A História Sempre Se Repete - 2ª Temporada escrita por EvansPotter


Capítulo 36
Cansaço


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeey amores!!!
Nada para falar aqui a não ser informar para vcs que ainda não sei que final vou usar :)



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P.O.V. Scorpius

– Ele ainda está com febre. – Rose disse em voz baixa, sentada na beirada da cama de Matt.

– Você vai levar ele para o hospital?

– Não. Não agora, pelo menos. – Ela suspirou, se levantou devagar e caminhou para fora do quarto, passando por mim no batente da porta.

Rose foi até nosso quarto e se largou na cama, fechando os olhos, cansada. Eu me sentei na poltrona, a observando quieto.

– Preciso ir até a casa dos meus pais. Tentar entender como ela conseguiu escapar.

Ela tinha acabado de se levantar quando Claire entrou no quarto e perguntou:

– Você descobriu quem era aquela sua amiga, mamãe?

– Sim, mas ela não é minha amiga, Clar. Se você vir ela outra vez tem que me falar na hora, ok?

– Tudo bem. Quem é ela?

Rose abriu a boca e fechou novamente, logo em seguida, olhou para mim por alguns segundos e depois se virou para Claire, a chamando para se sentar do lado dela na cama.

– Ela é Emily Parkinson, Claire.

A ruivinha abriu a boca e se virou para mim.

– Aquela que eu te perguntei na sexta, papai?

– Ela mesma, ruivinha.

– E... quem é ela?

– Claire, você só tem que saber que não pode se...

– Rose. – A interrompi fazendo ela se virar para mim. – Ela vai descobrir logo.

– Não!

– Vai sim, Rose! Ela vai aparecer e você sabe disso. É melhor a Claire saber.

– Scorpius...

– Claire, quando você fez um ano...

– Scorpius, para!

– Não! Rose, eu vou falar. Ou prefere que ela saiba pela Emily?

– Ela não vai saber pela Emily, porque nem ela nem o Matt vão chegar perto dela!

– Quer mesmo arriscar, Rose?

Ela ficou quieta, mas se levantou bruscamente, me encarando. Claire corria os olhos de mim para Rose, tentando entender do que estávamos falando. A ruiva passou quase um minuto me encarando fixamente até que se sentou outra vez e continuou sem falar nada.

– Claire, quando você fez um ano – Continuei me virando para ela. – Você... bem, você passou duas semanas longe de gente.

– Por quê?

– Essa Emily Parkinson levou você para longe de nós. Ela roubou você, ruivinha.

– Por quê? – Ela perguntou de novo, arregalando os olhos.

Ok. Essa parte é mais difícil de responder.

– Ela não gostava de mim. – Rose respondeu antes de mim e ainda me encarando.

– Por quê?

– Nós brigávamos bastante na escola.

– Por quê?

– Não gostava da voz dela, Clar. Você ouviu como a voz dela é chata.

Claire riu e concordou com a cabeça.

– E o que aconteceu com ela?

– Depois que achamos você com ela, ela foi para Azkaban. – Respondi.

– E agora ela saiu de lá?

– É.

– Mas vocês não vão deixar ela me levar embora outra vez, não é? – Ela perguntou meio assustada e aumentando um pouco a voz.

– É claro que não, ruivinha!

Ela se levantou da cama, deu um beijo em Rose e um em mim e caminhou para fora do quarto. Já estava na porta quando se virou e perguntou ainda meio assustada:

– Não vão deixar ela levar o Matt também, né?

– Não, Claire. – Rose respondeu sorrindo. – E você é irmã mais velha, vai ajudar a gente a cuidar dele, não vai?

– Vou! – Claire sorriu também e saiu correndo.

Rose ficou alguns segundos olhando para a porta e sorrindo, até que finalmente se virou para mim e o sorriso despareceu instantaneamente do rosto dela. Me levantei, fechei a porta e sentei do lado dela na cama.

– Estou tão cansada de brigar com você. – Rose disse em voz baixa e fechando demoradamente os olhos.

– Então não brigue. – Falei sorrindo.

Ela abriu os olhos e me lançou aquele olhar irritado dela, típico de quando alguém a interrompe quando ela está concentrada. Sorri ainda mais e me aproximei um pouco mais dela e a dei um beijo demorado, que, felizmente, ela correspondeu.

– Eu vou passar na casa dos meus pais antes de ir para o trabalho. – Ela falou se levantando rápido depois de se separar de mim.

– Eu vou com você.

Em menos de uma hora já estávamos todos prontos para sair. Matt estava meio dormindo, meio acordado no colo de Rose, que entrou com certa dificuldade na lareira e desapareceu com ele em meio às chamas verdes.

– Achei que nós íamos para A Toca, papai. – Claire disse quando Rose e Matt sumiram.

– Nós vamos deixar vocês lá depois. Só temos que falar com seus avós antes.

– Ah... vão falar da Emily?

– É.

– Papai?

– Oi?

– Eu... eu acho que eu estou com medo dela.

Me abaixei na frente de Claire e a segurei levemente pelos braços.

– Não precisa, ok, ruivinha? A gente não vai deixar ela machucar você nem o Matt, ou levar vocês embora, ou... ou qualquer outra coisa.

Ela balançou a cabeça e me deu a mão quando me levantei, me puxando em direção à lareira. Alguns segundos depois aparecemos na sala dos Weasleys. Claire correu para falar com os avós e depois se sentou do lado de Rose no sofá.

A ruiva já estava na metade da história sobre a Parkinson quando me sentei em uma cadeira grande do lado da lareira.

– Tem certeza de que é ela, Rosinha?

– Tenho, pai. – Rose respondeu firmemente, acariciando o cabelo do Matthew, que estava deitado no sofá com a cabeça sobre as pernas dela.

– Mas... mas ela não pode ter fugido! Ninguém foge de lá há anos! E... e ela morreu lá, não é? Tem uns dois ou três anos!

– Ron, não seria a primeira vez que alguém falsifica a própria morte para sair de lá. – Hermione disse depois de passar algum tempo com o olhar desfocado. – Pansy Parkinson morreu mais ou menos na mesma época, também...

– Hermione! Você está pensando nos Crounch? Não. Não tem como. Dementadores não enxergam, então não viram quem estavam enterrando, mas os bruxos que guardam Azkaban agora enxergam muito bem.

– É... tem razão. – Ela disse vagamente. – Mas mesmo assim é estranho...

– Acho que quando eu chegar no hospital vou tentar achar algum documento sobre a morte da Pansy.

– E eu vou procurar sobre a Emily. Deve ter alguma coisa sobre a morte dela no Ministério. – A Sra. Weasley falou.

– Eu... bom... vou dar uma passada em Azkaban. – O Sr. Weasley disse e balançou a cabeça. – Eu queria lançar uns avisos sobre ela. Mas como ela supostamente morreu não posso fazer isso, então...

– Precisamos de alguma prova de que ela esta viva. Qualquer coisa. – Hermione disse mais para ela do que para qualquer um de nós.

– Vou para o St. Mungus logo. – Rose disse, erguendo Matt e se levantando. – Já faltei ontem. Melhor não me atrasar para poder procurar documentos sobre a Parkinson. Merlin! Devem ter pilhas e pilhas de papeis só do ano que ela morreu!

– Pede ajuda para meu pai. – Falei. – Ele deve ter um jeito de achar tudo isso mais fácil.

– Ele vai estar lá hoje? – Rose perguntou, mas sem olhar para mim, encarando o tapete.

– Acho que sim.

– Ok. Vou passar na sala dele. Você leva as crianças para A Toca?

– Levo.

Ela deu um beijo na cabeça de Matt, que tinha dormido no sofá, abraçou Claire, se despediu dos pais e me deu um breve “tchau” antes de caminhar em direção à lareira.

– Rose – A sra.Weasley chamou quando Rose já tinha pego pó de flu da caixinha no console da lareira. – Vai ficar tudo bem, ok?

Rose concordou com a cabeça e deu um sorriso fraco.

– Em relação a tudo. – Hermione completou e lançou um olhar rápido na minha direção.


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