Tempo Perdido escrita por Raposa


Capítulo 18
Damage


Notas iniciais do capítulo

Oi, tudo bem com vocês?? Mais um capítulo finalmente!!!



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P.O.V. Ethan Walker

– Ethan! - sua voz estava distante agora. Tudo foi tão rápido, tão rápido que nem tive tempo de falar algo, não consegui quase nem me mover, não é como nos livros, vivemos no absurdo, não nas palavras, infelizmente. Tão rápido. Olhei para a mão que segurava a minha ferida no ombro. Sangue.

Flashback on

– Ethan, Ethan, tudo bem? - perguntou Félix se sentando ao meu lado, levantei-me rapidamente e apontei para ele.

– Não é verdade, não é verdade, Félix! - gritei. - É uma grande mentira! - não podia ser verdade, tudo pesava em minha cabeça, podia ouvir as batidas do meu coração, tudo era tão rápido. - Não pode ser verdade, Félix. - disse baixo, passei minhas mãos pelos cabelos, fui até a estantes, olhei-a, ela parecia sustentar o peso das palavras. - O que todo mundo tem, mas não pode perder? Bom, falam que é a sombra. - olho para Félix, naquele momento, nada me dizia o que fazer, "todo mundo precisa, todo mundo dá, mas ninguém segue? Conselhos" não seguia os conselhos da minha mente que parecia distante. - No meu caso, Félix, é a cabeça. - olhei novamente na estante. Todos temos, mas não podemos perder... A cabeça.– Por que ser uma coisa tão preciosa e ninguém segue, hein? Os conselhos. Deve ser por isso que Cassie está com os outros.

P.O.V. Uriah

[soundtrack:https://www.youtube.com/watch?v=zbRcpC8YPL8 ou:https://www.youtube.com/watch?v=q8SvtyCM5QQ ]

Os seus olhos eram tão... Cintilantes. Seu rosto criava vida ao escuro daquele lugar que nem sabia, mas, o que importava era a presença dela, seus longos cabelos soltos, seus lábios vermelhos, suas bochechas eram como maçãs e quando sorria, ah, o sorriso! Olhava diretamente para seus olhos, ela olhava para os meus.

– Não quero que você morra. Não quero te ver morta em nenhuma realidade. - disse a ela com calma.

– Eu não disse que vou morrer. - ela disse em seu tom de voz sarcástica como sempre é. Não pude conter um riso. Mas, logo apaguei-o e olhei para as minhas mãos.

– Sobrevivemos Apófis, mas esse cara é diferente, entende? E... Eu tive sonhos e.. não sei se, não se consigo... - ela ainda sorria, ela ainda sorria da minha cara, ela colocou sua mão em minha nuca e aproximou nossos rostos. Olhei para os seus lábios e um arrepio atravessou a minha espinha. - E eu...

– Shhh - ela me disse enquanto seus lábios se aproximavam dos meus me fazendo calar a boca. Aquele mesmo sentimento do refeitório me atingiu e aquele texto do Raymond Carver, mas desta vez foi diferente, de alguma forma. Coloquei minhas mãos em sua cintura, e ela em volta de minha nuca. Nossos corpos se abaixaram lentamente deitando naquele sofá velho do hotel. Seus lábios tinham sabor de morango com açúcar, passei uma das minhas mãos em seus longos cabelos, seus cabelos tinham o cheiro de rosas.

Coloquei aquela mão que passava em seus cabelos novamente em seu quadril, a aproximei mais de mim, senti que estava distante, sentia que ela estava distante desde o baile, mas agora, mesmo ela estando tão próxima de mim, eu conseguiria sentir ela quilômetros de distância, mas nada importava agora, ela estava aqui, ela estava viva, nada mais importava. O aroma de rosas era tudo que sentia, sua presença era única coisa que sentia, mas, o poder de cair desesperadamente apaixonado por ela era o que mais conseguia sentir, talvez era isso que sentia de diferente da primeira vez. "Seus olhos me dizem tudo". Eu a amava! Eu precisava gritar ao mundo, eu a amava. Era tão bom ouvir novamente o silêncio, era tão bom saber que era só o silêncio e ela que estavam ali.Abri meus olhos e parei de a beijar, sorri, mas sorri como nunca sorri na vida, ela parecia confusa quando, do meio do nada parei de a beijar para sorrir como sorri.

– Não preciso me preocupar com nada, além do mais, tudo está distante. - ela começou a rir e então ri da minha resposta sem nexo. - Ah, deixa para lá. - voltamos a nos beijar até ficarmos só deitados com nossas testas se encostarem uma na outra e ficarmos sorrindo um para o outro. Naquela escuridão inteira só enxergava seus olhos cintilantes.

P.O.V Narrador

–Cassie?- perguntou confuso ao ver sua irmã segurando Uriah pela garganta apontando a arma de choque, ele iria morrer se não agissem. Cassie se atreveu a sorrir da confusão do irmão mais novo juntando as peças dela ser a traidora.

– Ethan! Você cresceu! Nem sei porque aquela vadia da Mellonie nem ligou para você. - ela disse em um tom de deboche.

– Não a chame de... Vadia. - ele voltou a olhar para a irmã tentando aceitar os fatos que a sua irmã que pensava conhecer se fora. Era tudo demais para Ethan. - Você não a conhece, você não me conhece. - tentou falar com firmeza. Cassie riu da fala do irmão achando graça.

– Pare com baboseiras, Ethan, você mesmo não se conhece como poderia dizer que conhece essas pessoas.

Ethan fechou os olhos com força, pensou daquela vez que estava na mesa do café da manhã, quando estava em Chicago, Cassie falando que Mellonie era a namoradinha dele e Ethan teve a enorme vontade de bater na irmã. Ele se sentia assim naquele momento.

– Só solte Uriah - disse perdendo a paciência.

– "Só solte Uriah", nossa, e você pensa que é assim tão fácil?

– Solte-o, Cassie! Não quero a machucar! - disse quase gritando. - Cassie - disse num tom de voz rouco - somos irmãos, não sei quem botou isso na tua cabeça, mas somos irmãos e você é a única família que eu tenho, não perder você.

– Tarde demais, "irmão". - então Cassie pressionou a arma na perna de Uriah e desapareceu nas sombras deixando o corpo de Uriah tremendo no chão, tudo pareceu ficar em câmera lenta correram até Uriah, todos menos Ethan, o pressentimento que tinha algo a mais, era tudo planejado. Sentiu um frio em sua espinha, seus dentes rangeram, cerrou seus punhos, tinha alguém a uns dez metros deles os observando. Como Ethan sabia? Devia lembrar que é o Ethan. Ele se virou e então o frio prata atingiu seu ombro, o ar ficou preso em sua garganta, a dor era aguda e seu ombro parecia ter ficado mais pesado, suas mãos tremendo, foram ao encontro com o ombro e gritou, a dor era demais.

– Ethan! - a voz estava distante. Olhou para sua mão e viu o sangue, ele estava sangrando até a morte por causa da bala. O peso do mundo pareceu ser jogado nele, sua consciência estava o deixando, ouviu passos vozes... Ele desabou no chão já desabando, sua consciência se fora.


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Notas finais do capítulo

E aí?????????



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