P.O.V Narrador

– Tem certeza que ele será melhor para o papel? - perguntou o homem atrás das cortinas. Corvus assentiu a cabeça dando uma risada da pergunta.

– E você ainda pergunta? - Corvus estava com o seu tradicional manto de penas de corvo, seus cabelos louros cor de areia ainda mais bagunçados, suas olheiras estavam profundas e roxas, seu sorriso alucinado parecia rasgar suas bochechas, seus braços cruzados e sua cabeça inclinada observando atentamente a tela preta mostrando uma imagem um pouco turva de um menino. - Ele é perigoso, forte, ágil, inteligente... Um assassino nato.

– Mas ele saberá se estar traindo os amigos ou os mantando, não tem chance. Você sempre foi uma piada, Corvus! - o homem brandou atrás das cortinas. Corvus estava irritado por dentro, mas, para não demonstrar isso forçou uma risada.

– Uma piada? Falando sério, não sou eu que me escondo atrás de cortinas. Ah, ele não saberá quando estiver fazendo, você sabe muito bem que, manipulação e perda de memórias é comigo. - disse no seu tom sarcástico de sempre. - E, além do mais, não foi você que capturou Carter Kane, não é mesmo?

Foi a vez do homem de rir.

– Pelo o que ouvi foi um de seus ajudantes... Também soube que matou um deles? Qual era? O irmão do Lahey? Ah, era um bom garoto, não sei a necessidade de ter matado aquele. - disse quase rindo das palavras que dizia, cada provocação, cada palavra que saía da boca daquele homem acendia a louca raiva que Corvus sentia por ele.

– Chega! - gritou - Essa conversa se trata hoje de um homem só, não do fracasso dos outros. - respirou fundo e abriu mais uma vez o sorriso. O homem riu mais uma vez.

– Mas, então, porque

– Tem certeza que ele será melhor para o papel? - perguntou o homem atrás das cortinas. Corvus assentiu a cabeça dando uma risada da pergunta.

– E você ainda pergunta? - Corvus estava com o seu tradicional manto de penas de corvo, seus cabelos louros cor de areia ainda mais bagunçados, suas olheiras estavam profundas e roxas, seu sorriso alucinado parecia rasgar suas bochechas, seus braços cruzados e sua cabeça inclinada observando atentamente a tela preta mostrando uma imagem um pouco turva de um menino. - Ele é perigoso, forte, ágil, inteligente... Um assassino nato.

– Mas ele saberá se estar traindo os amigos ou os mantando, não tem chance. Você sempre foi uma piada, Corvus! - o homem brandou atrás das cortinas. Corvus estava irritado por dentro, mas, para não demonstrar isso forçou uma risada.

– Uma piada? Falando sério, não sou eu que me escondo atrás de cortinas. Ah, ele não saberá quando estiver fazendo, você sabe muito bem que, manipulação e perda de memórias é comigo. - disse no seu tom sarcástico de sempre. - E, além do mais, não foi você que capturou Carter Kane, não é mesmo?

Foi a vez do homem de rir.

– Pelo o que ouvi foi um de seus ajudantes... Também soube que matou um deles? Qual era? O irmão do Lahey? Ah, era um bom garoto, não sei a necessidade de ter matado aquele. - disse quase rindo das palavras que dizia, cada provocação, cada palavra que saía da boca daquele homem acendia a louca raiva que Corvus sentia por ele.

– Chega! - gritou - Essa conversa se trata hoje de um homem só, não do fracasso dos outros. - respirou fundo e abriu mais uma vez o sorriso. O homem riu mais uma vez.

– Mas, então, porque capturou um Kane se não era a prioridade do momento?

Corvus colocou as mãos na cintura se alongando, e em seguida estralou os dedos um por um pensando em uma resposta.

– Estava entediado, meu caro amigo. Precisava de um brinquedo para torturar. Por que não um Kane? - Ambos riram histericamente como se fosse a piada mais engraçada do mundo.

– Sabe quem também é um bom brinquedo de tortura? - perguntou o homem recuperando-se das gargalhadas. - Um que vale a pena fazer perder a cabeça?!

– Diga-me.

– Um Walker.

P.O.V Ethan [Soundtrack:https://www.youtube.com/watch?v=iQHbU3ods9c&list=RDeAEOkgEEvok&index=2]

Eu sabia que era um sonho, sabia muito bem que nada daquilo estava acontecendo, sabia que em um simples movimento, ou até gritar poderia voltar a minha consciência, mas não fiz nada disso.

Mellonie. Era ela que estava em meu sonho. Seus cabelos logos e ondulados estavam caídos no ombro, como sempre deixava, seus olhos mostravam a evidente tristeza, via as lágrimas acumulando neles, vermelhos em volta do verde deles, sua pele levemente bronzeada, sua tradicional camiseta regata da Florence and the Machine e aquele mesmo casaco vermelho fino, sua calça jeans que não era nem folgada nem justa e seus all stars vermelhos com estrelas pretas.

– Ethan. - disse com a maior suavidade do mundo, a olhei, não esperava tanto deste sonho, a sua voz parecia distante, eu parecia distante, mas ainda conseguia sentir sua presença. Aquele choque de sempre que olho para ela, aquele ódio ainda não desapareceu, mas aquele choque que sempre sentia ainda estava ali, e além do mais, quem disse que as minhas esperanças morreram? Claro, eu tinha um ódio grande crescendo dentro de mim, mas nada disso comprova meus verdadeiros sentimentos.

Mas, o seu rosto parecia mais bonito do que a última vez que a vi, ela estava tão... Linda, as duas mechas caindo em sua cara, seus olhos tristes, isso doía e muito, olhar para ela doía mais do que ser atingindo por uma bala.

– Sim. - disse com calma. - Eu não quero que você me odeie. - ela disse quase sussurrando. Aquilo foi como levar mais um tiro, eu nunca conseguiria odiá-la pra valer, nunca. Vi que em seus olhos as lágrimas começaram a brotar novamente e cair em suas bochechas.

Aproximei-me de Mellonie e a abracei suas mãos apertavam meus ombros e eu me curvava para abraça-la.

– Nunca conseguiria te odiar, Mellonie. Mesmo que tenho sentindo um certo ódio. É impossível te odiar de verdade. - ouvi-la chorar baixo me fazia sentir tão mal quanto sentia. - Por favor, não chore. - disse como se uma ferida se abrisse em meu peito. Mesmo sendo um sonho doía vê-la. Afastei-me dela e pousei minhas mãos em seus ombros.

– Eu me lembro de você dizer que seus sonhos morriam, Ethan. Me lembro muito bem que sonhar com os olhos de alguém... Era só um sonho para você. Como tudo isso é só um jogo para o assassino da Alaska. - nunca a vi tão séria.

– Eu ainda não sabia do que-

– Quem você era?! - ela perguntou irritada. - Pois é, Ethan, eu também gostaria de saber porque ainda estou aqui nesta merda de casa, gostaria de saber porque fiquei anos com o bêbado do meu pai e, gostaria mesmo saber quando você, Ethan Walker, meu melhor amigo, virou tão violento! Eu não gosto deste novo Ethan, é como se você fosse ver a continuação de um filme, como falaram em Stuck in Love, como se mudassem o ator principal do filme. E é exatamente o que está fazendo com a sua vida, meu caro - disse cuspindo as palavras. Ela se virou para trás murmurando: - Eu não estava chorando por você. - Então Mellonie se virou mais uma vez para mim, seus olhos estavam fervendo de raiva seu lábio tremia enquanto falava. - Estou cansada disso, Ethan. Estou cansada de todo esse drama. Estou cansada de-

Então Mellonie parou de falar do meio do nada, não entendi o porquê até ver que saía sangue de sua boca, seus olhos pareciam ser de vidro, e seu corpo sendo despejado para frente.

– Mellonie? - perguntei com a um sentimento horrível crescendo de mim. O desespero tomou conta de mim, a minha respiração parecia ter ficado mais ofegante. - Mellonie?! - caí de joelhos ao seu lado e não conseguia mais lembrar se era mesmo um sonho, abracei seu corpo. - Mellonie, por favor acorda. - Comecei a chorar como louco, como se nunca tinha visto lágrimas antes meus braços começaram a tremer e meu rosto também, a vontade gritar foi mais aguda.

Gritei, gritei até meus olhos abrirem por completo. Foi só um sonho disse para mim mesmo, mas continuei a gritar. Tudo parecia tão rápido, e a dor do meu ombro só aumentava, a bala, só agora que me lembro? Acalmei-me ao ver que ainda estava escuro lá fora, tentei regular a minha respiração e deitei-me novamente tentando fechar os olhos novamente para dormir, mas sempre abriam novamente. Um dia me falaram que quando você sonha seu subconsciente quer te dizer algo... Ele terá que se esforçar.