Love Story escrita por Lady Rogers Stark


Capítulo 15
“Adrenalina é como amar alguém, todos os seus músculos se contraem, dá um grande frio na barriga e depois de realizado você sente uma leveza e alegria inexplicável, é muito bom.” - Marcio Machado.


Notas iniciais do capítulo

Olá gente! Primeiramente tenho que pedir desculpas a vocês, leitoras. Era para eu ter postado esse capítulo semana passada, mas eu não postei pois eu realmente estava atarefada domingo passado, e eu tenho escola cedo, durmo dez horas e já era quase meia noite, e odeio ficar com sono na aula, então acabei postando só Thinking of You. Era para eu ter postado no dia seguinte, na segunda, mas decidi postar só domingo para manter a rotina de todo domingo, um novo capítulo.

Bom, é isso, espero que o motivo tenha sido o bastante para vocês me perdoarem, pois sou extremamente chata com rotina, gosto de mantê-la, porém odeio segui-la ao pé da letra por muito tempo, vai entender ~_~ KKKKKKKKKKKK

Aproveitem o capítulo e a gente se vê nas notas finais! Fui!



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No jantar, havíamos preparado espaguete com almôndegas, e Steve havia me ajudado com tudo, porque se eu fosse fazer sozinha eu teria feito várias coisas erradas, era bom ter o loiro para me ajudar, e claro, lavar a louça depois.

Comemos na mesa, e eu contava mais do que tinha acontecido aqui enquanto ele estava fora. E ele me contou mais estórias, não eram todas ruins, também tinham algumas bonitas, como quando resgataram uma criança que estava com a perna presa debaixo de uma pesada pedra, e a maneira como as outras crianças reagiram quando Steve a levantou sozinho, era no mínimo engraçada.

Terminamos e acabamos voltando para o sofá, e colocando um filme na televisão, e novamente, nem prestando atenção a ele, pois seus beijos eram mais importantes do que um filme qualquer.

Quando deu quase dez horas, lavamos a louça, e nos despedimos na porta, com longos beijos e sorrisos, ele foi para o seu apartamento prometendo voltar aqui amanhã de manhã, e passarmos todo o dia juntos, para recompensar a semana que ele passou fora. Eu sorri boba e fechei a porta escorrendo pela porta ainda mais apaixonada por ele.

No dia seguinte, eu acordei sentindo minhas orelhas sendo assopradas, da mesma maneira como a minha mãe me acordava mais nova, reclamei pedindo mais cinco minutos, como eu sempre fazia quando ela me acordava. Mas a risada foi diferente, reconheci na hora me virando na cama e encarando Steve rindo.

–É sério? – pergunto descrente com aquilo, e ele ria ainda mais da minha reação.

–Você me chamou de mãe – contou e antes que eu pudesse explicar, escondi o meu rosto com o cobertor com vergonha, e o loiro riu ainda mais.

–Não, chamei não – neguei mesmo sabendo que era verdade, mas eu preferia assim.

–Sim, chamou sim – ele afirmou tentando retirar o cobertor de cima de mim, mas eu o puxava com cada vez mais força,

–Não, chamei não! – neguei mais alto até que aquilo se transformou em um cabo de guerra, aonde ele ganhou e escondi o meu rosto com as mãos me encolhendo na cama, ouvindo sua risada.

–Laura... – ele me chamou, e receosa, retirei as mãos devagar, até poder ver uma rosa vermelha em sua mão me oferecendo ela. Sorri encantada, peguei a rosa sentindo o seu cheiro, e em seguida, lhe dei um selinho, pois eu iria escovar os dentes antes que eu fosse beija-lo de verdade.

–Obrigada... – agradeci encantada pela rosa, o loiro respondeu que não era nada. Saí da cama colocando a rosa num copo de vidro que eu não usava mais e coloquei água, e ela decorou a minha sala dando beleza ao espaço.

Eu disse que eu iria escovar os dentes e arrumar o cabelo, e ele concordou esperando na sala. Voltei quinze minutos depois vendo ele folear os desenhos que ele havia me dado semanas atrás. Sorri e ele notou que eu havia terminado, e guardou os desenhos prometendo fazer mais para mim.

Apenas sorri em resposta, andando até ele e selando nossos lábios, da mesma maneira como eu gostava e adorava, Steve segurando a minha cintura, eu tendo que ficar na ponta dos pés e me segurar nele para ter equilíbrio. Eram aqueles momentos que toda a saudade que eu senti dele, valia a pena.

A surpresa foi um dia inteiro dedicado a coisas que eu gosto, TODO-O-DIA. Fomos para uma a minha doceria favorita que fica na cidade vizinha, fomos também almoçar na beira da praia num quiosque em São Francisco, lanchamos no lugar de sempre perto do nosso prédio e por fim, no final da noite, ele me levou até um concerto de música clássica, uma orquestra!

Claro, eu estava exausta quando ele me avisou que ainda havia mais coisa depois do lanche, mas nada conseguiu me impedir de ir na orquestra, e por coincidência, tocaram diversas músicas que eu realmente gostava. Como o compositor Franz Schubert, que compôs a minha versão favorita de Ave Maria e a minha música favorita para um quarteto de cordas.

Eu não sabia o que fazer depois que havia acabado o concerto. Acho que depois iriamos para as nossas casas, e mesmo meu corpo implorando por descanso, eu queria mais, queria fazer alguma outra coisa, nem que fosse simples, pequena ou inútil, apenas queria aproveitar aquele fantástico dia que passei com o Steve.

–Mas você gostou? – perguntei na saída do teatro no meio da nuvem de pessoas que também saiam. Ele sorriu e segurou a minha mão caminhando pela rua a noite. Deveria ser quase dez horas, e o frio estava bem forte. Ainda bem que fomos para casa antes trocar as roupas casuais e frescas por algumas mais elegantes e quentes.

–Gostei, gostei bastante – respondeu sincero e um alivio surgiu em mim. Eu não queria que ele tivesse me levado para assistir mesmo que ele não gostasse. Eu só queria que ele gostasse tanto quanto eu, mas acho que isso é pedir demais, então me contento somente com ele aproveitar e gostar um pouco apenas – Aquela apresentação solo do violoncelo foi tocante – ele comentou e concordei.

–Mas você gostou mesmo, ou só mais ou menos? – pergunto novamente e ele solta o ar pelo nariz achando graça da minha insistência. Steve afirma que sim me deixando um pouco mais tranquila. A minha próxima fase do teste estava chegando, a terceira fase que me levaria ao meu objetivo pelo qual eu vim para cá, e não gostaria que ele assistisse entediado.

Iriamos a pé, já que o teatro ficava a meia hora andando tranquilamente para o nosso prédio. No caminho, comprei um milk-shake para tomar no caminho, Steve não queria. E assim que chegamos a portaria, decidi pedir mais uma coisa, afinal, ainda faltavam algumas horas para o dia terminar oficialmente, e o dia não era todo dedicado a mim? Eram só mais duas horas no máximo.

–Que foi? – ele perguntou depois que o chamei, quando ele estava abrindo o portão para entrarmos. Suspirei pensando que talvez aquilo fosse abusar da sua boa vontade, mas ao ver seu rosto tranquilo e sereno, acho que ele não ligaria em adiarmos mais um pouco o nosso encontro com as nossas camas para ir dormir.

–Vamos fazer mais alguma coisa? – pergunto um pouco animada, com um sorriso ansioso no rosto e segurando as barras de metal do portão de ferro. O loiro não entendeu muito bem o que eu queria dizer. Eu não sabia exatamente o que eu queria fazer, apenas qualquer coisa que pudesse me divertir, como dançar por exemplo.

–Acho que a Peggy está dando uma festa no apartamento dela – ele disse meio que sugerindo, mas neguei com a cabeça.

–Não, outra coisa, podemos ir outro dia se você quiser, mas hoje eu quero fazer alguma outra coisa – respondi tocando seu ombro próximo ao seu rosto. Ele deu um sorriso de lado e tocou a mão que estava sobre o portão.

–E você está me pedindo uma sugestão? – perguntou adivinhando, concordei com a cabeça o fazendo sorrir – Sabe uma coisa que eu sempre quis fazer? – pergunta animado – Ir ao Central Park de noite. Eu sei que parece bobeira, mas eu sempre fui de manhã ou de tarde, talvez de noite seja melhor.

–Mas agora está fechado – lembro e ele concorda sabendo disso. O central park hoje fecha mais cedo, fechou tem quase meia hora. Não poderíamos entrar, e assim, temos que arranjar alguma outra coisa.

–Eu sei que está – ele afirma com um sorriso no rosto, algo me fez estranhar. O seu rosto me dizia para irmos mesmo se estivesse fechado, mesmo se fosse errado entrarmos no parque. Acho que ele está animado para tal coisa, mas eu não, definitivamente não.

–Você está sugerindo pularmos a grade...? – pergunto receosa e ele assente com a cabeça animado, ainda mais animado.

–Vamos lá Laura, vai ser divertido! – ele agarra os meus ombros com um sorriso ansioso. Fico ainda mais surpresa e assustada. Talvez por não ter visto ele tão animado para fazer algo do tipo. Nossa, nem parece o mesmo homem que tem receio de atrasar o filme da locadora na hora de devolver no dia certo.

–Tem certeza mesmo que você é o Steve Rogers? Acho que devo ter confundido você com o irmão gêmeo dele e tal... – brinco disfarçando o meu receio em fazer algo do tipo. Sempre fui muito certinha, e se formos pegos, não irei gostar de acabar nua delegacia a essa hora. Ele ri e deixa os braços caírem ao lado do corpo.

–Muito engraçada... – ele ironiza enquanto sorrio fracamente, na falha tentativa de mostrar o quanto medrosa eu sou, e sou mesmo – Só uma vez, e não te peço mais nada... – Steve implora, mas ainda assim, não sou muito fã da ideia.

–Mas que tal assistirmos algum filme? Tem um legal que comprei esses dias – sugiro agora quase beirando ao desespero, e acho que ele percebe já que eu sou uma péssima mentirosa, tanto quanto ele.

–Você não quer ir ou está com medo? – pergunta cruzando os braços, acho que a intenção não era me desafiar, mas por dentro, alguma coisa me dizia que era exatamente o que ele estava propondo, um desafio de que eu irei com ele.

–Os dois – assumo fechando um pouco a cara e cruzando igualmente os braços – Olha só Steve, não sou muito fã de violar uma regra ou uma lei, sei lá. Se formos pegos, não vai ser nada legal – explico tentando ser o mais convincente possível, de colocar naquela cabeça dele que aquilo era uma péssima ideia.

–Você falou bem, “se formos pegos”, o que não vai acontecer – o loiro tenta me tranquilizar, mas não me convence – Mas se você não quiser ir mesmo, é só me dizer, não irei forçar nada – suspiro assim que ele termina e encara os meus olhos. Eu realmente não queria ir, realmente queria fazer algo mais simples, eu deveria ter aceitado ir dançar com a Peggy como ele sugeriu...

–Tudo bem... – concordo e vejo seu sorriso se abrir e me conduzir de volta para a rua animado em fazer alguma coisa de errada pelo menos uma vez, já que pelo caminho, ele me explicou que sempre procurou fazer as coisas certas e respeitar as regras, mas que as vezes, as vezes, vale a pena quebrar uma ou outra. Acho que aquele espirito Bad Boy que expliquei para ele durante o almoço, ele levou a sério demais...

–Steve... – o chamei totalmente amedrontada, dos pés à cabeça, com direito até tremer um pouco e suor frio nas costas e nas mãos. Estávamos ainda estacionando a moto, e eu tinha acabado de sair e segurando o capacete esperando o loiro terminar.

–Fique calma Laura, não tem ninguém aqui, os seguranças devem estar vigiando o outro lado do parque – ele explicou, mas ainda não acredito. Steve já tentou me tranquilizar com desculpas quase vinte vezes, eu acho, e mesmo assim não é o suficiente para fazer passar essa sensação de que alguma coisa ruim vai acontecer.

–Mas e se tiver bandidos? Ou drogados? – pergunto segurando o capacete com ainda mais força. Vejo Steve sorrir mesmo por baixo do capacete – E está sorrindo porquê? Que coisa! Isso não é para sorrir! – o advirto com raiva, até gritando alto demais – E estamos prestes a quebrar uma lei, sei lá! – termino sussurrando, tudo para receber um olhar inacreditável do loiro.

–Laura, se quiser mesmo ir para casa, diga, não vou força-la a ir comigo, e eu juro que não ficarei chateado – ele lembra ainda sentado na moto retirando o capacete. Suspiro sem saber o que fazer, por um lado eu realmente não queria ir, seria a última coisa que eu gostaria, mas por outro tinha o receio de me arrepender depois, aposto que amanhã, se eu sugerir, ele não irá aceitar.

–Só caminhar? – pergunto receosa, com direito até a expressão amedrontada. O loiro concorda – Nada de inventar de nadar na lagoa pelados? Ou até correr gritando feito doidos? – pergunto e o loiro ri, mas eu não estava brincando. Steve se aproxima e toca o meu rosto com as mãos, se aproxima e me beija delicadamente, conseguindo acalmar meus nervos um pouco.

–Você é impossível... – ele comenta olhando nos meus olhos, sorrio risonha e nos afastamos. Steve segura a minha mão enquanto caminhávamos para perto da cerca. Deve ser fácil para o Steve, alto e forte, enquanto eu fraca e ainda de vestido, porém era longo e não teria perigo de mostrar mais do que devia.

Steve contou sete câmeras, uma delas nos pegava direitinho, mas ele disse que tinha a grande probabilidade de o policial estar prestando atenção nas outras câmeras mais importantes, isso se tivesse prestando atenção e não dormindo como sempre retrata os filmes.

Eu fui primeiro. A cerca devia ter um pouco mais de altura do que o Steve, e com o seu apoio foi mais fácil do que pensei, conseguindo pular sem problemas nenhum. Primeiro ele ofereceu as mãos para me servir de apoio, e quando eu estava bem no alto, eu pulei, claro que joguei somente os saltos para o outro lado da cerca primeiro, e assim, fiz tudo descalça.

Depois foi o Steve, que não teve nenhum problema em pular. Escalou como se tivesse feito a vida toda. Caiu ao meu lado limpando as calças sociais pretas e olhando em volta procurando por algum policial fazendo a ronda no momento, mas não havia nada, apenas árvores e mais árvores ao nosso redor, e alguns arbustos também.

Não consegui segurar e peguei na mão do Steve, temendo alguma coisa acontecer, como o alarme disparar, ou algum policial nos ver agora passando despercebido pelo Steve, ou até mesmo alguém de fora do parque avisar algum policial que havia nos visto pular a cerca do central park.

O loiro nada disse, apenas apertou mais forte e me conduziu para fora da mata com folhas secas em todo o chão, e árvores tão altas que seria difícil escalar caso tivéssemos que fugir rápido. Aquela ideia era de filme, porém poderia funcionar se eu soubesse escalar árvores.

O silêncio me incomodava, e o suor escorrendo também. As folhas secas faziam barulhos crocantes e altos, como comendo um biscoito na calada da noite, e eu temia chamar a atenção. Steve me tranquilizou que ninguém ouviria assim desse jeito, teria que estar mais de perto. Acho que nesse momento estou parecendo uma criança...

“Adrenalina é como amar alguém, todos os seus músculos se contraem, dá um grande frio na barriga e depois de realizado você sente uma leveza e alegria inexplicável, é muito bom.”

Marcio Machado.


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Notas finais do capítulo

E então... Gostaram desse lado mais Bad Boy do Steve? Alguém assumidamente certinho? KKKKKKKKKKK E tive até dó da Laura com o seu medo de ser pega pulando a cerca do central park... Acho que não é algo muito comum de ler em fics por aí... KKKKKKKKKKKK

Enfim... Espero que gostem e espero também vários reviews, ficarei imensamente em recebê-los, lê-los e respondê-los, é um prazer imenso. Beijos e até o próximo domingo! ;)