P.O.V Narrador

Era um dia antes do baile, é, eu sei! Na verdade nem tanto, sou só o narrador, tantos anos neste trabalho e eu nunca pude, bom, falar muito o que sinto.

Mas, sem baboseiras, ou entrar no meu lado sensível. Todos estavam animados, Carter, Sadie, Percy e Annabeths permaneciam calados e quase nem se olhavam. O trio Ethan, Uriah e Félix, retardados como são, tentavam aprender a dançar um com o outro, Félix já tentou uns 10 convites (com pinguins) todos recusados, Ethan ia sozinho, Mellonie estava meio sumida, Uriah, bom, vocês verão.

– Merda, merda, merda. - disse Félix se olhando no espelho, ele estava tentando achar um smoking, mas todos ficavam um pouco grandes.

– Para de fala merda, você falou isso umas 100 vezes só nesta tarde.

– Tem certeza. - ele disse. - Caralho, caralho, caralho.

Ethan colocou a mão em sua cara como se não aguentasse mais Félix não entendendo coisas óbvias, mas ele não aguentava mais. Nada ia mudar a situação eles eram um fiasco, eles tentaram dançar, mas eles acabavam caindo.Eles tentaram smokings, mas essa parte é só do Félix, ele não era tão alto assim. Eles tentaram convites, de novo Félix, Ethan e Uriah pareciam só ficar em seu canto como se nada tivesse acontecendo. Mas, na verdade não ouviam tantas palavras de Uriah.

– Cara, por que VOCÊ não tenta convidar alguém ou colocar um smoking. Eu tenho um que parecia gritar ETHAN, sabe, esse também ficou meio gande.

Ethan fez que não com a cabeça, mas nada fazia Félix parar de assentir.

– Vai! Pelo tio Félix!

Ethan também não aguentava ouvir mais isso então pegou logo o smoking que Félix disse que gritaria ETHAN. Quando ele entrou no banheiro só ali percebeu qual era. E ele não gostava de recordar onde o tinha visto, e, não, não podia ser. Não era um smoking, era o terno branco de seu pesadelo. Ele quase o deixou cair. Mas, não podia se vencer por um T-E-R-N-O. Seria estupido.

Ethan o vestiu por força. Ele iria para o baile, e iria com o terno, ele tinha. Ele abriu a porta lentamente, quando ele viu que que Félix estava sem palavras ele corou.

P.O.V Uriah Sigelton

Era o jantar, eu só precisava a convidar, só, não era como se a minha vida estivesse em perigo, não é? A cena estava na minha cabeça, mas tudo dava errado. Era como se fosse a realidade e a expectativa do (500) dias com ela. Ia dar tudo certo, eu pensava. vai dar tudo errado, eu falava para mim mesmo.

Eu entrei na sala de jantar e vi todos falando exitados. E eu a vi sentada sozinha em uma mesa. Sozinha, seria fácil agora?

Eu caminhava com as pernas bambas e a falsa quase escorregando.

Quando cheguei a sua mesa limpei a minha garganta, ela olhou para trás com o seu sorriso, e naquele frio eu suava.

– Julia. - eu disse um "pouco" alto demais para a atenção do refeitório voltar a mim, mas permaneci ali sem manter contato visual, das outras pessoas, só via Julia, e ela estava linda no ar do luar. - Eu sei que ando sem razões ultimamente, eu sei que te irrita, e isso me irrita também. Eu não posso fingir que não tem nada de errado comigo. Não posso. Eu sei que isso pode soar clichê. Talvez a culpa não esteja nas estrelas, a culpa deve estar na minha covardia. - Me ajoelhei, peguei a sua mão levemente e disse:- Julia, a razão de estar tão quieto é eu te amo, e se você não sentir o mesmo não precisarei pedir para você ir...

Foi interrompido por ela jogando seus braços ao redor do meu pescoço e nossos lábios pressionando o meu. Eu me levantei com ela nos meus braços e ainda com seus lábios aos meus, era a melhor sensação do mundo, mesmo. O melhor, todos aplaudiram e gritaram. Eu estava tão feliz e consegui sentir a eletricidade. E em nossa vola eu fiz nevar. Eu sabia agora como era se sentir infinito, quando terminou nossas testas se encostaram rimos baixo.

– Eu também te amo. - disse ela para mim.

Era possível naquele momento sentir um peso tirado dos ombros. "Eu podia ouvir todos os corações batendo. Eu podia ouvir os corações de todos. Eu podia ouvir o barulho humano que fazíamos lá sentados, nenhum de nós nos movendo, nem mesmo quando a sala foi no escuro"~Raymond Carver