Tempo Perdido escrita por Raposa


Capítulo 25
Don't Cry for Mercy


Notas iniciais do capítulo

heeeyyy, quanto tempo, hein???? Tomara que gostem!!



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P.O.V Narrador

– Soube que você não é tão inocente quanto parece. - disse Ethan a Julia mexendo o copo de vidro cheio de água e gelo. Julia soltou uma risada de desprezo.

– Poupe-me, Walker. - ela disse com um quê de irritação na voz. - Você e sua irmã tem algo em comum sabia? - Ele odiava tocar neste assunto, mas ele foi quem a provocou. Por que ele fez aquilo mesmo? Nem se incomodou em responder. Ela iria sempre ter uma resposta. - Você e Cassie, Ethan, sabem muito bem como enganar alguém.

Ele tomou um gole da água.

– É, só que tem uma bela diferença aí, dona Julia. Cassie é uma sociopata. Eu sou um idiota. – o garoto olhou para ela e ergueu uma sobrancelha. - Percebe a diferença? – ela ia falar algo, mas ele a interrompeu: - Pare. Só não quero falar sobre ela. – Levantou-se com o copo de água na mão. Estava quase sendo engolido pela multidão quando Julia se levantou.

– Você não tem ideia do que está fazendo, Walker.

– Pare de me chamar de Walker. – Ethan disse virando para trás em um ríspido.

– Não escolheu nem um caminho de um deus, como vai conseguir sobreviver a tudo isso? – Ele se aproximou sentando-se novamente naquele banco, Julia também se sentou suspirando. – Olha, eu não estou te dizendo que não tem potencia nem nada disso. Só estou dizendo que só porque está neste mundo a um mês não quer dizer que pode brincar de Deus. – ele sentiu uma mistura de sentimentos, confusão, tristeza e raiva. Não sabia por que aquelas palavras o provocaram aqueles sentimentos.

– Não quero brincar de Deus. – disse o baixo querendo que ela não ouvisse. – Só que... Tenho esse sentimento estranho que... Se alguém morrer, eu serei o culpado.

Ela o olhou séria, com os seus olhos frios como uma geada. Sentiu um certo arrepio por olhar em seus olhos.

– Vença esse sentimento. Muitos morrerão você pode ser um deles, eu posso. Sentir essa raiva ou culpa não faz o menor sentido.

Ele ficou a olhando se dispersar pela escuridão “não faz o menor sentido”. E então o que fazia sentido? Ela não o entendia, não era capaz de entender aquele sentimento.

Ele se levantou com um sorriso insano no rosto, não sabia o que ia fazer, mas ia fazer algo. Não podia ficar sentado lá para sempre. Foi para o meio da pista e parou uma garota qualquer, ela sorriu para ele também. Seus cabelos eram louros, quase brancos, sua pele era branca como porcelana e possuía olhos hipnotizantes.

– Olá. – ela falou.

– Ethan.

– Sophia. – Não se importava se o nome dela era Sophia ou qualquer outro.

– Gosto dessa música, Sophia.

A menina riu. Ethan se aproximou dela e tirou uma de suas mechas da cara e colocou seus lábios em seu ouvido.

– E gostei de você.

– Nem nos conhecemos.

– E continuaremos assim. – ela abriu um longo sorriso já sabendo o que iria acontecer e ele também.

– Você sabe, eu sei... – Sophia colocou seu dedo indicador na gola da camiseta branca de Ethan. Os lábios dela e de Ethan estavam próximos, mas não se encostando. – Queremos a mesma coisa, Ethan, não é?

O garoto nem se incomodou em responder, colocou suas mãos nos quadris dela e a beijou ferozmente. Ela correspondeu o beijo se curvando para mais. Quando perceberam já estavam se afastando a caminho do banheiro. Ele a encostou na parede daqueles azulejos velhos e começou a beijar seu pescoço lentamente.

– Sim, eu sei.

P.O.V. Uriah

– Cadê o Ethan?! – eu perguntei acima da música apunhalando minhas duas adagas e lutando com um dos Outros que estava a minha frente. Félix com sua espada de prata já estava a enfiando no estômago de outro.

– Faço a mínima ideia!

Desviei de uma lâmina. Cravei uma de minhas adagas no braço dele. O de preto grunhiu. Dei uma rasteira o fazendo bater a cabeça no chão, movi-me rapidamente e cortei-lhe a garganta.

– Uriah, atrás de você! – gritou Sara. Olhei para trás e vi uma lâmina negra como carvão na lateral de meu rosto senti o sangue escorrendo de minha bochecha e ardor. A raiva me invadiu e gritei invocando minha espada dupla choquei-a contra aquela lâmina, ele me chutou na barriga me fazendo ir para trás quase caindo, cravei a lâmina no chão evitando a queda.

– Não encontrei o Ethan! – disse Rose com um tom preocupado. Respirei fundo.

– Porra. – murmurei, levantando-me e girando a dupla espada por minhas mãos e a jogando mirando no peito do inimigo que foi jogado para trás com os olhos como vidro e o sangue emundando sua roupa. Rose apunhalou uma espada grossa negra do caído.

– E nenhum desses mortais sabe o que está acontecendo? – ela perguntou.

– Estou manipulando a névoa.

– Então eles estão vendo o que?

Dei de ombros.

– Pessoas normais dançando.

Fui em direção do cara que matei lançando a espada, sem nenhuma cerimônia descravei a minha espada de lá. E em meio de sombras seu corpo desapareceu. Olhei confuso para todos, e eles olharam para mim. Mais três surgiram. Todos usando sobretudo, com cabelos negros, e um com cabelo prateado, seus sorrisos tinham certa insanidade, e seus olhos eram vermelhos como sangue, seguravam espadas grossas negras. Alinharam-se em posição de batalha. Segurei com força aquela espada e também fiquei em posição, Sara, Félix, Rose, Júlia e Julia também seguraram fortemente as armas.

– Cadê você Ethan? – sussurrei para mim mesmo.

– Ele manda um recado: Seu amigo Kane não durará muito tempo. – falaram em uníssimo. Fechei os olhos e respirei fundo mais uma vez. Olhei para Félix que também me olhou com os olhos vermelhos de raiva. – E para saírem de seu caminho, ou vão acabar como aquele Walker. Se não contarem logo a verdade, Mestre Corvus contará.

– Vão se foder. – ouvi uma voz familiar falar. Os três viraram para trás e o de cabelo prateado começou a gritar em agonia e logo caiu no chão com a boca e os ouvidos cheios de sangue. E os de cabelos negros começaram a enforcar um ao outro, suas caras foram de roxo para verde, então caíram no chão, mortos. Revelando o assassino deles, Ethan, olhando para o chão com a cara pálida, confuso. Dei um passo para trás junto com os outros. Ethan era bem mais poderoso do que imaginávamos. Acho que nem ele sabia sobre seu poder. Ele nos olhou preocupado, parecendo enjoado, vi que estava fraco, não aguentaria nem mais um passo. E eu estava certo, pois nessa hora seu corpo caiu inconscientemente no chão.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews???



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