precisou esfregar os olhos antes de se sentir apta para fazer qualquer coisa que envolvesse colocar os pés para fora daquela cama.

Cama, cama... Ela sentiu um calor vindo da cama onde ela se encontrava sentada no momento e percebeu que estava dividindo o colchão com alguém. Claro, camas não irradiam calor sozinhas. Para ela estar se sentindo tão aquecida assim, alguém estava com ela. E estava.

Ela olhou para o lado e viu um adormecido Finnick de bruços, agarrando uma das pontas do lençol compartilhado pelos dois. Annie perdeu alguns segundos vendo-o dormir. Ela tinha um fascínio especial por ver pessoas dormindo. Elas pareciam tão diferentes e inocentes, quase como que se tudo que havia lhes causados as rugas na testa e os lábios franzidos que elas costumavam apresentar acordadas houvesse desaparecido, sido apagado. Annie preferia lidar com as pessoas quando elas estavam dormindo.

Ela se endireitou na cama e se deitou novamente, tentando não acordar Finnick e decidir o que fazer. Ir embora antes de ele despertar e deixar uma aura de mistério? Ou esperá-lo acordar e aí sim sumir para deixá-lo com gosto de quero mais? Ela queria ficar, queria ver sua reação ao acordar e dar de cara com ela, mas ao mesmo tempo não queria prolongar a coisa por saber que não havia futuro ali. Uma diversão de noitada, era isso. E Annie não fazia questão de transformar isso em algo maior, não mesmo. Ela preferia levar a noite passada como uma boa lembrança do que como o início de algo que não deu certo depois.

Ela se debruçou para fora da cama e viu suas roupas jogadas. Resgatou a calcinha e o sutiã e se vestiu de qualquer jeito. Depois suas mãos voaram para o chão novamente à procura de seu celular. Quando ela finalmente o achou, viu que haviam três mensagens. Duas de Johanna. Uma de Katniss.

De: Johanna

“VOCÊ SAIU COM O LOIRO GOSTOSO?”

Recebida: 08H32

De: Johanna

“Acho que a falta de uma resposta já responde a minha pergunta. FALA COMIGO ASSIM QUE PUDER.”

Recebida: 09h17

De: Katniss

“Se não estiver transando, por favor, responda a Johanna. Ela está tendo um ataque de pelanca querendo saber detalhes da sua noite com o Loiro Gostoso. Aliás, eu também estou, mas sei disfarçar melhor. Beijos.”

Recebida: 09h43

Annie riu e consultou o relógio de seu celular. Passava um pouco das dez da manhã, o que significava que ela estaria atrasada de fosse um dia útil, mas era domingo. Se fosse dia de semana, ela já teria de estar de pé e pronta para começar seu turno na loja de roupas que Mags havia aberto em um shopping famosinho da Zona Sul para fingir que fazia alguma coisa da vida. Era bastante útil, porque assim Annie também fingia que fazia alguma coisa da vida e era uma compensação para o fato de ela não ter conseguido passar em nenhuma das faculdades para a qual tentou vestibular.

Optou por responder às amigas antes de qualquer outra coisa.

Para: Katniss; Johanna

“Sosseguem, pelo amor de Deus. Não é como se eu nunca tivesse saído com um cara da balada. Não sei que horas vou sair daqui, acabei de acordar. Quando eu chegar em casa ligo.”

Um segundo depois, seu celular bipou novamente.

De: Johanna

“Você trata suas conquistas de balada com tanto descaso que eu desejo que você nunca mais consiga pegar ninguém na noite. Sério, Annie. Você não faz por merecer a sorte que tem. Você não pode agir desse jeito depois de pegar um loiro gostoso como esse que você pegou.”

Recebida: 10h06

Annie riu.

Para: Johanna

“Espero que a praga volte em dobro para você.”

Annie ria, mas já havia desistido de explicar como se sentia em relação aos relacionamentos para suas amigas. Ela entendia que agir com indiferença em relação a um cara como Finnick era inaceitável e inadmissível para Johanna e para o resto do mundo todo, e que ela estava tendo uma oportunidade que várias mulheres no mundo nunca teriam. Mas ela não conseguia se sentir como deveria se sentir. Ela não estava animada, nem lisonjeada, nem orgulhosa de si mesma. Talvez isso tivesse algo a ver com o fato de ela ser bonita o suficiente para ter caras como Finnick em suas mãos o tempo todo, ela não sabia. Mas o fato é que acordar pelada na cama de Finnick não a fazia mais animada do que quando ela comprava uma bola do seu sabor favorito de sorvete.

“Você tem bloqueio sentimental.” Johanna lhe dissera certa vez. Talvez até fosse verdade, mas Annie se sentia satisfeita assim. O que parecia um problema para os outros era a fonte de paz de Annie: não sentindo nada, ela não precisava sofrer. Ela nunca havia sofrido por amor na vida e creditava sua bem resolvida vida sentimental exatamente à sua falta de apego.

“O que mais eu quero da vida?” Annie se perguntava.

Finnick se mexeu ao seu lado e ela largou o celular no chão novamente. Alguns segundos depois, ele abriu os olhos e ela o estava encarando. Annie continuou encarando os olhos profundamente verdes dele, encantada. Isso era algo que ela não conseguia deixar de se admirar.

Eles tinham os olhos exatamente da mesma cor, isso também era impressionante. E foi aí que Annie finalmente compreendeu todos os elogios que ela recebeu ao longo da vida simplesmente por ter nascido com as íris verdes cor do mar. Era mesmo lindo. Mas ela achava o tom esverdeado mais bonito em Finnick do que em si mesma.

Eles sorriram um para o outro e Finnick se espreguiçou.

– Bom dia. – Annie cumprimentou, apoiando-se sobre os próprios braços e olhando para ele. Parte do motivo pelo qual ela gostava de ficar olhando para Finnick eram seus olhos. A outra parte era sua beleza surreal.

– Oi. – Ele respondeu, os olhos semi cerrados e voz de sono. Ele sorriu e passou a mão nos cabelos despenteados. – Eu sou um monstro quando acordo, só para justificar qualquer monstruosidade que eu faça na próxima meia hora.

– Depois de meia hora você volta ao normal? – Annie perguntou, sorrindo. Era engraçado, mas apesar de não sentir nada, ela não conseguia deixar de sorrir estando ao lado dele.

– Prometo que sim. – Ele respondeu, sorrindo. – Quer comer alguma coisa?

Annie assentiu, mas de repente ela ficou muito ciente do fato de que Finnick ainda estava pelado ao seu lado. Bom, ela estava vestida, mas calcinha e sutiã não são coisas tão complicadas de serem retiradas.

– Quero me aproveitar de você sem roupa mais um pouquinho, posso? – Ela perguntou, sorrindo de lado.

– Hm, sabia que sexo de manhã é o meu preferido? – Ele perguntou de volta, virando na direção de Annie.

– Sexo de manhã comigo é melhor ainda. – Annie respondeu e foi aí seus lábios se encontraram novamente e ficaram bastante ocupados pelas próximas horas.

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– Você pegou o telefone dele, não pegou? – O tom de voz de Johanna era tão entrecortado que parecia até que ela estava sentindo alguma dor real só de cogitar a possibilidade de Annie ter perdido contato com o Loiro Gostoso para sempre.

– Peguei. E ele o meu. – Ela mexeu no celular e encarou a nova entrada na agenda. “Finnick”.

– Ele já te ligou? Mandou alguma mensagem? – Katniss interrogou.

Desde que Annie chegara em casa, ela só havia tido tempo de tomar um banho antes de ser bombardeada pelas perguntas das amigas.

– Não. Meu Deus, eu saí da casa dele há duas horas e meia. Nem deu tempo de sentir saudades ainda. – Annie revirou os olhos. – Além do mais, não sei se quero que ele ligue. Ele vai ligar, nós vamos ficar naquele joguinho de quem se apaixona primeiro e eu não sei se ele é o tipo de cara com quem eu quero jogar esse jogo.

– Por quê? Porque ele não é milionário como os outros caras com quem você está acostumada? – Johanna perguntou, em tom acusatório.

Annie se irritou. Ela estava cansada das amigas julgando-a por ela querer garantir seu futuro. É. “Garantir seu futuro”. Era assim que Annie encarava os seus esforços para encontrar seu príncipe rico.

– Exatamente por isso, Johanna. Para que perder meu tempo com ele se eu posso estar em Ibiza numa viagem bancada por algum dos vários milionários que eu conheço? – Annie disse, impaciente e até certo ponto, sarcástica. Apesar de suas amigas já estarem mais do que cientes das metas de Annie, ela nunca escancarava suas intenções de aplicar um golpe do baú assim para elas. Entretanto, a irritação a fez explodir aquelas palavras que ela geralmente suavizava e disfarçava para que as amigas não a achassem uma golpista interesseira e desprezível. Era quase como se ela estivesse usando a verdade para mentir. Usando o real sentido de suas palavras para indignar suas amigas e convencê-las que ela não era capaz de ir tão longe. Mas o pior é que ela era.

– Porque ele pode te fazer feliz, talvez? – Johanna respondeu, tão irritada quanto Annie.

Katniss, que até então se mantivera calada, deu sinal de vida.

– Ei, vocês duas. – Ela chamou, batendo as mãos. - Vamos tomar um choque de realidade. Johanna, a Annie conheceu o cara ontem. Você não tem como dizer se ele é o cara que vai fazê-la feliz até os fim de seus dias de vida. – Johanna abriu a boca para argumentar, mas Katniss foi mais rápida. – E Annie, quando que essa coisa de casamento milionário já deu certo para alguém? Me admira você, tão metida a esperta, acreditar no golpe do baú. – Annie também demonstrou indignação, mas Katniss não deixou que ela se pronunciasse. – É golpe do baú, sim. Fim de papo. Nem vem com essa de “garantir seu futuro” que eu não acredito. – Ela discursou. De tanto discutir com Annie sobre isso, ela já havia decorado os argumentos da amiga. – Mas vamos lá, se você quer chamar assim: O problema não é você querer “garantir seu futuro”, ou seja lá que nome isso tenha. O problema é você abrir mão de ser feliz com um cara que pode ser o cara certo por priorizar algum velho babão rico.

O silêncio pairou sobre a sala do apartamento de Annie por alguns segundo. Era sempre assim. Annie e Johanna começavam a discutir devido às personalidades extremamente opostas das duas: O que Johanna tinha de romântica, Annie tinha de prática. Então, era costumeiro que as duas se atacassem com os argumentos mais ridículos até Katniss chegar e chamá-las de volta para o mundo real com suas colocações sensatas e equilibradas. Katniss era o meio termo entre as duas, e às vezes Annie sentia que era só por causa de Katniss que ainda restava alguma sanidade na vida daquele trio. Katniss tinha o dom de ser o ponto de equilíbrio na vida daqueles que a rodeavam e pode-se dizer que ela era obrigada a usar suas habilidades com freqüência para evitar brigas mais sérias entre os dois extremos do trio.

Era rotina. Johanna e Annie brigavam. Katniss intervinha. Os motivos variavam, os argumentos também, mas uma coisa permanecia intocada e imutável como um ritual: o silêncio após a palavra final de Katniss.

E não havia nenhum motivo para que dessa vez fosse diferente.


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Notas finais do capítulo

E AÍ? Migos, comentem, review faz bem pra alma e pro coração, deixa o espírito mais leve e causa sorrisos nessa pobre autora aqui OADIAOISDAODI
Espero que tenham gostado e, PROVAVELMENTE, teremos um pouco da história do Finnick no próximo capítulo (AMO. JÁ FALEI QUE AMO ESSE HOMEM? PORQUE EU AMO)
AAAAH, se vocês quiserem se atualizar, me conhecer melhor, conversar ou apenas me stalkear, marquem me seguindo lá no meu twitter @thgmars. Se apresentem, se identifiquem porque eu vou adorar falar com vocês. E eu falo muito das minhas fic lá, então vcs sempre vão saber em que pé está a coisa ou quando eu pretendo postar de novo INFORMAÇÕES EM TEMPO REAL CAROS IRMÃOS OAPSIFDAODI
Vou calar a boca porque hoje eu só estou falando bobagem.
1 beijo 1 queijo e 1 sarrada para a direita.



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