Tempo Perdido escrita por Raposa


Capítulo 3
As penas do corvo.


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, tomara que gostem do capítulo... MUAHAHA! Pode conter spoilers de Hostages.



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( Soundtrack: Hear me- Imagine Dragons)

– Sou seu professor, mas isso não significa que ficarei aqui professando. – disse o professor Lee. Ele moveu um passo à direita. – Mas, isso também não significa que não ensinarei sobre a vida para vocês. Esta aula para vocês nãoé só um lugar para filosofar. –Ele mexeu nos cabelos e foi mais um passo adiante. – Eu bem que poderia ser um poeta, eu seria um, mas acabei aqui. Se vocês pensam que eu passei a vida inteira assim, sentado em uma cadeira, lendo algo esperando a morte me buscar, estão errados. – Ele colocou uma das mãos na cara. – Eu tinha uma vida pela frente, eu tinha tudo. Quando era um adolescente como vocês eu é claro que me apaixonei como vários. Eu fazia tudo para impressioná-la, quando o professor mandava fazer um poema, eu fazia um complicado, mas sempre falava do mesmo assunto, a única luz da sala, era é claro ela.

Ouvi alguns cochichos atrás de mim.

– Quando eu tinha dezoito anos a convidei para o baile de formatura, ela aceitou. Depois daquele dia foi como se vivêssemos uma história de amor, eu não era o narrador pela primeira vez. – Ele tirou a mão da cara e colocou a mão na lousa ele olhava para a porta como se alguém fosse aparecer. – Nosso futuro estava escrito, tinha ganhado uma bolsa na universidade, letras. Ela seria uma atriz, a única luz da sala. Com dezenove em um de nossos encontros pedi ela em casamento. E a próxima coisa que se sabe ela tinha te traído o tempo todo, tendo um caso com o seu melhor amigo. Não conseguia mais escrever porque tudo acabava no mesmo assunto nela. Nunca mais a vi.- Sua expressão ficou séria e voltou a olhar para a gente. - Tomara que entendam o que eu quis dizer. Nem tudo é o que parece ser.

O sinal bateu e todos se levantaram falando e indo embora. Mas é claro que eu fui parado pelo Senhor Lee.

– Ethan, tomara que você tenha escutado o que eu disse. Fique de olhos abertos, porque você não sabe o que irá encontrar.

Assenti meio confuso e saí com Mellonie esperando na porta. Então foi o que eu percebi que deveria ter notado antes.

– Cadê o Richart? - Perguntei a Mellonie.

– Teve problemas com alguma coisa... Teve que ir para Manhatam ou coisa do tipo.

Balancei a cabeça. Richart era assim, não podia ficar muito na internet (ele usava escondido). E várias vezes tinha que sair de repente. Nunca disse o que ele tinha que fazer.

– Sempre quis saber o que ele faz tanto em Manhatam... - Disse Mellonie.

Balancei a cabeça em concordância.

Fomos para a aula de DG, que foi até legal, com o fato de eu odiando DG.Então foi a aula de cálculo que de novo foi uma droga, a aula de ciências meio que a mesma coisa - a professora brigando comigo por eu não estar prestando atenção. - Uma das melhores coisas naquele dia foi que o trabalho de DG, era em dupla e adivinhei com quem eu caí? Sim, eu caí com o Blaise, mas ele não estava então como a Mellonie não tinha ninguém ela ficou comigo. Para mim isto foi pura sorte, mas a sorte só aparece às vezes para mim e naquele dia aquilo não foi tanta sorte.

NO ALMOÇO.

Eu peguei para almoçar um X-burguer e uma pepsi. E fui me sentar na mesa com Mellonie.

– Então, a gente estuda na tua casa? - Ela perguntou. Bebi um gole da minha pepsi pensei por um tempo e finalmente falei:

– Pode ser, meus pais gostam de você. - Mellonie abriu um sorriso malicioso. - O que foi? - Ela não tirou o sorriso da boca, eu fiquei um pouco sério e meio rindo. - Mellonie, o que foi?

Ela começou a rir. E eu também mesmo não sabendo a graça senti uma tremenda vontade de rir.

– Não sério Mellonie o que foi?

– Seus pais até gostam do Richart, claro que vão gostar de mim.

Tomei um gole entre um sorriso e murmurei:

– Convencida. - Mellonie chegou um pouco mais perto com o sorriso ainda.

– O que você disse?

– Convencida. - disse mais baixo ainda com o sorriso bobo.

– Foi o que pensei.

Trocamos sorrisos e eu me sinto feliz por ter alguém que se importa comigo.

(...)

Eu e Mellonie vamos para casa juntos, mas ão sei porque eu tive um prencetimento que nada daria muito bem. Enquanto caminhávamos trocávamos poucas palavras, eu não conseguia para de pensar no que o Senhor Lee tinha me falado, ficar de olhos abertos para o que? Eu não conseguia tirar sua voz da cabeça.

– Conseguiu ver o último episódio de Hostages? - Perguntou Mellonie. Não ouvi direito a sua pergunta.

– O que? Ah, o último episódio de Hostages. " My name is Duncan Casrlile and I'm here to confess". E a frase de muitas pessoas antes de morrer foram meio ridículas, como " What code?". Eles foram muito babacas por não terem previsto uma senha.

Mellonie assentiu. Chegamos em minha casa, pego a chave do meu bolso e abro. Quando piso, vejo que tudo está em silêncio, completamente.

– Mãe Pai, cheguei. - Sem respostas. - Mãe? Pai? - Ninguém. Fiz um gesto para Mellonie esperar, a minha casa nunca esteve tão fria. As cortinas movimentavam com o vento, e tudo estava tão quieto, eu estava congelado no mesmo lugar.

– Ethan? - Perguntou Mellonie atrás de mim. Fiz o gesto de novo. Olhei para o piso branco. Andei um passo com a cabeça examinando o chão em direção a escada. Vi algo no chão, agachei-me e verifiquei a mancha, coloquei dos dedos nela e vi com cuidado, ainda estava molhado, uma cor avermelhada com pontas de um vermelho mais escuro, sangue me alarmei. Olhei para a escada e vi pouco mais, subi rapidamente, meu coração batia tão rápido que conseguia ouvir em minhas orelhas. Não sabia o que encontraria, Olhei em volta e vi uma trilha de sangue, não conseguia gritar eu só conseguia seguir onde aquilo me levaria, não pensei na alternativa de morrer. Vi que pararia no banheiro, caminhei lentamente, a porta estava entre aberta.

Abri ela, eu senti como tudo em mim desmoronava eu só consegui abrir e nada dela saiu, deitado no chão, sua cabeça apoiada na parede em sua mão estava um graveto e sua boca aberta jorrando sangue, os olhos estavam longes e em seu peito estava cravado uma espada com lâmina curva. Meu pai. Eu queria simplesmente desabar no chão, mas reuni as minhas forças e lentamente caminhei em sua direção. A minha boca ainda estava aberta e meus olhos estavam inchados derramando lágrimas desabei ao seu lado.Sua camiseta branca estava ensopada de sangue. Com os dedos trêmulos peguei o cabo daquela espada e tentei tira-la, mas estava encravada.

– Pai? - perguntei entre lágrimas e com a voz trêmula. - Pai? - Envolvi meu braços em seu corpo tomando cuidado com a espada cravada. - Me- me- me desculpa. Eu te considero um pai. Eu não quis dizer nada contra você. Acorda por favor. - Abracei-o mais forte e comecei a chorar como nunca tinha chorado em anos, com meus braços ao seu redor e seu sangue me molhando também, mas eu não importava eu só queria abraçar seu corpo sem vida. Ouvi a voz de Mellonie desesperada e me fez acordar, voltaram, pensei. Levantei-me e consegui tirar a espada de meu pai. Ainda com o seu sangue nela, vingaria ele com seu próprio sangue. Saí sério com algumas lágrimas em meu rosto, mas isso não importava agora.

– Ethan! - ouvi de novo. Desci as escadas e vi um homem com uma máscara de corvo e uma manto preto segurando o pescoço de Mellonie e apontando algum graveto igual o do meu pai em sua mão.

– Não toca nela! - explodi. O homem jogou Mellonie no chão que bateu com força e ficou inconsciente. Fui em sua direção com a espada em sua direção, mas com um rápido movimento ele - não sei como- sem encostar em mim ele me fez voar até eu chocar com força no chão, tudo pareceu ficar mais lento, parecia que eu estava sem ar, e algo tinha quebrado estava parado no chão com uma sensação metálica pelo o meu corpo o sangue do meu pai passou a ficar seco em meu braço e eu estava mais branco do que nunca. Tudo ficou borrado e homem desapareceu.

Ouvi um estrondo e algumas vozes distantes.

– Onde aprendeu a quebrar uma porta com o pé?

– Teve, Carter. Teve.

– Verifique os corpos!

Ouvi passos eu tentava gritar, então apareceu um garoto em minha visão com a cara séria falando que estava tudo bem e a última coisa que sei tudo ficou preto.


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Notas finais do capítulo

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