Tempo Perdido escrita por Raposa


Capítulo 24
Sweet weather


Notas iniciais do capítulo

Heeey, como vão?! Mais um capítulo!!



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P.O.V Narrador

–Eu não acredito que você está me falando isso agora! - Thomas disse irritado afundando a cara nas mãos e sentando na ponta do sofá velho. Então ele tirou suas mãos do rosto passou suas mãos por seus cabelos negros. - Simplesmente não acredito.

Ela o olhou com um olhar demonstrando pena. Ele odiava aquele olhar, não precisam sentir pena, só precisavam entender a situação.

– Tom - ela disse se aproximando dele com a voz calma, tentando pronunciar as palavras em modo que não o machucasse. - É preciso guardar segredos, eu não sabia como-

– Não! - o maior a interrompeu levantando-se rapidamente e apontando para si. - Você sabe o que eu sou?! Eu matei essas pessoas. Eu as matei! - ele conseguia sentir um nó em sua garganta e as lágrimas queimando em seus olhos, o filho de Hades esfregou os olhos secos com uma raiva incontrolável querendo machucar si mesmo. - E agora você está me dizendo que... Ela morreu? - sua raiva era como o fogo queimando a lenha, só aumentava, seus olhos pareciam chamas ardentes, ele suava horrores, sentia um enjoo. Em um movimento rápido, sem saber da própria força, derrubou o sofá no chão e desabou junto se encolhendo com as pernas pressionadas contra peito e a cabeça nos joelhos. Parecia que estava chorando, soava como um choro, mas era a sua respiração pesada. - Eu não entendo, não entendo. Por que a Effy? - sussurrou.

Kate ficou de joelhos ao lado de Tom, colocando sua mão em seu ombro.

– Motivos, todos têm. Mas... Tenho certeza que ela ainda pensa em você como um irmão. As pessoas vão mudando de confiança. Effy foi uma dessas. - ele se sentou com as costas apoiada no sofá.

– E a sua confiança levou a sua morte. Sua morte levou a minha loucura. A minha loucura me tornou um assassino. E agora eu descubro que ela morreu por minha causa. Que na verdade não é a minha culpa, já que estava sendo controlado. E que todos nós podemos ser controlados. - ele soltou uma risada amarga que cresceu, aumentou mais e mais até virar uma gargalhada histérica. Thomas virou seus olhos para Kate. Eles estavam vermelhos e arregalados, ele parecia um maluco. Seus lábios com um grande sorriso trêmulo faziam o parecer um verdadeiro psicopata. - Eles vão matar a todos. Eles vão fazer matarmos pessoas que amamos. Não vão descansar, até um mundo virar um caos. - suas palvras sairam entre risos, mas de repente ficou sério e seu lábio ainda tremia, mas não era um sorriso. - Eles vão matar a todos! Todos!
P.O.V Cassie

Senti uma risada amarga crescer dentro de mim, mas me contive. Trabalho simples. Simples como completar o jardim de infância. Sabia onde encontrá-lo, ele não fazia ideia que estava ali. Tolos. A rua estava escura, só com um poste iluminando um pouco do meu corpo.

As poças de chuva refletiam na luz amarela. A água se acumulava em um local do poste e pingava do meu lado.

Usava uma saia branca florida, uma camiseta branca justa com rendas no decote, um casaco fino todo florido, cobrindo o meu cabelo caindo em meus ombros, minhas roupas estavam encharcadas pela chuva.

Meu próximo alvo seria o mais fácil de ser manipulado, tudo estava em meu controle. Não me importo em seduzir eles, fazendo eles sentiem livres quando na verdade já estam presos em minhas teias e... Isso já é fácil de imaginar.

Vi os faróis do carro, era ele. O teatro começou. Forcei-me a chorar, um choro convicente. Como eu sabia que era seu carro? Não precisam saber a resposta. Como eu esperava o carro parou bruscamente ao meu lado.

A janela do carro abaixou e o rosto de Dakota apareceu nele preocupado. Como imaginava.

– Cassie? O que houve?! - ele saiu rapidamente do carro com um guardachuva preto. Com um braço ele me fez se aproximar de seu corpo. Entrei em seu carro, ele fechou a porta com uma delicadeza surpreendente. Minha cabeça estava olhando para baixo. Seu banco de coro já estava ficando molhado por minhas roupas encharcadas.

– Cassie, alguma coisa aconteceu? - acenei com a cabeça ainda com a cabeça abaixada. Ele parecia um pouco desconfortável na situação. Olhei para Dakota com uma lágrima escorrendo em umas das maçãs do meu rosto. Não conseguia sentir nenhuma emoção, nunca consegui. Não dóia mentir. Só sentia o prazer de fazer o que fazia. Como podiam ser manipulados tão facilmente? Senti uma vontade de rir novamente, mas não o fiz. Continuei calada.

– Não consigo fazer nada direito, Ethan fugiu, meus pais foram mortos, pessoas que pensavam que conhecia estão no ourtro lado, Peter... - acrescentei um tremor em minha voz, minhas mãos tremiam, pisquei para afastar as lágrimas. Dakota agarrou as minhas mãos.

– Não precisa falar mais nada. - olhei para suas mãos, podiam se ver suas veias, e um elástico grosso preso em seu pulso. Sabia o próximo passo, e então vem a parte fácil.

– Beije-me. - disse com pouca neutralidade, o filho de Baco me olhou com seus olhos escuros preocupados. Ele estava desconfortável, mas logo não estaria.

– Tudo bem. - ele se aproximou de mim, colocou uma de suas mãos em meu rosto e me beijou. No início seus lábios estavam rígidos, mas então suavizaram, ele colocou a outra mão em meu quadril, envolvi meus braços em sua nuca, nossos corpos estavam próximos. Ele começou a mover suas mãos pelo meus ombros, pelo meu corpo como se o moldasse. Alcancei em meu bolso o aparelho que Lahey tinha criado sutilmente, ele nem pareceu notar. Parei de beijá-lo e o olhei sem emoção e disse:

– Você não foi o melhor. - quando a frase terminado a lâmina já estava presa no estômago de Dakota. Seus olhos demonstravam o choque que sentia, a raiva o ódio, tudo em um olhar. Estava boquiaberto, afastei-me de seu corpo com um sorriso brotando no rosto.

Beijei-lhe a bochecha e senti seu último suspiro. O aparelho voltou para o meu bolso. Nenhum sangue, nenhuma hemorragia, nenhum sinal que estive ali.

Finalmente soltei aquela risada.

– Pervertido - disse enquanto saía do carro deixando seu corpo imóvel para apodrecer.

Sem nenhum sentimento.

P.O.V Ethan

– Uriah, que lugar é esse? - perguntei para ele enquanto estravamos em um lugar fechado sem janelas com vários adolescentes pulando ao som de Nirvana “Smells like”. O lugar tinha um cheiro forte de álcool, as luzes vermelhas e azuis não paravam de piscar, você já começava a suar perto daquele calor humano.

– Um lugar.

– Sim, sabemos que é um lugar, mas... Por quê? - perguntou Félix indo em sua frente.

– Informantes. E também é divertido. - Vi Rose revirar os olhos.

– Informções somente, Uriah.

Ele ficou em nossa frente com os braços abertos e então abraçou Rose, apertando a garota, ela estava envergonhada tentado se soltar, mas o maior não a soltava como se nem percebesse que ela tentava tirar aqueles longos braços de cima dela.

– Ah, Rose, não quer se divertir um pouco?

– Não aqui. - ela olhou para cima nos olhos de Uriah. Ele fingiu estar triste com a resposta, mas então soltou uma risada, bagunçou os cabelos escuros de Rose ainda a abraçando.

– Menina sincera. Ta bom, vamos morrer? Sim. Vamos morrer sem se divertir e o Ethan não perder a virgindade? Não vou deixar. Ta, talvez o Ethan nunca possa realizar seu grande sonho...

– Não é o meu grande sonho! - questionei.

– Calado! É só uma festa. Tentem se divertir, toca música boa aqui.

Então finalmente soltando Rose e pegando a mão de Julia ele adentrou na multidão de pessoas. Ela soltou um longo suspiro.

– Não confio nele. - ela disse sem nenhuma comemoração.

– Ele foi quem te salvou. E ele não foi quem apareceu no meio do nada. - Aproximei dela com um olhar duro. - E além do mais, em quem devemos confiar.

Ela cruzou os braços. - Ninguém. - ela disse abrindo um grande sorriso. - Relaxe, parece tenso. Não é para nos divertimos em uma festa?

Continua...


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews?!



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