Tempo Perdido escrita por Raposa


Capítulo 17
Lose Your Mind


Notas iniciais do capítulo

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P.O.V Narrador

Os olhos de Ethan viam tudo como deveria ver a pouco tempo atrás. Como o que tentava acostumar, Félix não queria colaborar com nada.

– Vamos ver... - começou Félix. Suas costas apoiadas na parede e braços cruzados com um sorriso sarcástico no rosto. - Qual vai ser seu próximo passo? Vai matar quem? Já ta tudo na tua agendinha, e, nela, no final, na última página tem o nome de Mellonie em vários coraçãozinhos?? Ah, já sei, tem uma ordem, não?!

A raiva não parava de crescer em Ethan seus olhos injetados de sangue olhavam furiosamente a Félix que o provocava sem um descanso. Ele apontou para ele, mas logo sua visão começou a ficar turva, não sabia se apontava para a direção certa, um gosto metálico em sua boca, seu coração começou a disparar, tudo começou a perder foco, seus braços tremiam junto com seu dedo indicador tentado apontar para Félix. Suava como louco pela tensão de derrepente tudo perder foco.

– E-eu não a... - então sentou-se na cama do quarto do hotel. Ouviu vozes em sua volta perguntando se estava bem, mas Félix ainda estava na parede o olhando. Seus braços tremiam enquanto tentava enfiar as mãos na cara. - Eu não posso... - então levantou-se rapidamente cambaleante tentando achar a porta do banheiro, abriu-a e a fechou o mais rápido possível. Inclinou-se sob a pia e olhou no espelho. Ele estava horrível, nem se reconhecia mais, seus cabelos louros estavam mais bagunçados e parecia perder a cor, seus olhos estavam mais azuis (não me perguntem! Também não sei como é possível!), sua pele estava mais clara, seus braços não eram mais finos, olheiras profundas em volta de seus olhos, e parecia mais velho, ele não parecia o Ethan.

Mas, logo aquele seu reflexo, que um minuto Ethan o via e perguntava quem era virou um homem sentado em uma cadeira lendo um livro grosso. Cabelos louros, magro, pálido, manta negra... É, ele sabia quem era. O homem virou seus olhos azuis claros para Ethan e abriu um largo sorriso.

– Parece mais velho, Ethan. - disse ele se levantando de sua cadeira e colocando o livro no assento. - Parece mais forte... Parece... Como se dizem hoje em dia? Um homem? Ah, sim, sabe qual foi a última vez que te vi? Ah, é foi quando eu matei a tua amiga, não foi? E aquele tal de Félix pensa que foi você, e vocês tão naquele clima que os adolescentes hoje em dia ficam... Dar um gelo? - ele riu de si próprio. - Vocês, crianças de hoje em dia, você são um bando de estranhos.

Ethan cerrou os punhos tentando controlar a sua própria batida cardíaca. Respirando pesadamente olhando para o chão tentando evitar contato visual com aquele homem que um dia disse que era ele.

– Hey, Ethan - disse em um tom mais suave. - Olhe para mim. - Nada. - Isso é muita indelicadeza! Olhe para mim. - Ethan tinha que tentar evitar, mas seus olhos queriam olhar para cima, seus olhos lutavam para este sentimento não ser maior. - Olhe para mim, Ethan!– brandiu o homem. Um choque percorreu a espinha de Ethan fazendo-o gritar, como se um martelo tivesse atingido sua nuca o fez cair no chão cuspindo sangue. - Olhe para mim, Ethan! Olhe para você!– Parecia que alguém tivesse o agarrado pelo pescoço e o feito levantar, e seus olhos não desviavam do homem. - Não desvie seus olhos de mim, Ethan. - disse com a voz ríspida. - Você queria saber quem matou todos eles. Seus queridos pais, sua querida amiga Alaska, Peter, e devo mencionar que mais pessoas estão morrendo?

Ethan mesmo querendo espancar o homem - mesmo sendo impossível, pois estava preso em um espelho - queria mais respostas, talvez podia obter alguma, talvez. Ele tinha uma chance e não a jogaria no lixo.

Ele assentiu.

– Ótimo. Mas, você gostaria de saber mesmo disso mesmo que milhares fossem mortas por uma pessoa tão próxima de você? Você gostaria mesmo de saber disso tudo mesmo se fosse você o assassino? - disse com o seu sorriso irônico.

– Você mesmo confessou em ter matado a Alaska. - tentou não gritar. Lançou-lhe mais um olhar malicioso e disse:

– Pessoas mentem. - Então o homem (que o nome nunca foi dito) se aprofundou no espelho. Algo o atingiu, algo que o fez perder controle dos movimentos fazendo o se enforcar.

–--

A porta se abriu com um grande estrondo e o corpo de Ethan caiu no chão se debatendo contra o própria vontade. Félix estreitou-se e ficou paralisado ao ver a cena, sem poder falar nem fazer nada, só olhou Ethan boquiaberto, Sara e Julia tentavam ajudar mas nada era o suficiente para aquilo parar. Gritaram para Félix ajudar, mas ele estava em um transe.

Estavam todos perdendo a cabeça. Félix sabia muito bem disso quando percebeu que estava começando a observar imagens aleatórias de morte, sangue escorrendo, tiros, pescoços quebrando, mas não sabia se era real, não sabia o que estava acontecendo.

Estavam todos perdendo a cabeça.

–--

P.O.V Ethan

Acordei com uma toalha molhada em minha testa e com a visão turva com os olhos olhando para o teto. Alguém se sentava em uma cadeira ao meu lado. Olhei para lá e me deparei com Félix com um cobertor vermelho caindo de seus ombros, usava preto e olhava para as suas mãos como se algo estivesse errado.

– Félix, eu juro que não a matei.

Félix não demorou para responder como se já esperasse isso.

– Eu acredito em você, Ethan, eu agi como um idiota... Desculpa, sério me desculpe. - ele olhou para mim, e vi que em seus olhos estavam claras marcas que sabia com sinceridade que sentimos a mesma coisa, que estávamos fora de si. - Estamos sendo controlados, não é?

– Ainda não sei, mas tenho certeza que sim. - disse concordando. - Não é atoa que não conseguimos mais confiar em ninguém, que nem mais podemos olhar nos olhos de uma pessoa para falar com ela.

Félix assentiu voltando a olhar para suas mãos.

– Uau, nunca pensei que todos nós pararíamos aqui. Sabe, eu ajudava pouco Sadie e Carter, bom, eu achava algo extraordinário. Mas, olha, estamos em uma missão de verdade e um pouco detalhada com a morte bem evidente! - disse com a voz carregada de sarcasmo.

Sorri.

– Este é o Félix que conheço. - ele suspirou e relaxou os ombros.

– O próprio.


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Notas finais do capítulo

E então???



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