The Legend of Anorle escrita por Guskey


Capítulo 6
• The attack of the bulls •


Notas iniciais do capítulo

♦ Os obstáculos aparecem em nossa vida para nos testar e mostrar o quanto somos capazes de vencê-los!

♦ Boa leitura!



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Laak abriu a relva ao meio, o clima era agradável devido a tantas árvores que cercavam. Atravessou a moita e então pisou em um caminho de pedra que ia até as ruínas. Tinha várias casas destruídas, algumas com as manchas negras de fogo e outras despedaçadas como se um touro selvagem do tamanho de um dragão tivesse debatido com os imóveis. A elfa sentiu a relva atrás se abrindo, e Anorle logo deslumbrou a vista não muito boa. Ficou quieto e depois seguiu pela trilha até a torre estruída, enquanto uma parte estava estruturada, a outra estava no chão, caída. Ao longe via-se um estábulo também decaído, depois as casas, um mercado e enfim um moinho que havia pegado fogo.

Valuge entrou na relva e atrás dele veio Valatec, e por fim Pofotta que teve dificuldade de entrar na relva densa. O anão parou atrás do grupo, viu o sol diminuindo por entre os morros e árvores ao longe, foi à frente e então assentiu.

— Um ótimo lugar para passar a noite, estou exausto. - Disse o ogro caminhando formalmente pela trilha, atrás vinha o humano com a espada na cintura, depois ambos os elfos começaram a caminhar até a casa mais próxima.

Pofotta ficou para trás, via através de seus óculos sua vila natal, na qual nascera e crescera antes de ir para Drohat. Ouviu um silvo nas árvores, pensou ser seu falcão peregrino que sempre brincava no quintal, mas era um simples esmerilhão que observava o grupo andar pela vila destruída. O anão andou relembrando de seu pai e sua mãe, ficou entristecido mas depois seguiu o grupo.

— Necessitamos vasculhar. Eu e Laak vamos naquelas casas, Valuge e Vanetac vós podeis ir no mercado e no estábulo. Pofotta, podes ver o perímetro? - Disse e por último indagou Anorle que via o balanceio positivo na cabeça do companheiro.

Os elfos foram para a casa mais próxima, era pequena e muito diferentes das quais eles viviam. O telhado era baixo e a madeira rangia, as janelas estavam quebradas e os móveis todos queimados e quebrados. Laak passou na frente de Anorle, que fitou o rosado de seu cabelo e então subiu a escada com seu arco armado e uma flecha sendo esticada. O elfo vira então camundongos e vários insetos rodopiando ao ar. Visualizou todos os cômodos da casa e então desceu, vira Laak com uma coruja em mãos, morta com um furo na barriga.

— Andas com algo além da flauta, elfa? - Perguntou Anorle simpático e apontando sua flecha enquanto derrubava um guarda-roupa ao chão. Vira o sorriso de Laak, era lindo.

— Uma elfa não podes andar mais armada? Tema que eu faça algum estrago, Anorle? - Então a mesma caminhou para fora deixando o companheiro só.

Naquele instante Valuge tinha saído do estábulo e Vanetac do mercado, onde trazia consigo algumas sacolas de couro.

— Podem ser úteis para carregar algo. - Disse o humano jogando as sacolas no chão. - Querido ogro, achou alguma coisa? - Disse o amigo da criatura e então fez um sinal negativo com cabeça.

Pofotta vinha ao longe, estava do mesmo jeito, só que entristecido. Laak saiu da casa e então guardou a coruja em um dos sacos que o humano havia achado. Olhou para Anorle como uma raposa olha seu companheiro.

— Perímetro seguro. Acho que aquele esqueleto que encontramos no caminho vinha daqui. - Disse o anão que tirava da bolsa dois gravetos. - Ogro, tem feno naquele estábulo? - Disse Pofotta e então ao receber um "sim", caminhou ele mesmo até lá e então pegou um punhado de palha (feno).

— Vamos passar a noite aqui mesmo, totalmente seguro. - Disse o ogro descansando no chão.

Pofotta posicionou-se num centro da aldeia, girava os gravetos com total rapidez sobre a palha, e então um fogo ficou reluzido na palha e logo alastrou, tornando uma fogueira para aquecer todos. O anão sentou-se observando a escuridão que formara pouco tempo, a lua prateada começava a brilhar sobre eles ao longe, no mesmo lado que Drohat.

— Precisais descansar, Anorle, sente-se. - Disse a elfa colocando suas coisas no chão e sentando-se frente ao fogo. - Podemos dormir separadamente, se não importarem.

— Minha pessoa não importa. - Disse Anorle olhando as brasas do fogo.

— Eu e Valuge podemos dormir na primeira casa, encontramos alguns lençóis e podemos repartir com vocês. - Disse o humano que tirava a coruja que Laak havia pego, espetou-a num verta afiado e comprido e então colocou ao fogo. - Onde estão as frutas?

Pofotta pegou de sua trouxa um cacho de uvas amassadas e um pote cheio de biscoitos caseiros. O humano tentou sorrir para o anão, mas o sorriso estava trancafiado na boca, estava fazendo bastante frio.

— Anão, eis que estas entristecido desde que chegamos. - Disse Anorle bebendo um pouco de água. - Algo lhe preocupa?

— Eu morei aqui quando pequeno. Esta era a vila em que eu nascera, aqui perdi meu pai e logo depois minha mãe, numa floresta. - Disse o anão, viu os rostos dos companheiros, todos tristes. - Eu tinha um falcão, meu melhor amigo. Afinal, eram poucos os garotos na vila, e eles não gostavam de brincar comigo, sei lá, nunca entendi eles. Mas eu não me aproximava. - Disse Pofotta. - Eu justamente preferia encontrar com um urso paro feroz do que entrar nessa vila, mas tudo bem.

— Perdoes-me colega. - Disse Anorle, inquieto perante o fogo. - Não-ao sabíamos.

Pofotta continuou a se alimentar. Ouviam ruídos vindos da floresta, ouviam o barulho de água escorrer perto deles, pareciam as que tinha em Drohat. Depois de algumas horas estavam todos satisfeitos, haviam repartido a coruja, comeram os que haviam trago de casa, bebiam água e suco que envelhecidos estavam. Pofotta, Laak e Anorle dormiram na casa próxima ao mercado, Vagule e Vanetac dormiram na primeira casa, a mais próxima da torre de vigília.

O anão ficou acordado durante quase uma hora, não conseguia despistar aqueles pensamentos maldosos e tristes. Caiu no sono quando ouviu a flauta de Laak tocar, adormeceu todos rapidamente com a linda melodia que tocara.

Já era outro dia, o sol havia nascido a pouco tempo. Anorle levantou tonteado e então saiu da casa para pegar um ar, deparou-se com todo o chão cobrido de neve, sentiu aquele frio básico da manhã e então tocou na neve que caía. O topo das árvores estavam geladas e esbranquiçadas, a fogueira havia sido apagada. O telhado das casas também estavam brancos, tudo estava branco, tudo estava frio. Anorle dirigiu até a torre de vigília, virou para trás vendo seus passos marcados na neve. Entrou na torre pela única porta e esta quebrada. Tentou não fazer barulho mas quando abriu a a porta de madeira, um bando de morcegos havia saído dali, deixando o elfo assustado. Olhou atentamente a escuridão lá dentro, viu um arco de madeira, mais básico que o dele, vira uma espada simples de ferro e também encontrara um objeto brilhante, caído no chão quase enterrado. Era um pingente feito de aço, tinha o tom prateado e no centro uma pedra linda, esmeralda. O tom esverdeado e o brilho era perfeito. O elfo guardou no bolso de sua roupa de couro marrom. Virou-se e deparou com Laak, frente a frente.

— Vossa mãe não ensinou-lhe que es errado roubar? O que ia pegar? O arco? - Perguntou a elfa com um tom sério.

— Não se engane, eu estava apenas observando a vila. - Disse Anorle sentindo um baque frio na barriga.

Ambos voltaram para o centro do vilarejo, arrumavam as coisas quando ao longe ouviram um silvo de bufos e então uma fumaça negra na floresta.

— Chamas os dois. Vou ao encontro de Pofotta. - Disse Anorle apressadamente ao ver o cabelo rosa de Laak contorcer-se no branco da neve. Anorle chegou ao andar de cima onde o anão estava com os olhos abertos, olhava o teto de madeira.

Anorle parou por um momento, olhou a tristeza do anão e então assustou-o.

— Algo na floresta em ao nosso rumo, precisamos ir. - Disse Anorle puxando o anão com força.

Pofotta teve um reflexo do passado, quando a mãe puxara-o para longe da vila, com tanta força que deixara marca no pulso do anão. Pofotta não conseguia resistir, desceu as escadas numa violenta rapidez e foi ao encontro dos outros três, que estavam surpresos e se arrumavam completamente.

— São criaturas negras, precisamos ir agora. - Disse Pofotta com sua sabedoria. - Algo está mandando eles, eu vejo isso, eu sinto isso. - E então a fumaça aumentou e estava logo atrás da casa onde os elfos e o anão dormira.

— Escondam-se, se fugirmos vão nos seguir. - Sussurrou o humano. O mesmo correu para trás da casa onde dormira. O ogro então correu para uma relva alta onde encontrara um pequeno esquilo. Laak correu para para o mercado, tropeçou em uma pedra enfiada na neve e então machucou-o, fora mancando para o imóvel. Pofotta fora levado nas costas por Anorle, para dentro da torre de vigília.

Um bando de touros enfurecidos, aparecera. De seus enormes focinhos saia uma fumaça totalmente cinza, usavam túnicas fortemente resistentes. Eram diferentes de Valuge. Eles tinham um olhar amedrontador, seus olhos eram enraivecidos com um tom escarlate.

— Procure-os e tragam a mim. - Disse o mais feroz touro que carregava um martelo encaixado num cabo de madeira. Tinha grandes chifres que davam duas voltas e depois subiam. Afundou seus enormes pés na neve e então adentrou a casa que os elfos dormiram.

Pofotta estava tremendo, simplesmente estava encolhido na escuridão da parte da torre que estava de pé. Anorle deu um passo a frente, vira Valuge na relva, alisava a cauda do esquilo que encontrara. Logo após estava o humano com sua espada empunhada. Não conseguia ver Laak, o mercado era atrás da torre.

— Deixeis minhas coisas na casa, você me puxou tão rápido que não tive tempo de arrumar. - O touro líder nesse mesmo momento jogara uma trouxa na neve, olhou para alguns que carregavam tochas e enfureceu-se.

— Queimem essa floresta, se eles tiverem fugido serão torrados. - E então touro fez uma fileira de outros que consigo carregavam tochas. Posicionaram então o fogo perto do nariz, o "general" contou até cinco e então seus "soldados" fungaram tão forte que o fogo causar uma explosão e alastrou nas árvores tão rapidamente como se joga uma pedra de uma torre.

Valuge, correu para dentro da floresta, a fogo havia queimado a relva onde estava. Os touros enfurecidos viram o vulto e então seguiram-o. O pobre coitado do ogro havia se sacrificado.

— Vocês, vasculhem tudo aqui. Vou atrás daqueles imbecis. - Disse então o touro líder.

Restaram somente três na vila. Anorle deixou Pofotta ao seu joelho, amedrontado. Saiu da torre e esgueirou-se para trás de uma casa, que depois dela havia mais duas e então o mercado. Viu no centro da aldeia, um estava de guarda enquanto outros dois estavam a vasculhar a casa onde o humano estava. Anorle esgueirou-se para a próxima sem ser percebido, depois para a outra, e finalmente chegou ao mercado que estava com as portas fechadas. Ouviu o barulho cansativo de Laak, adentrou pela janela quebrada e então cortou-se na perna.

— Estás bem? - Perguntou o elfo e ajudou Laak se levantar, mancava. Ambos saíram pela mesma janela, agora com cuidado.

— Eis que vou primeiro, depois você, não deixais perceberem-te. - Disse o elfo e então foi para trás da casa. Via Laak com medo, e então viu um par de chifres esgueirando-se pelo corredor que havia entre o mercado e a casa.

— Aí está você. - E então aproximou-se de Laak.

Anorle armou o arco e empunhou, deu uma flechada certeira na cabeça do monstro. Laak foi para junto de Anorle e o abraçou. O elfo sentiu o cheiro dos cabelos rosados, a pele macia da elfa e então levou-a para a torre, onde Pofotta ainda estava quieto e abaixado. Ouviu silvos de espadas e então logo depois o humano saíra da casa carregando dois chifres, um de cada um dos touros. Todos se encontraram na vila, exceto Valuge que correra para a floresta e estava sendo perseguido pelos touros.

— Valuge, ele está morto? - Perguntou o amigo, humano.

— Não faço ideia. Vamos, ele estará bem. - Disse o elfo carregando Laak nos braços.

— Bom... a estrada que devíamos pegar está em chamas, por ela que chegaríamos em Tanzta. - Disse o anão.

— Então teremos de pegar um caminho diferente. - E então todos, menos Laak, correram para a floresta. A elfa sentiu-se confortável nos braços do companheiro de missão, eram fortes e em algumas partes musculosos.


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Notas finais do capítulo

♦ Isso foi um adeus à um dos Cinco expedidores? Adoraria que comentassem o que acham que acontecerá com esse camarada que se mostrou valente desde que saiu de Drohat. Os heróis simplesmente morrem assim?