Tempo Perdido escrita por Raposa


Capítulo 2
Capítulo2- P.O.V Ethan


Notas iniciais do capítulo

Desculpa por não ter atualizado mais rápido.



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Chegando a escola eu e Cassie nos entreolhamos e então ela entra na direção oposta de onde eu vou. Fizemos um acordo, não seriamos vistos juntos na escola, ela tinha uma reputação a zelar e eu... Era eu. Isso explica muito, somos completamente diferentes. Ela tem cabelos castanhos escuros, olhos verdes e ela é popular. Eu tenho cabelos loiros um pouco alaranjado, olhos azuis escuros e... Não sei como... Sinto-me diferente dos outros, como se eu não pertencesse á essa realidade. Sim, para ela não querer ser vista comigo também tem um ponto, eu sou um geek.

Passo pelo estreito corredor com a cabeça abaixada com meus fones de ouvido pretos ouvindo Linkin Park, The Catalyst. Ao chegar ao meu armário coloco a minha mochila e minha cabeça junto do armário. Por que também colocar a cabeça junto? Ah, isso é fácil, sabe os populares que também são valentões? Tá explicado. Tiro os fones de ouvido e envolvo os fios juntos do I Pod coloco na minha mochila.

– Que aula é agora?- murmurei para eu mesmo. - Fuder a minha vida é no almoço... - fecho os olhos para ver se eu me lembrava. - Filosofia. - procuro na minha mochila o meu caderno, caderno de inglês, não, caderno de produção de texto, não, minha dignidade, não...

–Oi- disse uma voz atrás de mim. Levei um susto e bati com força no meu armário e derrubo o meu material.

– Merda- murmurei. Coloquei uma das minhas mãos na cabeça. Tirei a cabeça do armário e então corei. Era ela, ela em que eu sonhei, ela quem estava morta e o seu sorriso sua risada que pensava que nunca mais veria. Mellonie, seus cabelos castanhos, olhos azuis intensos, seu rosto esculpido, pele bronzeada... Ela usava sua típica camiseta da Florence do álbum Lungs, calça jeans casaco vermelhos e tênis all star vermelho. Deveria vê-la pequena e fraca como todos veem, mas como disse vejo o mundo de uma forma diferente.

– Desculpa Ethan. – disse ela. Percebi que ainda estava com a mão na cabeça, tirei-a rapidamente. Mas, não consegui tirar o vermelho em meu rosto.

– Tudo bem você só me assustou- falei. Ela me ajudou a pegar o meu material. Andamos lentamente. – Então, me diga o que você, senhora Lancaster fez sem eu para infernizar a tua vida?

Mellonie deu um sorriso bobo.

– Planejando como infernizar a TUA vida. - disse ela. Dei um sorriso torto.

– Uma dica como infernizar a minha vida. - disse eu andando com a cabeça abaixada em sua direção.

– Ouvindo – disse ela balançando a cabeça.

Abri um largo sorriso e ela soltou uma risada.

– Bom, vamos ver ter cabelos castanhos olhos azuis, se chamar Mellonie e planejar como infernizar a minha vida enquanto eu deveria estar fazendo isto. - Mellonie ainda com um sorriso na boca revirou os olhos.

– Você é um idiota. – disse ela me dando uma leve cotovelada na barriga. Cocei o queixo e olhei mais uma vez para ela.

– Ainda não sabe usar o cotovelo como a Tris. – em um tom de deboche.

Mellonie levantou uma sobrancelha e disse:

– Será?

Começamos á andar cada vez mais rápido, até quando percebemos estávamos correndo. Quando o sinal tocou já estávamos na porta. Lentamente abri a maçaneta e indiquei para ela a sala.

– Senhora Lancaster. – disse eu com um sorriso na boca. E também com um sorriso na boca ela disse:

– Obrigada, Senhor Walker. – Entramos na sala, não éramos os primeiros. O Sr. Lee, nosso professor de filosofia, como sempre estava imóvel em sua cadeira, seus olhos cinzentos vidrados em um livro de poesia azul, com os pés estendidos em sua mesa. Ele sempre foi assim. Mesmo com a aula tecnicamente começada ele ficava parado até, sei lá, ele começar a se lembrar de que está em uma sala de aula ensinando filosofia, acho.

Sento ao lado de Richart, um amigo meu. Sou mais alto do que Richart, ele tem cabelos loiros, bem loiros bagunçados como se fosse o cabelo do Mathew Bellamy, mas um pouco mais baixo o cabelo. Ele só era um ano mais velho do que eu. Ao contrário de mim, ele odiava filosofia. Mais pessoas chegaram, os populares estavam claro com aquela cara de maioral que pensavam ser adultos. Mas, sinceramente se eles vissem onde está a minha situação... Nem sei como seria.

Todos ficaram quietos se entreolhando ou franzindo a testa para o senhor Lee. Menos eu, eu só olhava para ele como se nada estivesse acontecendo, o que era verdade. Richart virou para mim e sussurrou:

– Será que ele sabe que aula já começou?

– Ele só está esperando a hora certa. – respondi.

Richart voltou a sua antiga posição e revirou os olhos como se já tivesse ouvido isto antes. Finalmente o Senhor Lee levantou de sua cadeira. Seus olhos maníacos ainda percorriam a mesma frase. Com longos passos e seus pés ecoando na sala, foi até o meio da lousa e ficou ali, parado. Richart me olhou impaciente. Olhei a ele e silabei: espere.

Fiquei ainda olhando para o nosso professor que nem O Filosofo entenderia. Vamos dizer que ele é um armário com a combinação inexistente. Quando Richart abriu a boca, Lee foi mais rápido e disse:

– Um poeta brasileiro, chamado Manuel Bandeira um dia perguntou se os sonhos morrem. - disse ele fechando o livro e mostrando seus enormes olhos cinza e ao redor é um vermelho claro. Ele andou no meio das fileiras e quando chegou um centímetro da mesa de Mellonie pousou o livro com força, e todos se sobressaltaram nas cadeiras. – Se alguém poder me responder esta pergunta, responda. E os seus sonhos, eles morrem?

Aquele silêncio atingiu mais uma vez a classe. E mais uma vez nesse dia pude ouvir o som do mudo. Nenhuma mão levantada, nenhuma resposta. Bom, claro que eu quis responder, eu tinha uma ansiedade para responder como se uma voz bem fininha falava em minha cabeça: RESPONDE! RESPONDE! RESPONDE LOGO!- isso é extremamente estranho... - É eu nunca fui um de falar direto na classe, às vezes eu falava, mas era melhor eu ficar quieto vivendo em minha esquisitice de sempre.

– Se ninguém vai me responder... – por favor, não seja no que estou pensando... – Vou ter que escolher alguém para responder a minha pergunta. – por favor, não seja eu. Ele passou os olhos na sala olhando todos menos eu. – De todas estas vinte pessoas, uma pessoa falará. Ethan me responda. – Merda.

Engoli em seco.

– Responder? Eu acho melhor não. – o meu “responder” saiu um pouco fino, e ouvi alguns risos.

– Ethan me responda. O seus sonhos morrem?

É eu não queria mesmo não ser compreendido, ninguém me compreenderia. Bom, talvez o Senhor Lee me compreendesse, ou ele só compreende os enigmas de si mesmo. Não formulei uma resposta eu só falei:

– Sonhos, eles são coisa do tempo. Á cada tempo sonharei em algo. Vou dar um exemplo, eu posso sonhar com os olhos de alguém, e nunca querer parar de olhar para eles, o desejo de que um dia nossos lábios se pressionem juntos. – eu acho que andei escutando demais Ed Sheeran. – Mas, o sonho é o tempo, tenho certeza que alguém já sonhou nisso, por enquanto eu não. -mentira. - Quando éramos pequenos sonhávamos em coisas que já foram esquecidas em setembro. Mas, se você perceber só viveu no presente. O passado e nem o futuro existem. Só o presente. Sim, os meus sonhos morrem com o tempo.

Todos me olharam perplexos. Daí eu percebi do que havia dito, corei. Droga, droga, droga. Encolhi-me na cadeira. Então começou o que não esperava quando o Senhor Lee começou a aplaudir ele não foi o único, foi seguido por Mellonie e então Richart até que todos me aplaudiam. Droga, droga, droga!

– Ethan – disse o Sr. Lee. – Esta foi uma grande coisa em que disse. Tenho certeza que você tem um grande futuro.

Todos pararam de aplaudir e então o sinal tocou. Fomos para a aula de DG, que foi uma droga e então a aula de matemática, que também foi uma droga e depois da aula de ciências- que a professora brigou comigo, claro- finalmente o almoço.

Fui para a fila logo atrás de Richart e Mellonie.

– Ethan, como você pensou naquilo?- perguntou Richart.

Dei de ombros.

– Eu acho que ando escutando Ed Sheeran demais. E na verdade eu só falei. - disse.

Os dois riram, mas eu não entendi.

– Mas, é verdade eu to ouvindo muito Kiss Me. – disse inocentemente.

A fila andou então peguei uma pizza e Pepsi. Richart é claro que tinha um prato grande e Mellonie um prato médio. Saímos da fila e eu estava distraído conversando com eles sobre alguns livros e música, vamos dizer que eu tropecei e a comida caiu em Blaise- O Cara, mas é claro que é um babaca.

Olhei para cima, ele é 10 centímetros mais alto do que eu e tem o quádruplo da força que não tenho, sua camiseta branca estava com uma pizza no meio que eu derrubei.

– Desculpa Blaise. Foi mal. – disse com um desespero na voz que não pude conter.

Blaise olhou para a sua camiseta e ficou vermelho. Ele olhou para mim com a cara vermelha e os punhos cerrados.

– Blaise, por favor, me desculpa. – disse de novo.

Uma veia saltava em seu pescoço. Ele olhou para o seu punho e eu mal pude o ver acertando o meu queixo. A dor foi espontânea fui diretamente ao chão segurando o queixo me contorcendo de dor. Ele olhou para mim e disse.

– Filho da mãe. Vai sonhar com os olhos de Richart. - e então ele me deu um chute na barriga. Depois saiu andando irritado.

Mellonie e Richart me ajudaram a me levantar. A dor ainda corria em meu corpo, mas fiz um gesto para não me ajudarem. Peguei a bandeja e olhei pelo refeitório. Vi Cassie eu vi que ela me olhou, mas então desviou o olhar.

Fomos para uma mesa.

– É sério, cara, o teu queixo ta roxo. – disse Richart.

– Deixa Richart, só fiquei triste pela a minha pizza. Eu gosto de pizza. – eu respondi.

Mellonie soltou uma risada sarcástica.

– Me deixa ver. O Blaise te deu uma surra e tudo que te preocupa é a sua pizza? – perguntou ela.

Balancei a cabeça em concordância.

– Bem isso. Que tal agente mudar de assunto? – perguntei. Bem nessa hora Richart bateu na mesa com um grande sorriso na boca.

– Gente vocês viram o Craig? – negamos. – O cara queria deixar o cabelo loiro. E sabe o que aconteceu? – negamos novamente. – O cabelo dele tá branco. – Richart começou a rir loucamente. Eu e Mellonie nos entreolhamos não entendo a graça, franzi a testa para ela e ela só deu de ombros.

– Ta bom... – disse Mellonie.

O último sinal tocou. Peguei o meu material e fui diretamente para o corredor da escola. Meu queixo ainda estava roxo então ouvi alguns múrmuros, risadas, vi pessoas apontando em minha direção... Não me importei, a vida é assim, altos e baixos, mas naturalmente a minha vida é feita de muitos baixos e alguns altos.

Estava indo ao meu armário- como eu já disse- mas, então fui interrompido pelo o meu professor, que eu chamei de “armário com a combinação inexistente”. Sim é o Sr. Lee.

– Ethan – disse ele indo a minha direção. Só fiquei parado esperando ele vir. – Queria te falar que você é o melhor aluno que já tive, mas é muito esculhambado. – Será que ele tem razão que nunca se viu num espelho. Franzi a testa.

– Valeu?

– Espera ainda não terminei. – conseguia sentir o hálito de álcool dele. – Ouvir você me faz pensar que você me entende. – Ah, como ele está errado. – Ethan, continue assim, mas é sério, penteie este cabelo. E além do mais no meu tempo eu não deixava os outros deixarem o meu queixo roxo. – disse ele virando para trás, e então ele foi embora.

– Tchau-murmurei. Fui para o meu armário sem NINGUÉM me interromper. Peguei a minha mochila e tranquei o armário. Não precisava esperar Cassie, mas mesmo assim a esperei do lado de fora da escola.

Comecei a pensar como seria o último dia em que eu pisava naquele lugar. Mesmo tendo pessoas que não me entenderam naqueles corredores... Eu gosto dali. Seria a última vez de tudo. Mas, faltava muito tempo. Só que eu não sabia naquele tempo que seriam os meus últimos dias em pé em frente da escola, esperando Cassie. Eu deveria ter feito mais coisas naquele corredor, mas como eu iria saber?

Isto foi mais um pensamento perdido nas sombras.

+++

Eram 19h40min, quando estava em meu quarto. Sentado em minha cadeira olhando atentamente para o computador conversando com Richart no Facebook:

RICHART ALVES: Cara, eu preciso mesmo passar em física! Assim do jeito que eu to vou acabar repetindo mais uma vez de ano!

ETHAN WALKER: Por que você simplesmente não estuda?

RICHART ALVES: Ha, muito engraçado. Até parece que... Espera você já arranjou alguém para o baile?

Eu já tinha avisado que ninguém aceitaria ir comigo.

ETHAN WALKER: Não, e você? E além do mais eu não vou.

RICHART ALVES: Para a sua surpresa eu vou com Caroline. E por que você não vai com Mellonie?

ETHAN WALKER: Tá doido? Eu não vou convidar a Mellonie! E... Como Caroline quis ir com você para o baile?

RICHART ALVES: Ah, você ia com Mellonie como amigo. E a Caroline aceitou ir comigo porque ela não tinha ninguém... E eu tenho um carro. E quem sabe depois que você e Mellonie forem juntos ela descubra que ela também está perdidamente apaixonada por você. Você olhará para os olhos dela, ficará perdido no azul deles e a próxima coisa que se sabe seus lábios estão pressionados um contra o outro.

ETHAN WALKER: Você é mesmo um idiota.

RICHART ALVES: Em pessoa.

Estava escrevendo uma resposta para Richart quando alguém bateu na porta. Abaixei o som que tocava Evanescense Tourniquet. Olhei ara a porta e disse:

– Entra. - E para a minha surpresa quem bateu na porta era Cassie. Ela entrou lentamente e eu afastei um pouco a cadeira. – Cassie? Por que você está aqui? Sabe não que eu não goste, mas, por quê?

Cassie não disse nada só se sentou na beirada da minha cama. Virei a minha cadeira em sua direção. Seus longos cabelos cobriam a sua cara.

– Ethan – disse ela levantando a cabeça. – Desculpa. – Franzi a testa.

– Cassie por que se desculpar? Não é como se estivéssemos em risco de morte, não é?- Nossa como eu era um idiota. Cassie começou a batucar os dedos em sua perna.

– Não Ethan, me desculpe por não ter te ajudado quando Blaise te bateu, desculpa por não ter te defendido quando te sacaniavam, desculpa por não ter sido uma irmã mais velha. –Seu tom de voz parecia como se tudo fosse a sua culpa.

– Cassie, eu não te culpo por nada. – Cassie se levantou da minha cama e colocou uma das suas mãos no rosto para esconder as lágrimas. Levantei-me e ela estendeu os braços, e o que não esperava aconteceu. Cassie chorava e eu a abraçava.

– Ethan, você não entende. É mais do que você pensa. – Eu não entendia mesmo, mas não quis perguntar. Ela precisava das pontas dos pés para colocar a cabeça em meu ombro, mas eu não importava.

– Ei, tudo estará bem. Mesmo eu não sabendo do que está falando tudo estará bem. Eu prometo. O.K? Cassie quando você vai para o Brooklin?

– Amanhã.

Cassie se afastou de mim e enxugou algumas lágrimas. Assentiu e foi embora. Para ser sincero? Eu gostei daquele abraço. E para falar a verdade nunca me lembro de nos abraçarmos. Esta foi a primeira vez.

Voltei para a minha cadeira e vi que Richart já tinha saído do computador e não tinha mandado mais nenhuma mensagem. Desliguei o computador e coloquei para tocar Liquid State, Muse um pouco baixo para não provocar ninguém. Tirei aquela roupa e coloquei um, bom, quase pijama; uma camiseta cinza velha folgada uma calça azul moletom. Peguei o livro Bandeira Negra do Assassins Creed, e sim, tem livro. Comecei a ler “Uma vez decepei o nariz de um homem.” Começou. Eu estava na parte onde ele encontra Caroline quando ouvi alguns barulhos do quarto ao lado.

Tirei a música e eu ainda ouvia as vozes:

– É a única chance. – era a voz de meu pai.

– Mas, um dia ele vai ter que descobrir. – a voz da minha mãe. Eu não era sorrateiro nem nada, mas me aproximei da parede para ouvir.

– A verdade, eu sei. Você já disse. Eu sei que o menino terá que saber. – Me levantei da cama e sai sem fazer barulho e comecei a ouvir entre a porta. – Mais tarde.

– Quando é mais tarde? – perguntou a minha mãe com um tom sério. – Adam, quando? Ele tem que saber. Não é justo até irmã saber. 15 anos, Adam. 15 anos vivendo sem a verdade. E a Cassie? Sempre sobe.

– Eu sei...

– Não. Você pensa que quando sairmos de Chicago e sairmos daqui o menino vai aceitar tudo- Quando a minha mãe ia terminar eu entrei no quarto dela e perguntei para eles:

– Sair de Chicago? A verdade? A Cassie sabe? – A minha mãe olhou em direção de meu pai irritada.

– Hein, Adam. Eu não disse isso? Por que não conta logo à solução?

Meu pai olhou irritado para a minha mãe depois olhou para mim. Eu estava atordoado meus olhos nunca tinham visto os dois brigando. E a verdade? Eu não sabia do que eles falavam. Só sei que queria respostas.

– Ethan, me ouça. Agente vai sair de Chicago. Mas, não posso contar a verdade.

Agora eu quem estava irritado. Aproximei-me do meu pai e apontei o meu dedo a ele.

– A verdade. Será que é muito para você contar? Será que eu sou uma bomba atômica?! – disse quase gritando. – Se todos sabem menos eu e você não tem coragem-

– Não levante a voz desse jeito par mim, Ethan. – interrompeu meu pai falando entres os dentes.

– Eu levanto sim! Se você não tem coragem de aceitar isso, eu não consigo considerar você o meu pai. Sabe, eu nunca ouvi quanto você me ama ou estava orgulhoso. Nunca. Tudo o que você faz é ficar sentado vendo a vida passar diretamente nos seus olhos. – disse vermelho com algumas lágrimas em meus olhos. Meu pai estava sem palavras a minha mãe estava com a mão na boca chorando. – Eu não vou sair de Chicago. – disse com a voz saindo entre os dentes. – Não vou sair de Chicago, com uma pessoa que não considero o meu pai.

Sai dali fechando com força a porta. Tranquei o meu quarto, peguei o meu I Pod e comecei a ouvir bem alto o álbum The Future is Mediavel do Kaiser Chiefs. Ouvi alguém batendo em minha porta, mas não abri. Virei para o outro lado da minha cama e fechei os olhos.

Esta foi a primeira vez que desejei dormir e a última que os via.


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Notas finais do capítulo

espero que gostem...



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