A História Sempre Se Repete - 2ª Temporada escrita por EvansPotter


Capítulo 4
Familia


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeey amores!!!
Espero que gostem e continuem comentando!!



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P.O.V. Rose

Ótimo. Mais um dia trabalhando do lado daquela vadia. Uma semana desde que ela começou a trabalhar no Ministério e eu ainda tenho vontade de matá-la, está tudo sendo bem agradável.

– Rose você viu minha mochila? – Scorpius perguntou saindo do closet.

– Lá embaixo jogada no chão onde você deixou ontem.

– Ah...

– Folgado.

– Acha mesmo, ruiva? – Ele disse com a voz mais baixa subindo na cama e engatinhando até mim. Difícil resistir a esse loiro de cabelos molhados e corpo definido.

– Acho sim. – Falei sorrindo. – E acho que se você ficar enrolando você vai se atrasar.

– Não sei se isso conta como enrolar, Rose. – Disse mordendo levemente minha orelha.

– Eu acho. – Afastei-o empurrando seu ombro e me levantando da cama.

– Eu não. – O loiro me segurou pela mão, me puxou de volta e me beijou. Então Claire começou a chorar.

– A Claire acha. – Ri. – Cuida dela para mim? Vou tomar um banho rápido.

– Tudo bem, mas só porque eu quero não porque você mandou.

– Vamos fingir que isso é verdade.

Sai do banho e coloquei a roupa rapidamente. Scorpius estava no quarto de Claire, trocando- a e conversando com a pequena. Fiquei na porta observando. Claire ria com aquela risadinha fina e alegre e agitava os bracinhos dificultando bastante o trabalho de Scorpius de colocar o macacão nela.

– É só segurar as mãos dela.

– Eu estou tentando, mas ela não para. – Ele disse concentrado.

Caminhei até o trocador, segurei o braço da ruivinha e coloquei a manga da roupa.

– Pronto. – Disse virando para trás e olhando para meu marido. – Você ainda tem medo de machuca-la. Não precisa. É só ser cuidadoso.

– Ótimo conselho para um jogador de quadribol. – Respondeu sorrindo.

– Bom, ela não é um pomo de ouro, sabia?

– Acabei de perceber.

Depois de tomar café Scorpius levou Claire até A Toca e fui para o trabalho. Mal sai da lareira do grande saguão e a peste já apareceu.

– Oi, tomatinho. Tão cedo já aqui no Ministério. Achei que você tinha um bebê para cuidar. Ou já cansou de brincar de casinha?

– Isso tudo é inveja, Parkinson? – Revirei os olhos e continuei caminhando.

– Claro, meu sonho é brincar de casinha para o resto da vida.

Brincar de casinha. É. É exatamente isso que estou fazendo, Não, eu não construí uma vida e uma família não. É tudo uma brincadeirinha. Daqui a pouco canso e vou brincar de outra coisa. Quem sabe vou seguir o exemplo da minha amiguinha e ficar andando a esmo pelo mundo.

– Sabe do que eu estava lembrando agora, Emily? – Parei me virando para trás para ficar de frente com ela. – Do dia que eu te dei um soco bem no meio da cara. Talvez esteja na hora de repetir essa cena, não acha?

Sai em direção aos elevadores e a deixei plantada no saguão. Na verdade evitar a Parkinson tem sido minha melhor estratégia. Até porque me sinto uma criança toda vez que discuto com ela. Mais um motivo para eu odiá-la, ela faz eu me sentir e agir de forma um tanto quanto imatura. Ás vezes, quando discuto com esse ser, me sinto mais uma vez nos corredores de Hogwarts.

Passei o resto do dia focada no trabalho como sempre, não encontrei Emily. Quem sabe uma hora ela cansa de tentar me provocar e realmente trabalhe para variar um pouco. Tomara que isso não demore a acontecer.

Já estava indo embora quando minha mãe me chamou da porta de um dos elevadores.

– Rose!

– Oi, mãe!

– Tudo bem? – Ela disse me abraçando e estreitando um pouco os olhos.

– Ah... tudo.

– Sei. Por que você não vai jantar lá em casa hoje?

– Tudo bem. Vou passar na vovó e pegar a Claire então e vou para lá.

– Ok. Chame o Scorpius.

– Mãe, vai ter comida, não precisa chamar ele. Pode deixar que ele vai pelo cheiro.

Passei em casa para deixar umas pastas do trabalho, Scorpius ainda não estava em casa então deixei um pergaminho avisando onde eu estava. Vovó mais uma vez reclamou que eu estava muito magra, mas me deixou ir embora quando disse que iria jantar na mamãe. Sabe, não é difícil entender por que meu pai come tanto.

Logo que toquei a campainha mamãe abriu e pegou Claire no colo sorrindo.

– A Claire parece muito como você, sabia?

– Não sei, ás vezes acho que ela parece com o Scorpius.

– Está tudo bem, Rose? Entre vocês?

– O que? Ah... sim está.

– Você parece meio...

– Tudo bem não é nada com ele, não diretamente.

– Como assim? – Ela perguntou se sentando numa cadeira na cozinha e sentando Claire em cima da mesa.

– É... mãe, você lembra da Parkinson?

– O que a Pansy Parkinson tem a ver com isso?

– Não, mãe! Emily! A filha dela! Lembra... há alguns anos eu te contei toda a história.

– Ah é. Desculpe, você diz Parkinson eu lembro daquela idiota cara de bulldog.

– Enfim, lembra?

– Lembro.

– Bom, ela estava viajando por ai desde que saímos de Hogwarts e voltou. E adivinha! Ela está trabalhando no Ministério! Sabe onde? No meu Departamento!

– Ah, Rose! Eu sei que não é bom trabalhar com pessoas que você não gosta, mas...

– Eu não a suporto mãe!

– É eu sei, mas...

– Mãe...

– Será que você pode deixar eu terminar de falar, Rose Weasley?

– Desculpe, mas... o grande problema não é ela estar trabalhando comigo, eu não suporto aquele ser, mas eu ainda posso aguentar.

– Então o que é? – Minha mãe disse, acho que um pouco irritada por ter sido interrompida.

– Mãe, eu, não sei direito, mas eu tenho a impressão de que ela não voltou simplesmente por que cansou de viajar. Não sei, mãe, mas eu acho, e não sei por que acho isso, talvez seja só paranoia, mas acho que tem alguma coisa a ver com a Claire.

A ruivinha, sentada em cima da mesa, virou a cabeça para mim e sorriu ao ouvir o seu nome.

– Por que, Rose? Ela disse alguma coisa?

– Não. Ela citou a Claire algumas vezes, mas não é nem por isso. – Suspirei. – No dia que ela começou a trabalhar no Ministério ela foi até lá em casa, conseguiu o endereço no Ministério não sei como, e ela olhou de um jeito tão estranho para a Claire quando a viu. E tive uma sensação tão estranha quando ela falou da Claire mais cedo naquele dia, ainda no trabalho.

Mamãe ouviu tudo com a testa ligeiramente franzida e o olhar meio vago, uma típica cara de concentração de Hermione Jean Granger Weasley.

– Hum... olhou de um jeito estranho como, Rose?

– Não sei, eu realmente não consegui identificar o que significava.

– Talvez não seja nada, Rose. Talvez seja só impressão sua por que você realmente não gosta dela.

– Ah, Mãe! Você realmente acha isso? – Perguntei meio incrédula.

– Fala, Rose! – Hugo disse entrando na cozinha quando minha mãe abria a boca para responder. – E você, Elise! – Falou pegando minha filha no colo e a jogando para o alto.

– Para com isso agora! – Mamãe e eu exclamamos ao mesmo tempo.

– São duas chatas, não são, Lise?

– Eu concordo. – Meu pai disse vindo da porta dos fundos.

– Onde é que você estava, Ronald? Achei que íamos nos encontrar no Ministério!
– O idiota do meu chefe convocou uma reunião de ultima hora.

– Ah, a Gina foi viajar para cobrir aquele tal jogo não sei onde, não foi?

– Aquele tal jogo não sei onde... Bloody hell, Hermione! É só a final do... Ah! Deixa para lá! É, ela foi cobrir aquele tal jogo não sei onde, e ai o Harry fica carente e resolve que todo o Departamento tem que ficar fazendo companhia para ele. Só por que um cara estava planejando um ataque contra uma família de trouxas ele decide fazer uma reunião.

– Ah é! Nada demais, não é como se fosse problema dos aurores, não é? – Mamãe revirou os olhos. – Estou com dó do James, do Al e da Lily.

– Por quê?

– Imagina comer a comida do Harry por uma semana!

Passamos um bom tempo conversando na cozinha enquanto ajudávamos mamãe a fazer a janta, Scorpius chegou quando já estava quase tudo pronto.

– Depois que te chamo de folgado você reclama. – Disse quando ele pôs os pés na cozinha.

– Está chovendo, a não ser que você quisesse que eu viesse pingando lama eu tive que parar para um banho.

– Espero que não tenha lama em nenhuma parte da casa! Para seu próprio bem, doninha!

– Se eu fosse você voltava para casa agora e limpava tudo, Scorpius. – Hugo disse rindo.

– Você já saiu do treino? – Papai disse quando voltou à cozinha. Ele tinha ido trocar de roupa no quarto.

– Já.

– E como o Chudley Cannon’s vai ganhar o campeonato esse ano se vocês não estão treinando?

– Por Merlin, Ronald! De novo? Você quer que passem vinte e quatro horas treinando?

– Talvez se fizessem isso o apanhador deles não perdesse o maldito pomo naquele jogo!

Olhei para Scorpius e nós dois seguramos o riso. Meu pai podia perdoar Scorpius por ter casado comigo, por ter tirado a “Rosinha” dele, por ter me engravidado, mas papai nunca perdoaria Scorpius por ter perdido o pomo no campeonato passado.


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