Money Make Her Smile escrita por Clarawr


Capítulo 6
Never wanna put my heart on the line


Notas iniciais do capítulo

COÉÉÉÉÉÉ
OI, GENTE! Antes de qualquer coisa, eu queria pedir desculpas porque eu sei que demorei a postar. Mas eu estava totalmente sem inspiração, até tentei forçar um pouco a barra mas tudo saía horrível e eu acabei desistindo. Enfim, consegui fazer o capítulo sair e acabou que ficou bem bonitinho. Eu amei (AMEI MESMO, SÉRIO), escrever essa cena, então espero que vocês gostem de ler. Esse capítulo só tem Peeniss, mas se você está com sdds de Fannie não se preocupe porque LOGO LOGO ELES VOLTAM EM GRANDE ESTILO HEUHEUEHUEH
Bom, viados, eu também tenho outra coisinha pra falar com vocês. O contador de acessos do Nyah é uma droga, porque ele dedura todos os leitores fantasmas e deixaos autores realmente chateados. Eu gostaria de perguntar: POR QUE VOCÊS NÃO COMENTAM? Gente, um "amei" "odiei", sei lá, qualquer coisa, só deem as caras! Eu quero realmente saber o que vocês estão achando. Eu não vou deixar de postar, mas vou ter muito mais incentivo se vocês me falarem a opinião de vocês! A gente tem capítulos com mais de 60 acessos e TRÊS COMENTÁRIOS. ISSO NÃO TEM CABIMENTO! Um ou dois podem ter lido e não gostado, ok. Mas não é o caso de todo mundo.
Enfim, sem mais delongas: Música do título: Locked out of Heaven - Bruno Mars (rs) e música do capítulo: Runaway Baby - Bruno Mars (rsssssssssssss eu nem o amo, né, gente? kkkk) (MAS SÉRIO, OUÇAM RUNAWAY BABY PORQUE É TIPOA MÚSICA DO PEETA HEUHEUEHEUHE)
Beijinho, espero que gostem



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“To every girl that I meet

This is what I say:

Run, run, runaway, runaway baby

Before I put my spell on you

You better get, get, getaway, getaway darling

'Cause everything you heard is true”

– Desculpa perguntar assim, mas o pessoal do seu estágio não achou estranho você ter chegado lá para conseguir uma vaga com essa blusa? – Peeta perguntou, logo depois de ele e Katniss terem pagado a passagem e estarem devidamente acomodados nos bancos do fundo do ônibus onde eles haviam acabado de embarcar.

Katniss riu e olhou pela janela. Depois virou-se para ele e colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha.

– Eles já me conhecem. Eu já fazia esse estágio antes, só que não na Tijuca. No centro da cidade. Mas meu chefe pediu transferência para cá e eu quis acompanhá-lo, então precisei resolver umas coisas. Não é como se eu tivesse chegado pedindo emprego e tentando parecer séria vestindo uma blusa com estampa de lagartixa. – Ela riu, voltando a olhar pela janela. – Mas qual é o problema com a lagartixa? – Ela perguntou, focalizando seus olhos cinzentos em Peeta novamente.

– Nenhum. Fica bem em você. – Ele disse, um sorriso abusado ameaçando abrir-se no canto de sua boca. – É só que é... – Ele hesitou, sem saber qual seria a palavra certa para a situação.

– Incomum. – Katniss completou, sorrindo para ele.

– Isso. Incomum. – Ele repetiu. E sorriu de volta.

Katniss se sentiu esquisita. Ela era uma menina tímida e meninas tímidas não estão acostumadas com caras se oferecendo para levá-las até o metrô, muito menos com caras que elogiam suas blusas com desenho de lagartixa. Ela se sentia desajeitada e atrapalhada por estar sendo alvo da gentileza e dos elogios de Peeta, porque ela não tinha lá muita certeza se merecia ouvir o que estava ouvindo desde que o parara mais cedo para pedir informações sobre como voltar para casa.

Ela era o tipo de garota que estava mais do que acostumada com uma rotina. Seus dias nunca fugiam de um determinado padrão, ela não se achava o tipo de gente que tem uma vida que foge dos padrões - mesmo que só de vez em quando. Katniss se achava absolutamente desinteressante, e ela tinha em mente que coisas extraordinárias não acontecem com pessoas desinteressantes. Então ela havia se habituado a não esperar demais do mundo.

Percebendo que começara a sentir-se quente e envergonhada, Katniss tratou de voltar a cabeça para o lugar. “Você é idiota ou o quê, Katniss Everdeen?” Ela pensou, brigando consigo mesma. “Isso não é nada extraordinário. Você não precisa ficar toda empolgada, porque o que está acontecendo aqui NÃO. É. NADA. DEMAIS.” Ela gritava dentro de sua própria mente.

Porém, talvez fosse exatamente a falta de acontecimentos extravagantes em sua vida que a fizesse sentir que qualquer pequena mudança no trajeto fosse grande coisa. E ela queria desesperadamente não ligar, levar aquilo com naturalidade e fingir que andava todo dia com caras desconhecidos que a elogiavam, mas como ela ligava, não levava aquilo com naturalidade e, principalmente, não andava com caras desconhecidos que a elogiavam todo dia, ela não conseguia. Então, por mais que odiasse parecer tão boba e eufórica, Katniss tinha que admitir que o dia em que conheceu Peeta Mellark fora um dia extraordinário de sua vida. Não só pelo que ele viria a significar para ela mais tarde – espera aí, nós já vamos chegar lá. -, mas simplesmente pelo fato de que desde o primeiro momento ele sacudira o tapete empoeirado onde Katniss fazia questão de passar grande parte de seus dias.

Katniss começou a se sentir desconfortável com o silêncio entre os dois e como a insegura que sempre foi, não conseguiu deixar de pensar que não era boa o suficiente para estabelecer uma conversa agradável e interessante com uma pessoa do sexo oposto por mais de meio minuto. “Ai, se fosse a Annie do lado de um gato desses eles estariam conversando até agora.” Ela pensou. E ele estaria babando com o quão linda e encantadora ela era, de modo que Annie bateria novamente seu recorde na modalidade “fazer um homem se apaixonar por você tendo passado menos de uma hora na companhia dele.”. Katniss queria tanto, mas tanto poder fazer com que se lembrassem dela... Muito mesmo. Ela tinha certeza que se o cara do lado tivesse passado por essa mesma situação, mas com Annie, ele nunca se esqueceria desse dia. Annie faria o momento ser inesquecível. Mas Katniss não.

“Tudo que eu consigo fazer é ficar com essa boca calada olhando para a janela desse ônibus como uma idiota muda.” Ela concluiu, desesperada, frustrada consigo mesma, se sentindo a última das criaturas. Como sempre, aliás.

Ela voltou a olhá-lo, dessa vez analisando-o. Cabelo louro claro liso,que caia sobre sua testa, pequenos olhos azuis elétricos. Raros no Rio de Janeiro. A blusa verde escuro de mangas curtas realçava seus músculos relativamente definidos e a cor contrastava com sua pele clara. Nariz retinho e empinado, boca desenhada, lábios cheios. Lindo. Lindo de doer. Ela obviamente havia reparado que ele era bonito desde o momento que o parara na rua, mas só agora ela realmente sentiu a beleza dele penetrar em seu ser até fazer seu peito doer.

E se encher de raiva.

“Eu me recuso a deixar um gostoso desses escapar das minhas mãos.” Ela pensou, deixando de lado a encenação de “nada demais está acontecendo aqui.”. Porque ela sabia que estava, ela sabia que estava em chamas por ter conhecido um cara lindo e gentil e, acima de tudo, ela sabia que não era todo dia que aquilo acontecia. Não havia nenhum motivo para que ela fingisse que estar com Peeta ali, naquele momento e naquela situação era rotineiro.

Tudo bem, eles estavam em um ônibus, não era um cenário exatamente propício para paquera. Mas Katniss ficou tão furiosa com a capacidade de sua insegurança sempre estragar tudo que não ligou para esse detalhe. Ela só queria fazer com o cara do seu lado se lembrasse de tê-la levado até o metrô da Tijuca.

– Qual é o seu nome? – Ela perguntou, tentando soar despreocupada. – Quer dizer, você está fazendo a gentileza de se desviar do seu caminho por minha causa, por livre e espontânea vontade e eu nem sei como você se chama. Isso é falta de educação.

Ele sorriu e Katniss sentiu medo daquele sorriso. Será que ela estava fazendo tudo errado e ele já havia entendido que ela era uma garota insegura tentando flertar? Talvez ele já tivesse entendido suas intenções e estivesse morrendo de rir por dentro de suas tentativas de puxar assunto.

– Peeta. Peeta Mellark. E o seu?

– Katniss Everdeen. Eu já te agradeci por ter vindo até aqui comigo, Peeta? – Ela perguntou, destacando seu nome no final da frase.

– Já, Katniss. – Ele disse, imitando seu tom de voz. Bom, pelo menos agora ela sabia que pelo menos seu nome ele não iria esquecer.

– E eu já disse que não precisava?

– Já. – Ele disse. – E eu já disse que não me custava nada? – Ele perguntou de volta.

– Já. Mas eu não consigo não me sentir culpada.

– Pelo quê? – Ele perguntou, um tanto exasperado.

– Porque... – Ela hesitou, sem saber o que responder. – Porque, sei lá, você poderia estar fazendo algo melhor do que estar dentro desse ônibus comigo.

– Poderia? – Ele perguntou, dando uma risada discreta. – Quem sabe? Mas entre continuar o meu caminho de todo o dia para casa e vir aqui com você, eu preferi vir com você. E se você está se sentindo tão culpada, encare isso como uma missão. Você tem a missão de fazer eu não me arrepender de ter escolhido estar com você.

Katniss ficou olhando para ele alguns segundos, emudecida. O que você responde quando o cara vem para cima de você com uma dessas?

– Missão dada é missão cumprida. – Ela disse, levantando uma sobrancelha e Peeta riu.

–Gostei da confiança. – Ele observou.

Bom, a essa altura ficou claro que ele nem desconfiava que confiança era a coisa que mais faltava na vida de Katniss.

Peeta não podia negar que Katniss havia chamado sua atenção. Não só por ser bonita, mas mais por agir como se não soubesse que era bonita. Ele não conseguia resistir a uma garota metida e exuberante, mas tinha um fraco especial por garotas discretas. Ele amava uma mulher atirada, mas o que realmente chamava sua atenção era quando uma garota conversava com ele sem pontuar cada frase com uma jogada de cabelos ou uma cruzada de pernas. Muitas tentavam fingir que agiam naturalmente, mas ele sabia muito bem quando cada uma delas estava tentando hipnotizá-lo discretamente durante algumas trocas de frases. E como isso era o que acontecia com mais freqüência, ele realmente ficava encantado quando conhecia uma garota que colocava o cabelo atrás da orelha apenas para afastá-lo do rosto, não para atraí-lo de alguma maneira mirabolante com pequenos trejeitos forçados e artificiais.

Peeta era o que conhecemos como galinha. Ele não se prendia a uma garota e tinha muito orgulho disso. Nenhuma garota havia conseguido conquistá-lo e não foi por falta de candidatas. Várias eram bonitas, várias eram gostosas e no início até parecia que ia dar certo. Mas não dava. Ele não era o tipo convencional de galinha que se esforçava para permanecer com o coração livre. Várias vezes Peeta havia se esforçado para conquistar mulheres, mas ele enjoava das coisas com muita facilidade. Peeta descobrira que gostava mesmo era de conquistar, do frio na barriga do flerte. Até o risco do fora o instigava. Mas depois que a relação passava dessa fase ele simplesmente perdia o encanto. A estabilidade da conquista não o atraía em nada, então a solução era ficar por aí conquistando meninas em cada esquina para depois abandoná-las quando elas já haviam caído em sua rede.

Não era por mal, porque ele realmente não fazia ideia do quanto magoava as pessoas. Ele era só um cara que queria aproveitar a vida. E a sua ideia de aproveitar a vida era ter uma nova mulher para conquistar a cada mês.

Peeta sabia lidar com cada tipo de mulher. Ele sabia fazer as tímidas se abrirem, mostrar às inseguras que elas tinham seu valor e colocar as atiradinhas na palma de suas mãos em pouco tempo. Em sua, ele sempre dizia o que cada uma delas queria ouvir. Você até poderia tentar resistir, mas era inexorável: mesmo que demorasse, o Mellark sempre descobriria o seu ponto fraco. E ele sabia se aproveitar dele como ninguém.

Ele olhou pela janela e reconheceu a rua do ponto onde eles deveriam descer.

– Vamos? É o próximo ponto. – Ele disse e Katniss se pôs de pé imediatamente, demonstrando sua falta de experiência com transportes públicos ao cambalear um pouco com a curva que ônibus fazia no momento. Peeta puxou a cordinha que avisava ao motorista que alguém ia descer naquele ponto e a porta se abriu. Katniss varreu a rua com os olhos e localizou a entrada do metrô.

Os dois desceram e se olharam, porque sabiam que estavam prestes a se despedir e nenhum dos dois estava realmente com vontade de fazê-lo. Então Katniss fixou seu olhar num ponto atrás dos ombros de Peeta.

– Ai, meu Deus! – Ela exclamou, andando rápido e fazendo Peeta segui-la.

– O que foi? – Peeta perguntou, confuso, ainda atrás de Katniss.

– Olha! – Ela apontou para frente, sorrindo incrédula.

– O quê?- Peeta perguntou, começando a ficar assustado.

– Olha ali! – Ela apontou novamente para um homem de blusa amarela com uma carrocinha de picolé a poucos metros dos dois. – É um vendedor de picolé Moleca! – Ela exclamou, maravilhada.

– O que tem com o vendedor de picolé Moleca? – Peeta perguntou, encasquetado.

Ela parou de caminhar tão abruptamente que os dois quase esbarraram. Virou-se de frente para ele com as mãos na cintura, parecendo realmente irritada.

– É picolé. Moleca. – Ela disse, como se só aquele nome explicasse tudo. – É tipo o melhor picolé do mundo. Não tem nada com um gosto remotamente parecido em todo o Rio de Janeiro, no Brasil e quem sabe até no mundo. Você nunca comeu picolé Moleca?

– Claro que já. – Ele respondeu, ainda confuso. – É a marca mais barata de sorvete que tem.

– E a melhor! – Katniss exclamou, parecendo uma criança. – Vem, ele está indo embora. – Ela o puxou pela mão e começou a correr atrás do homem de blusa amarela. – Moço! Moço! Ei! – O homem virou-se para ela e sorriu. – Oi, boa tarde. – Ela disse um pouco ofegante, parando de correr. – Quanto é?

– O picolé é dois reais e o sorvete em bola é três. – O homem respondeu.

– Eu quero um picolé de graviola. – Ela disse e não conseguiu evitar olhar para Peeta e sorrir em expectativa. Por causa de um picolé.

É, Katniss era mesmo um pouco maluca.

– Você quer um? – Ela perguntou a Peeta. – Vai, eu pago. Para agradecer por você ter vindo até aqui comigo.

Peeta ponderou. Ele não sabia muito bem se era porque ela o havia parado no meio da rua em uma tarde de domingo ou se era porque ela não havia tentado seduzi-lo com cruzadas de pernas em nenhum momento do trajeto até ali. Ou talvez porque quando ela colocava o cabelo atrás da orelha ele sentia que ela não estava tentando fazer nada além de afastar os fios do rosto ou até porque ela era única pessoa que tinha um surto de felicidade ao comprar um picolé, mas naquele momento, Peeta percebeu uma coisa.

Ela havia conseguido fazê-lo não se arrepender de ter ido com ela. E foi exatamente por isso que ele decidiu que Katniss era uma excelente conquista a se fazer.

E, bom, também porque ele havia gostado da lagartixa na blusa dela.


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Notas finais do capítulo

OASIDOAPIDAOPDIAOPI Só pra esclarecer: picolé moleca é uma marca de picolé que faz o maior sucesso aqui no Rio. É muito bom. Sério. O de graviola é o melhor. Eu entendo o surto da Katniss quando viu o vendedor, porque é meio que a minha reação quando vejo um cara vendendo Moleca OIASDOPAIDOPAISD
Beijinhos e mordidas no pescoço.
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