Love Story escrita por Lady Rogers Stark


Capítulo 42
“As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar” – Leonardo da Vinci.


Notas iniciais do capítulo

Preciso dizer que apenas uma pessoa comentou dessa vez? Preciso arranjar todo aquele escarcéu de novo e reclamar que ninguém praticamente comenta? Isso me decepciona, gente. Me faz desistir de postar! Vocês estão com o sério risco de ficar sem Love Story! Mas por ora, vão ficar sem capítulo toda semana. Voltarei a postar de duas em duas semanas até um número aceitável de leitores passarem a comentar com regularidade.

E graças a Sobek, a única que comentou, estou postando com muita timidez essa pequena montagem que eu fiz. As outras eu percebi que dão spoilers do que vai acontecer daqui pra frente, mas aproveitem que ainda farei da Laura com o Andrew e a Alicia.

O capítulo está fofo e bonito. Focado na Laura e no Steve. Espero que gostem.

Uma boa leitura e até as notas finais.



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Acabamos de chegar do hospital. Um novo troço já está na minha cara. Ainda bem que ninguém perguntou porque eu tinha perdido o meu anterior, já que não saí com facilidade e eu só precisava tirar na hora de tomar banho, lavar o rosto e tal. Mas acho que eles não sabem o quanto é difícil manter as suas coisas consigo e não as perder quando se está bêbada.

Joguei meu casaco, minhas sapatilhas voaram e me joguei no sofá. Steve avisou que iria pegar algum lanchinho no seu apartamento para devorarmos na minha casa, já que o sofá-cama do Andrew é bastante confortável, por mais que eu ainda fique receosa em usá-lo depois daquela noite em que eu o encontrei com aquela garota. Mas Steve não sabe disso.

Me joguei no sofá, peguei o controle da televisão e coloquei na Netflix. Andrew é o que mais usa, seu perfil está recheado de séries. Mas agora, que não estou trabalhando, posso ficar à vontade e ver o que eu quiser. Quem diria... Eu era contra. Que arrependimento.

Steve voltou, se aconchegou confortavelmente no meu lado, e em suas mãos tinha um pote de plástico com uma tampa. Assim que abro, que coisa boa... A melhor parte de eu ter ensinado algumas receitas brasileiras para ele é agora, a surpresa. Steve está com um potinho de brigadeiro. Preciso nem dizer que adorei a surpresa, né?

Cada um com sua colher, colocamos para assistir a uma série nova, mas de agrado para os dois, como sempre tem que ser. Peguei um pouquinho do chocolate cremoso, coloquei na boca. Estava perfeito. Steve provavelmente cozinha tão bem quanto Andrew, ou é só o meu tempo sem brigadeiro falando mais alto.

Assistimos juntos, rindo um pouco, ficando tensos com o passar dos episódios devido ao drama moderado, mas quando percebi o pote havia acabado, a temporada já estava acabando, mas a boca dele estava tão próxima da minha... Eu conseguia sentir a respiração dele batendo perto do meu rosto.

Sorrio observando seu rosto. Suas linhas de expressão, até mesmo na pele macia. Não ouso tocar. Ele está assistindo, não quero o interromper, ainda. Mas isso não me impede de observar e gravar cada detalhe, de novo.

Já fiz isso tantas vezes que acho que sou capaz de desenhar seu rosto com o máximo de detalhes que eu puder, isso, claro, se eu soubesse desenhar. Um bom exemplo são seus olhos. Médios, um forte tom de azul, grossos cílios superiores e inferiores, uma leve linha de expressão por baixo da pálpebra inferior e sempre tão brilhantes.

Minha mão está por cima do seu peito, que sobe e desce com a sua respiração calma e tranquila. Me perco nas batidas de seu coração. Só de saber que ele está aqui, comigo, que nada disso é uma ilusão ou efeito de fortíssimos remédios, é um motivo de celebrar. Sempre é.

Não olho para a tela, e o episódio está quase acabando, consigo perceber pela atenção que ele está dando a televisão. Para quem nem tem televisão em casa, acho que agora vai ter. Sorrio com esse pensamento assim que ouço o som da música tema avisando que acabou o episódio e agora vem os créditos.

Sorrio, discretamente me aproximando mais devagar, e me aproximo mais pronta para beijar sua bochecha e o canto da sua boca, onde tinha uma pequena manchinha de brigadeiro. Mas ele aperta o controle e outro episódio começa. Quinto seguido.

—Podemos dar uma pausa? – pergunto num sorriso fácil, achando um pouco de graça daquela fixação pela série. Meus músculos estão implorando por um alongamento, estou há muito tempo parada. Imagino Steve, alguém que não está muito acostumado a ficar parado por muito tempo.

—Sim, claro. Quer que eu pegue mais brigadeiro? – ele pergunta ao ver o pote vazio. E fico tentada a aceitar, mas nego. Encaro seus olhos. Me aproximo e finalmente o beijo. Devagar, delicadamente, sutilmente. Da mesma maneira como quase sempre fazemos, e adoramos.

Seus lábios são sempre tão macios, tão quentes, tão deliciosos de experimentar. Ainda mais agora com essa mistura do gosto dele com o brigadeiro. Duas coisas que amo.

Suas mãos tocam os meus braços nus, subindo até os ombros medida que me acomodo melhor e fico por cima de seu corpo, usando seu peito para me apoiar. Sorrio ao sentir seus dedos abrindo caminho pela minha nuca, da mesma forma como eu faço com ele.

Porém paramos, na verdade, eu paro. Esse negócio no nariz atrapalha, muito. É grande e incomoda. E quando percebo, fico frustrada por nem poder beijar o meu namorado direito mais. É ridículo isso. Bem que eu gostaria que houvesse outra forma.

—O que foi? – ele pergunta preocupado assim que me sento no sofá olhando para a mesa. Eu não fui nada discreta tentando disfarçar minha chateação, nunca sou na verdade. Bom para ele, mas ruim para mim.

—Esse troço, é ridículo! – exclamo chateada e me jogando para trás e caindo por cima dele, um pouco desconfortável, mas sua barriga estava me servindo de travesseiro. E com a sua leve risada, senti os músculos do abdômen se contraindo. Nem se eu passasse o resto da minha vida numa academia conseguiria ficar desse jeito.

—Se eu te contar algo pior que tive que passar, você para de ficar chateada com o curativo? – ele pergunta brincalhão, aguçando a minha curiosidade. E a conquista de jeito. Me viro para encarar seu rosto e quase implorar para ele contar.

—Promessa de dedinho – concordo beijando os meus dedos da maneira como eu fazia quando era criança. Ele se deu por satisfeito e se acomodou melhor do sofá. Se sentou, usando o descanso como encosto e me puxou para ficar em seu colo, com as minhas costas tocando seu peito. Cercou o meu corpo e sorriu.

—Antes do soro, eu tinha muitos problemas de saúde. Você sabe. Mas minha estrutura óssea era mais frágil. Meu corpo não conseguia absorver a quantidade de cálcio suficiente – explica e assinto com a cabeça o acompanhando – Num dia, Bucky e eu fomos a um parque de diversões em Nova Jersey com duas garotas.

—O Six Flags? – pergunto curiosa. Era o parque que eu havia ido com a Alicia ontem. Mas ele nega com a cabeça.

—Deveria ser outro. Naquela época não eram muitos – explica e concordo. Setenta anos atrás deveria ser até mais caro devido à época – Bom, fomos a roda gigante, fiquei apenas meio enjoado. Fomos a montanha russa, vomitei na lixeira – contou risonho ao lembrar, rio baixinho também, mas compreensiva – E depois fomos ao carrinho bate-bate – revela e fico ansiosa.

—Vomitou lá também? – pergunto risonha e ele finge fechar a cara, mas ri logo em seguida.

—Não – responde obviamente – Mas quebrei o braço ali. Tive que sair do carro carregado por paramédicos – revela e meu queixo caí, mas consigo respirar fundo e gargalhar imaginando Steve um pouco mais da metade da altura e carregado por paramédicos de um brinquedo.

—E as garotas? – pergunto curiosa depois que a crise passou rapidamente. Não me incomoda que ele tenha saído com outras garotas no passado. Foi há muito tempo. Elas devem ser avós hoje.

—Foram embora. Nunca mais as vi. Mas eu não tinha a mínima chance mesmo. Elas sempre se interessavam no Bucky – ele não parece decepcionado, pois cerca com mais força o meu corpo e se aninha melhor, colocando seu rosto no meu pescoço e o beijando calmamente.

—Elas eram legais? – uma pergunta não séria, não mesmo. Talvez seja apenas para provocar. Mas não importa qual seja a resposta, não ligo, pois sou eu quem está sendo beijada por ele. Sou eu quem estou sentindo seu braço segurar o meu corpo não me permitindo sair do aperto de seus braços.

—Talvez, não lembro – responde num tom de voz desleixado – Mas não ligo, eu tenho a melhor de todas bem aqui comigo mesmo – sorrio, qual outra reação eu poderia ter? Apenas abro o meu maior e melhor sorriso, apenas para ele. Levanto o meu pescoço e alcanço seus lábios facilmente. Apenas continuando o que eu, por besteira, interrompi.

Sempre vou me surpreender como a maneira como nossos lábios se encaixam. Eu nunca senti isso antes. E provavelmente, nunca vou sentir com outra pessoa. Steve é o homem da minha vida.

—Mais relaxada agora? – perguntou ele com os lábios avermelhados e levemente inchados. E brincou ao tocar com a ponta do dedo a ponta do meu nariz coberto por esparadrapo. Sorrio achando graça ele interromper justamente para isso.

—Não por causa da história – respondo me levantando e me sentando em seu colo novamente, mas dessa vez direito. Encaro seu rosto enquanto toco seus ombros sentindo suas mãos na minha cintura. Minha perna esquerda apertada no sofá, e a direita tocando o chão. Mas o importante é que me sinto ainda mais perto dele. Esse é o meu objetivo – Mas sim por sua causa – o corrijo numa voz baixa, quase sussurrada. Ele sorri, apenas isso.

Não me surpreendo quando sinto seus lábios sobre os meus com mais urgência, com mais volúpia. Não consigo nunca resistir aos seus beijos. Me deixo levar, sempre deixo. Sou levada por uma enxurrada de emoções fortes e incontroláveis dentro de mim. Mas é sempre assim quando ele me beija desse jeito. E me toca desse jeito.

Sempre amei a maneira como seus dedos exploram a minha pele, de uma maneira que nunca fora tocada antes. Seus dedos são tão quentes, que deixam um rastro morno onde antes estava gelado por causa do ar-condicionado. E seus lábios apenas fazem com que minha pele arda de tão quente.

Sinto muito além de apenas toque e seus beijos urgentes e rápidos. Sinto além da necessidade de um pelo outro. Não, muito mais. Algo que não há maneiras de me impedir de não as sentir novamente com ele por perto. Não há maneiras de como resistir a ele me beijando desse jeito. Meu corpo simplesmente se entrega e se derrete.

Mas seu corpo também reage aos meus toques. Diferenças sutis, mas adoro a maneira como ele respira quando o beijo perto do queixo, ou quando alcanço sua nuca e o arranho com minhas unhas. Sua pele fica simplesmente ainda mais quente depois que eu o toco. Tão parecido comigo.

E talvez, só talvez, isso não seja suficiente. Preciso dele. E quase decido arrancar sua camisa aqui mesmo. Mas o medo de Andrew chegar a qualquer momento me impede. Mas sussurro no ouvido do Steve para irmos ao meu quarto. Ele me leva no colo com facilidade, assim como fez naquela noite quando fomos ao jogo de futebol.

Ah... Aquela noite... A melhor noite da minha vida. Eu poderia repeti-la mil vezes que eu nunca enjoaria. Assim como nunca enjoei dos beijos dele, e nunca vou enjoar.

Sua pele é quente, o cobertor apenas garante que isso não vá mudar. Lá fora escureceu, posso ver pelas frestas da cortina. Sua boca não para de falar, não para de contar estórias sobre ele e o Bucky. E quando percebo, minha barriga dói de tanto rir e fico com ainda mais calor. Mas adoro a maneira como ele fala, quase imploro para ele não parar.

—Então o rapaz da loja perguntou porque tínhamos tantas moedas nos bolsos – ele continuou a contar depois do meu breve momento de sonhar acordada.

—E aí? – perguntei interessada, por mais que eu tivesse perdido o início da estória. Não irei pedir para ele repetir, mas acho que posso entender.

—Para ganhar o concurso, tínhamos que comprar o máximo de bolinhos, então simplesmente colocamos todas as moedas em cima do balcão para ele contar – contou e já posso ouvir as moedas batendo no vidro. Steve é um bom contador de histórias – Deve ter dado uns oitenta bolinhos.

—E vocês ganharam? – perguntei ainda mais curiosa e chocada.

—Não. Um garoto de um pai rico ganhou comprando o dobro – respondeu e fiquei com pena do Steve e Bucky crianças. Ele sorriu e beijou a ponta dos meus dedos com o máximo de carinho que permitia.

—E o prêmio era qual mesmo? – perguntei receosa que ele notasse que não prestei atenção no início. Mas sua atenção estava em mim.

—Para o menino? – pergunta e afirmo com a cabeça – Um ingresso para o cinema. Para nós dois? – uma pequena pausa que atiça a minha curiosidade – Duas mães bravas porque ficamos com dor de barriga a ponto de ter que ir ao hospital – responde e quase gargalho com o desfecho.

—Suas estórias são sempre as melhores – digo e ele sorri puxando meu corpo para mais perto, acabando de uma vez por todas esse espaço que tinha entre nós. E agora, podendo encarar o meu rosto bem mais perto.

Seus olhos revezam entre observar os meus olhos e os meus lábios. Ambos com a atenção fixas nele e no seu rosto. A pele do seu corpo estava mais quente, tão quente que eu estava soando por baixo do cobertor. Mas ele não liga, soamos muito mais antes.

Sua mão toca o meu rosto de modo tão carinhoso que fecho os olhos para sentir cada segundo. Seus dedos acariciam a minha bochecha e descem aos meus lábios, onde os tocam com a mesma delicadeza.

—Você é tão linda.

As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar”

—Leonardo da Vinci.


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Notas finais do capítulo

Eu não vou me desculpar dessa vez, não. Porque eu já estou desanimada pra caramba. Faz três semanas que eu não escrevia nada e hoje e ontem coloquei o teclado para pegar fogo e fiz quatro capítulos de duas fics em dois dias. Isso é um recorde para mim nos tempos atuais.

Assim como invisto na fic, preciso que vocês invistam o tempo de vocês em mim além de ler a fic. Preciso que comentem, que favoritem e que recomendem. Não quero aumentar o número de reviews, quero a opinião de vocês, entendem? Não quero aumentar o número de nada, isso pra mim não importa, mas quero a retribuição.

Perder cinco minutinhos do seu dia para ler o meu capítulo vale, mas perder mais dois para comentar vale muito mais, isso eu te garanto, por isso valorizo tanto os leitores que comentam com regularidade.

Por favor, leiam isso. Por favor.

Obrigada.

Até daqui a duas semanas então.

TIA JUH! EU VOU MANDAR O FBI ATRÁS DE TU!!



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