O Reino de Onigiri escrita por Shadow_Yume


Capítulo 10
Sombra de dúvida.




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“O que pensa que estava fazendo?” Pergunta Ayame alterado, Rin se curva diante dele com uma expressão nada satisfeita.

 

“...Eu não consegui evitar...”

 

“Eu já contatei Shigure, só precisamos esperar pelo Akito-sama...e saber o que fazer”.

 

“Não é melhor eu voltar?”

 

“É melhor você não fazer nada, vamos aguardar, Isuzu.”

 

“H-hai”.

 

“Não há motivo para se apressar Isuzu.” Diz Akito entrando na sala.

 

“Akito-sama.” Dizem os dois

 

“Eu sinto muito, não queria ter me apressado tanto.” Diz Rin

 

“Você sabe que o que fez pode por em cheque tudo que estivemos fazendo até então?” Ele pergunta calmamente. “Sabe que não deveria ter ido até lá.”

 

“...Eu faço qualquer coisa para mudar a situação”.

 

“Não volte mais lá, isso deve dar um jeito nas coisas. Não... melhor ainda, volte pra lá.”

 

“V-voltar, senhor isso é correto?” Pergunta Ayame

 

“Se ela apareceu por lá é porque ela é uma guardiã, não? O que vão pensar se ela desaparecer de repente?”

 

“Está certo...”

 

“Eu sinto, vou fazer o possível” Diz Rin.

 

“Você vai, eu sei disso.” Diz Akito.

 

“Quer...que eu volte pra lá...mais tarde?”

 

“Você vai voltar agora. Mas antes, um aviso: Não fique muito amiguinha deles, porque não vai durar mesmo.”

 

“Sim senhor” Diz sem concordar muito, mas sabendo que não poderia contrariá-lo, ignorou.

 

“Some daqui.” Diz Akito balançando a mão.

 

“Hai” E rapidamente desaparece

 

“Eu sinto muito Akito-sama, eu não sabia que ela iria desobedece-lo”.

 

“Pessoas como ela são imprevisíveis, não havia como saber mesmo. Shigure ira mantê-la na linha então não há nada para se preocupar.”

 

Ouve-se uma batida na porta.

 

“Entra.” Diz Akito.

 

A porta se abre e Hatori entra com algo embrulhado em trapos em suas mãos.

 

“Vejo que fez o que pedi sem problemas.”

 

“Desculpe minha demora, mas tive que despistar os guardas.” Diz Hatori que estava visivelmente cansado.

 

Akito apenas estende uma mão. Hatori entrega o objeto á Akito que tira os trapos revelando uma bela espada com o punhal azul-celeste e inscrições douradas na lamina.

 

“Eu cumpri minha parte do acordo.” Diz Hatori.

 

“Paciência Hatori, tudo a seu devido tempo.”

 

“Hm...Com sua licença” E se afasta sorrindo.

 

De volta ao palácio, Haru estava no quarto que fora brevemente ocupado por Rin.

 

Eu devo estar ficando realmente cansado...”


Em um quarto, Momiji e Kagura jogavam cartas, não muito animados.

 

“É tudo tão estranho não é?” Pergunta Kagura baixando as cartas e as guardando no bolo, Momiji joga as dele sobre a mesa.

 

“Eu esperava ver uma boa relação entre Hime-sama e Ojou-sama, não aquela confusão...” Diz Momiji

 

“Porque elas brigaram mesmo?” Pergunta Kagura

 

“Ah...era porque o Kyo tava solto”.

 

“Nunca fomos mesmo muito de acordo...”.

 

“Você quer que o prendam?”

 

“Faz diferença?”

 

“Eu apoio os pensamentos da princesa”.

 

“Como queira”.

 

Em um dos salões, Ritsu entrava acompanhado de Rin, os dois se ajoelham diante Kyoko que se levanta.

 

“Então é a guardiã que falaram”.

 

“A sua disposição”.

 

“Isuzu, o cavalo?”

 

“Hai.”

 

“Porque não estava mais cedo no palácio?”

 

“Tive que retornar para casa”.

 

“Algum problema?”

 

“Meus pais”.

 

“Ah, eles estão bem?”

 

“Agora sim, agradeço”.

 

“Não é nada, Ritsu, a acompanhe, por hora terminamos.”

 

“Hai” Dizem os dois saindo do salão.

 

No corredor, ambos cruzam com Kyo.

 

Ué, ela não tinha ido embora?” Pensa o demônio.

 

“Melhor levá-la para o seu quarto”.

 

“Ritsu...”

 

“Sim? Ah meu deus, eu estou a amolando novamente, gomenasai!Desculpe por minha presença tomar o seu tempo! GOMENASAI!!” E começa a gritar pelos corredores.

 

“...Eu não disse nada disso”.

 

“Mesmo?”

 

“Não precisa se desculpar... podemos ir pro quarto”.

 

“Agora eu entendo... minha presença é tão ruim que quer logo ficar longe de mim, eu não mereço viver GOMENASAAAAI”.

 

“Não é nada disso!”

 

“Agora você está brava, eu sou mesmo um ser insignificante, que a fez se irritar com a minha mera presença, eu apenas incomodo as p-” Ritsu percebe que falava sozinho.

 

“Deus, como ele fala” E entra no quarto.

 

“Rin? Onde esteve?” Pergunta Haru se levantando.

 

“Estava terminando de ajeitar as minhas coisas, eu não podia deixar a casa abandonada, mas agora eu voltei, e poderei estar ao lado da Hime e do seu lado”.

 

“Entendo. Mas pelo menos me avise quando for sair.”

 

“Me desculpe, você parece abatido” E passa a mão no rosto dele “Está tudo bem?”

 

“Por um momento eu pensei que tivesse perdido você de novo.” Ele diz pegando a mão dela e a beijando.

 

Ritsu entra no quarto.

 

“Isu-AH!GOMENASAAAAI.”

 

“Que?... Porra Ritsu...” Resmunga Haru.

 

“Ritsu...”

 

“Eu não deveria ter entrado, eu bati na porta, mas eu sou muito fraco, e por isso não ouviram, eu sinto muito!”.

 

“É, você é realmente fraco. E só de ver sua cara me dá nos nervos.” Diz Haru com um sorriso sinistro.

 

Ritsu engole em seco e Rin dava um logo suspiro

 

“Não ta vendo que ta atrapalhando não?” Pergunta agarrando Ritsu pela blusa. “Some daqui traste.”

 

“Sumimasen” Diz chorando e rapidamente saindo do quarto.

 

“Haru, você não exagerou?”

 

“Intrometidos como esse são uma praga mesmo... eu ainda fui gentil com ele.”

 

“...Ele é estranho...”

 

“Onde nós estávamos mesmo querida?” Ele diz pondo uma mão no rosto e outra na cintura dela.

 

“Mais ou menos...” E aproxima o rosto do dele. “Aqui” Diz o beijando.

 

Na sala de reuniões.

 

“Roubaram as armas do templo? Quero todas as tropas aqui.” Diz Kyoko já de mau humor por receber a noticia quando já estava de cabeça quente.

 

“Kureno-san está responsável.” Diz Tohru se aproximando

 

“Quero você fora dos assuntos”.

 

“Você acha que foi o Kyo, né?”

 

“Não o chame assim”.

 

“É só um apelido.”

“Eu quero ele preso!!”.

 

“Quer que eu chame Kureno?” Pergunta Shigure.

 

“Quero, traga-o aqui”.

 

“Hai!” E se retira.

 

Aposto que aquele oni está no meio”.


Enquanto isso, no quarto de Kyo. Ele retira uma pedra do bolso e apanha um pequeno vidrinho. Kyo esmaga a pedra com a mão fazendo-a virar pó o coloca no vidrinho que guarda em um bolso.

 

Em uma varanda, Kagura estava sentada em um banco, o ocupando todo, e olhando para o teto.

 

“A Hime-sama está triste” Diz para ninguém.

 

“Mas...ela... estava brava...” Diz Kisa lembrando de ver a foto da mãe dela.

 

“Brava? Com o que?” Pergunta Kagura se ajeitando no banco.

 

“Eu não sei, mas vi um porta-retrato destruído, e tinha a foto da mãe dela”.

 

“Ela deve ter sentido falta, você também, Kisa-chan”.

 

“Hm...Hiro-chan cuida de mim, já está bom”.

 

Uma hora depois, no salão de reuniões.

 

“Alteza, o encarregado da investigação do caso de templo, Kureno está aqui.” Diz Shigure acompanhado de Kureno. Ambos se ajoelham.

 

“Shigure, tenho uma coisa que quero que entregue aos conselheiros, pode fazer isso pra mim? Você é o mais confiável no final” Diz entregando um pergaminho.

 

“Hai, Kyoko-sama.” Diz pegando o pergaminho. “O mais confiável uma ova, ela me usa como se eu fosse um reles mensageiro. Pelo menos Tohru-sama tem mais consideração por mim.”


“Mais alguma coisa, Ojou-sama?” Pergunta Shigure.

 

“Não, pode sair”.

 

“Hai!” Diz Shigure se levantando e saindo do salão. “Uma mensagem para os anciões é? Parece tentador.” Pensa Shigure. “Mas se houver um feitiço de proteção? Não posso arriscar ser pego... nesse caso.” Shigure entra em um salão vazio e com as luzes apagadas. Ele se concentra e rapidamente lê o que estava escrito sem abrir o pergaminho.

 

O pergaminho continha poucas palavras, eram apenas as ordens diretas de Kyoko para prender o Kyo, e lacra-lo novamente.

 

Que droga... me arrisquei a toa...” Pensa Shigure saindo do salão e indo procurar o conselho.

 

Em outra parte do palácio.

 

“Vocês sentiram isso?” Pergunta Yuki. “Foi uma sensação parecida com a de hoje mais cedo.”

 

“O que foi?” Pergunta Momiji abrindo os olhos.

 

“Por alguns instantes... tive a mesma sensação de quando vimos aquela garota... aquela Isuzu. Será que estou imaginando coisas?”

 

“Vocês também sentiram?” Pergunta Kisa ao entrar no cômodo, junto de Kagura.

 

“Eu não senti nada” Diz Momiji esfregando os olhos.

 

“E você Yuki?” Pergunta Kagura.

 

“O que, vocês também?” Pergunta Yuki.

 

“É, tinha alguém por perto” Diz Kisa ainda rodando os olhos pelo lugar.

 

“Alguém viu o Haru?” Pergunta Kagura

 

“Ele foi para o quarto daquela Isuzu.” Diz Yuki. “De qualquer forma, não seria melhor avisarmos á Hime-sama?”

 

“Ta, já que você é o mais interessado, Yuki vai falar com ela” Diz Kagura.

 

“Mas eu quero ir falar com a Tohru-chan” Diz Momiji acordado.

 

“Só quando aprender a controlar sua língua.” Diz Yuki saindo do quarto.

 

“Ah! Yuki está sendo mau” Diz Momiji chorando.

 

“Eu não acredito que ele é mais velho do que eu” Diz Kisa com uma gota sobre a cabeça.

 

Em frente ao quarto de Tohru. Yuki bate na porta.

 

“Hime-sama, está acordada?”

 

“Yuki?” E vai até a porta e rapidamente a abre e o joga para dentro do quarto.

 

“Ah, O que houve Hime-sama?”

 

“Não quero nenhum guarda dando meus movimentos para minha mãe, já que sei que ela colocou alguns na minha cola”.

 

“Entendo. De qualquer forma, Hime-sama sentiu a presença de mais um guardião bem próximo alguns minutos atrás?”

 

“Hm...Não sei, eu estava conversando e de repente senti um choque, acho que foi quando a presença do guardião se elevou”.

 

“Kagura e Kisa também sentiram, então é pouco provável que seja apenas uma impressão.”

 

“Melhor procurar?”

 

“Não vai ser fácil, a presença só apareceu por alguns segundos.”

 

“Hm...Mesmo assim, por favor”.

 

“Hai!” Diz Yuki se curvando e saindo do quarto.

 

“Espere, eu também.” Diz saindo do quarto e indo atrás dele.

 

“Tem certeza que vai ficar bem? Quer dizer, se a rainha ficar sabendo...”

 

“Hunf, eu não quero saber dela.” Diz fechando a cara e depois dando um sorriso pra ele “Eheh, não se preocupe, não quero ser inútil e também quero irritá-la um pouquinho”.

 

“Vai ser um prazer ajuda-la.” Diz Yuki fazendo uma reverencia e sorrindo.

 

“Yuki, posso pedir uma coisa?”

 

“Claro, é só dizer.”

 

“Não precisa de tanta formalidade” Diz sorrindo.

 

“Eh... é que... soa um pouco estranho, mas eu prometo tentar, Tohru-hime.”

 

“Hai, obrigada” Diz abrindo um sorriso ainda maior.

 

Os dois passam pelos corredores e param perto do salão escuro onde Kagura, Kisa, Hiro e Momiji estavam.

 

“Vocês também?” Pergunta Hiro ao ver os dois se aproximando.

 

“Então não foi apenas uma impressão.” Diz Yuki.

 

“Tem mesmo um guardião por aqui...”

 

“Sabe, tenho que concordar com a Hanajima em uma coisa”. Diz Kagura

 

“O que foi?” Pergunta Kisa

 

“Isuzu veio aqui de forma muito estranha, talvez ela saiba do paradeiro de outros guardiões”.

 

“Ela não é suspeita” Diz Tohru

 

“É claro que é, veio sem mais nem menos e sumiu sem mais nem menos” Diz Kisa.

 

“Onde está aquele que a rainha trouxe?” Pergunta Hiro. “Ele deve saber de alguma coisa.”

 

“Ele ta sempre rodeando a minha mãe” Diz Tohru.

 

“Eu o busco.” Diz Kagura se afastando.

 

“E o Haru, alguém sabe dele?” Pergunta Yuki.

 

“Não...” Murmura Momiji.

 

“Olha, a gente pode sentir os doze, mas não podemos seguir-los se eles estiverem se ocultando certo? Então porque estamos aqui?” Pergunta Hiro.

 

“Pensei que poderíamos tentar descobrir algo” Diz Tohru.

 

“Mas como?” Questiona Kisa.

 

“Eu não sei...”

 

“Hanajima é uma feiticeira não? Ela pode nos ajudar.” Diz Yuki.

 

“Nem adianta” Diz Uo aparecendo do nada.

 

“Porque não?” Pergunta Yuki.

 

“Ela está um tempão tentando.”

 

“Então deve ser alguém bom mesmo.” Comenta Hiro.

 

“Hanajima acredita que tem alguém que não quer ser identificado, e se essa pessoa está aqui, ela pode ser perigosa”.

 

“Talvez, mas o que podemos fazer?” Pergunta Yuki.

 

“Por hora nada”.

 

“Entendo...”

 

 

Continua...


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