Tempo Perdido escrita por Raposa


Capítulo 21
X's & O's


Notas iniciais do capítulo

Heeyyy, que demora, né??? Mais um capítulo para vocês divos!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/449820/chapter/21

P.O.V Ethan

Meus olhos se abriram lentamente direcionados ao teto da cabana, tinha até me esquecido que a gente tinha saído da casa do Brooklyn que eu quase me apronto para ir para o COLA. Olhei em volta, todos dormiam profundamente. Levantei-me, peguei o M16 coloquei a alça em meu ombro e saí da cabana ainda de pijama e descalço.

O dia não estava tão frio, o sol refletia nas folhas secas, o céu estava um azul pálido, o que sobrou da fogueira eram só cinzas. Me espreguicei e bocejei. Parecia um dia normal para mim. Andei para onde o rádio de Uriah estava, sentei-me na rocha com o M16 em meu colo. Fechei meus olhos para ouvir o silêncio que finalmente veio, sabe que horas o Uriah desligou aquele rádio? Bom, na verdade faço a mínima ideia, ninguém trouxe relógio.

Eu pensava toda hora na minha antiga casa, na minha antiga escola, na minha antiga vida. O que deveria estar acontecendo com eles neste momento? Será que sabem porque eu e Mellonie saímos? Sobre a morte dos meus pais e meu desaparecimento? Será que Richart está com a ideia que estamos mortos? O que estão pensando será um mistério que talvez eu nunca saiba responder. Acho que nunca mais verei eles. Tenho que me acostumar com a ideia de estar sozinho nessa. Que não posso confiar em ninguém. Acho que posso confiar nestes. Bom, até agora só eu e Félix quase matamos um ao outro... Mas isso foi diferente.

Argh! Isso poderia ser bem mais fácil. Acho que todos sofremos complicações em qualquer vida.

Acho que eu estava tão desconcentrado que nem percebi o som de galhos se quebrando. Meus olhos se abriram imediatamente. Levantei-me tão rápido que quase caí me sentando novamente, segurei o M16 com força. Olhei ao redor da Clareira, nada. Mais galhos se quebrando, e, então alguém apareceu, sem pensar atirei, com sua espada o garoto parou a bala. De primeiro não vi seu rosto, mas quando ele chegou na borda da Clareira consegui vê-lo. Seus cabelos eram castanhos escuros bagunçados, seus olhos verdes estavam estampadas com a raiva evidente, sua espada era de bronze, igual a de Sara, mas algo era diferente nela. Apontei o M16 para ele tremendo.

– Largue a arma! - gritei um pouco trêmulo. O garoto se aproximou um passo sem largar a arma. - Eu disse para largar a arma! Mais um passo e eu atiro! - sinceramente isso é muito Law & Order. O garoto riu e se aproximou mais um passo, sem nem me dar tempo para pensar ele começou a correr em minha direção. Fechei meus olhos e comecei a atirar, mas ouvi as balas chicoteando em sua espada. Recuei um passo para trás e tropecei na pedra caindo de costas no chão.

Sinceramente, é tão patético. O Garoto ficou em pé na pedra sorrindo.

– Você pensava mesmo que ia "largar a minha arma", foi estúpido. - enquanto o garoto ria e se distraia, chutei sua mão fazendo sua espada voar para longe e tirei o M16 do ombro. Ele me olhou com raiva.

– Ótimo, agora você largou a arma - disse me levantado e o dando um soco no meio de sua cara. Ele tentou chutar o meu lado direito mas antes disso pulei para trás. Só uma pergunta rápida, como nenhum deles acordou com esse barulho? Recebi um soco na mandíbula e devolvi para ele um chute na barriga fazendo-o cair direto no chão. Coloquei meu pé em sua barriga e duas mãos pressionando os ombros dele no chão fazendo-o ficar imóvel. - Não foi uma boa ideia não me ouvir, nunca é, e, principalmente, nunca é bom vir sozinho para um lugar sozinho.

Eu o vi rir de novo.

– E você não parece saber como os esquemas funcionam. - Vi sua mão pegar algo do bolso e apontar para o céu. Foi tão rápido que nem consegui o impedir. Um sinalizador. O fogo vermelho foi rodopiando pelo ar até o topo da Clareira explodindo em faíscas. Tirei meu pé e minhas mãos do cara que nem conhecia e olhei diretamente para o céu atônito. Olhei para ele que ainda ria baixo. - E daqui a pouco eles chegam, e você e suas frases baratas de programas de detetives... Ha!

Um nervosismo começou a criar em meu peito, um suor frio começou a descer na minha testa. Cerrei meus punhos enquanto a tontura tomava conta do meu corpo, fechei os olhos com força. Senti o suor caindo em meu pescoço, a mesma frieza que senti quando me fizeram eu mesmo me enforcar. Abri os olhos e vi que ele já tinha se levantado e estava na minha frente, sua imagem estava turva, vi seus lábios sibilando algo que consegui ouvir fragmentos como se ele tivesse duas vozes. E então como se algo estivesse martelando na minha cabeça, coloquei minhas mãos na minha cabeça a agonia era imensa. Meus joelhos estavam tão fracos que caí de joelhos no chão ainda segurando a cabeça, aquele som era como uma um grande portão de ferro se fechando e chiando no chão, tentei gritar mas eu não possuía mais a voz. junto com o chiado uma voz começou a falar em minha cabeça: Somos o X's e vocês os O's deste jogo. Piscando tentando ficar acordado, com o som em todas as partes, até que caí de lado e não aguentei mais vendo o mundo desaparecer em minha volta junto com a minha consciência.

(...)

– Ethan. Acorda. Ethan. - Lentamente meus olhos se abriram. Cabelos quase loiros, mechas, olhos azuis...

– Sadie? - perguntei quase em um sussurro. Ainda com a cabeça doendo, apoiei-me nos meus cotovelos e olhei em minha volta. Sadie, as Julias, Uriah, Félix, duas pessoas desconhecidas e Sara. - O que aconteceu exatamente?

Sadie abriu a boca para falar, mas a pessoa que ataquei foi mais rápida:

– Enquanto eu me levantava depois daquela luta desnecessária, você ficou estranho, caiu, tentou gritar e desmaiou. Aproposito o meu nome é Percy.

Levantei as sobrancelhas.

– Só isso? - ele levantou uma sobrancelha. - Ah, Ethan Walker.

– Ta, aí o sinalizador funcionou Sadie e Annabeth vieram e você ficou umas quatro horas desmaiado.

Félix me olhava com um olhar preocupado. Ele abriu a boca para falar, mas mudou de ideia, mas então falou de uma vez:

– Ethan, o que você ouviu? - Não sei como Félix soube que eu ouvi algo, mas como ele também já foi vítima dele...

– Foi como se fosse... Como... - eu não conseguia falar direito era tanta coisa. - um chiado, ele era alto, e, uma voz... Falando alguma coisa. Alguma coisa de que eles eram o X e a gente o O...

Uriah estalou os dedos com um sorriso estampado no rosto. Uma ideia.

– Tipo jogo da velha! Eles estão um passo a frente, claro, mas se eles estão quase vencendo o jogo, temos que parar esta jogada. - Todos o olharam surpresos, Uriah era o gênio dali mesmo. - Falando sério, ninguém pensou nisso? - todos negaram. - Nem você, Chase? Arght, ta bom, me chamem de Einstein, Arquimedes, Thomas Edison... Mas, principalmente o Edison, porque eu sempre tenho essa lâmpada acesa na cabeça.

Gênios, ouviu isso, Ethan? Todos esses gênios citados já morreram se percebeu. Espero o dia em que o nome dele esteja na lista. disse a mesma voz na minha cabeça, desta vez ignorei.

(...)

Finalmente voltei para aquele saco de dormir que começou a virar o meu lugar favorito. Abri a minha mochila e tirei Tormenta (segundo livro da série Fallen). Mas antes de começar alguém entrou na cabana improvisada, Félix, com a cara assustada.

– Achamos uma pessoa, na floresta. - Fechei rapidamente o livro e saí correndo da cabana e vi Uriah segurando alguém em seus braços em volta de um cobertor magenta. Ele veio o mais rápido o possível entrando na cabana, entrei junto, não sei o que sentia. Chocado, confuso, mas não sei o que fazia, então só entrei na cabana junto. Félix correu e colocou um saco de dormir extra no final da cabana e recitou um feitiço. Uriah deitou a garota no saco de dormir, ela ainda tremia, sua cara estava assustada, coberta pelo seu cabelo preto um pouco cacheado.

– Precisamos de mais cobertores! - gritou Uriah, corri para a minha mochila e retirei um cobertor preto e branco xadrez e a cobri. Eu e Uriah agachamos. A menina se encolheu. - Está tudo bem agora. - disse Uriah com suavidade.

A garota negou.

– N-não, não. E-eles ainda estão lá fora. F-falaram que eu conseguiria vê-los novamente, m-mas mentiram, eles me deixaram neste lugar... e...

Uriah se aproximou mais um pouco dela.

– Não precisa falar nada, mas poderia falar o seu nome? - ele perguntou. Cara, desde quando ele é psicólogo?

A garota assentiu.

– Rose


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Heeeyyy, mereço cometários???



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Tempo Perdido" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.