O Reino de Onigiri escrita por Shadow_Yume


Capítulo 8
Reunião




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“Hm?” Kagura coloca a cabeça para fora.

 

“Atrás da Hime-sama” Gritam alguns guardas, Kagura apressadamente sai do palácio, escondida no outro corredor, Kisa volta a andar pelos corredores do palácio.

 

“Essa princesa não sabe de nada...”.

 

Do lado de fora.

 

“Agora era uma boa hora pra aquele garoto passar pro nosso lado.” Comenta Yuki correndo pro jardim.

 

“Se o soltarmos ele não volta” Diz Momiji

 

Tohru corre para dentro do bosque que ficava na parte de trás do palácio, próximo ao jardim, ignorando os galhos à frente ela continua a correr, para quando tropeça em uma raiz e cai sujando a roupa de lama.

 

“E-eu não acabei...” Diz se levantando e voltando a correr, prendendo a manga em um galho pontudo e se arranhando, ela rapidamente passa a mão pelo corte e continua a correr.

 

“Eu n-não posso continuar as-ssim”.

 

E vai cambaleando bosque adentro, novamente se machucando nos galhos e pisando nas poças.

 

Dentro do palácio, Hanajima olhava seriamente para algum ponto na paisagem da janela, Uotani a observava há algum tempo, mas não descobrira onde Hanajima se concentrava.

 

“Cemitério” Diz Hanajima de repente, Uo ergue a sobrancelha.

 

“A Hime-sama está indo para o cemitério”.

 

“E onde está o Oni? Ele já foi?”

 

“Lembre-se, ele não é capaz de senti-la”.

 

“Então tente senti-lo para saber se ele não está no palácio”.

 

“Não sou capaz de fazer isso”.

 

“K’so...”

 

Tohru para ao lado de uma arvore, e olha para os braços arranhados, a roupa suja e rasgada.

 

“O meu novo visual... não vai ser aprovado pela corte” Diz abrindo um sorriso e deslizando até sentar no chão.

 

“Eu tenho que reunir... os guardiões... eu quero ser forte...” E volta a cambalear, até que para quando a vista uma grade enferrujada que dava para o cemitério, ela passa por baixo da grade onde faltavam dois canos.

 

“Eu... sou tão deprimente... né? Otossan... Eu não consigo reunir os gu-ardiões...” – E começa a chorar “Mas eu-não quero... Não quero ficar olhando, não quero me sentir inútil de novo... Eu preciso de ajuda...” – E olha para a entrada do cemitério, seus olhos se perdem em um brilho dourado, alguém com os olhos brilhantes, escondido dentro de um manta, rapidamente some, Tohru volta a olhar a lápide.

 

“Você estava certa... Hana-chan... Kyo... Sumimasen...”.

 

“Hime-sama!”

 

Tohru levanta a cabeça.

 

“Kisa-san, eu tenho que... faze-la rir... né?

 

“O que aconteceu Hime-sama? Por que está assim?” Pergunta Yuki.

 

“Yu...Ki” E o abraça “Eu não quero...fugir mais... Nunca mais, eu quero me sentir tão inútil, eu vou continuar a minha missão e depois, se até lá a minha mãe não tiver voltado, eu vou atrás dela”.


“Vamos voltar, Hime-sama?”

 

“Hai” E o solta. “Gomen, Yuki”.

 

“Deixa pra lá... mas... não fuja assim de novo, por favor.”

 

“Hai...”.

 

De volta ao palácio.

 

“Hime-sama!” Grita um velho ancião.

 

“Sumimasen!Sumimasen!Sumimasen!”

 

Os guardiões estavam em frente à porta, até mesmo Kisa e Hiro.

 

“Pra mim uma princesa não deveria se desculpar” Diz Kisa para si mesma.

 

“Nada nela lembra uma princesa.” Cometa Hiro.

 

“Hnm”

 

“Kisa-san, nosso trabalho ainda não acabou não é?” Pergunta sorrindo um pouco.

 

“Hime-san, acho que deveria trocar de roupa não?”

 

“Hai, pode ficar no meu quarto, Hiro-chan, por favor, fique com os guardiões, ah... eu quero falar com o Kyo”.

 

“Ele ta lá em cima.” Diz Haru.

 

“Obrigada, Hatsuharu” E sobe.

 

Em um dos quartos.

 

“Kyo?” Tohru entra devagar no quarto.

 

“Ah, o qu- por onde diabos você andou?”

 

“Hm, ah, eu estava passeando”. Diz dando um sorriso sem graça

 

“Ta... e o que você quer?”

 

“Agradecer”

 

“Bobagem.”

 

“Não é, as suas palavras ficaram engasgadas, eu não consegui aceita-las muito bem, na hora, por isso eu corri, gomen...” Diz se curvando um pouco.

 

“... você nem parece uma princesa... pede desculpas, convence os outros ao invés de simplesmente dar ordens... é bem diferente do que tinha imaginado...”

 

Do que eu tinha imaginado?” Tohru da um tímido sorriso “K-kyo...kun...anou... Eu vou aprender o feitiço!E também vou ser forte”

 

“É bom mesmo. Mas não pense que vai conseguir me trancar de volta naquele buraco sem uma luta.”

 

“Do que você está falando? Eu não vou trancá-lo de volta”.

 

“Acho bom mesmo. E trate de aprender logo o feitiço.” Diz Kyo virando o rosto.

 

“Hai!, A gente se fala mais tarde ainda tenho que fazer a Kisa-san rir, mas... você conhece alguma boa piada?”

 

“...”

 

“Acho que isso é um não...” Diz com uma gota sobre a cabeça. “De qualquer forma, obrigada de novo”.

 

“...disponha...” Diz baixinho.

 

“Já nee” E sai do cômodo.

 

Lá em baixo.

 

“Alguém percebeu que daqui a pouco será hora do jantar?” Pergunta Haru embora não esperasse uma resposta.

 

“Eu to com fome” Diz Momiji

 

“Vocês acham que ela vai conseguir?” Pergunta Kagura

 

“Talvez sim, talvez não.” Diz Haru.

 

“Eu esperava uma resposta mais concreta” Diz com uma gota na cabeça.

 

”Eu acho que sim, ela é a princesa, né?” Diz Momiji

 

“Mas aquela garota parecia não gostar dela.” Diz Yuki.

 

“Certamente que não, ela foi forçada a vir”.

 

“Não digo isso, parecia ser algo mais... profundo...”

 

“O que será, será. Não adianta quebrar a cabeça à toa.” Diz Haru.

 

“... tem razão...” Diz Yuki.

 

“Só podemos esperar” Diz Kagura

 

“Ei parem de resmungar aí, e vejam se o jantar já vai ser servido” Diz Momiji

 

“Não tem nada melhor pra fazer mesmo.” Diz Haru andando.

 

No quarto, Tohru e Kisa jogavam vídeo-game.

 

“Ganhei!” Diz Tohru pulando.

 

“Você já deve ter jogado isso mais de cinco vezes” Resmunga Kisa.

 

“Não seja má perdedora”.

 

“Não ia me fazer rir?”

 

“Eu to tentando”

 

“Você está usando a ajuda do vídeo-game, não vale”.

 

É O QUE???!!!” Berra Tohru.

 

“...Alguma coisa errada?” Ouve-se a voz de Haru do outro lado da porta. Tohru sai do quarto quase se rastejando.

 

“Eu desisto...”

 

“Não pode desistir.”

 

“Mas eu vou” E se vira e bate com a cara na parede.

 

“Pf... ahhahahah” Kisa começa a rolar com o controle na mão.

 

“... tai.” Diz Haru.

 

“Aii” Diz Tohru com a mão na testa, Kisa rapidamente se recompôs.

 

“Isso não valeu”.

 

“A regra era você rir com algo que ela fizesse certo? Isso é válido.” Diz Haru.

 

“Não, não, não”.

 

“Valeu”.

 

“Nem pensar” Diz já saindo faísca das mãos.

 

“Você que deu a idéia”. Diz Tohru.

 

”Eu mudei de idéia”.

 

“Por que... você está tão triste?”

 

“T-triste?” Repete Kisa recuando um pouco.

 

“Você está triste, e está com raiva porque você riu, porque eu te fiz rir”.

 

“Pare com isso!”

 

“Por quanto tempo, você esteve sozinha?”

 

“Pare de fingir que se importa”.

 

“Eu me importo, Kisa-chan”.

 

“Não, não, vai embora, fique longe”.

 

Tohru abraça a garota.

 

“Você não está sozinha, tem amigos, está tudo bem”.

 

Por quanto tempo, eu esperei que alguém dissesse isso? Por quanto tempo, esperei alguém passar por aquela porta e deixar eu e o Hiro-chan felizes?”. Kisa a abraça de volta chorando.

 

Haru sorri.

 

“Eu... chamo o garoto?”

 

“Hai” Diz Tohru.

 

“Por quê? Porque uma pessoa como você sabe o que eu sinto?”

 

“Está tão claro, e eu sei como é esperar por um abraço, por alguém que te proteja, e alguém que diga que está tudo bem, mas Kisa-chan é forte”.

 

“Você também, estava sorrindo há pouco tempo”.

 

“Mas eu só pude fazer isso há pouco”.

 

“Foi por causa da foto?”

 

“Hai... Minha mãe viajou há bastante tempo e todo esse tempo eu esperei por alguém assim, demo...”

 

E só por isso você vai fugir? Ou está esperando que alguém passe a mão na sua cabeça e diga que está tudo bem. Você é a princesa não é? É o seu trabalho, ninguém pode fazê-lo por você. Se existe uma barreira em seu caminho não é vergonha se apoiar nos outros, o maximo que pode acontecer é você falhar. O mais vergonhoso é se dar por vencido sem nem ao menos tentar!”


“Eu aprendi de uma outra forma, acho que foi da mais difícil”.

 

“Difícil?”

 

“Descobrir que temos que continuar, em frente”.

 

Kisa se afasta um pouco dela.

 

“Eu ainda não aceito você ter me feito rir, mas você é mais problemática do que eu, e ficando aqui eu e o Hiro-chan teremos um lugar melhor pra dormir”.

 

“Então você-“

 

“Eu aceito, vou proteger você, mas não espere que eu me empenhe tanto”.

 

“Hai!”

 

“Hime-sama, Kisa-donno, o jantar está pronto.” Diz Shigure se aproximando das duas.

 

“Hnm, melhor que tenha algo gostoso” Diz Kisa

 

Kyo-kun, arigatou”.


“Vamos, vamos. Ou Momiji-donno vai comer tudo.” Diz Shigure.

 

“AH! Eu é que vou comer tudo” Diz Kisa começando a correr, mas volta e puxa Tohru. “Anda logo, eu não sei onde fica”.

 

“Ei, esperem por mim!”

 

Na sala de jantar.

 

“Ué, a Tohru-chan conseguiu” Diz Momiji sorrindo.

 

“Uau, nunca vi tanta comida” Diz Kisa com os olhos brilhando.

 

Hiro estava um pouco mau-humorado.

 

“Chamaram o Kyo também.” Diz Haru ao avistar o oni na mesa.

 

“Então a Tohru-sama conseguiu fazê-la rir”

 

“É, foi sorte” Diz Tohru dando um sorriso sem graça.

 

“Não pense que eu vou trata-la por ‘sama’ ”. Diz Kisa mal humorada.

 

“Como queira, Kisa-chan”.

 

“Nhá, e eu não posso tratá-la como Tohru-chan” Diz Momiji chorando.

 

“É claro que não, é a princesa” Diz Kagura

 

“Mas o Kyo trata ela de forma bem informal e não é punido” Diz Momiji.

 

“Punir ele é um pouco mais complicado, então não reclame.” Diz Yuki.

 

“Mas o caso dele é diferente”

 

“Kisa-chan, o que está achando?” Pergunta Tohru

 

“É muito bom” Diz Kisa

 

“E você Hiro?”

 

“O que?”

 

“O que está achando da comida”

 

“...tá boa...”

 

Tohru apenas da um sorriso.

 

“Amanhã, vamos fazer uma disputa de vídeo-game”.

 

“Que droga é essa?” Pergunta Kyo.

 

“Ta, nem eu que não tinha vídeo-game, sei o que é isso” Diz Kisa

 

“Eu quero jogos de corrida” Diz Momiji

 

“Eu quero de luta” Diz Kagura

 

“Tem luta?” Pergunta Kyo já se animando.

 

“É só um jogo.” Diz Yuki.

 

“Pô... jogo é coisa de criança.” Reclama Kyo.

 

“Aposto que no final, o Kyo vai adorar” Diz Tohru

 

“E também o primeiro a se estressar” Diz Kagura

 

“Ele vai acabar quebrando o vídeo game.” Diz Yuki.

 

“Calem a boca!” Berra Kyo.

 

“Vamos jogar, vamos” Diz Momiji cantando.

 

“Hiro também vai querer jogar?” Pergunta Tohru

 

“É, que seja...” Resmunga Hiro.

 

“Mas... eu não sei jogar” Diz Kisa

 

“Hoje teremos aulas especiais para quem não sabe jogar” Diz Tohru

 

“Que tipo de jogo a senhorita tem?” Pergunta Yuki.

 

“Hm...Todos”

 

“T-t-t-todos??” Berra Momiji se levantando bruscamente, Tohru concorda com a cabeça.

 

“Tohru-san é mesmo incrível” Diz voltando a se sentar.

 

Ser rico é mesmo outra coisa...” Pensa Hiro.

 

“Mas eu quase nunca os completei”.

 

“Por quê?” Pergunta Kisa

 

“Aposto que é falta de tempo” Diz Kagura

 

“Sim... é como se você tivesse um boneco velho e aí te dessem um novo, você esquece o velho pra brincar com o novo”.

 

“Kisa-chan.” Sussurra Hiro.

 

“Hm...” Kisa se vira pra Hiro.

 

“O que essa garota fez pra você rir?”

 

“Ela... bateu com a cabeça na parede, e fez uma cara muito engraçada” E segura a risada só de lembrar.

 

“... só você pra rir dessas coisas.”

 

“Foi mesmo muito engraçado Hiro-chan, você tinha que vê-la”.

 

“Imagino... mas, promessa é promessa, né?”

 

“Hai, e também... Ela é muito boa”.

 

“Isso não me interessa. Eu não estou aqui por ela.”

 

“Mas também é nosso dever”.

 

“Se você quiser, pode protegê-la. Mas eu vou te proteger.”

 

“Obrigada, Hiro-chan”.

 

Eu não vou falhar outra vez...”


“Hime-sama.” Chama Shigure.

 

“Hm” Ela se levanta rapidamente “O que foi?”

 

“Tem alguém querendo falar com você.”

 

“Hai, com licença” Ela diz saindo do cômodo.

 

“Não é melhor irmos junto?” Pergunta Momiji

 

“Não é ninguém perigoso, isso eu garanto.” Afirma Shigure.

 

“Hm...Tão ta” Diz Momiji voltando a devorar a comida.

 

Em algum outro lugar.

 

“Me desculpe por interrompe-la, Hime-sama.” Diz Akito se levantando.

 

“D-de forma alguma...O-o que foi?”.

 

“Eu gostaria de... compreender algumas coisas. Assuntos delicados, entende?”

 

“H-hai”. “Já vi que vai demorar...”.


Akito se senta novamente.

 

“Eu vou ser direto ao assunto, quero saber por que permitiu que aquela criatura fosse solta.”

 

Tohru que até a pouco estava simplesmente entediada, já que odiava esses assuntos, se irritou com a forma que Akito se referiu a Kyo.

 

“Ele não é uma criatura” Disse já alterada

 

“Eh... e não somos nós todos?” Pergunta Akito com seu sorrisinho. Embora sua intenção fosse apenas a de acalmar Tohru.

 

“...Kyo vai me ajudar a achar os outros guardiões”.

 

“Kyo?”

 

“É o apelido”.

 

“Ah, entendo... agora tem até apelido.”

 

“Dispenso os comentários, eu já disse por que o soltei, algo mais?”.

 

“Compreendo que pode controlá-lo. E compreendo que os guardiões podem cuidar dele, mas... tem absoluta certeza de que consegue cuidar disso sozinha?”

 

“Eu tenho certeza absoluta, e eu nunca estou sozinha sr”.

 

“Entendo... então tem tudo sob controle.”

 

“É, eu tenho tudo, o que me leva a perguntar, está preocupado se o Kyo vai ser uma ameaça?”.

 

“Estou preocupado com sua segurança Hime-sama. Eu fiquei sabendo que teve alguns problemas com alguns dos guardiões.”

 

“Sim, mas já está sob controle, falta só mais um pouco, e além do mais eu não entendo porque reunir todos e os afastar de suas vidas”.

 

“É só por algum tempo. Quando essa crise acabar, todos poderão voltar a suas vidas normais.”

 

“Sei...Ah...O único motivo pelo qual me chamou, foi esse?”.

 

“Existe um outro assunto que está me incomodando... você chamou esse... Kyo, para ajuda-la. Mas como o convenceu?”

 

“...Não muito, disse que se me ajudasse ele poderia ver a luz, pegar um pouco de ar, mas que no final ele será preso novamente, você sabe, eu não vou me arriscar”.

 

“Eh? Não parece muito o seu gênero, Hime.”

 

“Sr. Não me subestime, ele matou meu pai e quase trousse a falência de meu reino, não posso ser boazinha nesse caso”.

 

“Eu compreendo, mas deixemos o passado para trás. Eu vejo que a senhorita amadureceu bastante.” E se levanta. “Eu peço desculpas por ter tomado seu tempo, vejo que me preocupei demais.”

 

“Certamente que sim, mas eu agradeço a preocupação”.

 

“Não tomarei mais seu tempo, Hime. Boa noite.” E se retira.

 

De fato, você amadureceu, Hime. E ficou mais forte também... eu não posso ficar para trás. Vou ter que tomar medidas mais energéticas...” Pensa Akito enquanto caminha pelos corredores.

 

“Eu o acompanho.” Diz Shigure se juntando a Akito.

 

“Não será necessário... eu conheço bem o lugar.”

 

Shigure faz uma reverência e se afasta. Akito segue para a entrada.

 

“Maldito...” Resmunga Tohru batendo a porta com bastante força e indo para um dos quartos, onde abre a porta com violência.

 

“Posso saber por que recebi um interrogatório?”.

 

Uo e Hana ficam apenas olhando para a princesa.

 

“Hime-sama, com todo o respeito, mas é necessário” Diz Uotani

 

“Não faz sentido, tomei essa decisão há dias atrás!”

 

“Hime-sama, liberar o oni não é a melhor atitude...” Diz Uo

 

“Não quero saber, ele vai me ajudar...ele prometeu”.

 

“Hime-sama, nós apenas ficamos preocupados...é um Oni”.

 

“Ok, muito obrigada, eu já entendi, durmam bem” Diz saindo do quarto e indo para alguma sala.

 

“Porque eles fazem isso...?” Pergunta olhando para o nada.

 

“Fazem o que?” Pergunta Kyo de trás de Tohru.

 

“Ah!...Insistem em me perguntar milhares de coisas, agora mesmo, ainda me perguntam porque o soltei...Kyo...vai me ajudar não é?...Eu preciso de ajuda...Eu não sou forte...não vou conseguir sozinha” Diz com as mãos cobrindo o rosto e se odiando pela situação.

 

“...Se lembra do que eu disse? Que não é vergonha se apoiar nos outros quando for preciso.” Ele fica de frente a ela. “Que se você falhar, pode se levantar novamente.” Ele segura os pulsos dela. “Que o pior é você não tentar.” Ele afasta as mãos do rosto dela. “Eu já disse isso antes, eu vou te ajudar.”

 

“Mas...eu tenho medo de falhar...eu quero conseguir, mas eu não sei...não sei como”.

 

“Pra saber isso, você precisa tentar. Não ponha tanto peso nos seus ombros... eu acho que é pra isso que existem os guardiões... e... pode contar comigo também...”

 

“Kyo...obrigada...obrigada por estar ao meu lado...” E o abraça “E por dizer...a verdade”.

 

Kyo fica sem reação.

 

“Nha, Tohru e o Kyon, até que ficam bem” Diz Momiji encostado no portal.

 

“Ela ficou bem próxima dele, não?” Comenta Haru.

 

“Ora calem a boca!” Berra Kyo afastando Tohru.

 

“Ahn...Já que terminaram de jantar é melhor voltarem para seus quartos, não é necessário que fiquem acordados”. Diz Tohru tentando não perder a calma.

 

“É melhor mesmo, boa noite, Tohru-hime, Kyo.” Diz Haru se curvando.

 

“Boa noite” Diz Tohru meio sem graça.

 

“Tohru, Tohru, eu posso dormir com você?”

 

Tohru fica olhando pasma para o menino

 

“O...que...você...disse...?”

 

“Se eu posso dormir com você”.

 

“...”

 

“Prefere com o Kyon?”

 

“AH! BOA NOITE” E rapidamente Tohru some do cômodo.

 

Haru e Kyo dão uma porrada cada em Momiji.

 

“Não seja inconveniente.” Diz Haru. “Não fale besteiras!” Berra Kyo.

 

“NHAAA Kyon e Haru me bateram!” Diz chorando.

 

“Deixa de cena.” Diz Haru levando Momiji.

 

“O que vamos fazer? Hein? Hein?”.

 

“Sei que pode pensar em alguma coisa.”

 

Continua...


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