Vingardion High escrita por Patch, Luna Bizuquinha


Capítulo 6
Jogos de Integração de Grupos.




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– Toque de recolher retirado. São cinco e trinta da manhã. Bom dia Vingardion High! – disse a voz "eletrônica".

Abri os olhos meio desorientado, incrédulo que tinha pegado no sono. Hugo ainda dormia, mas Pietro não estava mais na cama.

– Clausum reseret! – disse uma voz familiar.

Um portal mágico transportou Pietro para dentro do quarto.

– Ah, achei que só eu acordava cedo neste aposento. Já leu o cronograma diário? – perguntou Pietro em um tom frio.

– Cara, desculpe-me. Não era minha intenção chamar sua irmã de... você sabe! Sinto muito, espero que nossa amizade não esteja comprometida!

– Tudo bem, um erro pode ser perdoável. – disse-me sorrindo levemente, mas com os olhos em um azul intenso e inexpressivo.

– Disse algo sobre o cronograma? Algo foi alterado? – perguntei mudando de assunto.

– Sim. Hoje haverá os jogos de integração dos cento e oitenta grupos anuais. Terá o dia todo para passar com seu grupo, com o fim de que realizem uma tarefa em equipe. Geralmente é pegar alguma relíquia de cristal, que contém o nome de seu grupo. Enviaram as regras durante a noite. Já li e fui praticar um pouco de magia para a tarefa.

– Jogos de Integração... Duvido muito que eu consiga alguma coisa com Tábata... Ouvi que a mãe dela é tão ruim que a apelidaram de Medusa! – falei caindo no riso.

– A mãe dela é... Isso mesmo, a mãe dela é bastante má. Diria que ela tem um olhar petrificante... – disse Pietro abrindo um sorriso maldoso.

– Hmm ããh... – fez Hugo emitindo um som de espreguiçamento – Vocês falam pra caramba, heim?

– Não estaria dormindo se fosse você Hugo. As regras dos jogos chegaram! – Pietro disse calmamente.

– O que? Já chegaram!? – assustou-se Hugo dando um pulo da cama em direção à escrivaninha dele – Droga, eu tenho que lê-las antes do dia letivo começar!!!

– Calma gente, acho que são só regrinhas de um jogo bobo... Não levem isso tão a sério.

Hugo não parecia me ouvir. Estava concentrado no pergaminho localizado em suas mãos. Pietro saiu quieto do quarto.

Me arrumei para o dia letivo e saí em direção ao salão A. Hoje teríamos omeletes para o café da manhã.

O salão A, havia sido modificado. Haviam agora cento e oitenta mesas redondas, com cinco cadeiras, nas quais ficariam os cinco componentes de cada grupo. Meu grupo estava sentado em uma mesa próxima ao lugar dos tronos. Na mesa, havia o nome Sedecim escrito.

– Bom dia, galera! – falei de forma falsamente entusiasmada.

– Oi, bom dia! – retornou-me Dulce.

– Se disse bom dia, eu também acho que é um ótimo dia. Principalmente se você é Margot – falou jogando os cabelos ruivos para lado.

Tábata apenas olhou para modos e fez um gesto de concordância com a cabeça.

– Esperem, falta um indegrante do grupo. Acho que seu nome é...

– Arrow... Arrow Glossipct! – completou um menino negro, de cabelo black power, olhos castanhos escuros, musculoso e de um metro e oitenta e cinco, aproximadamente.

– Bem, acho que não falta mais ninguém, não é? – indagou Dulce parecendo empolgada – Espero que possamos lidar com nossas diferenças e nos tornarmos amigos, afinal, precisaremos ser uma equipe unida para lidar com as atividades de grupo do ano.

– Não seja boba. Esse romantismo de amizade não existe. Somos um grupo, mas não precisamos ser amigos. Concentre-se em concluir as atividades! – retrucou Tábata.

Dulce ficou quieta e abaixou a cabeça. Não conseguia ver seus olhos, pois sua franja o tapava. Mas apostaria uma grana em que ela estava com eles cheios de lágrimas.

– Qual é o seu problema, Tábata? – perguntei dando um soco na mesa – Você se sente bem em ser estraga prazeres? Em dar fora nos outros? Em destruir sonhos ou algo do tipo? – perguntei furiosamente.

Tábata olhou dentro de meus olhos com aqueles olhos vermelhos e penetrantes.

– Acho que posso descobrir se gosto de destruir pessoas agora, se quiser. Quer ser o primeiro?

Algo naqueles olhos me passava uma grande agonia, um sentimento de sufoco, como se eu tivesse imobilizado ao encara-la de volta. Era como se eu não tivesse controle sobre mim.

– Devíamos parar com essa briguinha boba. Vamos focar em nosso objetivo: A relíquia com o nome do grupo Sedecim! – disse Arrow quebrando o gelo.

– Concordo. Acho que adoraria ter um cristal novo em minha coleção. Adoro ser Margot! – disse Margot jogando seus cabelos para o lado.

Tábata e eu paramos de nos encarar e começamos a comer o delicioso café da manhã.

O salão estava repleto de estudantes e todas as cento e oitenta mesas já estavam completas. Uma nuvem de fumaça roxa se formou no altar, onde ficavam os tronos e quando se dissipou no ar, a coordenadora que havia espetado os nossos dedos na agulha, havia aparecido.

– Bom dia alunos, espero que o café da manhã esteja bom. Ao terminarem suas refeições, dirijam-se ao pátio da ala oeste do castelo. Lá, o professor de artes da guerra estará a espera de vocês para iniciar os jogos de integração. Não demorem muito, atraso conta na nota da tarefa. Vocês tem vinte minutos para que terminem as refeições e se apresentem no local indicado. Aguardo vocês!

Quando ela terminou de falar, a mesma nuvem de fumaça roxa a envolvera e se dissipara no ar.

– Como ela fez isso? – indaguei.

– Ela aparatou! É algo que os coordenadores fazem sempre. Não aprendemos esses feitiços que mexem com a estrutura corporal até que cheguemos ao décimo ano. – explicou me Arrow.

Terminamos nosso café da manhã e seguimos apressados para a ala oeste. Chegando lá, haviam círculos com os nomes dos cento e oitenta grupos pintados no chão em uma cor amarela em meio ao gramado verde, cheio de flores do pátio.

– Devemos entrar nos círculos, certo? – perguntou Arrow.

– Correto! Temos de entrar e ficar dentro deles até que sejamos enviados até a tarefa. – explicou Dulce.

– Como sabem tanto sobre isso? – perguntei.

– Eles simplesmente leram as regras, idiota! – respondeu-me Tábata.

Por mais que eu tivesse vontade de esganá-la, eu apenas sorri em resposta à ela.

No nos primeiros andares de uma torre que ficava de frente para o pátio, havia uma sacada. Nela continha um homem alto, de um metro e noventa, branco, seus cabelos eram negros, olhos negros e ferozes, com a barba mal feita e um corpo musculoso e atlético. – essencial em um guerreiro – Junto a ele, a coordenadora que nos dera o aviso mais cedo e o sr Custos.

– Bem vindos aos jogos de integração da primeira semana! – disse o homem alto em um tom gritante – Sou o professor Darcar. Darei aula de artes de guerra! Enviamos as regras dos jogos para vocês durante esta madrugada e espero realmente que tenham lido com atenção, mas ainda sim, é valido que eu dê algumas observações sobre a atividade. Eu não poderei intervir nas decisões do grupo, sendo assim, se não optarem pela união e resolverem os problemas juntos ,ficarão presos na arena até que concluam a tarefa. Só poderão sair da arena quando todos do grupo tocarem no cristal. Cada cristal estará posicionado ao norte do local de chegada de vocês. Haverão perigos e obstáculos que os impedirão, ou ao menos tentarão impedir que o grupo consiga completar a tarefa. Cada obstáculo será segundo o ano de curso dos alunos, porém, alguns desses obstáculos serão os próprios grupos oponentes, pois vale lembrar que se impedirem um grupo de vencer, ganharão pontos extras em minha matéria! Não me importo com os feridos. Nós temos uma bela enfermaria à nossa disposição. Quanto a morte, bem, espero que não haja nenhuma ou suspenderemos os jogos como no último ano. Estaremos de olho em vocês por meio da magia dos coordenadores, mas não ajudaremos nenhum grupo!

– Nossa, eu acho que não estou me sentindo preparado para estes jogos!!! – falei atônito pela frieza do professor.

– Não se preocupe, vamos conseguir! Vai dar tudo certo! – disse Dulce sorridente.

Ao ouvir Dulce, senti uma onda de gratidão por ter alguém tão maravilhosa em minha equipe.

– Espero que muitos morram! – falou Tábata inexpressiva, como sempre – Você poderia ser o primeiro, Andrew!

Arrow e Margot caíram na gargalhada.

– Vocês se amam muito, cara! – disse Arrow.

– Sejam como eu, amem mais Margot! – disse jogando os cabelos ruivos para o lado.

– Vocês não tem ideia do quanto eu amo Tábata... – disse inexpressivamente.

–Se caso alguém desistir por estar muito debilitado, recite "USQUE" e o traremos de volta. – continuava o professor enquanto conversávamos – Bem, chega de falar. Declaro os jogos abertos!

Neste momento, os dois coordenadores bateram com o cajado no chão e os círculos brilharam em um amarelo fluorecente. Vi a fumaça roxa envolver todos os cento e oitenta grupos enviando nos para fora dali.


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